Bolsonaro diz que vai viajar ao Nordeste se for autorizado pelos médicos

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Jair Bolsonaro
Por Fábio Grellet

O candidato do PSL à presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou que vai viajar ao Nordeste se for autorizado pelos médicos que vão examiná-lo na próxima quarta-feira, 10, e repetiu sua suspeita sobre o correto funcionamento das urnas eletrônicas durante a eleição. Ele fez essas afirmações durante entrevista ao SBT, exibida pela emissora na noite desta segunda-feira, 8.

“Temos a preocupação, sim, com a urna, ainda. Centenas de casos chegaram para mim de pessoas que apertavam o 1 (na urna) e já aparecia o 13, ou que votava para governador e dava (a votação) por encerrada, não podia (votar) para presidente”, afirmou Bolsonaro. “Mas, como um todo, não deixou de ser um excelente resultado”, continuou.

Sobre alianças para o segundo turno contra o petista Fernando Haddad, Bolsonaro cogitou os apoios de Álvaro Dias (Podemos), de Cabo Daciolo (Patriota) e de partidos do chamado Centrão, que apoiaram Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno.

“Se alguém quiser conversar comigo eu estou à disposição. Estou tendo sinalizações de que o Álvaro Dias poderia conversar comigo, o Daciolo. No tocante ao Centrão, grande parte dos parlamentares já estava comigo antes mesmo do começo das eleições, que vínhamos trabalhando no varejo”.

Bolsonaro também comentou os planos da campanha para o segundo turno. “Dependo de avaliação médica na próxima quarta-feira, mas (ao) voltar para as ruas não vou poder fazer o que fazia, como ser carregado nos braços”, afirmou. “Se me liberarem para viajar de avião, viajarei, sim. Pretendo viajar ao Nordeste, onde na recepção no aeroporto será avisado que não poderei me expor da maneira como vinha me expondo. Com toda certeza um carro de som se fará presente, darei meu recado, talvez uma carreata. Vamos, sim. buscar espaço junto à mídia local para vendermos a nossa ideia”, concluiu.

fonte: Estadão conteúdo

Com Ciro, PDT tem melhor desempenho para a Câmara desde Brizola

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Por Caio Sartori

Impulsionado pela candidatura presidencial de Ciro Gomes, o PDT elegeu 28 deputados no último domingo, 7, e terá na próxima legislatura a maior bancada da sigla desde 1994. Na ocasião, capitaneado pelo ex-governador do Rio Leonel Brizola, o partido levou 34 candidatos das urnas à Casa. De lá para cá, o melhor desempenho havia sido em 2002 e 2010, quando 26 foram eleitos.

Em relação ao pleito de 2014, o PDT foi, junto com o DEM (antigo PFL), o único dos partidos tradicionais que aumentou a bancada. E o DEM é um ponto fora da curva, já que, apesar de ter aumentado em comparação com 2014, vai encolher a bancada que tem atualmente, conquistada em boa parte por meio de transferências partidárias. Os outros que tiveram protagonismo no período de redemocratização do País encolheram nestas eleições: PT, PSDB e PSB. Há quatro anos, quando compunha a aliança da petista Dilma Rousseff, a legenda de Ciro Gomes elegeu apenas 19 candidatos, o pior desempenho de sua história.

“A principal explicação é uma candidatura (presidencial) que afirma ideias e consolida a visão nacional do partido. Isso ajuda a formatar a organização partidária”, aponta o presidente da sigla, Carlos Lupi. Ele defende, para o segundo turno, um “apoio crítico” a Fernando Haddad, a fim de evitar a vitória de Jair Bolsonaro (PSL). “Respeitando as diferenças e discordâncias que temos com o PT.”

O principal êxito dos trabalhistas nestas eleições se deu no Ceará, berço político de Ciro. Foram seis deputados federais eleitos pelo Estado, onde somente André Figueiredo, atual líder da bancada pedetista na Câmara, havia se cacifado para o parlamento em 2014. Lá, o mais votado da sigla no domingo foi Mauro Benevides Filho, assessor econômico da campanha cirista, que ficou na sexta colocação geral no Estado. O PDT será, a partir do ano que vem, o partido com maior representação dentre os deputados federais cearenses.

A votação de Ciro na campanha presidencial, com mais de 12% dos votos válidos, também coloca o PDT num patamar que não havia experimentado desde 1989, quando Brizola ficou de fora do segundo turno por menos de 500 mil votos. Desde então, as candidaturas próprias do partido (do próprio Brizola em 1994 e de Cristovam Buarque em 2006) não passaram de 3%. Nas demais disputas, os pededistas compuseram a aliança do PT. É de olho nisso que Lupi defende que Ciro volte a concorrer à Presidência em 2022, apesar dele já ter avisado que não o faria.

Fundado em 1979 com liderança de Brizola e sob a égide da iminente abertura política, o PDT ansiou, nos primeiros anos de vida, buscar a hegemonia da centro-esquerda no País. O partido era, na verdade, uma nova versão do PTB de Getúlio Vargas e João Goulart – o direito de uso da sigla foi conquistado por uma sobrinha de Vargas com quem os futuros pedetistas não concordavam, por isso a mudança de nome.

No entanto, a derrota de Brizola para Lula no primeiro turno de 1989 marcou o começo do que viria a se tornar o protagonismo do PT dali em diante. Tanto que, em 1998, o ex-governador do Rio foi candidato a vice-presidente na chapa de Lula. O PDT voltou a ter candidatura própria em 2006, com Cristovam Buarque, que não passou dos 3%. Depois voltou à base petista e só arriscou uma nova chapa autônoma neste ano, com Ciro.

Fonte: Estadão conteúdo

De cada cinco deputados do PSL eleitos, ao menos um é militar ou policial civil

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Por Mariana Haubert e Camila Turtelli

Partido com o maior crescimento nestas eleições parlamentares, o PSL vai impulsionar a presença de policiais civis e militares na Câmara dos Deputados no próximo ano. De cada cinco deputados eleitos neste domingo, 7, pela legenda, ao menos um é militar ou policial civil, de acordo com as profissões declaradas pelos candidatos eleitos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O partido elevou sua tímida bancada de atuais oito deputados para 52. Deste total, 12 declararam profissões ligadas à área da segurança. A expectativa é que, com isso, a legenda do capitão reformado Jair Bolsonaro turbine a chamada “bancada da bala” na Câmara. Neste grupo eleito pelo PSL, está o campeão de votos Eduardo Bolsonaro (SP), que é policial civil, e a policial militar Major Fabiana (RJ), que tinha o slogan “a mulher na segurança” em sua campanha.

No total dos 513 candidatos eleitos para a próxima legislatura da Câmara dos Deputados, 15 declararam ter profissões de militares ou policiais civis.

Fonte: Estadão Conteúdo

STF quer pacto nacional com futuro presidente para garantir governabilidade

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Por Amanda Pupo e Rafael Moraes Moura

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) querem que seja firmado um “pacto republicano” com o futuro presidente da República – seja ele quem for – para tentar chegar a um “caminho do meio” que garanta a governabilidade do novo chefe do Executivo. A avaliação de integrantes da Corte é a de que, em meio à forte polarização que divide o País e opõe Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), o STF não poderá submergir, devendo exercer nos próximos anos um papel ainda maior de protagonismo como árbitro de conflitos, no sentido de conferir maior segurança jurídica e preservar direitos de minorias.

Dentro da Corte há o temor de que o candidato que sair vencedor das urnas não consiga reunir condições políticas para comandar a nação em um ambiente de ânimos acirrados nas ruas, crise fiscal e desconfiança de investidores estrangeiros com os rumos do País O objetivo do STF é evitar que o Brasil “capote” e enfrente novamente as turbulências econômicas que marcaram o governo de José Sarney (1985-1990).

O assunto, que vem ganhando espaço nos bastidores da Corte, foi discutido em almoço realizado na última quarta-feira, 3, entre o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, e mais seis integrantes da Corte. Na reunião, que marca o perfil de diálogo e conciliação da gestão Toffoli, Guardia expôs os problemas e desafios fiscais do Brasil, que terão de ser enfrentados pelo próximo presidente, como a reforma da Previdência.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Toffoli destacou a necessidade de um pacto que envolva os três Poderes, a partir de reformas que levem em conta a responsabilidade fiscal do País. “Uma nova Constituinte hoje seria rediscutir o Estado brasileiro a partir do zero. Se a Constituinte de 87-88, levou um ano e dez meses, se fôssemos recolocar isso, teríamos mais uma vez o País paralisado. Não temos tempo para isso. Nós precisamos de imediato, assim que eleito o novo presidente da República e o novo Congresso Nacional, pensarmos o futuro da nação brasileira naquilo que tem de essencial, que é a responsabilidade fiscal e o combate à dívida pública”, afirmou o presidente da Suprema Corte, que rejeita a convocação de uma nova constituinte.

Para Toffoli, o acompanhamento dessas reformas pelo Supremo é essencial para que o que for aprovado pelo Legislativo e Executivo já esteja seguro e “sólido juridicamente”.

“Ou seja, para que já se aprove de forma pactuada de que aquilo está sólido juridicamente, que é constitucional. Assim evitamos depois discussões infinitas a respeito das reformas. Esse pacto é exatamente para que se tenha segurança jurídica do produto final dessas reformas”, refletiu Toffoli, que vê nesta atribuição o fortalecimento da colegialidade do tribunal. Para um ministro ouvido reservadamente pela reportagem, o principal desafio da Suprema Corte é “falar a uma só voz institucionalmente”.

Na visão do ministro Marco Aurélio Mello, diante dos extremos que marcam a campanha eleitoral, o STF desempenhará um papel ainda mais importante nos próximos quatro anos. “O protagonismo dele vai ser superior ao atual. Ele vai ser muito mais cobrado para atuar”, afirmou Marco Aurélio à reportagem. Com 28 anos de atuação na Corte, o ministro avalia que o STF será o poder “definidor”.

Para o ex-presidente do STF Nelson Jobim, com as presidências de Toffoli e de Luiz Fux (que assumirá o comando da Corte em setembro de 2020), haverá uma atuação do tribunal “no sentido da moderação, da ponderação”.

Mudanças

Ao longo dos últimos anos, o STF passou a ter um protagonismo maior no cenário político brasileiro, ganhando destaque em questões nacionais (como o julgamento do mensalão e de casos da Operação Lava Jato) e enfrentando suas próprias turbulências internas. O novo presidente da República poderá indicar dois novos ministros, que substituirão Celso de Mello e Marco Aurélio Mello – os dois se aposentam compulsoriamente em 2020 e 2021, respectivamente. Celso, no entanto, já sinalizou que pode antecipar a sua saída do tribunal.

Além das mudanças na sua composição ao longo dos próximos quatro anos, o Supremo pode definir nesse período questões de grande repercussão nacional, como a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal, a permissão do aborto até a 12ª semana de gestação e a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, considerada um dos pilares da Lava Jato. Toffoli já avisou que a análise de mérito das ações que discutem a execução antecipada da pena ficará para o ano que vem.

Fonte: Estadão conteúdo

Opositores dificilmente terão governabilidade no Congresso, diz Flávio Bolsonaro

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Por Renata Batista

Eleito senador pelo Rio de Janeiro com 4 milhões de votos, Flávio Bolsonaro, disse nesta segunda-feira, 8, que a vitória do PSL na disputa de domingo, 7, mostra que os opositores do candidato à Presidência do partido, Jair Bolsonaro, dificilmente terão governabilidade. Com 52 deputados federais, o partido terá a maior bancada no Congresso, rivalizando apenas com o PT, que elegeu o mesmo número de deputados.

“O Jair Bolsonaro já iniciará o próximo governo com ampla base de apoio. E se o lado oposto, o lado das trevas, for eleito, dificilmente terá governabilidade”, declarou, após deixar a residência do seu pai, na Barra da Tijuca, onde permaneceu por cerca de três horas.

Para o segundo turno, Flávio disse que a estratégia é fortalecer as lideranças em cada Estado com Jair Bolsonaro usando forte as redes sociais. Além disso, o candidato deverá aproveitar o tempo de TV, que no segundo turno é igual para os dois concorrentes, para se comunicar com o Nordeste.

“Ele quase levou no primeiro turno. Com mais tempo de televisão, vamos poder comunicar melhor para os setores que não foram impactados pelas redes sociais”, disse.

Ele negou que haja conversas sobre alianças. Procurou mostrar que o candidato não deve buscar aproximação formal com os caciques partidários, embora já no final do primeiro turno vários tenham aderido a sua campanha.

“A melhor estratégia é estar com o povo. É a nossa. Quem vota não são os caciques partidários”, avaliou, sem rejeitar apoios. “Somos muito gratos a todos aqueles que mesmo não sendo do PSL, manifestaram apoio já no primeiro turno. Qualquer apoio que não seja de corrupto de esquerda, certamente será muito bem-vindo. Mas não tem conversas de alianças formais”, completou.

Sempre frisando que o pai não possui marqueteiro, o senador eleito disse que assim que houver possibilidade clínica, Bolsonaro tem todo o interesse de participar dos debates. Na quarta-feira, ele se submeterá a uma perícia médica para avaliar seu estado, após as duas cirurgias a que foi submetido. Para ele, o candidato do PT, Fernando Haddad, está muito exposto e não foi testado no primeiro turno. “Ele já declarou que assim que houver a possibilidade tem todo o interesse de participar. O outro lado não foi exposto com a ausência de Bolsonaro nos debates. Isso vai acontecer. A verdade vai ser esfregada na cara do PT”, disse.

Fonte: Estadão conteúdo

No Rio, urnas barram filhos de Eduardo Cunha, Cabral, Picciani e Crivella

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Por Caio Blois – Especial para a AE

As urnas das eleições 2018 barraram os filhos de antigos nomes da política do Rio, dois deles se encontram na prisão da Operação Lava Jato. Neste domingo, 7, os eleitores disseram não a Danielle Cunha e a Marco Antônio Cabral, e também a Leonardo Picciani e Marcelo Crivella Filho. Todos disputavam uma cadeira na Câmara, mas ficaram no meio do caminho.

Danielle é filha do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB/RJ), preso pela Operação Lava Jato desde outubro de 2016.

Marco Antônio é filho do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB), condenado a 183 anos de reclusão e já sob custódia desde novembro de 2016.

Leonardo Picciani, ex-ministro do Esporte, é filho de Jorge Picciani, também alvo da Lava Jato – Picciani, o pai, presidente afastado da Assembleia Legislativa fluminense, chegou a ser preso em 2017.

Marcelo Crivella Filho também não se deu bem. Filho do prefeito do Rio Marcelo Crivella (PRP), ele conquistou 35.677 votos, pouco para alcançar a meta, amargando a sexta colocação do PRB.

O filho de Cabral, condenado por improbidade administrativa na semana passada ao supostamente dar 23 “carteiradas” para visitar o pai em dias e horários proibidos no Bangu 8, exibiu desempenho mais pífio ainda nas urnas, com 19.659 votos, ou 100 mil a menos que no pleito de 2014.

Danielle Cunha, por sua vez, passou longe da Câmara – o Rio lhe deu 13.424 votos.

Já Leonardo Picciani, ex-ministro do Esporte que mirava a reeleição, pegou 38.665 votos e também ficou fora.

Exceção

Mas nem todos os herdeiros de antigos nomes da política foram alijados.

É o caso de duas filhas de Anthony Garotinho (PRP), ele próprio barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral da disputa pelo governo do Rio.

Clarissa Garotinho, do PROS, teve 35.131 votos e conseguiu uma cadeira na Câmara. Em 2014, ela foi a segunda mais votada do Estado com mais de 335 mil votos. A queda de 300 mil votos foi a maior entre todos os que concorreram nas duas eleições no Rio, mas Clarissa conseguiu manter sua cadeira na Câmara.

E Wladimir Garotinho, seu irmão, foi eleito pelo PRP com 39.398 votos.

 

Fonte: Estadão conteúdo

PSL domina Alerj e tem quatro dos cinco deputados mais votados

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Por Denise Luna

O sucesso do Partido Social Liberal (PSL) na eleição presidencial de 2018 foi estendido à composição da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O partido do candidato à Presidência com mais votos no primeiro turno, Jair Bolsonaro, foi responsável por quatro dos cinco deputados mais votados nas eleições deste domingo, 7, entre eles o mais votado, Rodrigo Amorim, e a deputada Alana Passos, terceira colocada.

Ao todo, o partido conseguiu eleger 13 dos 70 deputados estaduais da Alerj, contra dois vitoriosos nas eleições de 2014. O MDB foi o partido que mais encolheu, dos 15 deputados eleitos há quatro anos para 5 no último domingo.

Em contraponto, conseguiram vaga na Alerj três candidatas do PSOL ligadas à vereadora assassinada Marielle Franco, que terão no entanto que dividir o plenário com Rodrigo Amorim, do PSL, o mais votado para a Alerj com 140.666 votos e o mesmo que, às vésperas das eleições, publicou nas redes sociais uma foto com a placa de rua em homenagem à Marielle no Centro do Rio rasgada, “para restabelecer a ordem”, segundo ele afirmou na época.

Um movimento de mulheres pedindo para que não se eleja o candidato à presidência pelo PSL (#Elenão) teve o assassinato da vereadora Marielle Franco como um dos símbolos. Apesar de ter amenizado o discurso na reta final da campanha no 1º turno, Bolsonaro despertou a rejeição das mulheres por causa do discurso com referências machistas e declarações de desrespeito a direitos individuais e a instituições democráticas.

Foram eleitas para a Alerj a ex-chefe de gabinete de Marielle, Renata Souza, com 63.937 votos, e a ex-assessoras Mônica Francisco, com 40.631 votos e Dani Monteiro, com 27.982 votos. Com isso, o número de mulheres na Alerj sobe para 12. Talíria Petrone, outra vereadora amiga de Marielle, também foi eleita, mas para deputada federal.

As eleições de 2018 mudaram pouco menos da metade das cadeiras da Alerj, com a reeleição de 34 deputados do total de 70.

Depois das eleições deste ano, o PSL passa a ser o partido com mais deputados na Alerj, seguido de DEM (6) e PSOL (5), este último mantendo o mesmo número de deputados eleitos em 2014. O número de deputados Partido dos Trabalhadores (PT) caiu de 6 para 3 de uma eleição para outra, enquanto o Partido Democrático Trabalhista (PDT) manteve as três vagas que já detinha. O PSDB manteve as mesmas duas cadeiras que tinha na eleição passada.

Surpreendido por Witzel, Paes diz que eleição no 2º turno começa ‘zerada’

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Paes foi condenado por abuso de poder político e econômico e conduta vedada a agentes públicos nas eleições de 2016
Por Roberta Pennafort

Surpreendido pelo novato Wilson Witzel (PSC) no primeiro turno das eleições, o candidato do DEM ao governo do Rio, Eduardo Paes, que era líder de todas as pesquisas de intenção de voto, disse que o segundo turno será uma nova eleição, que começa “zerada”.

“É outra eleição que gente vai disputar. Nossa estratégia é apresentar nossas propostas, discutir, andar muito na rua. Vamos falar muito com as pessoas. As pessoas já me conhecem bem, e agora vão conhecer melhor meu adversário, o que é importante. Estou muito confiante na vitória”, afirmou Paes, em agenda em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, na manhã desta segunda-feira, 8.

Segundo Paes, ainda não houve alianças para o segundo turno. “Não conversei ainda com ninguém, ainda terei essa discussão, ninguém me ligou. Minha promessa vou manter, não darei secretaria para o Indio (da Costa, candidato do PSD, com quem polarizou em debates)”, disse.

Paes admitiu que os três milhões de votos de Witzel – que se alinhou ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) – eram inesperados. “Essa matemática é para analista político. Se você me perguntasse na sexta-feira, o adversário teria que ter sido capaz de converter milhares de votos. Comigo as coisas funcionam ao contrário. Um desafio desses me dá disposição.”

O ex-prefeito se colocou com um bom articulador político ao falar da nova composição da Assembleia Legislativa do Rio. “Falei com prefeitos e deputados eleitos. A Alerj teve renovação grande. Eu sei lidar com Parlamento, é uma característica minha. Governar não é ser um CEO. É bom ser bom gestor mas não é como presidente de empresa, que dá ordem. É muito diferente o ambiente. Você tem a vontade, dialoga com a população, pergunta, a imprensa te cobra, te pressiona, você conversa com o Parlamento. Tem que dialogar, visitar as bases. É assim que se governa numa democracia. Sou um democrata, sou do diálogo”, argumentou.

Paes agradeceu à população do Rio a “oportunidade de ir para o segundo turno” e afirmou que terá a Baixada Fluminense como prioridade caso ele

Fonte: Estadão conteúdo

PT tem pior desempenho desde 1998; PSDB sofre revés histórico

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Por Alessandra Monnerat, Caio Sartori e Bianca Gomes, especial para a AE

Com os 29,2% dos votos obtidos pelo candidato Fernando Haddad no pleito deste domingo, 7, o PT apresentou seu pior desempenho em um primeiro turno presidencial desde 1998, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva obteve 31,71% dos votos válidos.

A melhor votação do partido para o cargo de presidente foi em 2006, ano da reeleição de Lula. No primeiro turno, ele teve 48,6% dos votos e disputou o segundo contra Geraldo Alckmin (PSDB). Em 2002, na primeira vitória lulista, e 2010, quando Dilma Rousseff venceu pela primeira vez, o resultado do PT foi parecido: 46,4% e 46,9%, respectivamente.

A queda no desempenho do partido começou sob Dilma, em 2014, uma eleição muito mais difícil para os petistas do que as anteriores Fragilizada com a iminência da crise econômica e com os efeitos das jornadas de junho, a ex-presidente obteve 41,6% dos votos – no segundo turno, venceu Aécio Neves por uma diferença de apenas 3,3%.

Na eleição deste domingo, o PT perdeu dois Estados que vinham dando vitória à legenda em todos os primeiros turnos desde 2006: Minas Gerais e Rio de Janeiro, que são, respectivamente, o segundo e terceiro maiores colégios eleitorais do País.

Alckmin

Com pífios 4,8%, Geraldo Alckmin confirmou a derrocada do PSDB nestas eleições. Seu total de votos (5 milhões) foi menor, por exemplo, que a quantidade obtida pelo tucano João Doria na disputa ao governo de São Paulo (6,4 milhões). O desempenho de Alckmin na corrida presidencial foi, de longe, o pior do partido em todo o período da redemocratização. Até então, este posto era de Mário Covas, que obteve 11,5% dos votos e ficou em quarto lugar em 1989.

A melhor votação para um presidenciável do PSDB foi em 1994, quando Fernando Henrique Cardoso foi eleito pela primeira vez. Na onda do Plano Real, ele ganhou 54,3% dos votos válidos. No pleito seguinte, repetiu a boa performance nas urnas e foi reeleito no 1º turno, com 53,1%.

Em 2002, porém, já com o governo FHC abalado, o tucano José Serra teve que enfrentar, além de Lula, dois postulantes a uma ‘terceira via’: Anthony Garotinho (então PSB) e Ciro Gomes (então PPS). Com isso, Serra pontuou apenas 23,2%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Só uma mulher vai ao 2º turno; no Senado, 5 de 63 se elegem

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Por Renata Cafardo. Colaborou Luiz Fernando Toledo

Só 5 das 93 mulheres candidatas a governadoras ou senadoras no País foram eleitas no domingo (5,37%). E apenas uma passou para o segundo turno, a pedagoga e senadora Fátima Bezerra (PT), que disputa o governo do Rio Grande do Norte. Ela teve 46,17% dos votos. Entre as cinco senadoras eleitas, estão a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB), por São Paulo, e a ex-jogadora Leila do Vôlei (PSB), pelo Distrito Federal.

A ex-presidente Dilma Roussef (PT), que aparecia nas pesquisas como favorita ao Senado por Minas Gerais, acabou com 15,3% dos votos. Ela perdeu para Rodrigo Pacheco (DEM) e para o jornalista Carlos Viana (PHS). A ex-governadora do Maranhão por quatro vezes, Roseana Sarney (MDB), não passou para o segundo turno. O atual governador, Flávio Dino (PC do B), se reelegeu com 59% dos votos.

No Maranhão, no entanto, Eliziane Gama (PPS) garantiu sua vaga como senadora, desbancando dois conhecidos nomes da política do Estado, Sarney Filho (PV), ex-ministro do Meio Ambiente no governo de Michel Temer, e o ex-governador Edison Lobão (MDB).

Dos 357 candidatos ao Senado, havia 63 mulheres. E entre os 200 que disputavam o cargo de governador, 30 eram mulheres.

Em São Paulo, a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB) conquistou a segunda vaga para o Senado, com 18,6% dos votos (com 98% ds urnas apuradas). O senador pelo PT Eduardo Suplicy não conseguiu se eleger, apesar de estar em primeiro lugar nas pesquisas. A outra vaga ficou com Major Olimpio, candidato apoiado por Jair Bolsonaro (PSL).

Entre as candidatas a presidente, Marina Silva (Rede) teve desempenho muito abaixo do projetado inicialmente pelas pesquisas e ficou com 1% dos votos. Marina chegou a ser a segunda colocada na disputa para a Presidência. Outra mulher candidata ao cargo, Vera Lúcia (PSTU) recebeu 0,05% dos votos válidos.

As outras duas senadoras entre as eleitas são Juíza Selma Arruma (PSL), pelo Mato Grosso, e Zenaide Maia (PHS), pelo Rio Grande do Norte. Só Selma e Leila do Vôlei tiveram a maior parte dos votos em seus Estados entre as mulheres eleitas.

Em 2018, as coligações de deputados estaduais, federais e distritais precisavam ter pelo menos 30% de mulheres. A expectativa era a de que aumentasse o número de candidatas. Mas a porcentagem ficou na mínima exigida e semelhante à das últimas eleições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo