Por Denise Luna

O sucesso do Partido Social Liberal (PSL) na eleição presidencial de 2018 foi estendido à composição da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O partido do candidato à Presidência com mais votos no primeiro turno, Jair Bolsonaro, foi responsável por quatro dos cinco deputados mais votados nas eleições deste domingo, 7, entre eles o mais votado, Rodrigo Amorim, e a deputada Alana Passos, terceira colocada.

Ao todo, o partido conseguiu eleger 13 dos 70 deputados estaduais da Alerj, contra dois vitoriosos nas eleições de 2014. O MDB foi o partido que mais encolheu, dos 15 deputados eleitos há quatro anos para 5 no último domingo.

Em contraponto, conseguiram vaga na Alerj três candidatas do PSOL ligadas à vereadora assassinada Marielle Franco, que terão no entanto que dividir o plenário com Rodrigo Amorim, do PSL, o mais votado para a Alerj com 140.666 votos e o mesmo que, às vésperas das eleições, publicou nas redes sociais uma foto com a placa de rua em homenagem à Marielle no Centro do Rio rasgada, “para restabelecer a ordem”, segundo ele afirmou na época.

Um movimento de mulheres pedindo para que não se eleja o candidato à presidência pelo PSL (#Elenão) teve o assassinato da vereadora Marielle Franco como um dos símbolos. Apesar de ter amenizado o discurso na reta final da campanha no 1º turno, Bolsonaro despertou a rejeição das mulheres por causa do discurso com referências machistas e declarações de desrespeito a direitos individuais e a instituições democráticas.

Foram eleitas para a Alerj a ex-chefe de gabinete de Marielle, Renata Souza, com 63.937 votos, e a ex-assessoras Mônica Francisco, com 40.631 votos e Dani Monteiro, com 27.982 votos. Com isso, o número de mulheres na Alerj sobe para 12. Talíria Petrone, outra vereadora amiga de Marielle, também foi eleita, mas para deputada federal.

As eleições de 2018 mudaram pouco menos da metade das cadeiras da Alerj, com a reeleição de 34 deputados do total de 70.

Depois das eleições deste ano, o PSL passa a ser o partido com mais deputados na Alerj, seguido de DEM (6) e PSOL (5), este último mantendo o mesmo número de deputados eleitos em 2014. O número de deputados Partido dos Trabalhadores (PT) caiu de 6 para 3 de uma eleição para outra, enquanto o Partido Democrático Trabalhista (PDT) manteve as três vagas que já detinha. O PSDB manteve as mesmas duas cadeiras que tinha na eleição passada.