Advogado escancara: Felipe Martins está sequestrado, sua liberdade está sequestrada de forma insana

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O advogado e ex-desembargador Sebastião Coelho denunciou uma série de abusos e irregularidades no tratamento dado a Felipe Martins, ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro. Martins está preso preventivamente há mais de quatro meses, acusado de envolvimento em uma suposta “tentativa de Golpe de Estado” em 2022. No entanto, a defesa afirma que as provas apresentadas pela Polícia Federal são inconsistentes e que Martins está sendo mantido preso injustamente. “Felipe Martins está sequestrado. Sua liberdade está sequestrada de forma insana”, afirmou Coelho.

Em entrevista concedida ao Jornalista Claydio Dantas nesta quinta (13), Coelho apresentou documentos que comprovam que Martins não viajou a Orlando em 30 de dezembro, conforme alegado pela Polícia Federal. Entre as provas, está um documento oficial do Departamento de Estado dos Estados Unidos, que atesta a ausência de Martins em território americano na data mencionada. Apesar dessas evidências, a prisão preventiva foi mantida. “Quando o ministro decretou a prisão, a Polícia Federal apresentou uma certeza. A defesa apresentou uma prova dizendo que ele não estava lá. Estabelecida a dúvida, acabou a certeza para a manutenção da prisão de Felipe Martins”, disse Coelho.

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Além disso, Coelho relatou que o diretor do Complexo Médico Penal de Pinhais, onde Martins está detido, estaria tentando transferi-lo para uma ala comum, o que colocaria sua integridade física em risco. “O senhor diretor está tentando tirá-lo do trabalho na biblioteca e colocá-lo em uma ala com quatro ou cinco presos que nós não sabemos quem são”, afirmou o advogado. Segundo ele, essa mudança de tratamento tem motivações políticas, uma vez que o diretor do presídio teria ligações com o Partido dos Trabalhadores (PT).

A defesa também criticou a postura do Supremo Tribunal Federal (STF) e do ministro Alexandre de Moraes, que, segundo Coelho, têm agido de forma arbitrária ao manter a prisão preventiva de Martins. O advogado destacou que, mesmo após a apresentação de provas contundentes que desmentem as acusações, o tribunal tem insistido na manutenção da prisão. “No momento em que se estabelece a dúvida, não há mais certeza para manter a prisão. É um absurdo”, enfatizou Coelho.

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Em suas declarações, Sebastião Coelho ressaltou que a prisão de Felipe Martins é um exemplo de abuso de poder e de uso político do sistema judiciário. Ele apelou para que todas as medidas legais sejam tomadas para garantir a segurança e a libertação de Martins, afirmando que a defesa continuará a divulgar documentos e petições antes de protocolá-los oficialmente, como forma de pressão pública e transparência. “Nós vamos agir dessa maneira até que Felipe esteja livre. Divulgaremos cada documento antes de protocolar, para mostrar o que está acontecendo”, concluiu Coelho.

Ministro do TSE anula uma das três condenações de Bolsonaro e sinaliza abuso de ex-colega

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O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu anular uma das condenações do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-ministro Braga Netto à inelegibilidade pelo uso indevido das comemorações do 7 de setembro de 2022. Apesar da decisão, que foi assinada no dia 5 deste mês, Bolsonaro segue inelegível até 2030 em função de mais duas condenações no TSE.

Na decisão, o ministro entendeu que ambos foram condenados antecipadamente antes do fim do processo pelo ex-ministro Benedito Gonçalves, que usou a primeira condenação dos acusados pelo plenário do TSE para justificar a decisão individual.

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“Tampouco se afigura correta a solução adotada na decisão agravada, de promover o julgamento antecipado do mérito em relação a apenas dois dos investigados tomando por base os fatos já esclarecidos nas ações conexas, sob pena de afronta à ampla defesa e ao contraditório, já que a instrução da presente ação envolveu mais testemunhas, mais documentos e mais investigados, sem que se tenha dado oportunidade de produção probatória pelos investigados Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto”, decidiu Araújo. Bolsonaro foi condenado à inelegibilidade em mais dois processos julgados pelo TSE no ano passado.

A primeira condenação ocorreu em junho de 2023, quando o ex-presidente foi derrotado por 5 votos a 2 pela reunião realizada com embaixadores, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. Em outubro, Bolsonaro e Braga Netto foram condenados pelo plenário do tribunal à inelegibilidade por oito anos pelo suposto uso eleitoral das comemorações de 7 de setembro de 2022.

Haddad e Fávaro terão que explicar leilão de arroz cancelado por irregularidades

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A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou convites para os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Fernando Haddad (Fazenda) prestarem esclarecimentos sobre o leilão de arroz, suspeito de fraude. Evair Vieira de Melo, presidente da comissão e aliado de Bolsonaro, afirmou que os ministros precisam dar explicações detalhadas sobre o ocorrido.

A negociação das datas para as audiências está em andamento. Carlos Fávaro deverá comparecer na próxima quarta-feira, 19, enquanto Paulo Teixeira deve comparecer em julho. Fernando Haddad, que tratará especificamente sobre o leilão de importação de arroz, ainda não tem data definida para sua participação.

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O caso ganhou destaque após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anular o leilão de arroz, alegando “fragilidade financeira” e demitir Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. A decisão gerou uma crise no governo, agravada pelas suspeitas de fraude no processo de compra de arroz.

O leilão, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), teve como vencedores uma fabricante de sorvetes, uma mercearia de bairro especializada em queijo e uma locadora de veículos, que adquiriram 263 mil toneladas de arroz por R$ 1,3 bilhão. “Precisamos entender como empresas sem ligação direta com a produção agrícola venceram esse leilão”, questionou Vieira de Melo.

LAI: projeto dá fim a sigilo de 100 anos para dados sensíveis

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O Senado Federal analisa projeto de lei que visa anular a possibilidade de sigilo excepcional de 100 anos previsto na Lei de Acesso à Informação (LAI) para dados considerados sensíveis, frequentemente utilizados por governantes e órgãos do estado. A proposta também estabelece que o presidente da República, o vice-presidente, ministros de Estado, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o procurador-geral da República poderão ser responsabilizados criminalmente caso se recusem a fornecer acesso legítimo a informações de interesse particular, coletivo ou geral.

Do senador Carlos Viana (Podemos-MG), a matéria ( PL 1.071/2024 ) muda a LAI ( Lei 12.527, de 2011 ) anulando o dispositivo que prevê sigilo excepcional de 100 anos, previsto para situações que envolvem dados considerados sensíveis, como os de segurança nacional. Para o autor, o mecanismo tem sido “indevidamente usado” para aplicar a norma em contextos envolvendo informações pessoais que, na sua avaliação, poderiam ser atendidos na classificação de sigilo previstas no art. 24 da mesma lei, que têm como limite de sigilo 25 anos. Todas as classificação da informação consideradas para a negação de acesso, serão resguardadas pelo sigilo de 25 anos.

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Carlos Viana argumenta que a iniciativa busca garantir à sociedade e ao cidadão o direito de obter informações de interesse público, que estão relacionadas, inclusive, aos recursos públicos. Para ele, a proposta garante efetividade ao princípio da publicidade e da transparência nos negócios públicos e em favor da cidadania.

“Ocorre que hoje estamos assistindo a abusos por parte de governantes e e órgãos do Estado, que tem se negado a fornecer informações que deveriam ser públicas, inclusive decretando sigilos por prazos absurdos, de até cem anos, ou seja, um século, em verdadeiro desprezo pelo princípio da publicidade das coisas públicas que têm que ser observado pela administração pública”, justifica.

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A proposta ainda acrescenta dispositivo à LAI para estipular que o Ministério Público (MP) acompanhará a aplicação da norma, caso essa vire lei, inclusive no âmbito da Comissão Mista de Reavaliação de Classificação.

Crime de responsabilidade
O texto altera ainda a Lei dos Crimes de Responsabilidade ( Lei 1.079, de 1950 ) para prevê o crime de responsabilidade a quem frustrar ou obstar, o acesso legítimo a informação de interesse particular ou de interesse coletivo ou geral.

O crime de responsabilidade prevê a perda do cargo ou, eventualmente, inabilitação para exercício de cargo público e inelegibilidade para cargo político. A Lei 1079, de 1950 regula o crime de responsabilidade cometido por presidente da República, ministros de Estado e do Supremo Tribunal Federal, governadores e secretários de Estado. Já o crime de responsabilidade dos prefeitos e vereadores é regido pelo Decreto-Lei nº 201/67 .

A Constituição elenca como crimes de responsabilidade os atos do presidente da República que atentam contra: a própria Constituição, a existência da União; o livre exercício dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos estados; o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; a segurança interna do país; a probidade administrativa; a lei orçamentária; o cumprimento da lei e das decisões judiciais.

A matéria ainda aguarda despacho da Secretaria Geral da Mesa, que definirá sua tramitação na Casa.

Manifestação na Paulista: “Ou a gente prende os criminosos de Brasília, ou eles prendem a gente e eu não serei calado”, diz organziador

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O Movimento Liberdade realizou neste domingo (9) uma manifestação na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), pedindo o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O ato contou com a participação de Marco Antônio Costa, ex-comentarista político da Jovem Pan, que discursou para os manifestantes. “Ou a gente prende os criminosos de Brasília, ou eles prendem a gente e eu não serei calado”, afirmou Costa, destacando que o evento era um ato político do povo para o povo e que a presença de políticos era bem-vinda.

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O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) participou e agradeceu emocionado o apoio dos brasileiros ao seu estado, que foi atingido por fortes chuvas destruindo dezenas de cidades. Van Hattem também mencionou os presos do 8 de janeiro e lembrou das manifestações que começaram pequenas em 2014 e culminaram no impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016.

O ex-desembargador Sebastião Coelho esteve presente no ato e apelou ao Senado para abrir os pedidos de impeachment contra os ministros do STF. A manifestação do Movimento Liberdade foi uma expressão de insatisfação popular e um pedido para que as instituições democráticas cumpram seu papel.

Vereador do PT é preso por desvio de doações para desabrigados no RS

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Era questão de tempo até um político do PT ser preso por desvio de doações destinadas aos desabrigados do Rio Grande do Sul. Neste sábado, 8 de junho, o vereador Filipe Lang (PT), pré-candidato a prefeito de Palmares do Sul, foi detido em flagrante após a Polícia Civil e o Ministério Público encontrarem um revólver irregular em sua residência. A prisão faz parte de uma investigação sobre o desvio de doações para vítimas de enchentes na cidade.

As buscas também envolveram Polon Backes de Oliveira (União Brasil), pré-candidato a vice-prefeito na chapa de Lang. Durante a operação, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão no centro de Palmares do Sul e no Balneário de Quintão, resultando na apreensão de celulares e R$ 15 mil em dinheiro.

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A Polícia Civil informou que um dos investigados foi preso e que donativos destinados aos desabrigados estavam sendo distribuídos de maneira irregular. “Durante as diligências foram apreendidos uma grande quantidade de donativos em Balneário Quintão, que seriam distribuídos de forma equivocada. Ainda, foram apreendidos smartphones, dinheiro, um revólver sem registro, munições, documentos e outras evidências”, declarou a Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

Filipe Lang justificou que a arma era um presente antigo de seu avô e que o dinheiro poderia ser uma doação ao pré-candidato. No entanto, segundo o Ministério Público, as doações de alimentos seriam destinadas a famílias que não foram afetadas pelas enchentes, conforme planilhas apreendidas.

Perseguição contra juízes da Lava Jato avança

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O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) alcançou maioria para abrir processos administrativos disciplinares (PADs) contra quatro juízes envolvidos na Lava Jato. A decisão final será nesta sexta-feira (7). Caso o resultado se confirme, os desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, além dos juízes Danilo Pereira Júnior e Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, serão investigados.

Até agora, nove conselheiros apoiaram o relatório do ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça. O placar está em 9 votos favoráveis à abertura dos PADs, 4 com a presidência e 1 divergente. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ, votou contra, argumentando que a medida é desproporcional e pode intimidar os magistrados: “A banalização de medidas disciplinares drásticas gera receio de represálias, e juízes com medo prestam desserviço à Nação.”

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As acusações contra os magistrados incluem o desrespeito a uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que suspendia processos da Lava Jato. Os desembargadores Loraci Flores de Lima e Carlos Eduardo Thompson Flores, que compunham a 8ª turma do TRF-4, foram afastados por essa suposta infração. Danilo Pereira Júnior também participou do julgamento. Já Gabriela Hardt é acusada de extrapolar suas competências ao homologar um acordo entre o Ministério Público Federal e a Petrobras, criando o fundo Lava Jato.

Na sessão de 16 de abril, o CNJ revogou o afastamento de Hardt e Danilo Pereira Júnior, decisão inicialmente tomada pelo corregedor Luis Felipe Salomão. Ele havia afastado os magistrados por supostas irregularidades na atuação na Lava Jato e por descumprimento de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Não sou coach, quem falar isso está propagando fake news, diz Pablo Marçal em sabatina

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Pablo Marçal, empresário e influenciador digital, participou na tarde desta quinta-feira (6), de uma sabatina promovida pelo Canal MyNews, com o apoio da Reag Investimentos, no Cine Reag Belas Artes, em São Paulo. Marçal fez questão de corrigir a imprensa sobre sua qualificação, afirmando que “não sou Coach. A partir de agora, quem falar isso está propagando fake news”.

Durante a sabatina, Marçal criticou o candidato Guilherme Boulos por chamá-lo de “Coach e picareta”, respondendo que “não respondo por essa qualificação, não exerço essa função. Sou investidor e CEO de um grupo de mais de 40 empresas”. Marçal também destacou seu envolvimento em projetos sociais na África, ressaltando que “já construímos cerca de 50 casas em Angola, todas com pleno emprego local”.

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Sobre sua candidatura, Marçal enfatizou que seu objetivo é “servir à população” e que sua entrada na prefeitura traria uma “transformação social”. Ele afirmou que “não será mais o político de gabinete, mas um servidor público que estará nas ruas, ouvindo a população e resolvendo problemas”. Marçal também criticou a administração atual e prometeu implementar tecnologias para melhorar a eficiência da gestão pública.

O empresário também revelou que teve conversas com outros candidatos, mas não com Boulos, e se comprometeu a manter o diálogo aberto com todas as esferas da sociedade. “Vou chamar todos os envolvidos para discutir as necessidades da cidade e trabalhar juntos para o progresso”, concluiu.

O que Pablo Marçal falou sobre o encontro com Bolsonaro

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O empresário Pablo Marçal, pré-candidato à prefeitura de São Paulo, anunciou nesta quarta-feira (5) que recebeu a medalha dos 3i do clube do Bolsonaro. Em tuíte, ele destacou o ex-presidente como “o brasileiro que mais brilhou como presidente do Brasil” e afirmou que Bolsonaro foi “o único na história a diminuir impostos reais”.

Marçal compartilhou detalhes de um almoço com Bolsonaro, onde, segundo ele, não pediu nada ao ex-presidente, mas recebeu “conselhos importantes” que pretende seguir. O empresário também expressou sua esperança de ver Bolsonaro novamente liderando o país.

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No mesmo tuíte, Marçal mencionou a exclusividade da medalha dos 3i e alfinetou Nunes, dizendo que ele “nunca terá essa medalha”. Finalizando sua mensagem, ele afirmou que “São Paulo será reconhecida como a cidade do futuro”.

Deputado bolsonarista será relator do projeto de Anistia aos envolvidos no 8 de janeiro

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O deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE) foi indicado para relatar o projeto de anistia aos presos do 8 de janeiro. A articulação foi conduzida pelo líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), que busca apoio do PL na corrida pela presidência da Câmara. “A escolha de Valadares é estratégica,” afirmou um interlocutor próximo a Elmar.

Apoiar a anistia é condição essencial no PL para apoiar um candidato à presidência da Câmara em 2025. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, com 95 deputados, é o maior da Casa. Segundo a Coluna do Estadão, os bolsonaristas têm se aproximado de Antônio Brito (PSD-BA), concorrente de Elmar Nascimento na sucessão de Arthur Lira (PP-AL).

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Interlocutores revelam que a nomeação de Valadares foi acertada com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). “Valadares tem a confiança de Lira e transita bem até entre os aliados de Lula,” explicou um parlamentar. O deputado, apesar de ser apoiador de Bolsonaro, é visto como uma figura central no Centrão, facilitando diálogos políticos.