Diante do apelo de prefeitos, Senado busca solução para desoneração

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Marcos Oliveira/Agência Senado Fonte: Agência Senado

O Senado deve propor uma solução para evitar que os municípios de até 156 mil habitantes, que hoje pagam 8% de impostos sobre a folha salarial, passem a pagar 20% a partir de 20 de maio conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A ideia, sugerida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, nesta segunda-feira (13) durante sessão de debates temáticos sobre a situação financeira das prefeituras, é resolver a questão da desoneração junto com outros pleitos dos municípios, como a revisão da dívida previdenciária e um novo modelo de quitação de precatórios.

Na semana passada, o governo federal e o Congresso anunciaram um acordo sobre a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, mas a desoneração da folha dos municípios ficou fora do acerto. Segundo Pacheco, senadores vão se reunir para chegar a uma proposta que contemple os municípios. A sugestão sobre desoneração deve envolver um escalonamento da alíquota previdenciária para prefeituras até 2028, quando seria adotada a “alíquota cheia” de 20%.

— Havendo uma posição ou uma pretensão da manutenção da alíquota de 8% tal como está na Lei 14.784 [de 2023], qual é a proposta para os anos seguintes? Em que termos viria essa proposta para os anos seguintes de 2025, 2026 e 2027, com o restabelecimento definitivo em 2028? Então, é essa proposta que nós precisamos conceber para encaminhar ao governo federal — disse Pacheco.

O presidente do Senado ressaltou que apesar da indefinição em torno da desoneração, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sinalizaram favoravelmente a algumas das pautas municipalistas em reunião nesta segunda-feira. Um dos caminhos seria apresentar um texto alternativo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023, que estabelece medidas para aliviar as contas dos municípios e está pronta para votação no Plenário.

— O governo está sensível a outras questões que interessam ao municipalismo, inclusive um programa de regularização previdenciária e de pagamento da dívida dos municípios. Isso é um ingrediente, um elemento também importante. Eu considero que nós podíamos encaminhar a solução do acordo via um substitutivo à PEC 66  — apontou.

Autor do projeto que deu origem à lei da desoneração (PL 334/2023), Efraim Filho (União-PB) disse que, ao contrário do que alega o governo, há medidas compensatórias para viabilizar a desoneração para os municípios. 

— Qual foi o argumento? Não existiram medidas compensatórias. Mas, espera aí. Nós aprovamos a nova Lei do Carf, aprovamos a taxação das bets on-line e apostas esportivas; aprovamos a taxação das offshores; aprovamos a taxação dos fundos exclusivos; aprovamos a mudança com as novas regras do ICMS; aprovamos o arcabouço fiscal, a reforma tributária; aprovamos, a pedido do governo, a PEC da Transição, que deu R$ 180 bilhões de espaço orçamentário para o governo — disse. 

O senador Angelo Coronel (PSD-BA), que foi relator da proposta, reforçou que o aumento da alíquota atinge fortemente o orçamento dos municípios, mas não teria tanto impacto para a União.

—  Nós vamos ter uma solução até o dia 20. Solução essa para manter os 8% da desoneração este ano de 2024, e a gente trabalhar para 2025. Não há impacto fiscal no setor público, pois se trata de um aperfeiçoamento do pacto federativo, a União deixa de arrecadar a contribuição dos municípios, tendo efeito líquido neutro no outro setor — disse. 

O presidente da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), Edvaldo Nogueira, apontou que o prazo para se chegar a uma solução é curto.

— Pela lei, são 8%. A partir do dia 20, vai para 20%. Não tem receita, não tem planejamento que consiga superar esse fato. Por isso que eu acho também que nós temos que enfrentar esse tema. Nós temos que discutir esse tema rapidamente, o mais rapidamente possível — afirmou.

Marcelo Barbieri, presidente da Associação Paulista de Municípios, pediu o apoio do Senado na resolução do problema.

— Dia 20 é segunda-feira que vem. Temos uma semana para tomar essa decisão. Estamos depositando esperança nesta Casa para fazer a intermediação. Manter 8% este ano e escalonar a partir de 2025. Não podemos permitir que essa bomba recaia sobre os municípios. Vai aumentar a inadimplência das prefeituras — acrescentou.

Desoneração

A desoneração foi aprovada no Senado e na Câmara dos Deputados e o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Lula ao projeto. Depois da rejeição ao veto, o governo entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a constitucionalidade da desoneração e o ministro Cristiano Zanin julgou procedente a demanda. 

Pelo acordo fechado na semana passada, o governo vai pedir ao STF uma modulação da decisão, para que seja mantida a desoneração para os 17 setores durante o ano de 2024, mas os municípios ficaram de fora. Assim, pequenos municípios terão uma elevação da contribuição previdenciária patronal que incide sobre os salários dos funcionários. A medida atinge cerca de 3 mil municípios.

Outras medidas

De acordo com dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM), 49% dos municípios brasileiros terminaram o ano de 2023 com déficit. São quase R$ 500 bilhões em dívidas. Além da discussão da desoneração, representantes de prefeitos sugerem medidas como parcelamento especial das dívidas previdenciárias dos municípios; um novo modelo de quitação de precatórios pelos municípios; e a equiparação das regras de benefícios dos regimes próprios de previdência.

As sugestões dos municípios foram apresentadas no Senado por Alessandro Vieira (MDB-SE) na forma de uma emenda à PEC 66/2023. Para o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), a desoneração é fundamental, mas é apenas “a ponta do iceberg”. Ele pediu ao presidente do Senado que a PEC seja votada com urgência.

— Nosso sonho de verão é que o senhor colocasse na semana que vem, durante a marcha dos prefeitos, em votação essa proposta [PEC 66]. A dívida dos municípios, hoje no Brasil, do sistema geral, é de R$ 248 bilhões; 4,3 mil municípios devem essa dívida. Na questão dos precatórios, R$ 198 bilhões em 2.340 municípios que devem, têm mais seis anos para poder pagar e não ter mais como fazer isso. E quem tem o fundo próprio, 2.180 municípios do Brasil, têm uma dívida direta de 50 bilhões. Então nós estamos falando em R$ 500 bilhões — calculou.

Amália Barros

Na abertura da sessão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, manifestou pesar pelo falecimento da deputada Amália Barros (PL-MT). Amália morreu na madrugada deste domingo (12), aos 39 anos. Ela estava internada desde 1º de maio no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após a retirada de um nódulo no pâncreas. Senadores e demais presentes prestaram um minuto de silêncio em homenagem à ex-deputada.

– É com profundo pesar que participo à Casa, o falecimento ontem, dia 12, aos 39 anos de idade, da Deputada Federal Amália Barros, do Partido Liberal, da representação do estado de Mato Grosso. A deputada federal Amália Barros foi uma figura notável da política brasileira, com trajetória marcada pela superação, coragem e dedicação às causas que defendia, em especial, a da visibilidade e inclusão — disse Pacheco.

Eleito pelo mesmo estado de Amália Barros, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) também prestou homenagem à deputada ao final da sessão.

Fonte: Agência Senado

MPRJ obtém decisão condenando vereador de Macaé à perda do cargo

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George Coutinho Jardim foi condenado por improbidade administrativa no dia 17/01/2024

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Macaé, obteve, na segunda-feira (06/05), após entrar com recurso na Justiça, a condenação do vereador e vice-presidente da Câmara Municipal de Macaé, George Coutinho Jardim, à perda das funções públicas. Ele foi condenado por improbidade administrativa no dia 17/01/2024, quando perdeu seus direitos políticos, mas a Promotoria recorreu para que ele também fosse condenado à perda do cargo de vereador, uma vez que ainda ocupa a cadeira na Câmara.(Leia mais abaixo)

A promotoria explicou que o Juízo deixou de condenar George Jardim na perda do cargo de vereador porque presumiu, equivocadamente, que ele não ocupasse mais o posto. O recurso apontou, em resumo, a existência de contradição na sentença, uma vez que ele ainda exerce a função de vereador, sendo possível a aplicação da sanção de perda do cargo.(Leia mais abaixo)

George Jardim foi condenado em ação civil pública na qual o MPRJ demonstrou que ele manteve em seu gabinete, durante dois anos, um servidor que não cumpria a carga horária exigida para o cargo. A ACP relata que o servidor Luciano dos Santos Pacheco foi cedido ao gabinete do vereador George Coutinho Jardim entre os anos de 2014 e 2016, com carga horária de 40 horas semanais. As investigações apontaram, porém, que a partir de 01/10/2014, quando já estava cedido à Câmara, ele passou a ocupar o cargo de Técnico de Logística e Transporte Júnior na Petrobras, cumprindo a mesma carga horária de 8 horas diárias que declarou estar cumprindo na Casa Legislativa.(Leia mais abaixo)

A sentença ainda condenou o vereador George Jardim ao pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano, e o servidor Luciano dos Santos Pacheco à perda dos valores acrescidos ilicitamente ao seu patrimônio, bem como à restituição das remunerações percebidas no período compreendido entre outubro de 2014 e abril de 2016, além do pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial.

Por MPRJ

Deputados de direita querem destinar metade dos fundos partidário e eleitoral para vítimas das enchentes no RS

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Dois Projetos de Lei apresentados nesta segunda (6) na Câmara dos Deputados sugerem a realocação de 50% dos recursos de fundos políticos para medidas emergenciais em resposta às devastadoras enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.

Deputados de direita querem destinar metade dos fundos partidário e eleitoral para vítimas das enchentes no RS

Dois Projetos de Lei apresentados nesta segunda (6) na Câmara dos Deputados sugerem a realocação de 50% dos recursos de fundos políticos para medidas emergenciais em resposta às devastadoras enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. O primeiro projeto foca no Fundo Partidário, enquanto o segundo visa o Fundo Especial de Financiamento de Campanha. 

As iniciativas são de autoria dos deputados Bibo Nunes (PL-RS) e   Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL – SP) e contam com o apoio dos deputados federais Daniel Trzeciak (PSDB/RS), Nikolas Ferreira (PL/MG), Franciane Bayer (REPUBLIC/RS), Adriana Ventura (NOVO/SP), Sargento Fahur (PSD/PR), Rosangela Moro (UNIÃO/SP), Marcel van Hattem (NOVO/RS), Delegado Paulo Bilynskyj (PL/SP), Coronel Meira (PL/PE), Carla Zambelli (PL/SP), Filipe Barros (PL/PR), Mauricio Marcon (PODE/RS), Alfredo Gaspar (UNIÃO/AL), Adilson Barroso (PL/SP), Pastor Eurico (PL/PE) e Coronel Chrisóstomo (PL/RO) 

A destinação de 50% desses fundos resultaria na mobilização de cerca de R$ 621,9 milhões do Fundo Partidário e cerca de R$ 2,45 bilhões do Fundo Eleitoral para as medidas emergenciais em resposta às enchentes no Rio Grande do Sul.

As propostas, apresentadas quase simultaneamente, visam mobilizar aproximadamente R$ 621 milhões do Fundo Partidário e cerca de R$ 4,9 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. Estes fundos seriam utilizados para acelerar a recuperação das áreas afetadas, garantir recursos básicos para a população e apoiar serviços críticos como hospitais e sistemas de drenagem.

“Estamos diante de um cenário que exige uma resposta rápida e eficaz do governo e dos partidos políticos. É um momento de solidariedade e ação urgente,” declarou o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança. Segundo ele, as medidas propostas são essenciais para a reconstrução das infraestruturas e o suporte às mais de 19.368 pessoas desabrigadas e outras 873.275 afetadas diretamente pelas enchentes.

Agora, os projetos serão analisados pelas comissões correspondentes antes de serem votados no plenário da Câmara.

Por portal Novo Norte

Senado recorre ao STF para manter desoneração da folha de pagamento

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Na ação protocolada no STF, a AGU sustentou que a desoneração foi prorrogada até 2027 pelo Congresso sem estabelecer o impacto financeiro da renúnc…

Senado recorreu no início da noite desta sexta-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a decisão individual do ministro Cristiano Zanin que derrubou a desoneração de impostos sobre a folha de pagamento de 17 setores da economia e de determinados municípios até 2027.

Na petição, a advocacia da Casa pede que Zanin revogue a liminar que derrubou a desoneração. A decisão foi proferida nessa quinta-feira (26) e motivada por uma ação protocolada pela Advocacia-Geral da União (AGU).

De acordo com a equipe jurídica do Senado, a desoneração não traz prejuízos para as contas públicas. A Casa argumenta que a arrecadação federal bateu recorde nos três primeiros meses deste ano, chegando a R$ 657 bilhões.

“É desenganadamente equivocada a ilação de que a lei em comento tenha de algum modo imposto um gasto excessivo ou desarrazoado ao Executivo, ou que possa causar o esvaziamento do regime fiscal da União, argumentaram os advogados.

A liminar do Cristiano Zanin está em julgamento no plenário virtual da Corte . Até o momento, o placar é de 4 a 0 para manter a derrubada da desoneração.

Ação da AGU

Na ação protocolada no STF, a AGU sustentou que a desoneração foi prorrogada até 2027 pelo Congresso sem estabelecer o impacto financeiro da renúncia fiscal. A petição foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias.

A ação também contestou a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que invalidou o trecho da Medida Provisória (MP) 1.202/2023. A MP derrubou a desoneração previdenciária para pequenas e médias prefeituras.

Ao aceitar os argumentos da AGU, o ministro Cristiano Zanin entendeu que a aprovação de desoneração pelo Congresso não indicou o impacto financeiro nas contas públicas.

“O quadro fático apresentado, inclusive com a edição de subsequentes medidas provisórias com o objetivo de reduzir o desequilíbrio das contas públicas indicam, neste juízo preliminar, que há urgência em se evitar verdadeiro desajuste fiscal de proporções bilionárias e de difícil saneamento caso o controle venha a ser feito apenas ao final do julgamento de mérito”, justificou Zanin.

A desoneração da folha de pagamento para 17 setores e municípios com até 156 mil habitantes foi aprovada pelo Congresso, no entanto, o projeto de lei foi vetado pelo presidente Lula. Em seguida, o Congresso derrubou o veto.

Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) classificou de “catastrófica” a decisão da AGU de recorrer ao STF.

“[O recurso da AGU] surpreendeu a todos, especialmente pelo momento que nós estamos vivendo de discussão e busca por alinhamento entre o governo federal e o Congresso Nacional”, declarou Pacheco.

Por portal Novo Norte

Lira declara guerra ao Governo Lula

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Lira declara guerra ao Governo Lula

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, intensificou seu confronto com o governo de Lula ao anunciar que autorizará a instalação de cinco Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e dará prioridade a projetos da oposição. Este anúncio, formalizado para os 513 deputados nesta quarta-feira (17), marca uma escalada significativa na disputa política.

Em meio a acusações de incompetência dirigidas ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Lira reforçou sua posição crítica após a demissão de seu primo, Wilson César de Lira Santos, do cargo de superintendente do Incra em Alagoas, uma ação interpretada como retaliação do governo.

Entre as CPIs esperadas, destacam-se as que investigarão o escândalo dos respiradores fantasmas, envolvendo Rui Costa, atual ministro da Casa Civil, e alegações de abuso de poder por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A oposição, particularmente motivada, espera que Lira também leve adiante a CPI do abuso de autoridade, com foco na suposta repressão do judiciário à liberdade de expressão.

A situação acirra ainda mais com a PEC das prerrogativas, proposta pelo deputado Rodrigo Valadares (União-SE), que visa limitar a presença da Polícia Federal nas proximidades da Câmara, e a CPI do Marajó, que pode começar seus trabalhos ainda no primeiro semestre, conforme indicado pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP). Esta série de ações de Lira sinaliza uma clara declaração de guerra contra o governo atual, refletindo uma era de intensos embates políticos.

Por portal Novo Norte

Entenda o que muda na lei que proíbe a saidinha de presos após veto de Lula. Congresso ainda pode derrubar veto

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Lula enfatizou que a manutenção de visitas esporádicas à família é uma medida não apenas de cunho social mas constitucional, reiterando decisões do Supremo Tribunal Federal sobre os benefícios da reintegração social dos presos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira (11) a lei que modifica as condições de saída temporária de presos, especificamente proibindo as “saidinhas” para aqueles condenados por crimes violentos, mas vetando a proibição de visitas familiares. O Ministério da Justiça e Segurança Pública confirmou que detentos em regime semiaberto poderão continuar tendo saídas temporárias para visitar suas famílias.

O presidente justificou seu veto destacando a importância de equilibrar a ação punitiva do Estado e a reintegração progressiva do preso: “O instituto da saída temporária está atrelado, exclusivamente, ao âmbito do regime semiaberto”, explicou Lula em sua mensagem ao Congresso. Ele acrescentou que revogar o direito à visita familiar “restringiria o direito do apenado ao convívio familiar, enfraquecendo os laços afetivo-familiares que já são afetados pela própria situação de aprisionamento.”

Lula enfatizou que a manutenção de visitas esporádicas à família é uma medida não apenas de cunho social mas constitucional, reiterando decisões do Supremo Tribunal Federal sobre os benefícios da reintegração social dos presos.

A legislação atual permite que presos no regime semiaberto, com bom comportamento e que já cumpriram um sexto da pena, saiam do presídio por até cinco dias em feriados para visitar a família ou para estudar e participar de outras atividades de ressocialização. O veto presidencial será agora analisado pelo Congresso, que poderá aceitar ou derrubar as alterações propostas pelo presidente.

Por portal Novo Norte

Eduardo Bolsonaro explica porque é contra prisão de Brasão e destaca inconstitucionalidade na ordem de Moraes. Veja o vídeo

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Em vídeo enviado da Europa, o deputado enfatiza a ilegalidade de prisões de parlamentares sem flagrante delito

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em vídeo divulgado da europa nesta quarta-feira (10), condenou a prisão de Chiquinho Brasão, acusado de ser o mandante da morte da vereadora Marielle Franco, alegando ser um ato inconstitucional. O parlamentar ressaltou que a Constituição prevê a prisão de deputados somente em casos de flagrante delito de crime inafiançável, o que, segundo ele, não se aplica ao caso de Brasão.

Ele criticou a ação como um precedente perigoso que viola os princípios fundamentais do direito à ampla defesa e ao devido processo legal. Bolsonaro argumentou que, sem flagrante delito, a prisão de um deputado não só desrespeita a Constituição, mas também ameaça a liberdade e a imunidade parlamentar, colocando em risco o futuro da democracia e a liberdade dos deputados.

“Não podemos ser reféns das nossas próprias opiniões, falando de liberdade, devido processo legal e ampla defesa, e quando uma decisão dessa vem para as nossas mãos, a gente fazer justamente o contrário”, destacou o deputado. Ele enfatizou que a decisão de hoje poderia tornar os deputados reféns de um sistema que ignora a Constituição.

No final de seu pronunciamento, Eduardo Bolsonaro fez um apelo pela compreensão e apoio ao seu posicionamento, salientando a necessidade de respeitar as leis constitucionais e garantir a justiça de maneira legítima e legal.

Conselho de ética abre processo
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados instaura nesta quarta-feira (10) o processo contra o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). A reunião está marcada para as 10 horas no plenário 2.

Chiquinho Brazão está preso desde o último dia 23. Ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro. Na época, Brazão era vereador na capital fluminense.

Brazão nega as acusações. Segundo ele, os debates que manteve com a vereadora na Câmara Municipal do Rio de Janeiro não podem ser utilizados como motivo para ligá-lo ao assassinato de Marielle. “Eu estava ali lutando para aprovar o projeto de lei que regulamentava em um período de um ano os condomínios irregulares”, se defendeu por videoconferência em reunião da Comissão de Constituição e Justiça.

Por portal Novo Norte

Estadão “detona” ação eleitoreira de ministro de Lula contra a Enel

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O editorial enfatiza que a polêmica gerada em torno da Enel serve aos interesses políticos do governo Lula, principalmente no contexto das eleições municipais em São Paulo.

Em editorial publicado nesta quinta (4), o Estadão criticou fortemnete a atitude do Ministro de Minas e Energia de Lula, Alexandre Silveira, por sua ameaça de cancelar a concessão da Enel. O jornal aponta a ação como estratégia eleitoreira, destacando que a Enel, apesar de falhas, atende aos requisitos contratuais estabelecidos pela Aneel.

O editorial enfatiza que a polêmica gerada em torno da Enel serve aos interesses políticos do governo Lula, principalmente no contexto das eleições municipais em São Paulo. Ressalta-se que políticos como Tarcísio de Freitas, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos se envolveram rapidamente na questão, buscando capitalizar eleitoralmente sobre o incidente.

O Estadão acusa o ministro e outros políticos de explorarem a situação para benefício próprio, desviando a atenção das reais necessidades de melhoria no serviço de energia. O jornal argumenta que tais ações políticas não contribuem para resolver os problemas enfrentados pelos consumidores paulistanos.

O editorial critica o governo por não focar em medidas efetivas, como a revisão de parâmetros contratuais e o fortalecimento das agências reguladoras. Ao invés disso, opta por táticas que geram publicidade mas não resultam em benefícios práticos para a população, reiterando que a postura do ministro e a politização da questão são contra-produtivas e não iluminam os caminhos para melhorias no setor elétrico.

Por portal Novo Norte

Voto do relator aponta possível manipulação do PT em ações para cassar mandato de Sergio Moro

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O relator destaca o interesse partidário, particularmente do Partido dos Trabalhadores (PT), em barrar a ascensão política de Moro.

Em uma análise detalhada das ações judiciais contra o ex-juiz e senador Sérgio Moro, o relator do caso no TRE-PR sugere que motivações políticas podem ter influenciado o processo. O contexto apresentado sugere uma trama que transcende as acusações formais, insinuando uma possível estratégia para desestabilizar a carreira política de Moro, especialmente considerando sua notoriedade e papel anterior na Operação Lava Jato.

O relator, desembargador Luciano Carrasco, aponta para uma manipulação política nas ações movidas, sugerindo que elas podem ter sido utilizadas como ferramenta para afetar a imagem e a carreira política de Moro. A análise do contexto e das evidências sugere que a disputa não se limitou ao campo jurídico, mas também envolveu o tabuleiro político, onde as ações podem ter sido estrategicamente planejadas para influenciar a percepção pública e as chances eleitorais do ex-juiz.

Além disso, o relatório menciona a possibilidade de que as ações tenham sido impulsionadas pelo desejo de interferir nos resultados eleitorais, especialmente em relação à candidatura de Moro ao Senado pelo Paraná. Essa perspectiva indica uma tentativa de uso do sistema judicial como meio para atingir objetivos políticos, questionando a neutralidade das acusações e colocando em dúvida a legitimidade das motivações por trás delas.

O relator destaca o interesse partidário, particularmente do Partido dos Trabalhadores (PT), em barrar a ascensão política de Moro. A menção ao PT e sua possível estratégia para eliminar a concorrência política de Moro reflete as complexas dinâmicas de poder e a utilização do sistema judicial como arena para disputas políticas.

Através dessas observações, o relator levanta questões críticas sobre a intersecção entre justiça e política, apontando para um cenário em que as ações judiciais podem estar sendo usadas como instrumentos em uma luta pelo poder, em vez de refletirem puramente questões legais ou éticas.

Por portal Novo Norte

Pedido de impeachment do conselheiro Domingos Brazão chega à análise do STJ

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que irá analisar o pedido feito pelo PSOL para que o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão perca o cargo (impeachment) assim que os sistemas voltem ao normal.

​O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu, nessa segunda-feira (25), pedido de instauração de processo por crime de responsabilidade contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão – preso pela Polícia Federal sob suspeita de envolvimento nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A inicial, apresentada pelo PSOL, pede não apenas a instauração do procedimento, mas também o afastamento cautelar do conselheiro. Entretanto, considerando que o Tribunal está com os sistemas informatizados fora do ar por causa da segunda etapa de migração do banco de dados, o requerimento será distribuído a um ministro relator assim que os sistemas voltarem a funcionar.

Em virtude de o pedido de impeachment não se enquadrar nas hipóteses de plantão do tribunal, de acordo com as regras da Instrução Normativa STJ/GP 6/2012 e da Resolução STJ/GP 6/2024, a matéria não pode ser deliberada monocraticamente pela Presidência.

“Em que pese a gravidade das acusações lançadas na peça vestibular, como visto, a jurisdição do Superior Tribunal de Justiça está limitada aos casos que se amoldam ao regime de plantão, entre os quais não está listado o objeto da pretensão ora apresentada”, destaca trecho do despacho.

Sistemas do STJ em manutenção

Dando seguimento à migração de seu banco de dados, iniciada em dezembro do ano passado, os sistemas informatizados do STJ integrados ao Sistema Justiça estão fora do ar desde o dia 23 até o dia 31 de março, com possibilidade de prorrogação do prazo, se necessário.

Durante o período de suspensão, o STJ está funcionando em regime de plantão, das 9h às 13h, seguindo as diretrizes do plano de contingência previsto na Resolução STJ/GP 6/2024. O plano traz detalhes sobre a forma de peticionamento durante plantão judicial e os procedimentos do tribunal para análise de medidas urgentes.

Por portal Novo Norte