Julinho assume presidência interina do MDB de Macaé

0
Vereador Julinho do Aeroporto rebateu informações de blog que circula na cidade

Vereador esclareceu boatos e afirmou que não faz parte da “Família Picciani”

Líder da bancada de governo e candidato a deputado estadual, Julinho do Aeroporto afirmou ontem (26) que assumiu, de forma interina, a presidência da comissão provisória do MDB de Macaé. Ele rebateu informações “inverídicas” sobre uma possível aliança com a família Picciani.

No grande expediente da sessão de ontem (26), Julinho afirmou que a sua dobrada política é com a candidata a deputada federal Daniela do Waguinho (MDB). Ele afirmou que parte do seu grupo político atua também em defesa da campanha do Delegado da Polícia Federal Felício Laterça (PSL) à vaga na Câmara dos Deputados.

“O MDB estava sem presidente, até porque com a saída do prefeito o partido ficou sem um representante legal. Eu estou no partido há tempo e sou candidato a deputado estadual pelo MDB, nada mais justo que eu assuma a presidência interinamente”, explicou o vereador.
Julinho rebateu especulação levantada por um blog que ele teria se aliado ao candidato a deputado federal, Leonardo Picciani (MDB), filho do presidente do MDB no Rio, o deputado estadual que cumpre prisão domiciliar, Jorge Picciani.

“Eu não tenho compromisso com a família Picciani. A minha dobradinha é em apoio a Daniela e tenho um grupo com Laterça, como foi pedido. Eu não perco tempo com bobagem”, disse.

Barroso vota a favor de cancelamento de títulos em ação sobre biometria

0
Por Rafael Moraes Moura e Amanda Pupo

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira, 26, contra um pedido formulado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) para impedir o cancelamento do título de eleitores que não realizaram o cadastramento biométrico obrigatório. O PSB alega que o cancelamento de títulos viola princípios como a democracia, a cidadania, a soberania popular e o direito ao voto.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram cancelados cerca de 3,3 milhões de títulos pelo não comparecimento à revisão, procedimento que atualiza o cadastro eleitoral. As inscrições excluídas por esse motivo estão concentradas nas regiões Norte e Nordeste, com 53,7% dos títulos cancelados entre 2016 e 2018.

Para Barroso, que é o relator da ação, atender ao pedido do PSB acarreta risco de “inviabilizar a eleição e lançar o país no caos” a menos de duas semanas para a realização do primeiro turno, marcado para 7 de outubro.

Segundo o PSB, o objetivo da ação não é questionar a implantação da biometria pela Justiça Eleitoral brasileira, “mas tão somente impedir que sejam privados do exercício dos direitos políticos – notadamente do direito ao voto – os milhões de eleitores que não realizaram tempestivamente o recadastramento biométrico obrigatório”.

Barroso, no entanto, não viu indícios de que o recadastramento tenha sido direcionado para prejudicar áreas mais carentes ou redutos eleitorais determinados.

“O argumento não procede. A democracia, a soberania popular e o direito de voto são assegurados pela Constituição para serem exercidos na forma que a Constituição estabelece. E a Constituição exige o prévio alistamento eleitoral a fim de garantir que o seu exercício se dê de forma legítima”, disse Barroso na sessão plenária desta quarta-feira.

O cancelamento dos títulos está previsto em resoluções do TSE. Para o PSB, as normas “restringiram gravemente os direitos políticos de gigantesco número de pessoas” e tendem a afetar muito mais os eleitores pobres do que os de classe média ou ricos.

“Achei a tese extremamente sedutora. Meu primeiro sentimento foi de olhar com grande simpatia a postulação. Se houvesse possibilidade jurídica e fático-técnica de acolhê-la, eu até acho que seria conveniente. Porém, eu devo dizer que não vejo inconstitucionalidade no modo como a legislação e a normatização do TSE disciplinam a revisão eleitoral e o cancelamento do título em caso de não comparecimento (à revisão)”, observou Barroso.

“Penso que a legislação e o tratamento normativo dado a essa matéria é perfeitamente compatível com a Constituição e penso que sejam regras bastante razoáveis e necessárias. Não há indício de que o procedimento tenha sido direcionado ou gerado supressão desproporcional de títulos ou eleitores, com prejuízo a determinados candidatos ou partidos”, frisou o ministro.

O ministro destacou ainda que o processo de revisão eleitoral é realizado com a fiscalização de partidos políticos, que são convocados pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para essa finalidade.

“Essa ação foi tardiamente ajuizada. Os cancelamentos ocorrem até março do ano eleitoral e é possível regularizar os títulos até maio do mesmo ano”, ressaltou o ministro.

“Segundo informações prestadas pelo TSE, um eventual deferimento (do pedido do PSB), implicará em alteração do calendário eleitoral. Não é possível manter as datas originais do pleito e implementar o restabelecimento dos títulos, porque será necessário refazer a elaboração da listagem de eleitores referentes a todas as zonas”, alertou Barroso.

Bolsonaro tem boa evolução clínica, diz boletim de hospital

0
Por Marcelo Osakabe

O candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro, mantém boa evolução clínica e não apresenta sinais de dor ou infecção, informou o hospital Albert Einstein em boletim divulgado nesta quarta-feira, 26. O presidenciável está internado no local desde o último dia 7.

De acordo com o documento, assinado pelos médicos Antônio Luiz Macedo, Leandro Echenique e Miguel Cendoroglo, o paciente realiza exercícios respiratórios de fortalecimento muscular e faz caminhadas fora do quarto.

Medidas para prevenção de trombose venosa continuam sendo tomadas.

Bolsonaro se recupera de uma facada em um evento de campanha em Juiz de Fora (MG), no último dia 6.

3 em cada 10 eleitores admitem ‘voto útil’ no 1º turno, diz pesquisa CNI/Ibope

0
Por Renan Truffi e Mariana Haubert

Três em cada 10 eleitores admitem mudar seus votos para evitar que um outro candidato ganhe nas eleições presidenciais de outubro. É o que mostra pesquisa Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quarta-feira, 26.

O resultado acima tem como base um questionamento feito pelo instituto a 2000 eleitores em 126 municípios brasileiros. O Ibope perguntou a esses entrevistados o seguinte: “qual a probabilidade de você deixar de votar no candidato de sua preferência, para evitar que outro que você não gosta, vença?”.

Segundo o instituto, 28% das pessoas ouvidas afirmam que têm probabilidade “alta” ou “muito alta” de alterarem seu voto a fim de evitar a vitória de um presidenciável indesejável. Outros 18% classificaram como “média” essa probabilidade. Já 48% citaram como “baixa” ou “muito baixa” as chances de uma mudança de voto por esse motivo. Além deles, 6% não sabem ou não responderam a pergunta.

Para o gerente de pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, ainda é baixa a probabilidade do voto útil. “Vem se falando tanto nisso e, por isso, a curiosidade para saber como a população vem percebendo isso. É uma discussão que está aí, há vários candidatos que estão tentando se alavancar em cima disso, mas é preciso esperar as próximas pesquisas.”

O porcentual de mudança pelo voto útil é mais propenso, principalmente, entre os eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). Aproximadamente 36% dos eleitores tucanos admitem probabilidade “alta” ou “muito alta” de mudança de voto para evitar a vitória de outro presidenciável. Entre os eleitores de Ciro Gomes, esse mesmo porcentual alcança 35%.

Já os eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) são menos propensos a mudarem de voto. Segundo a pesquisa, 58% dos eleitores do candidato do PSL tratam como “baixa” ou “muito baixa” a possibilidade de mudança de voto. Entre os que apontam Haddad como candidato, essa probabilidade é “baixa” ou “muito baixa” para 46%.

A mesma pesquisa mostra que 60% dos eleitores tratam como “baixa” ou “muito baixa” as chances de trocarem candidatos de sua preferência por um outro presidenciável com mais chances de ganhar. Neste caso, apenas 16% classificam de “alta” ou “muito alta” a mesma probabilidade.

A pesquisa divulgada nesta quarta foi realizada pelo Ibope entre 22 e 24 de setembro com 2000 eleitores em 126 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo Nº BR-04669/2018.

Avaliação do governo Temer é a pior desde o início do mandato, aponta CNI/Ibope

0
Valter Campanato/Agência Brasil
Por Paulo Beraldo

Levantamento CNI/Ibope divulgado na tarde desta quarta-feira, 26, mostrou que 82% dos brasileiros consideram o atual governo Michel Temer (MDB) como “ruim” ou “péssimo”, sendo essa a pior avaliação desde o início do governo. Em junho deste ano, o porcentual era de 79%. Já a população que avalia a administração atual como boa ou ótima manteve-se em 4%, a mesma observada em junho.

As áreas consideradas críticas pelos eleitores foram os impostos (92%), a taxa de juros (89%), o combate ao desemprego (89%) e a saúde (89%). A segurança pública foi reprovada por 87% dos ouvidos.

Três em cada quatro pessoas acreditam que a administração será ruim ou péssima nos próximos meses do mandato. Os que consideram bom ou ótimo totalizaram 5%. Esses patamares são próximos aos verificados em junho. A confiança no presidente da República oscilou de 6% em junho para 5% neste novo momento. O índice dos que não confiam no presidente manteve-se em 92%.

A pesquisa ouviu 2.000 pessoas em 126 municípios entre 22, 23 e 24 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-04669/2018.

Fonte: Estadão conteúdo

CNI/Ibope: rejeição de Bolsonaro é de 44%, Haddad e Marina 27% e Alckmin 19%

0
Por Renan Truffi e Mariana Haubert

Encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a nova pesquisa Ibope mostra que a rejeição a Jair Bolsonaro (PSL) oscilou negativamente, enquanto que a de Fernando Haddad (PT) caiu desde segunda-feira, 24, quando foi divulgado o último levantamento do instituto.

Os eleitores que não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro passaram de 46% para 44%, nesta quarta-feira, 26. Foram registrados ainda 27% de pessoas que rejeitam votar em Haddad, três pontos percentuais a menos que o divulgado no início desta semana, quando o petista registrava 30% de rejeição.

O levantamento CNI/Ibope também apontou que a rejeição a Marina Silva (Rede Sustentabilidade) oscilou dois pontos percentuais para cima e chegou a 27%. O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, é citado por 19% dos eleitores como o presidenciável no qual não votariam de jeito nenhum, ante 20% do último levantamento. Ciro Gomes (PDT) tem agora 16% de rejeição, dois pontos percentuais a menos que no início desta semana.

A pesquisa ainda registrou as rejeições de Cabo Daciolo (Patriota) e Henrique Meirelles (MDB), ambos com 11%; José Maria Eymael (DC), que tem 10%; Alvaro Dias (Podemos), Guilherme Boulos (PSOL) e Vera (PSTU), com 9%; João Amoêdo (Novo), com 8%; João Goulart Filho (PPL), com 7%. Os que não sabem ou não responderam são 7% seguido de 2% que mostram disponibilidade de votar em qualquer um dos presidenciáveis.

A pesquisa divulgada nesta quarta-feira foi realizada pelo Ibope entre 22 e 24 de setembro com 2000 eleitores, em 126 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo Nº BR-04669/2018.

Atenção e acolhimento são principais ferramentas de combate ao suicídio

0
Vereadores receberam profissionais da rede municipal que atuam na assistência à saúde mental

Câmara promove debate sobre riscos de transtornos psicológicos que podem gerar mortes

Atenção a mudanças de comportamento e acolhimento a pessoas que apresentam distúrbios ou transtornos psicológicos são as principais ferramentas de combate ao suicídio. O diagnóstico e tratamento de casos de depressão, que podem gerar mortes, marcaram o debate promovido ontem (26) pela Câmara de Vereadores, que marca ação em defesa do Setembro Amarelo.

Durante o grande expediente, o plenário recebeu a participação da equipe que atua no Programa de Saúde Mental que integra a rede de atenção básica da secretaria municipal de Saúde. O debate, proposto pelo líder da Frente Parlamentar Macaé Melhor, o vereador Maxwell Vaz (SD), levantou pontos sobre a necessidade de ampliação da cobertura de tratamentos disponíveis na prefeitura, seja para atender casos emergenciais, seja para garantir o tratamento de doenças psicológicas.

“O suicídio é o fim de um problema que pode ser tratado, através da atenção da família, e por um bom serviço de assistência na rede pública. Macaé já foi referência no tratamento em casos de transtornos psicológicos. Mas hoje, o serviço encara problemas de desabastecimento e de poucos funcionários”, destacou Maxwell.

De acordo com a equipe, o Núcleo de Saúde Mental e o posto de assistência a emergências, situado no Pronto Socorro do Parque Aeroporto, funcionam dentro do sistema previsto pela rede de atenção básica, assim como pelo Ministério da Saúde. E as pendências para garantir a assistência devido aos usuários já foram contornadas.

Parlamentares, como Luiz Fernando (PTC), contribuíram para esclarecer casos que envolvem mitos e verdades, sobre os casos de pacientes depressivos, que chegam ao ponto final do suicídio. “É preciso entender, de forma técnica, como identificar uma pessoa que já desistiu da vida, por conta da depressão. Todos nós podemos salvar essa vida, seja compreendendo qual é a sua dor, seja ajudando a compartilhar este peso”, apontou Luiz Fernando.

A necessidade de qualificar e orientar os profissionais da rede pública em diversos setores, não apenas da Saúde, também foi destacado como um complemento importante para ajudar a tratar casos depressivos, ou de distúrbios psicológicos que podem levar ao suicídio.

“Todos nós precisamos estar preparados para situações como esta, que pode acontecer na nossa família, no ambiente de trabalho e no nosso núcleo de amigos. Esse é um debate importante que precisa ser continuado”, afirmou Robson Oliveira (PSDB).

Ibope/RJ: Paes mantém 24%, Romário oscila para 16% e Garotinho sobe a 16%

0
Por Mateus Fagundes

O ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (DEM) segue na liderança na disputa do governo do Rio de Janeiro, com 24% das intenções de voto, de acordo com pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira, 25.

O ex-governador Anthony Garotinho (PRP) cresceu quatro pontos porcentuais para 16%. Esse é o mesmo índice do senador Romário Faria (Podemos), que oscilou negativamente dois pontos porcentuais.

O deputado federal Índio da Costa (PSD) oscilou de 4% para 6%. Tarcísio Motta (PSOL) manteve os 4% da pesquisa anterior, o mesmo índice de Wilson Witzel (PSC), que tinha 2% no levantamento passado.

A candidata do PT, Marcia Tiburi, oscilou de 2% para 3%. Pedro Fernandes (PDT) tem 2% e Marcelo Trindade (Novo) passou de 1% para 2%. Com 1% nos dois levantamentos aparecem André Monteiro (PRTB) e Dayse Oliveira (PSTU). Luiz Eugenio (PCO) saiu de 1% para 0%.

Votos brancos e nulos oscilaram de 20% para 17%, enquanto o índice de não sabem/não responderam foi de 8% para 5%.

Considerando-se a margem de erro de três pontos porcentuais, Paes e Romário aparecem tecnicamente empatados na simulação de segundo turno. O candidato do DEM tem 38% e o senador, 33%. Brancos e nulos são 26% e não souberam/não opinaram, 3%.

Se o concorrente do segundo turno fosse Garotinho, o ex-prefeito venceria a disputa por 44% a 22%. Brancos e nulos são 30% e não souberam/não opinaram, 3%. O ex-governador também perderia de Romário, por 39% a 26%. Nesta simulação, brancos e nulos são 32% e não souberam/não opinaram, 3%.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e Editora Globo, que edita o jornal O Globo. Foram ouvidos 1.512 eleitores de 41 municípios do Estado entre 22 e 24 de setembro. O registro no TRE é o RJ-08813/2018 e no TSE é o BR-06646/2018. O nível de confiança utilizado é de 95%.

Pesquisa Ibope/Estado/TV Globo mostra coesão de confronto PT e anti-PT

0
Por Daniel Bramatti

Jair Bolsonaro (PSL) cresce entre os antipetistas, enquanto Fernando Haddad (PT) avança entre os simpatizantes de seu partido. A cada pesquisa da série Ibope/Estado/TV Globo, esses dois polos aparecem mais coesos em torno dos dois candidatos, reduzindo os espaços para a ascensão de uma eventual terceira via.

A pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira, 24, revelou que Bolsonaro parou de crescer e se estabilizou com 28% das intenções de voto. No universo dos antipetistas, porém, ele continua avançando. Entre os brasileiros que não votariam no PT de jeito nenhum – segmento formado por três em cada dez eleitores – Bolsonaro cresceu 18 pontos porcentuais desde que foi alvo de uma facada, em 6 de setembro, quando fazia campanha em Juiz de Fora (MG).

O candidato do PSL tem 59% das intenções de voto entre os antipetistas – a taxa era de 41% no dia 5 (véspera do atentado) e de 53% no dia 11. No mesmo período, a ascensão de Haddad entre os simpatizantes do PT foi ainda mais acentuada. Nesse segmento, que concentra 27% do eleitorado, ele tinha apenas 17% e 23% das intenções de voto, respectivamente, nas pesquisas do dia 5 e do dia 11, antes de ser oficializado candidato.

No primeiro levantamento do Ibope com Haddad como candidato, divulgado no dia 18, ele chegou a 50% entre os petistas. A linha de crescimento se manteve até a segunda-feira, quando ele avançou para 57% entre os simpatizantes de sua legenda.

A consolidação de Bolsonaro entre os antipetistas reduziu o espaço para a concorrência nesse grupo. Ao mesmo tempo em que Bolsonaro subia 18 pontos em cerca de três semanas, a soma das taxas dos adversários caía 11 pontos. A principal consequência desse movimento é o PSDB, que por mais de 25 anos polarizou a política nacional com o PT, perder na atual campanha o papel de protagonista no eleitorado avesso ao partido de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os antipetistas, o tucano Geraldo Alckmin tem apenas 10% dos votos, o equivalente a um sexto da taxa de Bolsonaro.

O instituto também perguntou qual é o partido da preferência dos entrevistados. O PT também fica em primeiro, com 27%. Na segunda colocação, com 5%, estão PSDB e PSL, que ganhou visibilidade com a ascensão de Bolsonaro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão conteúdo

Ação por união de candidatos de centro pode influenciar pleito, diz Capobianco

0
Por Marianna Holanda e Eduardo Kattah

O coordenador do programa de governo da campanha da Rede, João Paulo Capobianco, disse que há um movimento crescente pela união de candidatos de centro, e reconhece que ele “pode ter influência na eleição”. Capobianco, porém, defende que o nome ideal, caso haja essa convergência, é o de Marina Silva.

Um dos assessores mais próximos da candidata e coordenador-geral de sua campanha em 2014, Capobianco a representou numa reunião do chamado polo democrático e reformista – iniciativa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para a união de candidaturas do centro – em São Paulo, no fim de junho. Veja os principais trechos da entrevista:

Marina Silva começou a apresentar números na campanha recentemente, como a criação de 2 milhões de empregos. Não pode ser visto como populismo?

Em princípio, nós evitamos quantificar, a não ser em alguns casos que a gente tinha muito segurança, como no caso do emprego por energia renováveis, em que vários estudos foram feitos. Agora, existe um meio termo, vários interlocutores passaram a solicitar um pouco mais de alcance dessas medidas. A Marina não iniciou a campanha prometendo acabar com o déficit público em um ano, que a gente sabe que é inviável, não propôs tirar as pessoas do SPC, porque é uma relação privada entre devedores e credores privados.

Isso coincidiu com a queda dela nas pesquisas…

Desde o início, a Marina estava na faixa de 6%, 7%, ela subiu quando o Lula não era candidato. Agora que o (Fernando) Haddad é candidato (do PT), votam nele. Se olhar de fato a pesquisa, ela não caiu, oscilou na margem de erro. Isso aconteceu porque é a primeira eleição que a gente tem de cinco a seis dentro do chamado centro. E dois polarizando, Bolsonaro e Haddad. Essa é a primeira eleição que a Marina enfrenta nessa composição. Está muito dividido o centro.

Tudo caminha para essa polarização. A campanha já discute qual posição vai adotar no segundo turno?

Não se trata de fazer a fala fácil ou o me engana que eu gosto. Essa polarização está assustando a sociedade. Há um movimento muito grande, de lideranças importantes, de tentativa de buscar alguém do centro. Essa discussão da alternativa está acontecendo agora.

É possível que candidatos concordem em desistir. Há disposição para isso ainda no primeiro turno?

Eu acho difícil. Nenhum candidato vai querer abrir mão por voluntarismo. É difícil dizer como vai se dar. Seria uma coisa inédita. O fato é que há um movimento concreto, objetivo. Como essa mágica se dará eu não sei. Eu sou favorável que haja isso, desde que ela (Marina) seja a candidata. A Marina continua totalmente focada na campanha. Não participou de nenhuma conversa desse tipo e não indicou ninguém para representá-la em conversas desse tipo. Mas muitas pessoas do setor empresarial mais progressista estão insistindo muito nessa agenda.

Como viu o documento Democracia Sim, lançado no fim de semana e que alerta para a candidatura de Bolsonaro? Pode ser o vetor de aproximação do centro?

A proposta daquele manifesto é exatamente que haja uma convergência. Que os players se disponham a oferecer uma alternativa política para o Brasil. Acho que seria ótimo. A gente não pode subestimar a capacidade dessas lideranças de influenciar atores políticos. São nomes importantes, de vários nichos da sociedade. A polarização, tal como está posta, é algo extremamente preocupante.

Mas os candidatos não parecem dispostos a dar o primeiro passo.

É um processo político. Quem vai definir a eleição não são os candidatos, são os eleitores. Se cresce (esse movimento), se as pessoas que estão propondo essa união de centro, se isso cresce, é óbvio que vai influenciar a eleição. Não pode pedir para um candidato, um gesto de voluntarismo, abrir mão da candidatura. Se essa preocupação com a polarização ultrapassar esse grupo de pessoas mais articuladas que estão ali e ganhar densidade junto à sociedade, é óbvio que vai mexer na eleição. Tem que ver isso vai acontecer em tempo, ganhar força. Não sei.

Dentre os candidatos fora da polarização, Ciro é o que está mais bem posicionado…

Ciro, até agora, não tem apresentado propostas que nos animem. Não quero que o Brasil entre num processo de fragilizar suas reservas internacionais. E ao lado do Ciro, você tem uma militante, não é uma pessoa que representa, da agenda do século 20. Que usa da sua capacidade política para fragilizar, retroceder, acabar com todo o legado que o Brasil construiu a flancos e barrancos, no combate à desigualdade, sustentabilidade Katia Abreu é um enorme problema. E o Ciro tem uma agenda desenvolvimentista. O século 21 não é o século do desenvolvimentismo. Ele tem outra visão de País.

Com quem o centro não teria dificuldade de compor?

Com a Marina. Ela não está buscando ser uma representação do centro, mas se você olhar pro centro, vai ver que a única candidatura que circula entre todos. Ela é pró-reforma, pró-estabilidade econômica, pró-responsabilidade fiscal, agrada todos os lados. Tem mais um fator: se o Ciro passa para o segundo turno, o PT vai apoiá-lo. As pessoas que querem alternativa ao PT vão votar no Bolsonaro. A única candidatura que transita nesses campos e sinaliza claramente uma não compactuação com o legado petista é a da Marina. Ela que diz que a Lava Jato tem que continuar, que tem que ficar preso, que é a favor de segunda instância. A única candidatura que, se for para o segundo turno, não será vista como instrumental do PT é a Marina.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão conteúdo