Comissão debate projeto que transforma o ‘domínio de cidades’ em crime hediondo

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Assalto a banco em Criciúma (SC), que parou a cidade em 2020, é considerado um exemplo do chamado "novo cangaço" - Foto: Reprodução

A Comissão de Defesa da Democracia (CDD) se reúne na quarta-feira (6), a partir das 14h, com seis itens na pauta. Um deles é PL 5.365/2020 , que ti…

A Comissão de Defesa da Democracia (CDD) se reúne na quarta-feira (6), a partir das 14h, com seis itens na pauta. Um deles é PL 5.365/2020 , que tipifica os chamados “domínio de cidades” e “intimidação violenta” como crimes no Código Penal e ainda inclui o primeiro no rol de crimes hediondos. A intenção é enquadrar grupos armados que praticam grandes assaltos de forma coordenada, normalmente com roubo a agências bancárias ou caixas eletrônicos.

O domínio de cidades é um delito especializado praticado em centros urbanos de médias e grandes cidades. Ele costuma envolver o bloqueio de rodovias e obstrução das forças de segurança pública, até mesmo com armas de uso dessas, forças para impedir ou retardar a atuação do poder público.

relatório do senador Fabiano Contarato , favorável à proposta da Câmara, (PT-ES) faz uma comparação entre esse tipo de crime, que tem um contingente de criminosos maior e mais sofisticado em termos de planejamento e de recursos envolvidos, com o chamado “novo cangaço”, relacionado ao banditismo interiorano em cidades com até 50 mil habitantes. Ele reforçou no documento que o domínio de cidades e a intimidação violenta “são aqueles crimes considerados de gravidade acentuada, ou seja, aqueles delitos com grande potencial ofensivo, que causam substancial dano à coletividade”.

Mas o senador entende que são necessárias mudanças para deixar claro que não se trata de mero crime contra o patrimônio, uma vez que põe em risco a segurança pública e a ordem social de áreas urbanas. Ele concorda com a tipificação no Código Penal e com o enquadramento de crime hediondo, e estabelece penas de 15 a 30 anos de reclusão.

No mesmo relatório, o senador capixaba deu parecer pela rejeição do PL 610/2022 , apresentado pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), que trata do “novo cangaço”. A proposta tramita em conjunto com o projeto da Câmara e pretende transformar esse prática criminosa em ato de terrorismo. Para Contarato, o projeto descaracteriza esse tipo de crime por não exigir motivações previstas em lei, como xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião.

Se passar pela CDD, o projeto também será debatido e votado nas comissões de Segurança Pública (CSP) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Dia da Defesa da Democracia

O único projeto em caráter terminativo — não precisa passar pelo Plenário, salvo requerimento nesse sentido — é o PL 6.103/2023. O projeto fixa 25 de outubro como o Dia Nacional de Defesa da Democracia, em memória do assassinato do jornalista Vladimir Herzog. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), relator da proposta, deu parecer favorável, alegando que “instituir uma data dedicada a essa causa [da democracia] é um passo fundamental para garantir que esses valores não sejam novamente objeto de questionamento”.

A criação do Dia Nacional de Defesa da Democracia foi sugerida no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos de 8 de Janeiro de 2023, após debate e aprovação na CPMI. Caso seja aprovada pela CDD, a proposta segue diretamente para a Câmara dos Deputados.

Outro projeto na pauta da CDD, o PL 745/2022 , especifica as aplicações de reconhecimento facial no Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas. O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), autor da proposta, argumenta que o número de pessoas desaparecidas no país é “alarmante” e que é necessário aproveitar as informações geradas diariamente pelos dispositivos de reconhecimento facial, como celulares e sistemas de controle de acesso, para auxiliar na identificação e localização desses desaparecidos.

Se o relatório favorável do senador Magno Malta (PL-ES) for aprovado, o projeto passará pelas Comissões de Segurança Pública (CSP) e, terminativamente, de Comunicação e Direito Digital (CDD).

Por portal Novo Norte

Drogas: Girão critica STF e diz que Barroso tem conflito de interesse

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Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (4), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF)

Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (4), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) por retomar, na próxima quarta-feira (6), o julgamentodo recurso extraordinário (RE 635659) movido pela Defensoria Pública de São Paulo, que pede a inconstitucionalidade do art. 28 da Lei 11.343, de 2006 .

A lei manda punir o porte de maconha e outras drogas proibidas, “para consumo pessoal”,com medidas sócio-educativas e prestação de serviços à comunidade. O mesmo vale para quem semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância, também para uso pessoal

O último voto em relação ao caso foi dado há seis meses, e o placar está em cinco votos favoráveis ao relator, ministro Gilmar Mendes: consideram ser inconstitucional enquadrar como crime o porte de maconha para uso pessoal. Um voto, do ministro Cristiano Zanin, considera válida a criminalização prevista no artigo 28 da Lei de Drogas. Os votos tratam apenas da maconha.

O senador destacou que, em sua opinião, a decisão de colocar a matéria em pauta novamente demonstra que existe um “avassalador ativismo político-ideológico” na Corte. Além disso, o senador diz ter “fortes questionamentos à imparcialidade do ministro Luís Roberto Barroso”, atual presidente do STF, responsável por recolocar o assunto em pauta e um dos que votaram pela descriminalização:

— É um conflito de interesses, ou não? [Barroso] sempre foi ativista em prol da legalização da maconha. Ele fez, por exemplo, palestras em Nova York a convite da Open Society, comandada pelo bilionário George Soros, um dos maiores investidores, patrocinadores globais da legalização da droga, em especial da maldita maconha. Nessa senda, esse magistrado tinha a obrigação de se declarar suspeito nessa matéria. Essa foi inclusive uma das razões que embasaram o meu pedido de impeachment do atual Presidente do Supremo.

Girão enfatizou que no ano passado houve uma mobilização no país contra o que chamou de legalização da maconha e outras drogas:

— A sociedade se mobilizou, e esse grito fez o Senado se levantar nessa causa. O Supremo Tribunal está indo contra os princípios, valores e vontade do povo brasileiro.

Uma das reações no Senado foi a apresentação pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45 . Apoiada por 28 senadores, inclusive Girão, a PEC altera o art. 5º da Constituição Federal, para “prever como mandado de criminalização a posse e o porte de entorpecentes e drogas afins sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar”.

O Parlamentar alertou sobre os riscos da maconha, mencionando estudos que associam o consumo da droga a problemas de saúde mental.

Por portal Novo Norte

Projeto proíbe condenado de lucrar sobre livro ou filme baseado no crime praticado

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Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Proposta autoriza vítima ou herdeiros a requerer os valores; Câmara dos Deputados analisa o texto

O Projeto de Lei 5912/23 proíbe a pessoa condenada de lucrar com a produção de eventual obra intelectual sobre o crime cometido por ela.

Pelo texto, se o condenado tiver recebido qualquer valor, a vítima ou seus herdeiros poderão requerer o montante recebido mais danos morais, independentemente de qualquer reparação já efetuada pelos prejuízos decorrentes da infração penal.

O autor da proposta, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), alerta que condenados notórios poderiam buscar lucro com a venda da história para produtores ou editores, com a cobrança para a concessão de entrevistas exclusivas ou com fornecimento de material para elaboração de biografias. Segundo ele, a medida impede qualquer ganho por parte do criminoso.

Legislação americana
Côrtes afirma que se inspirou na legislação americana. Lá, um conjunto de leis estaduais, conhecidas como “Son of Sam Laws” , autoriza o Estado a receber todo o dinheiro arrecadado pelo criminoso por cinco anos, com o objetivo de compensar a família das vítimas.

O nome da lei norte-americana faz referência a David Berkowitz, um assassino serial que agiu em Nova York na década de 1970. Em um dos crimes que cometeu, ele deixou um bilhete com a assinatura Son of Sam (Filho de Sam). Condenado a prisão perpétua, Berkowitz ganhou muito dinheiro após lançar livro em que narra detalhes e motivações para os crimes.

“Inspirada em leis americanas neste sentido, acreditamos que a medida é fundamental para preservar a moralidade pública”, disse Côrtes. “Assegura ainda às vítimas e aos herdeiros o direito de requerer indenização, tendo em vista que o lucro do condenado com o crime cometido, ainda que de forma indireta, constitui uma nova forma de agressão”, acrescentou.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Por portal Novo Norte

Gayer denuncia Lula ao Tribunal Internacional por genocídio de indígenas Yanomami

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Aumento de mortes entre os Yanomami em 2023 motiva ação; acusações também abordam negligência governamental frente ao garimpo ilegal.

O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) apresentou na sexta (1) uma denúncia contra Lula ao Tribunal Penal Internacional por genocídio contra os indígenas Yanomami. O documento enfatiza um aumento de 5,8% no número de mortes entre os Yanomami em 2023, somando 363 óbitos, em comparação a 343 no ano anterior. Além disso, aponta uma crise humanitária agravada por garimpo ilegal e desmatamento nas terras Yanomami, que se localizam entre os estados do Amazonas e Roraima.

Gayer argumenta que as promessas de Lula de reduzir a mortalidade entre os Yanomami não foram cumpridas, criticando a falta de medidas eficazes para proteger os indígenas de ameaças externas. Ele destaca a relação direta entre a presença de garimpeiros e madeireiros ilegais na área e o aumento de desnutrição e doenças entre a população indígena.

A denúncia se apoia em evidências como artigos de imprensa, números oficiais e relatórios governamentais, segundo Gayer. O deputado também menciona um precedente no Tribunal de Haia, que já aceitou acusações semelhantes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

No contexto da denúncia, Gayer publicou um vídeo em seu canal no YouTube, com mais de 1 milhão de seguidores, onde compara as taxas de mortalidade durante os governos de Michel Temer, Bolsonaro e Lula, criticando duramente a gestão atual pelo não fornecimento de medicamentos essenciais aos Yanomami.

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Senado vai bater de frente com o STF para evitar descriminalização do porte de drogas

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PEC busca criminalizar porte de qualquer quantidade de entorpecentes, enquanto Supremo avança para possível liberação para uso pessoal

O Senado Federal deve votar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa criminalizar o porte de qualquer quantidade de drogas. A ação surge como reação ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a descriminalização do porte de pequenas quantidades para uso pessoal, que será retomado na quarta-feira, 6. A proposta, que já está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desde setembro, poderia ser levada ao plenário do Senado no mesmo dia da decisão do STF.

Efraim Filho (União-PB), relator da PEC, expressou o sentimento do legislativo de preservar suas prerrogativas de legislar sobre o tema, criticando o que considera “ativismo judicial”. A atual legislação, estabelecida pelo Congresso em 2006, já define o porte de drogas para uso pessoal como crime, porém, não implica prisão, e sim penas alternativas como prestação de serviços à comunidade.

Ainda que haja apenas um voto restante para que o STF possa formar maioria pela liberação do porte para consumo próprio, o Senado busca reafirmar sua posição contra a descriminalização, adicionando um inciso ao artigo 5º da Constituição. Esta movimentação legislativa evidencia a contínua disputa de poderes no Brasil, tendo o Legislativo já empregado estratégias similares em outros temas controversos como o marco temporal para terras indígenas.

Além da PEC sobre drogas, o Congresso também se mobiliza em outras frentes contra decisões do STF, como na discussão sobre a descriminalização do aborto, mostrando a complexidade das relações institucionais e o desafio de equilibrar poderes e competências dentro da democracia brasileira.

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Projeto aumenta período de internação de adolescente e exige audiência de custódia antes de liberação

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Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O Projeto de Lei 5992/23 aumenta de 45 para 90 dias o prazo máximo previsto para a internação, antes da sentença judicial, de adolescentes apreendi…

O Projeto de Lei 5992/23 aumenta de 45 para 90 dias o prazo máximo previsto para a internação, antes da sentença judicial, de adolescentes apreendidos em flagrante por ato infracional. Em análise na Câmara dos Deputados, o texto também proíbe a pronta liberação do adolescente sem a realização de audiência de custódia.

De acordo com o projeto, em caso de flagrante delito, a autoridade policial deverá encaminhar o adolescente para audiência de custódia a ser realizada por um juiz de direito em até 24 horas.

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O texto também prevê a realização de audiência de custódia antes da liberação do adolescente internado por atos infracionais equiparados a furto, roubo ou crimes hediondos. Atualmente, a liberação pode ocorrer mediante a presença dos pais e a assinatura de termo de responsabilidade, exceto quando o delito praticado for grave e existir risco à ordem pública.

Autor da proposta, o deputado Doutor Luizinho (PP-RJ) argumenta que as mudanças são fundamentais para evitar que o tráfico de drogas e armas e o crime organizado continuem utilizando menores de idade “para espalhar o terror”.

“Ao ampliar o prazo de internação e garantir a realização de audiências de custódia em um prazo determinado, busca-se oferecer uma resposta mais robusta e imediata aos atos infracionais graves”, diz o deputado. “Essa abordagem não se destina apenas a impor penalidades mais severas, mas também a promover uma justiça mais ágil e eficaz.”

Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois será discutida e votada pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

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Senador critica o STF por ativismo político-ideológico no debate sobre a descriminalização do porte de drogas

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Senador critica o STF por ativismo político-ideológico no debate sobre a descriminalização do porte de drogas

O Senador Eduardo Girão (Novo CE) usou o plenário do Senado nesta segunda (4) para expressar sua preocupação com o que ele vê como um “avassalador ativismo político-ideológico” do Supremo Tribunal Federal (STF), criticando a instituição por desvirtuar seu papel democrático. Girão destacou a pauta do STF para quarta-feira, referente ao julgamento de um recurso da Defensoria Pública de São Paulo que questiona a constitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas de 2006, aprovada no primeiro mandato do Presidente Lula. O senador apontou uma discordância com a vontade popular, mencionando que pesquisas indicam que pelo menos 85% dos brasileiros são contra a legalização das drogas.

Girão enfatizou o papel do Congresso na legislação sobre drogas, relembrando a aprovação de medidas contra a descriminalização tanto em 2006 quanto em 2019, esta última sancionada pelo Presidente Bolsonaro. Ele criticou a postura do STF de ignorar a legislação existente e as decisões do Congresso, sugerindo que a Corte estaria agindo contra os interesses da população brasileira.

Além disso, o senador mencionou mobilizações nacionais contra a descriminalização e expressou sua preocupação com as consequências da legalização, como o aumento do tráfico de drogas. Girão também criticou ações recentes do governo em relação a outras questões, como a vacinação contra a COVID-19 para crianças e a política de aborto, sugerindo que haveria um desalinhamento entre as ações governamentais e os valores da população.

Finalmente, Girão fez um apelo pela urgência na votação da PEC 45, que visa reafirmar a criminalização do porte de drogas para consumo próprio, e questionou a imparcialidade de certos ministros do STF, especialmente em relação à legalização da maconha. Ele encerrou seu discurso destacando a importância da manutenção dos valores e princípios defendidos pelo povo brasileiro e pelo Congresso Nacional.

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Projeto prevê suspensão por seis meses de CNH e de conta telefônica do autor de pichação

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Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Proposta é analisada pela Câmara dos Deputados

O Projeto de Lei 337/24 suspende por seis meses a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e as linhas telefônicas de quem praticar pichações. O texto também proíbe o autor da pichação de pegar empréstimos subsidiados e consignados. A proposta está sendo analisada pela Câmara dos Deputados.

O projeto, do deputado Bibo Nunes (PL-RS), define pichação como o ato de riscar, desenhar, escrever, manchar, sujar ou degradar, sem consentimento do respectivo proprietário, edificação, mobiliário ou equipamento público ou privado.

“A pichação é considerada essencialmente agressiva e desprovida de valores artísticos. Paisagens urbanas estão sendo exponencialmente deterioradas por essa prática, afetando edificações ou monumentos, desrespeitando o investimento privado ou público, a arquitetura e a história”, justifica o autor.

A proposta estabelece ainda que as punições serão aplicadas independentemente de sanções penais cabíveis e da obrigação de indenizar os danos materiais e morais causados pelas pichações.

Em relação a eventuais indenizações, o projeto determina a inscrição em dívida ativa do autor de pichações que não efetuar o pagamento dos ressarcimentos.

Tramitação
O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Comunicação; Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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Bancada Evangélica convoca ação contra a descriminalização do porte de maconha pelo STF

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Frente Evangélica mobiliza cristãos diante da retomada do julgamento pelo STF sobre o porte de drogas para consumo pessoal.

A Frente Parlamentar Evangélica (FPE) convocou, neste domingo (3), os cristãos do Brasil para uma campanha de oração. O objetivo é combater a descriminalização do porte de maconha, tema que está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, cinco dos ministros do STF se mostraram favoráveis à liberação do porte de maconha para uso pessoal, com um voto contrário.

A análise do recurso pelo STF, que pode definir o porte de drogas para consumo próprio como não criminoso, motivou a FPE a pedir um movimento de oração. Eles esperam que essa ação espiritual influencie os ministros a votarem contra a descriminalização. A Bancada Evangélica distribuiu um pedido aos pastores para que convoquem suas igrejas a participarem do clamor.

Os ministros do STF precisam decidir sobre a quantidade de droga que uma pessoa pode carregar para ser considerada uso pessoal, sem caracterizar tráfico. A discussão se concentra em esclarecer aspectos da Lei de Drogas de 2006, que criminalizou a posse de entorpecentes para consumo sem estabelecer pena de prisão, deixando a decisão para análise caso a caso.

Essa decisão do STF visa criar um entendimento jurídico que esclareça as lacunas da legislação atual, determinando quais substâncias, além da maconha, podem ser portadas legalmente para uso pessoal e qual a quantidade aceitável para tal fim, sem que o indivíduo seja criminalizado.

Por portal Novo Norte

Governadores do Sul e Sudeste reclamam de falta de diálogo com o governo Lula e avaliam suspender pagamentos de dívidas federais

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Os líderes estaduais defendem a eliminação dos juros sobre a dívida, propondo que apenas a correção monetária seja aplicada.

Governadores e secretários de Fazenda do Sul e Sudeste expressaram nesta sexta (1), durante uma reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) em Porto Alegre, frustrações pela dificuldade em dialogar com o Ministério da Fazenda sobre a renegociação da dívida dos Estados com a União. Eles consideram levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e suspender o pagamento dos débitos como forma de pressão.

Os líderes estaduais defendem a eliminação dos juros sobre a dívida, propondo que apenas a correção monetária seja aplicada. A questão já havia sido discutida com o ministro Fernando Haddad em novembro do ano passado. O Ministério da Fazenda reafirmou estar aberto ao diálogo para encontrar soluções.

Na reunião, Cláudio Castro (PL-RJ) destacou que o Rio de Janeiro pagou R$ 2 bilhões a mais do que seria necessário sob as condições propostas. Os governadores também consideram mobilizar as bancadas dos estados no Congresso para buscar mudanças legislativas que favoreçam uma renegociação.

O Ministério da Fazenda anunciou em julho de 2023 a intenção de modificar o Regime de Recuperação Fiscal para oferecer mais flexibilidade e estender o prazo de duração, uma medida ainda pendente de implementação, mas parece que nada andou muito desde então.

Por portal Novo Norte