“Falta de remédio vai causar morte em Macaé”

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Vereador Márcio Bittencourt fez uma crítica direta ao sistema de licitação da prefeitura

Alerta foi apontado pelo ex-líder da bancada do governo, Márcio Bittencourt

Após voltar a criticar o atraso e a lentidão no andamento dos processos de licitação da prefeitura, o ex-líder da bancada governista, Márcio Bittencourt (MDB) foi categórico ao afirmar que a demora na liberação de contratos de compras de medicamentos vai causar mortes na cidade.

Ao afirmar ontem (12) que existe um grande gargalo na rede pública de Saúde, Márcio apontou que a falta de andamento da “engrenagem” prejudica todo o sistema de gestão do município.

“Chegamos a um ponto X na Saúde. Vai começar a morrer gente por falta de remédio. A engrenagem não roda, e a licitação não é concluída. Depois que lançam o edital e enviam para o Tribunal de Contas, o processo fica parado seis, sete meses. E quem paga por isso? É o cidadão que fica sem o remédio, sem a praça reformada e sem as obras”, apontou Márcio.

Marvel Maillet (REDE), apontou que há um critério político nas definições de obras e de licitações realizadas pelo governo. “Onde querem, conseguem! Por que será que a obra na Glória está andando? É porque lá tem o novo hospital da Unimed? A Nova Esperança foi licitada e está pronta. Só realizam licitação para obras políticas! Não acredito que o problema seja o TCE, mas sim o interesse direto do governo sobre quem vai beneficiar politicamente”, apontou Marvel.

Líder da Frente Parlamentar Macaé Melhor, Maxwell Vaz (SD) afirmou que a cidade vive hoje o andamento de obras de “maquiagem”. “Obras de maquiagem são aquelas que se gasta muito, mas que não resolve nada. São quase R$ 18 milhões aplicados na canalização do sistema de drenagem da Glória, onde terá, sim, o novo hospital. Com R$ 2 milhões deste dinheiro, seria possível reformar as comportas do canal da Malvinas, que é responsável pelo controle das cheias da microbacia daquela região”, analisou Maxwell.

Paulo Antunes (MDB) considerou que há processos que geram atrasos em função de erros na preparação realizada por secretarias. “É preciso identificar o problema, caso a caso. A licitação não fica apenas nas mãos da procuradoria. Muitas nascem nas secretarias, que acabam não sendo realizadas de forma correta e isso causa atrasos”, apontou.