Fantasma do “PL da Censura” ameaça o Natal dos brasileiros 

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A preocupação com o projeto não se limita a questões procedimentais.

Nos corredores da Câmara dos Deputados, um clima de tensão se instala ante a possível inclusão do Projeto de Lei 2630/20, conhecido como “PL da Censura” ou “PL das Fake News”, na pauta desta semana. O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição, revelou à Gazeta do Povo que há conversas em andamento para votar a proposta ainda antes do recesso parlamentar, que se inicia após esta sexta-feira (22). Essa estratégia, segundo Jordy, pode ser facilitada pela realização de votação virtual, dificultando a obstrução pela oposição.

A preocupação com o projeto não se limita a questões procedimentais. Deputados como Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Rodolfo Nogueira (PL-MS) expressaram temores relacionados ao impacto do PL nas liberdades de expressão e imprensa. Bilynskyj considera a maneira de votar a proposta “arriscada”, enquanto Nogueira a vê como um potencial “cala-boca” para a verdade. Além deles, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) usou as redes sociais para criticar a possibilidade de o projeto ser votado “no apagar das luzes”, mencionando a invasão hacker ao perfil da primeira-dama Janja como um dos argumentos utilizados pelos governistas para pautar o PL.

Originalmente agendado para votação em maio, o projeto foi retirado de pauta após resistência da oposição e de diversos setores da sociedade. Relatado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), o PL ganhou novo ímpeto entre os governistas após a invasão do perfil de Janja. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última terça-feira (19), abordou a regulação das redes sociais, citando exemplos internacionais e enfatizando o desafio de fazê-lo sem impor censura. A proposta, que conta com apoio de ministros da Suprema Corte, enfrenta críticas por diversos aspectos, como a exigência de retirada rápida de conteúdos pelas plataformas e o temor de que conceda ao Estado o “monopólio da verdade”. O deputado Capitão Alden (PL-BA) reforça a resistência da oposição, prometendo combater a aprovação do projeto, que ele classifica como uma ameaça à democracia.

Michelle Bolsonaro receberá honraria no estado que é reduto do petismo

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A concessão da comenda a ela segue a tradição de homenagear personalidades que tenham contribuído significativamente para o desenvolvimento social e cultural da região

A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) decidiu, na terça-feira (19), homenagear a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro com a Comenda 2 de Julho, a maior distinção da casa. A homenagem foi aprovada em reconhecimento aos serviços sociais prestados por Michelle durante o mandato presidencial de Jair Bolsonaro.

O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) apresentou o projeto de resolução em abril deste ano, ressaltando a contribuição de Michelle Bolsonaro para o estado da Bahia. A concessão da comenda a ela segue a tradição de homenagear personalidades que tenham contribuído significativamente para o desenvolvimento social e cultural da região.

Esta distinção, anteriormente concedida ao ex-presidente Jair Bolsonaro, agora é estendida a Michelle Bolsonaro, destacando o seu envolvimento em iniciativas sociais durante o período em que seu marido estava no cargo presidencial.

O Projeto de Lei “Anti-Felipe Neto”

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Conforme o projeto, aprovado na forma do substitutivo do deputado Fred Linhares (Republicanos-DF), influenciadores que descumprirem a norma podem enfrentar penalidades

Em sessão realizada nesta terça-feira (19), a Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou um Projeto de Lei (PL 3915/23) que impõe restrições aos influenciadores digitais como Felipe Neto na divulgação de jogos de azar não regulamentados na internet, como a Blaze. 

Conforme o projeto, aprovado na forma do substitutivo do deputado Fred Linhares (Republicanos-DF), influenciadores que descumprirem a norma podem enfrentar penalidades, que vão desde advertência até suspensão das atividades por até seis meses. Para provedores de redes sociais, a infração acarretará multas de até 2% do faturamento.

O texto aprovado pela comissão também estabelece que o governo federal deve promover campanhas de conscientização sobre os perigos das apostas ilegais. Essas iniciativas deverão ser realizadas em parceria com instituições educacionais e profissionais da saúde. Após a aprovação na Comissão de Comunicação, o PL segue para análise das comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça, antes de ser votado em plenário.

O relator da proposta, deputado Fred Linhares, justificou a medida enfatizando o “impacto significativo” dos influenciadores digitais sobre seus seguidores. Ele ressaltou a influência dessas figuras públicas nas decisões e comportamentos de seus seguidores, especialmente em relação a atividades como os jogos de azar. A iniciativa visa combater a promoção de jogos de azar não regulamentados, que podem causar danos sociais e econômicos

Mourão fica irritado ao ser confrontado por encontro com Dino. Veja o vídeo

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O momento mais tenso ocorreu quando Gilvan apontou o dedo para Mourão, que reagiu prontamente

Na tarde de terça-feira (19), a Câmara dos Deputados se tornou cenário de uma intensa discussão entre o senador Hamilton Mourão (Republicanos) e o deputado Gilvan da Federal (PL). A contenda, que quase evoluiu para um confronto físico, teve que ser interrompida por seguranças da Casa. O estopim da discussão foi um vídeo, postado por Gilvan nas redes sociais, no qual ele critica Mourão por supostamente ter abraçado Flávio Dino, recentemente aprovado para o Supremo Tribunal Federal (STF), após sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

O momento mais tenso ocorreu quando Gilvan apontou o dedo para Mourão, que reagiu prontamente. “Você não me conhece, você podia ter vindo falar comigo. Abaixa esse dedo. Aqui é braço”, afirmou Mourão. Em resposta, Gilvan retrucou: “Você vai fazer o que? Você acha que tenho medo de você porque você é general? Tinha que ter honra”. Nesse instante, os seguranças intervieram, evitando que o embate verbal se transformasse em violência física.

A discussão teve início quando Mourão se aproximou de Gilvan para discutir sobre o vídeo publicado. Gilvan criticou o senador por se aproximar de Dino, acusando-o de falta de honra. Mourão, por outro lado, defendeu sua posição e refutou as acusações de Gilvan, destacando que ele não o conhecia bem e que deveria ter buscado um diálogo antes de fazer críticas públicas. “Eu falei que votava não. Aí você faz um vídeo que não tem nada a ver”, disse Mourão, enquanto Gilvan respondeu: “Ele fala que assaltante de banco é pior que bolsonarista. Você foi vice-presidente do Bolsonaro, não era nem para olhar pra cara dele”.

Em vitória dos conservadores, Congresso proíbe na LDO verbas para aborto e mudança de sexo

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O projeto da LDO, que tem como meta um déficit zero para as contas públicas no próximo ano, segue agora para a sanção presidencial

Em votação ocorrida na terça-feira (19), o Congresso Nacional, durante sessão conjunta, aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024. A aprovação veio com uma emenda proposta pelo Partido Liberal (PL), partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que proíbe a utilização de verbas federais para uma série de ações. As proibições, com forte carga ideológica, incluem a realização de abortos – exceto os permitidos por lei – e cirurgias de mudança de sexo em crianças e adolescentes. Outros pontos vedados são a influência sobre crianças e adolescentes para terem opções sexuais divergentes do sexo biológico, ações que busquem diminuir o conceito de família tradicional e a invasão de propriedades rurais privadas. A emenda recebeu amplo apoio no Congresso, com 305 votos favoráveis na Câmara e 43 no Senado.

O projeto da LDO, que tem como meta um déficit zero para as contas públicas no próximo ano, segue agora para a sanção presidencial. Além da emenda do PL, o texto da LDO inclui um teto de R$ 23 bilhões para contingenciamentos em 2024. No que diz respeito às emendas parlamentares, o montante alcançou um recorde histórico de R$ 49 bilhões, divididos entre emendas individuais, de bancada e de comissões. O relator da LDO, deputado Danilo Forte (União-BA), ajustou o texto para manter o compromisso do governo federal com as emendas parlamentares impositivas, assegurando 0,9% da receita líquida de 2022 para tais emendas, totalizando cerca de R$ 11 bilhões.

A sessão do Congresso foi realizada de maneira semipresencial, com a utilização do aplicativo InfoLeg, permitindo votações remotas e assegurando o quórum necessário. A próxima etapa é a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), prevista para ocorrer na próxima quinta-feira (21). A LOA será crucial para a execução do orçamento delineado pela LDO, completando o processo orçamentário para o ano de 2024.

PF apreende armas e R$ 140 mil na casa de deputada do RJ

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A deputada estadual Lucinha (PSD) foi alvo de buscas e apreensão por envolvimento com a milícia do Rio de Janeiro

A Polícia Federal apreendeu nesta segunda-feira, 18, cerca de 140 mil reais e duas pistolas na casa deputada estadual Lucinha (PSD, foto), alvo de buscas e apreensão por envolvimento com a milícia do Rio de Janeiro.

Segundo o jornal O Globo, a “madrinha” da milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, uma das mais violentas do Rio, presta depoimento na Superintendência da PF, acompanhada por uma advogada.

Na operação Batismo, a Justiça do Rio de Janeiro expediu oito mandados de busca e apreensão contra Lucinha. Ariane de Afonso Lima, uma de suas funcionárias, também é alvo da operação.

Entre os endereços investigados pela PF na operação estão o gabinete de Lucinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e a casa dela, em Campo Grande.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro também determinou o afastamento de Lucinha por tempo indeterminado e a proibiu de frequentar as sedes da Assembleia Legislativa do estado (Alerj).

Entenda

As investigações começaram em 2021, quando o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) começou a apurar um assassinato atribuído a milicianos do Bonde do Zinho.

Com o avanço das investigações, quebras de sigilos telefônicos e telemáticos revelaram o envolvimento de Lucinha e Ariane com a cúpula da milícia de Zinho.

Segundo promotores e policiais, a deputada estadual é acusada de interferir na segurança pública do estado para promover a soltura de milicianos; articular mudanças no comando do batalhão da PM em Santa Cruz para favorecer a milícia; vazar informações sobre operações policiais; e atuar politicamente para favorecer o transporte público de vans sob comando da milícia de Zinho.

Por O Antagonista

Lira nega pedido de Gleisi Hoffmann

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A viagem em questão, liderada por Eduardo Bolsonaro, incluiu encontros com políticos alinhados ao ex-presidente Donald Trump.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, negou nesta segunda (18) o pedido feito pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que buscava informações detalhadas sobre os custos da viagem de um grupo de parlamentares ligados a Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. 

Lira classificou o pedido como desprovido de caráter propositivo e destacou a falta de observância aos ritos legislativos adequados. O presidente da Câmara, então, devolveu o documento à petista, sugerindo que ela encaminhasse a solicitação diretamente ao terceiro-secretário da Mesa Diretora.

A viagem em questão, liderada por Eduardo Bolsonaro, incluiu encontros com políticos alinhados ao ex-presidente Donald Trump. Dentre os participantes estavam os senadores Magno Malta e Jorge Seif, além dos deputados federais Alexandre Ramagem, Altineu Côrtes, Capitão Alberto Neto, Gustavo Gayer, Júlia Zanatta e Nikolas Ferreira, todos filiados ao PL, partido de Jair Bolsonaro. Durante a viagem, Eduardo Bolsonaro presenteou uma extremista do Partido Republicano com um vinho de sua empresa, e o grupo teve reuniões com aliados de Trump, incluindo o deputado cassado George Santos.

Gleisi Hoffmann questionou, através do pedido rejeitado, se a Câmara dos Deputados havia autorizado os bolsonaristas a representarem o Legislativo brasileiro no Congresso dos EUA, além de indagar se as despesas da viagem seriam cobertas com recursos públicos. A dirigente do PT também questionou qual seria o interesse nacional na visita dos parlamentares aos Estados Unidos, um ponto que permanece sem resposta após a recusa de Lira em fornecer os detalhes solicitados.

Operação revela conversas “cabulosas” entre deputada que apoiou Lula e milicianos violentos no RJ

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As consequências da investigação foram imediatas e severas.

A operação Batismo, realizada na segunda-feira (18) pela Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro descobriu evidências alarmantes de uma conexão entre a deputada estadual Lucia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha (PSD), e uma organização miliciana atuante na zona oeste do Rio de Janeiro. 

As investigações apontam para um esquema de articulação política em benefício dos milicianos em órgãos públicos. Dentre as provas, mensagens vazadas evidenciam uma relação próxima entre Lucinha e Domicio Barbosa, conhecido como Dom, líder da milícia. Em um dos diálogos, a deputada expressa saudades ao miliciano, enquanto em outro, é chamada de “madrinha” e recebe a promessa de um cavalo como presente.

A operação, que envolveu buscas em oito locais, incluindo o gabinete da deputada na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), resultou em várias descobertas perturbadoras. O escrutínio das conversas entre Lucinha e Dom revelou solicitações da parlamentar para encontros com criminosos notórios, incluindo o chefe miliciano Zinho, procurado por uma série de crimes. Em uma troca de mensagens, Lucinha intervém para tentar liberar comparsas de Dom detidos em flagrante em novembro de 2021, sugerindo até a destruição do próprio telefone para eliminar provas.

As consequências da investigação foram imediatas e severas. A Justiça determinou o afastamento imediato da deputada de suas funções legislativas e proibiu seu acesso à Alerj. Além disso, a operação desvendou a participação de Ariane de Afonso Lima, assessora de Lucinha, nas atividades ilícitas. Ambas são acusadas de interferir na segurança pública do estado, favorecer a soltura de milicianos, manipular o comando do batalhão da PM em Santa Cruz, vazar informações sobre operações policiais e atuar para beneficiar o transporte público de vans controlado pela milícia de Zinho.

Com Reforma Administrativa engavetada, gastos com funcionalismo pode explodir nos próximos anos

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A reforma administrativa, que visa a alteração das regras do funcionalismo público, enfrenta resistências significativas

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu não avançar com a proposta da Reforma Administrativa. Esta decisão reflete a complexidade e a sensibilidade do tema, frequentemente descrito como um “vespeiro” devido às fortes reações que pode desencadear. Lira, reconhecendo os potenciais riscos políticos e sociais, optou por uma abordagem menos arriscada.

A reforma administrativa, que visa a alteração das regras do funcionalismo público, enfrenta resistências significativas. Lira, ao longo de 2023, enfrentou um cenário onde o isolamento político predominou em suas tentativas de promover a reforma. Essa falta de apoio, somada ao potencial de descontentamento social, parece ter sido crucial na decisão de Lira de não prosseguir com o projeto.

Especialistas alertam que, sem uma reforma administrativa, o Brasil pode enfrentar uma explosão nos gastos com funcionalismo nos próximos anos. A ausência de mudanças nas estruturas e nos custos do setor público pode resultar em pressões financeiras significativas, comprometendo o equilíbrio fiscal do país. A decisão de Lira, embora possa trazer uma sensação temporária de estabilidade, coloca em perspectiva os desafios econômicos a longo prazo que o Brasil terá de enfrentar.

Fim da reeleição é remédio para Lula não tentar ”fazer o Diabo” para ganhar em 2026

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Esta nova proposta, embora não mencione explicitamente o PT ou Lula, é vista como uma resposta direta às preocupações com práticas políticas extremas para assegurar a reeleição

A movimentação do Congresso Nacional de acabar com a reeleição visa impedir estratégias extremas para a reeleição, um eco das ações do PT em eleições anteriores. A medida, que surge em um contexto de cautela ante as eleições de 2026, procura evitar repetições de episódios como o mencionado por Dilma Rousseff em 2013, quando ela afirmou que o PT faria o “diabo” para vencer. Esse projeto, ao mirar em futuras candidaturas, incluindo a potencial de Luiz Inácio Lula da Silva, busca garantir um processo eleitoral mais equilibrado e íntegro.

Esta nova proposta, embora não mencione explicitamente o PT ou Lula, é vista como uma resposta direta às preocupações com práticas políticas extremas para assegurar a reeleição. A iniciativa surge em um período onde o debate sobre a reeleição e suas implicações para a democracia brasileira está em alta. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já expressou a necessidade de revisitar a legislação eleitoral, com a possibilidade de eliminar a reeleição e estender os mandatos para cinco anos, visando uma reforma política mais ampla.

Importante destacar que, em 1997, a reeleição foi inserida na Constituição, uma mudança que tem sido objeto de intenso debate no cenário político brasileiro. As declarações e ações do Congresso atual refletem um esforço em remodelar as regras eleitorais do país, com a intenção de evitar manobras políticas excessivas e assegurar a integridade das eleições futuras, especialmente no que tange às presidenciais de 2026.