PF prende Joesley e vice-governador de Minas na Operação Capitu

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PF prende Joesley e vice-governador de Minas na Operação Capitu
Por Fausto Macedo e Julia Affonso

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira, 9, o empresário Joesley Batista e o vice-governador de Minas Gerais Antônio Andrade na Operação Capitu, um desdobramento da Lava Jato. A ação mira em um suposto esquema que atuava na Câmara dos Deputados e no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A Operação Capitu tem o apoio da Receita Federal. Estão sendo cumpridos 63 mandados judiciais de busca e apreensão e 19 mandados de prisão temporária, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Em nota, a PF informou que participam da operação 310 policiais federais nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, do Rio de Janeiro, de Mato Grosso, da Paraíba e no Distrito Federal.

A Polícia Federal informou ter instaurado um inquérito policial em maio deste ano, baseado na delação premiada do corretor Lúcio Bolonha Funaro, sobre supostos pagamentos de propina a servidores públicos e agentes políticos que atuavam direta ou indiretamente no Mapa em 2014 e 2015. A PF apurou a atuação de um esquema na Câmara dos Deputados e no Mapa, integrada por empresários e executivos de um grande grupo empresarial do ramo de processamento de proteína animal.

Esse grupo dependia de normatizações e licenciamentos do Mapa e teria passado a pagar propina a funcionários do alto escalão do ministério em troca de atos de ofício, que proporcionariam ao grupo a eliminação da concorrência e de entraves à atividade econômica, possibilitando a constituição de um monopólio de mercado.

As propinas eram negociadas, geralmente, com um deputado federal e entregues aos agentes políticos e servidores do Mapa pelo operador Lúcio Bolonha Funaro.

Entre os atos de ofício praticados pelos servidores do Mapa destacam-se a expedição de atos normativos, determinando a regulamentação da exportação de despojos; a proibição do uso da ivermectina (droga contra parasitas) de longa duração; e a federalização das inspeções de frigoríficos. O grupo empresarial teria pago R$ 2 milhões pela regulamentação da exportação de despojos e R$ 5 milhões pela proibição do uso da ivermectina de longa duração.

Segundo a PF, um deputado federal da Paraíba à época dos fatos teria recebido R$ 50 mil do grupo como contrapartida, em decorrência da tentativa de promover a federalização das inspeções sanitárias de frigoríficos por meio de uma emenda, cujo objeto tinha natureza totalmente diversa do escopo da medida provisória nº 653/2014 na qual foi inserida.

Teria havido também, por parte do grupo empresarial, o financiamento ilegal de campanha de um deputado federal para a presidência da Câmara dos Deputados, em troca de atendimento dos interesses corporativos do grupo no Mapa, sendo de R$ 30 milhões o valor solicitado para tal financiamento.

Desse total, o deputado teria destinado R$ 15 milhões a um deputado federal mineiro de seu partido. A bancada mineira de seu partido também teria recebido parte do montante, após a lavagem do dinheiro. Esses valores teriam sido depositados pelo grupo em contas bancárias de seis escritórios de advocacia, que teriam repassado os valores lavados aos beneficiários finais, conforme determinação do deputado federal mineiro e de seu operador, também deputado federal.

Esses escritórios de advocacia teriam emitido notas fiscais frias, visto nunca ter havido qualquer prestação de serviço ao grupo empresarial. Uma das maiores redes de supermercado do País também teria integrado a engrenagem de lavagem de dinheiro oriundo do esquema, repassando aos destinatários finais os valores ilícitos em dinheiro vivo e em contribuições “oficiais” de campanha.

O total de doações “oficiais” feitas por empresas vinculadas e administradas por um empresário do ramo de supermercados nas eleições de 2014 totalizou quase R$ 8,5 milhões.

Durante as apurações, segundo a PF, “houve clara comprovação de que empresários e funcionários do grupo investigado – inicialmente atuando em colaboração premiada com a PF – teriam praticado atos de obstrução de justiça, prejudicando a instrução criminal, com o objetivo de desviar a PF da linha de apuração adequada ao correto esclarecimento dos fatos”. Daí veio o nome da Operação, “Capitu”, a personagem dissimulada da obra-prima de Machado de Assis, “Dom Casmurro”.

Os envolvidos deverão ser indiciados pelos crimes de constituição e participação em organização criminosa, obstrução de justiça, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, dentre outros. Caso haja condenação, as penas máximas poderão variar entre 3 e 120 anos de reclusão, proporcionalmente à participação de cada investigado.

Esquema de deputados fez da Alerj uma ‘propinolândia’, afirma procurador

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alerj propina
Coletiva de imprensa sobre a Operação Furna da Onça na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro - Tomaz Silva/Agência Brasil
Por Roberta Pennafort

O esquema de corrupção investigado na Operação Furna da Onça, e que envolve pelo menos dez dos 70 deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), movimentou R$ 54,5 milhões em pagamentos de propinas durante o segundo mandato do ex-governador Sergio Cabral (MDB), entre 2011 e 2014, informaram a Procuradoria da República e a Polícia Federal nesta quinta-feira, 9.

Foram detectados loteamentos de cargos principalmente do Detran do Rio – o deputado Paulo Melo (MDB) tinha tanto domínio no órgão que era considerado “o rei do Detran”.

Os “mensalinhos” ficavam entre R$ 20 mil e R$ 900 mil – o maior valor foi detectado no caso de Paulo Melo. Os investigadores acreditam que este era tão alto porque ele redistribuiria pagamentos para outros deputados.

A distribuição de cargos entre pessoas indicadas pelos parlamentares demonstrou, segundo o procurador da República Carlos Aguiar, que “esses personagens lotearam o Estado do Rio, transformaram o Estado em fatias de bolo para viabilizar seus interesses políticos. “Não por acaso temos corrupção em diversas agências do Detran. A Alerj se transformou numa propinolândia”, disse Aguiar, ao explicar os mecanismos do esquema.

As investigações apontaram também que o deputado Chiquinho da Mangueira (PSC) usou dinheiro de corrupção para custear carnaval da sua escola de samba, num total de R$ 3 milhões em 2014 – ele é presidente da Mangueira.

O procurador Carlos Aguiar explicou que dessa vez as prisões de deputados não serão submetidas ao plenário da Alerj – no ano passado, quando foram presos Melo, Jorge Picciani (MDB) e Edson Albertassi (MDB), as prisões foram revertidas por votação da Casa. Posteriormente eles foram detidos novamente.

Dos 22 mandados expedidos nesta quinta, só dois não foram cumpridos, contra o ex-presidente do Detran Vinicius Farah, deputado federal recém-eleito pelo MDB, e o atual presidente, Leonardo Jacob – eles são considerados foragidos, segundo a PF.

Senado aprova corte em fundo para Educação

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Senado
O presidente do Senado, Eunício Oliveira durante sessão plenária, para apreciar e votar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2019
Por Anne Warth

O Senado cortou pela metade uma das fontes de recursos do Fundo Social do Pré-Sal, destinado a investimentos em saúde e educação. Por meio de um projeto de lei, os senadores destinaram 50% dos recursos vindos da comercialização do petróleo do pré-sal, que iriam integralmente para o Fundo Social, para outro fundo, voltado para expansão de gasodutos e para o fundo de participação de Estados e municípios. A proposta ainda precisa passar pela Câmara.

O Brasduto contará com 20% dos recursos da comercialização do petróleo do pré-sal. Outros 30% serão destinados aos fundos de participação de Estados e Municípios. O fundo dos gasodutos ainda poderá contar com recursos do Orçamento.

O acordo para a votação do texto, que estava em um projeto de lei sobre o pagamento de multas indenizatórias a usuários de energia prejudicados por distribuidoras, teve apoio do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Na quarta-feira, 7, os senadores retiraram da proposta o item que privilegia a seleção e construção de gasodutos que já obtiveram licenciamento ambiental. Agora, o critério de escolha será definido pelo comitê gestor do Brasduto. A rede de novos gasodutos já licenciados ampliaria a rede em 6,7 mil km. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Operação da Polícia Federal tem como alvo deputados do Rio de Janeiro

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Polícia Federal desenvolve hoje no Rio a operação Furna da Onça
Polícia Federal desenvolve hoje no Rio a operação Furna da Onça, um desdobramento da Operação Cadeia Velha (Tomaz Silva/Agência Brasil)

A Polícia Federal faz hoje (8) uma operação para investigar a participação de deputados estaduais do Rio de Janeiro em um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada em órgãos da administração estadual.

A operação, chamada Furna da Onça, é um desdobramento da Operação Cadeia Velha, que levou à prisão os deputados Paulo Melo, Jorge Picciani e Edson Albertassi, todos do MDB.

Estão sendo cumpridos 19 mandados de prisão temporária, três de prisão preventiva e 47 mandados de busca e apreensão. Alguns mandados estão sendo cumpridos dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Segundo a PF, a organização criminosa pagava propina a vários deputados estaduais, a fim de que patrocinassem interesses do grupo criminoso na Alerj.

De acordo com as investigações, o mensalinho, que seria pago pelo ex-governador Sérgio Cabral, era resultado de sobrepreço de contratos estaduais e federais.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, parlamentares eram beneficiados ainda com o loteamento de cargos em diversos órgãos públicos do estado, onde poderiam alocar mão de obra comissionada ou terceirizada.

Os investigados devem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.

Além de Albertassi, Melo e Picciani, que tiveram novas ordens de prisão, outros sete deputados estaduais têm a prisão decretada: André Correa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (MDB), Luiz Martins (PDT), Marcelo Simão (PP), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinícius “Neskau” (PTB).

Entre os outros alvos, estão o secretário estadual de Governo, Affonso Monnerat, o presidente do Detran/RJ, Leonardo Silva Jacob, e seu antecessor Vinícius Farah, recém-eleito deputado federal pelo MDB.

Senado aprova reajuste de 16% para ministros do STF

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Toffoli Reajuste salarial
Antonio Cruz/Arquivo/Agência Brasil

Senado aprova reajuste de 16% para ministros do STF; salário vai a R$ 39 mil

Após uma articulação relâmpago do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), o reajuste de 16,38% nos salários de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foi aprovado nesta quarta-feira, 7, pelos senadores e segue para sanção presidencial. Com isso, o teto do funcionalismo público passa de R$ 33.763,00 para R$ 39.293,32.

O plenário do Senado deu o sinal verde

O plenário do Senado deu o sinal verde para o aumento apesar do apelo do presidente eleito,  que manifestou preocupação com a votação.

O reajuste terá um efeito em cascata para a União e sobretudo para os Estados.

Eles já correm risco de insolvência justamente devido ao elevado comprometimento de suas receitas.

A decisão de Eunício de pautar o projeto do reajuste pegou de surpresa as lideranças dos partidos.  No entanto Eunício não convocou a reunião de líderes para tratar do assunto, o que é praxe.

A matéria estava parada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado com parecer contrário do relator, Ricardo Ferraço (PSDB-ES).

 

Mas o presidente do Senado designou novo relator, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que deu parecer favorável ao aumento.

Eunício rebateu as reclamações de que foi pouco transparente na articulação para pautar o projeto. “Os reajustes estavam pautados, não é verdade que não estavam, houve pedido de urgência”, afirmou o presidente do Senado.

 

Segundo ele, os requerimentos foram aprovados pelo plenário, o que abriu caminho para a votação feita hoje.

 

O presidente do Senado disse ainda que “jamais” faria uma negociação às escondidas.

Eunício ressaltou ainda que os projetos já haviam sido aprovados pela Câmara dos Deputados e que o aumento não provocará mudança no teto de gastos do Judiciário ou do Ministério Público, que seguirão respeitando a regra que limita o avanço das despesas à inflação. “Há compromisso formal do presidente da Suprema Corte, ministro Dias Toffoli, e de Raquel Dodge (procuradora-Geral da República), com quem me encontrei hoje, de que não haverá aumento do teto de gasto dos órgãos”, afirmou Eunício.

Bolsonaro confirma Tereza Cristina ministra da Agricultura

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Tereza Cristina Ministra da Agricultura
Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil
Por Mateus Fagundes e Eduardo Rodrigues

Bolsonaro confirma Tereza Cristina. A confirmação ocorreu depois de a Frente Parlamentar da Agropecuária ter informado que ela foi indicada pela entidade ao cargo.

A FPA também informou que a pasta não será unida ao Ministério do Meio Ambiente.

Após a reunião com Bolsonaro, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), não quis antecipar as sugestões da Frente Parlamentar para a política agrícola a partir do próximo ano. “Apresentaremos um documento ao presidente Bolsonaro ainda durante o período de transição”, respondeu.

Fechamento de creche no Miramar vira debate na Câmara

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Requerimento do vereador Gelinho questiona o fechamento da Escola Municipal de Educação Infantil Arlete Ribeiro José

Vereador Gelinho também pediu atendimento 24h no posto de saúde da Bicuda Grande

O Requerimento 613/2018, do vereador Cristiano de Almeida Silveira (PTC), o Cristiano Gelinho foi aprovado na última terça-feira (6), na Câmara Municipal de Macaé. A proposição questiona o fechamento da Escola Municipal de Educação Infantil Arlete Ribeiro José, no Miramar. Pais e avós de alunos compareceram à Câmara para acompanhar o debate e a votação.

“Um dos motivos alegados seria o custo mensal por aluno, de R$ 3 mil. Não considero que seja valor elevado pela importância de educar uma criança”, disse Gelinho.

O vereador e ex-secretário da Educação, Guto Garcia (MDB) disse não saber se essa decisão havia sido tomada. “Eu tenho a informação de que o Ministério Público (MP) questionou o custo, porque a média das escolas no município fica por volta de R$ 800, e também o fato de não haver área de lazer ou qualquer espaço ao ar livre”. Ele disse que, em geral, nesses casos, não se fecha, mas transfere-se os alunos para outras unidades.

Welberth Rezende (PPS) disse que irá com Guto amanhã (7) à Secretaria de Educação para tratar do assunto e convidou os demais colegas. “Outro motivo alegado para fechar a creche é que há poucos alunos. Mas há poucos porque não estão abertas matrículas. De qualquer forma, defendemos que se houver a transferência, que seja para um lugar nas imediações”.

Já Marvel Maillet (Rede) afirmou que a unidade tem o custo geral de R$ 120 mil por mês, atende a 54 crianças e está num imóvel alugado por R$ 17 mil. “Se o custo já é alto, pode aumentar ainda mais, pois um dos locais previstos para transferência poderia dar direito a maiores salários para os funcionários, por ser área de risco”.

Desapropriação

Segundo Maxwell Vaz (SD) um caminho muito melhor seria a desapropriação de algum terreno próximo e a construção de uma nova unidade. “Aí sim, teríamos um prédio com arquitetura e instalações adequadas”. Marcel Silvano (PT) sugeriu a Gelinho que fizesse um requerimento ao MP para confirmar se o ministério determinou realmente o fechamento da escola.

Outro que criticou a Secretaria de Educação foi Luiz Fernando Pessanha (PTC). “A creche funcionou nessas condições por tanto tempo. Por que só agora, faltando 40 dias para o fim do ano letivo, se anuncia esta medida, desorganizando a vida das famílias? Seria mais justo se isso fosse comunicado no início do ano, com a devida antecedência”.

Entre outras proposições de Gelinho aprovadas na sessão, destacou-se o Requerimento 586/2018, solicitando à Secretaria de Saúde informações sobre possibilidade de implantação de atendimento 24 horas no posto da Bicuda Grande. Além da defesa do autor, Nilton César Pereira (Pros), George Jardim (MDB) e do presidente Eduardo Cardoso (PPS) apoiaram a iniciativa.

Os vereadores discursaram em geral sobre a urgência de atendimento contínuo na Região Serrana, devido à distância dos distritos da serra até a área central do município e ao Hospital Público Municipal (HPM). Eles enfatizaram também os erros da pasta quanto a essa demanda.

Transporte de pacientes da Saúde em situação precária

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Assistência a pacientes da Saúde é cobrada por vereador Marvel Maillet

Requerimento aprovado na Câmara cobra respostas do Executivo sobre demanda

O déficit na assistência de pacientes da rede pública de Saúde, que buscam atendimento em unidades situadas fora da cidade, voltou a ser objeto de denúncia e de discussão no plenário da Câmara de Vereadores, na sessão ordinária de ontem (6).

Através de requerimento, aprovado por unanimidade, Marvel Maillet (REDE) cobrou do governo a apresentação de planilha de viagens realizadas pelo setor de transportes da secretaria, bem como o número de solicitações de deslocamentos de pacientes em tratamento.

“O nosso gabinete tem recebido reclamações de pacientes que não conseguem a assistência deste serviço. Nós queremos saber quantos carros e motoristas estão disponíveis para atender a população, que solicita o nosso apoio. Essa é atribuição do governo, que precisa ter prioridade com urgência”, disse o vereador.

Welberth participa de trabalhos da Câmara até o final do ano

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Parlamentar dá início a mandato cuja posse ocorrerá no próximo dia 1º de fevereiro

Vereador também prepara composição de gabinete da Alerj para iniciar mandato em fevereiro

Como a posse dos novos deputados que irão compor a futura Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) acontece só em fevereiro, o vereador Welberth Rezende (PPS) vai participar dos trabalhos da Câmara até o final do segundo ano da atual legislatura.

Integrante da base aliada do governo, Welberth garantiu participação nas discussões de dois importantes projetos para o Executivo, o Bolsa Escola e o “Avança Macaé”, propostas que defendem transferência de renda e integração entre a prefeitura e a iniciativa privada.

Na semana passada, Welberth fez a defesa do Bolsa Escola, apontando que a proposta possui um viés social extremamente importante para os estudantes. “O projeto é algo inovador, que poderá ser aprimorado com o passar do tempo. O que vale é a iniciativa do governo em regulamentar uma proposta que pode incentivar o estudante a se dedicar a se aprimorar, com a garantia de que terá acesso a uma bolsa de R$ 600 que fará bastante diferença dentro da casa”, disse Welberth.

O vereador também participa de reuniões com instituições empresariais locais, ao apontar o desenvolvimento do turismo local como uma das suas estratégias para o futuro mandato na Alerj. “O turismo vai ser uma pauta importante no nosso mandato na Alerj, um viés econômico que pretendemos construir com o apoio dos demais deputados, e com o novo governo do Estado. Eu acredito sempre que o diálogo é o melhor caminho para se resolver as demandas da nossa sociedade”, disse Welberth.

Audiência Pública do Porto cria expectativa na população

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A Petrobras informou a ocorrência de um rompimento de mangote na Plataforma P-58, durante operação de transferência de óleo para navio aliviador na madrugada do último sábado (23), causando o vazamento de óleo em um volume inicialmente estimado em 188m³. - Reprodução

Apresentação do Terminal Portuário de Macaé acontece nesta quarta-feira, às 19h, no Centro de Convenções

Aguardada com ansiedade desde o início do mês de outubro, quando a Comissão Estadual de Controle Ambiental – CECA, publicou o edital e marcou para o dia 7 de novembro, às 19 horas, a Audiência Pública para apresentação e discussão do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, com relação ao requerimento de Licença Prévia da empresa TEPOR – Terminal Portuário de Macaé Ltda, para a implantação do complexo no bairro São José do Barreto, a população macaense vive a expectativa de, finalmente, ver chegar a mais uma etapa, o processo capaz de mudar os rumos do desenvolvimento de Macaé.

Empresários ligados a diversas instituições e entidades baseadas não só em Macaé mas, também, em localidades situadas na região com grande interesse no projeto, estão mobilizados para estar presentes a este evento no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, que poderá ser considerado um dos mais importantes dos últimos tempos, após a crise na indústria do petróleo, principalmente.

Empresário Cliton da Silva Santos vive a expectativa do projeto sair do papel.

Para o empresário Cliton da Silva Santos, da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), são cerca de nove anos vivendo esta expectativa de ver deslanchar este projeto sonhado não só pelos macaenses, mas também por moradores de municípios vizinhos que veem neste processo uma alavanca para abertura de mais empregos. “Tenho certeza que vamos participar de uma audiência pública que vai contar com o apoio de todos os segmentos sociais. Estaremos abrindo as portas para o futuro de Macaé. E essa expectativa cresceu no dia 22 de outubro, quando dezenas de empresários e representantes de instituições diversas, estiveram reunidos na sede da Associação Comercial para assistir a exibição do projeto que vai mudar a cara da cidade, considerando as exigências ambientais e estruturais de todo o complexo logístico, ocasião em que foi lançado a campanha Somos Porto”, disse.

O Terminal Portuário de Macaé terá dois terminais. O primeiro, voltado à movimentação de petróleo e contará com dois berços para atracagem, com calado natural de 27 metros de profundidade. Esse terminal terá capacidade para atender navios ULCC (Ultra Large Crude Carrier) e será interligado por dutos ao polo de armazenagem na retroárea do Tepor que terá capacidade de bombeamento de dois milhões de petróleo por dia.

O segundo terminal, direcionado à movimentação de líquidos e de apoio offshore, será interligado à terra por uma ponte com potencial para operações ship to ship (navio para navio). Com calado de 16 metros de profundidade, também será interligado por tudos ao polo de armazenagem da retroárea do Tepor.

Ontem, era grande a movimentação em algumas instituições e, principalmente na Associação Comercial, onde foram distribuídas camisas com o slogan “Somos Porto” e a recomendação é de que as pessoas se preocupem em chegar um pouco mais cedo, devido ao interesse despertado na população, para quem estará sendo disponibilizado todo tipo de transporte, além de lanches, nos intervalos da discussão.

Líder do movimento “Macaé Porto Já”, que há dois anos batalha para mobilizar a sociedade em defesa do licenciamento do novo terminal marítimo de São José do Barreto, o vereador e presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara, Maxwell Vaz (SD), conclama a participação dos macaenses na audiência pública sobre o Tepor.

“Teremos uma audiência pública que vai mudar a história de Macaé. Por isso, todo mundo que deseja ver a cidade se desenvolver, desde o desempregado ao empresário, precisa dar voz a um projeto que vai contribuir para esta nova fase da economia da cidade. Por isso precisamos permanecer unidos nesta corrente, Macaé Porto Já”, disse Maxwell.