Legislativo pede redução de tributos para os taxistas

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Proposta de autoria do vereador Nilton César Moreira (PROS), o Cesinha, foi aprovado na Câmara

Parlamentares também cobraram a regulamentação do Uber na cidade

Um requerimento de redução das taxas cobradas aos taxistas foi aprovado esta semana, na Câmara Municipal de Macaé. Proposto pelo vereador Nilton César Moreira (PROS), o Cesinha, o objetivo é dar condições à categoria de competir com os motoristas que utilizam o Uber: “Não sou contra os motoristas do aplicativo, mas a favor dos taxistas. E eles precisam dessa redução para trabalharem em condições de igualdade”.

Cesinha também perguntou sobre a possibilidade de isenção dos tributos pagos pelos taxistas, que, segundo ele, totalizam pouco mais de R$ 1 mil por ano. “É injusto que apenas eles tenham que pagar por isso. Então, o correto seria isentá-los da cobrança. Mas, se não for possível, uma redução já deixaria a concorrência mais equilibrada”.

Maxwell Vaz (SD) lembrou que a Câmara vem discutindo a questão desde o início do ano. Contudo, o caso ainda não foi resolvido porque o Executivo não definiu o funcionamento do transporte privado de passageiros via aplicativo de celular.

Para Maxwell, a regulamentação é o caminho e não apenas a redução ou a isenção de tributos para os taxistas. “Votei a favor do requerimento, mas isso não resolve o problema. É preciso definir o que pode ou não ser feito dentro desse serviço para que os direitos de ambos – trabalhadores e consumidores – sejam respeitados”.

Eliézer Pacheco busca ser uma nova voz ativa na Alerj

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Eliézer Pacheco, candidato a deputado estadual, concedeu entrevista exclusiva ao jornal O DEBATE

Candidato a deputado estadual pelo PSC quer propor uma auditoria para fiscalizar os recursos do Estado

Com a proposta de valorizar os principios da família, Eliézer Pacheco, candidato a deputado estadualo pelo PSC, concedeu entrevista exclusiva esta semana na redação do jornal O DEBATE para falar sobre sua plataforma de trabalho caso seja eleito a uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Morador de Macaé há 35 anos, o candidato passou boa parte de sua vida na comunidade da Nova Holanda. Atualmente Eliézer Pacheco é empresário e pastor evangélico. “Sempre tive o trabalho, os estudos e os valores cristãos com base para a minha vida. Sou formado em técnico de contabilidade, técnico de informática industrial, bacharel em sistema de informação com especialização em gestão de negócios e bacharel em teologia. Nossa proposta de trabalho tem como plataforma a defesa da família”, disse.

Eliézer Pacheco dispustou as eleições municipais de 2016 postulante a uma vaga na Câmara Municipal. Na ocasião obteve 147 votos. Desta vez, ele disputa uma cadeira na Alerj com a proposta de ser uma voz ativa pelos interesses das famílias macaenses.

“Quero representar as famílias macaense na Alerj. O que me faz ser novamente candidato é a insatisfação da nossa população com o Estado do Rio de Janeiro e de nossa cidade. A política é instrumento de mudança para a sociedade. E como cidadão do bem, insatisfeito com tudo que está ocorrendo, me coloco a disposição para ajudar nesta construção de um novo estado para famílias”.

O candidato do PSC está concentrando sua campanha eleitoral visitando cidades da Região Norte Fluminense e Baixada. “Estou tentando visitar todas as cidades destas regiões conversando com eleitores e amigos. Estamos utilizando bastante nossas redes sociais divulgando nosso trabalho e histórico. Estando na Alerj vou buscar juntamente com o Governo do Estado melhorar a saúde, segurança e educação. Quero fiscalizar todo o recurso investido na área saúde. Quero propor uma auditoria dos últimos anos, porque são muitos recursos aplicados pelo Governo nestas áreas e a população não vê as melhorias corretas em nosso estado”, finalizou.

 

Ginásio Poliesportivo: solicitada assistência para ocupantes irregulares

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Vereador destacou importância do esporte para ações sociais

Na semana passada, vereador Marvel Maillet já tinha pedido maior vigilância no ginásio

A ressocialização no Ginásio Poliesportivo Engenheiro Maurício Soares Bittencourt foi solicitada pelo vereador Marvel Maillet (Rede) na sessão da última quarta-feira (12), na Câmara Municipal de Macaé. O requerimento, aprovado por unanimidade entre os presentes, pede uma ação da Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade. Segundo o autor da proposta, o objetivo é recuperar os usuários de drogas e coibir o tráfico no local, que permanece abandonado desde o início da atual gestão.

Na semana passada, Marvel teve aprovado outro requerimento solicitando à Secretaria de Ordem Pública o aumento da vigilância nas imediações do ginásio. “Agradeço ao Gaop (Grupo de Apoio Operacional da Guarda Municipal) por ter atendido ao meu pedido e intensificado o patrulhamento naquela área. Contudo, apenas isso não basta. O espaço foi invadido por traficantes e usuários de drogas e precisamos fazer algo para reverter essa situação”, explicou Maillet.

Vereador Maxwel Vaz (SD) destacou a incompetência do governo para lidar com a questão. “O ginásio parece um castelo mal-assombrado, caindo aos pedaços e colocando as pessoas em perigo”. O vereador também chamou a atenção para a necessidade de ir além do debate, buscando soluções efetivas para um governo, segundo ele, “inerte”.

Trabalho de Christino Áureo foi fundamental para a retomada de investimentos no setor

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A retomada destes investimentos é possível graças ao trabalho de Christino Áureo

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis assinou esta semana contratos da 15ª rodada de leilões

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou nesta semana a primeira etapa de assinatura de contratos relativos à 15ª Rodada de Licitações de novas áreas de exploração de petróleo. Com a antecipação, do total de R$ 8,01 bilhões ofertados na rodada, R$ 7,04 bilhões já foram arrecadados. Dos 10 contratos assinados nesta semana, quatro são de Blocos da Bacia de Campos, que totalizaram R$ 6.783.300.000,00.

A retomada destes investimentos é possível graças ao trabalho do deputado Christino Áureo para garantir a continuidade do Repetro.

O Repetro é um programa que reduz impostos, estimulando investimentos e gerando empregos, o regime venceria em 2020, mas Christino trabalhou por uma renovação antecipada, que foi assinada em fevereiro de 2018, quando Christino estava à frente da secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico, o que garantiu a atratividade da Região para investimentos, isso por ter uma carga tributária que é compatível com o que é praticado no Mundo.

Como deputado federal, Christino pretende liderar a bancada do petróleo e da energia, lutando para trazer investimentos para o estado, empregos e aumento de arrecadação para Estados e Municípios, especialmente os produtores como Macaé e Campos. Esta ação permite investimentos em saúde, educação, segurança pública, e gera muitos empregos melhorando a qualidade de vida em solos fluminense.

“Precisamos de representantes na Câmara Federal. Nosso estado perde R$ 27 bilhões, porque a produção de petróleo é taxada no consumo, e não na origem como a maioria dos produtos. Precisamos de um deputado que trabalhe para o segmento na Câmara Federal, e que tenha conhecimento e competência para lutar pelos nossos interesses. A nossa atuação no campo do petróleo nos últimos anos nos legitima a liderar a bancada do petróleo na Câmara Federal, caso seja eleito. O estado do Rio é o grande produtor e o país precisa de representantes que lutem pelo segmento, principalmente a geração do emprego e arrecadação”, avaliou o deputado estadual que concorre agora a uma vaga de deputado federal.

Na 15ª rodada de leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP) todos os lotes ofertados da Bacia de Campos foram arrematados e o Repetro é fundamental para garantir que estas áreas de exploração sejam produtivas.

Cadernetas de Saúde são cobradas ao governo

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Robson Oliveira critica demora da Cedae em restabelecer abastecimento na cidade - Wanderley Gil/Arquivo 

Robson Oliveira solicita à prefeitura atenção para demanda da assistência básica da cidade

Na sessão ordinária de ontem (12), a Câmara aprovou requerimento que solicita ao governo o encaminhamento da Caderneta do Idoso, que garante assistência especial ao público da terceira idade da cidade.

Ao defender o requerimento, Robson Oliveira (PSDB) destacou que essa assistência direcionada aos idosos merece ser fortalecida, mediante a necessidade de atendimento diferenciado e qualificado, através da rede pública.

“A população brasileira está envelhecendo. Nós temos 16 mil idosos na cidade. O Ministério da Saúde disponibiliza a Caderneta dos Idosos, que reúne todas as informações sobre a assistência básica, como vacinação, tratamentos de doenças crônicas e outros atendimentos”, explicou Robson.

O vereador apontou ainda que a prefeitura de Macaé precisa solicitar, junto ao Ministério de Saúde, a implantação deste tipo de sistema especial na rede municipal, seguindo assim o exemplo de outras cidades da região. “Eu faço apelo a secretaria que se associe ao Ministério da Saúde para garantir a implementação da Caderneta”, defendeu.

Márcio Bittencourt (MDB) destacou a iniciativa e relembrou que a cidade possui lei que propõe a criação de um cartão especial de identificação para pacientes com doenças crônicas na cidade. “Quando começa a colocar burocratas, que conhecem de papel, para cuidar da Saúde, a coisa não vai funcionar. Há uma grande preocupação dos profissionais da Saúde sobre a dificuldade no andamento dos processos. Nós aprovamos projeto que cria um cartão especial que identifica pacientes de doenças crônicas, dando prioridade no atendimento de todos os serviços públicos, do Transporte à Saúde. Propostas como estas precisam ser prioridade na gestão da cidade”, defendeu Márcio.

Líder da Frente Parlamentar Macaé Melhor, Maxwell Vaz (SD) apontou que a proposta lançada por Robson auxiliaria no reforço das políticas públicas de assistência ao idoso. “Isso não gera ônus para o município, além de estabelecer um facilitador na assistência dos idosos. Acredito que qualquer iniciativa como essa é necessária para melhorar a qualidade da Saúde, que anda de mal a pior”, disse.

“Falta de remédio vai causar morte em Macaé”

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Vereador Márcio Bittencourt fez uma crítica direta ao sistema de licitação da prefeitura

Alerta foi apontado pelo ex-líder da bancada do governo, Márcio Bittencourt

Após voltar a criticar o atraso e a lentidão no andamento dos processos de licitação da prefeitura, o ex-líder da bancada governista, Márcio Bittencourt (MDB) foi categórico ao afirmar que a demora na liberação de contratos de compras de medicamentos vai causar mortes na cidade.

Ao afirmar ontem (12) que existe um grande gargalo na rede pública de Saúde, Márcio apontou que a falta de andamento da “engrenagem” prejudica todo o sistema de gestão do município.

“Chegamos a um ponto X na Saúde. Vai começar a morrer gente por falta de remédio. A engrenagem não roda, e a licitação não é concluída. Depois que lançam o edital e enviam para o Tribunal de Contas, o processo fica parado seis, sete meses. E quem paga por isso? É o cidadão que fica sem o remédio, sem a praça reformada e sem as obras”, apontou Márcio.

Marvel Maillet (REDE), apontou que há um critério político nas definições de obras e de licitações realizadas pelo governo. “Onde querem, conseguem! Por que será que a obra na Glória está andando? É porque lá tem o novo hospital da Unimed? A Nova Esperança foi licitada e está pronta. Só realizam licitação para obras políticas! Não acredito que o problema seja o TCE, mas sim o interesse direto do governo sobre quem vai beneficiar politicamente”, apontou Marvel.

Líder da Frente Parlamentar Macaé Melhor, Maxwell Vaz (SD) afirmou que a cidade vive hoje o andamento de obras de “maquiagem”. “Obras de maquiagem são aquelas que se gasta muito, mas que não resolve nada. São quase R$ 18 milhões aplicados na canalização do sistema de drenagem da Glória, onde terá, sim, o novo hospital. Com R$ 2 milhões deste dinheiro, seria possível reformar as comportas do canal da Malvinas, que é responsável pelo controle das cheias da microbacia daquela região”, analisou Maxwell.

Paulo Antunes (MDB) considerou que há processos que geram atrasos em função de erros na preparação realizada por secretarias. “É preciso identificar o problema, caso a caso. A licitação não fica apenas nas mãos da procuradoria. Muitas nascem nas secretarias, que acabam não sendo realizadas de forma correta e isso causa atrasos”, apontou.

ANP assina contratos para exploração de novas áreas da Bacia de Campos

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Assinatura de contratos da 15ª Rodada de Licitações ocorreu na última terça-feira (11), no Rio de Janeiro

Rodada de licitação de áreas do litoral fluminense gerou R$ 6,5 bilhões em bônus de assinatura

Contratos relativos às quatro áreas da Bacia de Campos que renderam bônus de assinatura na ordem dos R$ 6,5 bilhões, na 15ª rodada de licitação realizada em março deste ano, foram assinados na terça-feira (11) pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) junto as operadoras que venceram a disputa.

Consórcios formados pela Petrobras, ExxonMobil, Equinor (Statoil) e QPI Brasil garantiram o acesso ao processo que garantirá investimentos em novas reservas de exploração e produção, garantindo assim a retomada do mercado do petróleo nacional.

Na 15ª Rodada, a ANP garantiu o arremate também de áreas nas Bacias de Potiguar e Santos, que juntos somam mais de R$ 7 bilhões em bônus de assinatura.

Ao todo, dez contratos, de cinco empresas, foram assinados: Equinor Brasil Energia Ltda.; ExxonMobil Exploração Brasil Ltda.; Petróleo Brasileiro S.A; QPI Brasil Petróleo Ltda e Shell Brasil Petróleo Ltda. Essas empresas solicitaram antecipação da assinatura dos contratos, tendo optado por apresentar a documentação e pagar o bônus de assinatura antecipadamente.

O edital da 15ª Rodada prevê a entrega dos documentos de assinatura até 28/09 e assinatura até 30/11. Os demais contratos serão assinados em novembro/2018, conforme previsto no edital.

Com a antecipação, do total de R$ 8,01 bilhões ofertados na rodada, R$ 7,04 bilhões já foram arrecadados. Na 15ª Rodada de Licitações, no modelo de concessão, foram arrematados 22 blocos por 12 licitantes.

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, acredita que o setor de óleo e gás no País está diante de um momento inédito em sua história, marcado pelo encolhimento da atuação da Petrobras e pela aproximação do mercado nacional ao global no que diz respeito à formação do preço dos combustíveis e abertura para atuação de empresas privadas. “O novo cenário faz com que o Brasil converse mais com o mercado global”, disse ele, durante seminário com empresários e consultores do setor.

Oddone lembrou que as principais mudanças no mercado brasileiro foram a quebra do monopólio da Petrobras e o reposicionamento da estatal, que reduziu seu volume de investimentos e passou por uma onda de venda de ativos nos últimos anos. “Hoje, a Petrobras não funciona como um braço do governo. Ela busca maximizar lucro do acionista. E isso é legítimo”, comentou Oddone. “Mas exige um acompanhamento regulatório maior. Isso é inédito e demanda da agência uma responsabilidade maior”, completou.

O diretor-geral da ANP acrescentou que a exploração e produção de petróleo no Brasil é relevante, mas não reflete o potencial da indústria, que tem oportunidade de aumentar de tamanho.

Segundo estimativa da agência reguladora, o País perdeu cerca de R$ 1 trilhão de investimentos na última década devido à paralisação de leilões e falta de transparência sobre a condução das políticas para o setor.

 

Créditos: Divulgação ANP

Justiça nega pedido de teste de insanidade mental de agressor de Bolsonaro

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Por Constança Rezende

O juiz da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, Bruno Savino, disse que “o raciocínio organizado e o discurso articulado” de Adelio Bispo de Oliveira, agressor confesso de Jair Bolsonaro (PSL), na audiência de custódia, indicam a sua “higidez mental”. A informação consta em sua decisão desta quarta-feira, 12, em que nega o pedido de teste de insanidade mental protocolado pela defesa do pedreiro. A decisão do juiz concordou com o parecer do Ministério Público Federal (MPF) pelo indeferimento do pedido.

O juiz escreveu que “até o presente momento”, não há elementos de informação que sustentem a existência de dúvida relevante e plausível sobre a higidez mental do investigado” e que, apesar de a defesa mencionar o “uso permanente de medicamentos de uso controlado” e de um “histórico de consultas perante médicos psiquiatras e neurologistas”, nada foi juntado aos autos que confirmasse estas assertivas.

“Como ressaltado pelo MPF, não há laudos, declarações, recibos de honorários ou qualquer outro documento idôneo. Sequer há menção a nomes de profissionais envolvidos ou locais do alegado tratamento”, disse.

Savino afirmou que as suas declarações na audiência demonstrariam que ele tem condições de auxiliar seus defensores, fornecendo-lhes informações acerca da existência e localização de documentos ou outros dados que sustentem as alegações de insanidade. A Justiça alegou que também milita em desfavor do pedido de Adelio o fato de ele jamais ter requerido benefício por incapacidade junto à Previdência Social, “o que evidenciaria, à míngua de outros elementos, sua higidez mental”.

O juiz disse também que, “como bem dito pelo MPF, razões de cunho religioso ou político são constantemente utilizadas como justificativa para atos extremos, sem que isto caracterize, de per si, a insanidade mental de seus agentes”.

A decisão ressalta que o indeferimento não impede a renovação do pedido, “desde que acompanhada de novos elementos de informação que indiquem o efetivo comprometimento da capacidade do investigado em entender o ilícito ou determinar-se conforme este entendimento”. A Justiça facultou à defesa de Adelio o acesso de médico de sua confiança ao custodiado para que produza laudo técnico a fim de subsidiar eventual renovação do pedido de instauração de incidente de insanidade mental.

“Assim, caso requerido pela Defesa, oficie-se ao Exmo. Juiz Federal Diretor do Presídio de Campo Grande – MS, a fim de comunicar-lhe desta decisão. Caso a defesa apresente laudo médico ou documentos que digam respeito à condição de saúde de Adélio Bispo de Oliveira, dá-se vista ao MPF. Nesta hipótese, fica decretado o sigilo destes autos a fim de resguardar a intimidade do investigado. Arquivem-se os autos, sem baixa na distribuição”, diz a decisão.

Oficializado como candidato, Haddad vira alvo de Ciro

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Por Katna Baran e Mateus Fagundes

Em ato público em frente à Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde Luiz Inácio Lula da Silva está preso desde abril, o PT anunciou nesta terça-feira, 11, publicamente a candidatura presidencial de Fernando Haddad em substituição ao ex-presidente, enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Pela manhã, antes mesmo de ser confirmado, Haddad foi alvo de críticas do agora concorrente Ciro Gomes (PDT), com quem disputa o espólio eleitoral de Lula, principalmente no Nordeste.

A 26 dias da eleição, Haddad inicia oficialmente a campanha presidencial com 8% das intenções de votos, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta terça. O petista está empatado tecnicamente com Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede), ambos com 9%; e Ciro Gomes (PDT), que registrou 11%.

A possibilidade de crescimento das intenções de voto do petista, principalmente nos Estados nordestinos, onde Lula e o PT têm mais força eleitoral, causou uma inflexão no comportamento de Ciro, que também busca conquistar eleitores inclinados à esquerda e na região.

Nesta terça pela manhã, ao cumprir agenda de campanha em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, Ciro já deu sinais de como pretende se comportar na disputa direta. Ele foi aconselhado a questionar a experiência administrativa do petista e o desempenho eleitoral de 2016 sem tecer críticas pessoais a Haddad, com quem tem relações de amizade.

Em Taboão da Serra, o pedetista criticou o desempenho eleitoral de Haddad e a postura do PT de insistir na candidatura de Lula à Presidência. Ao discursar, lembrou a campanha de 2016, quando o então prefeito da capital paulista e candidato à reeleição Fernando Haddad foi derrotado no primeiro turno para João Doria (PSDB).

“Eu e Lula apoiamos o Haddad em 2016 e tivemos uma decepção profunda, já que ele perdeu no primeiro turno para o Doria e perdeu para os votos brancos e nulos. Isso não desqualifica o Haddad. Gostaria de tê-lo como vice em outra configuração. Mas ele sai muito fragilizado”, afirmou o pedetista.

Em outro momento, sem mencionar o nome de Haddad, Ciro condenou a cúpula do PT. “Eles incitaram frações importantes do nosso povo que quer bem o Lula para tentar manipular este sentimento e lançar uma pessoa que talvez tenha dificuldades para interpretar com fidelidade aquilo que o Brasil precisa agora”, disse.

Ciro também afirmou que a esquerda do País já está dividida. “Nós já estamos divididos, porque não aceito a imposição da cúpula do PT. Eu fui convidado para exercer este papelão aí, de ser vice de ataque e amanhã ser escolhido na frustração do povo diante da não candidatura de Lula. Não é assim que se constrói uma liderança”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

‘No meu governo, general Villas-Boas estaria demitido e pegaria cana’, diz Ciro

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Por Roberta Pennafort

Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência, disse nesta quarta-feira, 12, em sabatina no jornal “O Globo”, que em seu governo o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, teria sido demitido por sua fala pública sobre a instabilidade política no Brasil, e “provavelmente pegaria uma cana”.

Conforme matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo no domingo, 9, Villas Bôas afirmou que “a legitimidade do novo governo pode até ser questionada” e que o ataque ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, na quinta-feira, 6, “materializa” seu temor de que a intolerância e a polarização na sociedade afetem a governabilidade.

“No meu governo, militar não fala em política. Se fosse no meu governo, ele estaria demitido e provavelmente pagaria uma cana. Eu conheço bem o general Villas Bôas. Ele está fazendo isso para tentar calar as vozes das cadelas no cio que estão se animando, o lado fascista da sociedade brasileira”, afirmou.

“O general Mourão (vice de Bolsonaro) é um jumento de carga, que tem entrada no Exército. Quem manda nesse País é nosso povo. Tutela, sargentão dizendo que vai fazer isso e aquilo, comigo não acontecerá. Sob a ordem da Constituição, eu mando e eles obedecem. Quero as Força Armadas poderosas, modernas, altivas. Não quero envolvidas no enfrentamento do narcotráfico, isso é papo de americano”, disse o pedetista.

Ciro Gomes reafirmou na sabatina que é preciso revogar a Propostas de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos para que se possa investir na saúde e na educação. Ele pontuou que “outros candidatos” querem entregar a saúde pública à iniciativa privada, privilegiando ricos em detrimento de pobres.

“O Sistema Único de Saúde é uma ideia generosa, que temos que preservar. Por mais que tenha ineficiência, o brasileiro tem que exigir que o Estado lhe dê saúde em qualquer nível de complexidade. Outros candidatos gostariam muito de entregar a saúde dos ricos ao setor privado, e o povo que continue se ferrando”.

Embraer-Boeing

O candidato do PDT voltou a condenar o acordo entre a Embraer e a norte-americana Boeing, para a criação de uma empresa para tocar a viação comercial da companhia brasileira. Ele considera o acerto “clandestino”, e disse que a reversão não seria uma quebra de contrato. “Nem a pau, Juvenal”, definiu.

Ao falar sobre a crise fiscal nos Estados, Ciro citou Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais e propôs um “redesenho do pacto federativo”, uma “grande negociação no atacado”. “O centro de gravidade da política brasileira não é Brasília, é a federação, Estados e prefeitos”.

O candidato do PDT criticou a desindustrialização do Brasil e defendeu a proteção de setores da indústria. Citou o presidente dos Estados Unidos por seu protecionismo contra importações: “Trump está errado e nós, brasileiros, estamos certos?” Ele defendeu “desratização” do Brasil ao falar das agências do governo aparelhadas politicamente. “As agências serão passadas pelo pente fino. Quem não for salvável será fechada. Eu falo com o Congresso.”