Câmara abre discussão do “Avança Macaé”

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Líder do bloco de oposição, Maxwell elogia projeto “Avança Macaé”

Projeto do Executivo propõe parceria com a iniciativa privada para investimento em projetos de infraestrutura

O projeto do governo, intitulado como “Avança Macaé”, que propõe parceria com a iniciativa privada para captar investimentos destinados a grandes projetos de infraestrutura, passou ontem (4) pela primeira discussão na Câmara de Vereadores.

Ao seguir o rito que permite agora a apresentação de emendas e a previsão de votação, já na próxima semana, o projeto foi elogiado pelo líder da Frente Parlamentar Macaé Melhor, Maxwell Vaz (SD). “Eu vejo este projeto como forma de fazer economia para o governo, abrindo espaço para que investimento privado seja injetado em obras importantes de infraestrutura, sendo compensadas de forma futura em tributos. Eu incentivo que os demais vereadores leiam a matéria, para encaminhar voto”, apontou Maxwell.

A expectativa é que o projeto seja colocado em votação dentro das próximas duas semanas, para que tenha validade em 2019.

Câmara altera e aprova projeto do Bolsa Escola

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Vereadores aprovaram projeto de lei do Executivo que cria o Bolsa Escola

Com oito emendas, matéria do Executivo contempla alunos do 5º ao 9º ano e combate evasão escolar

Após quase quatro meses de tramitação, diversos embates antecipados e entraves criados em meio ao eterno problema entre a oposição e a base aliada do governo, a Câmara de Vereadores alterou e aprovou ontem (4) o projeto de lei 011/2018, que propõe a criação do Bolsa Escola.

Com mais de uma hora de discussão, os parlamentares aprovaram oito emendas, assinadas pelos vereadores Maxwell Vaz (SD), Guto Garcia (MDB) e Marcel Silvano (PT), que mexeram na base efetiva da proposta do governo de contemplar com bolsas de R$ 600, alunos do 5º ao 9º ano, classificados em prova aplicada pela secretaria de Educação.

As emendas, aprovadas pela maioria da Casa, buscaram ampliar o número de bolsas, estabeleceram a regra de monitoria para os contemplados, definiram preferência para os alunos do EJA (Educação para Jovens e Adultos) e ainda garantiram a transparência na revelação dos dados sobre a evasão escolar.

Em meio ao clima das prévias das eleições para a presidência da Câmara, até mesmo as propostas susceptíveis a veto por inconstitucionalidade passaram pelo plenário, que criticou a falta de planejamento para tornar a Educação uma verdadeira transformação de vida. “O projeto não é ruim, mas não resolve os problemas da nossa Educação. Há de se acabar com o atual sistema, que torna escolas cada vez menos eficientes, porém bem caras para os cofres públicos. Eu entendo que é uma possibilidade pontual de melhoria, por isso voto favorável”, disse Maxwell.

Um dos principais críticos ao projeto, que chegou a propor a devolução da matéria ao governo e apresentação de um substitutivo, Marcel afirmou que a discussão em plenário serviu para abrir uma nova visão sobre a Educação da cidade. “Precisamos ter o compromisso de melhorar sempre. A evasão escolar é uma demanda que precisa ser enfrentada e nós todos precisamos pensar nisso. E não podemos desistir, apesar de todas as dificuldades e os vetos do prefeito às nossas emendas que pode retroceder todos os nosso debates”, apontou o vereador que também votou a favor do projeto emendado.

Luiz Fernando (PTB) afirmou que se não houver comprometimento do poder público com a Educação, qualquer projeto será “dinheiro jogado fora”. Já Guto Garcia (MDB) apontou que o projeto do governo complementa diversas outras ações que visam ampliar o alcance do ensino público.

Após a discussão, o projeto foi aprovado por unanimidade pelos vereadores presentes.

Marco Guerra faz um balanço do Plano de Investimentos da Petrobras

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Marco Guerra, Gerente geral da Unidade de Operações da Bacia de Campos, durante apresentação no Teatro do Sesi

Gerente Geral da Unidade de Operações da Bacia de Campos eleva perspectivas de investimentos à região

O gerente geral da Unidade de Operações da Bacia de Campos (UO-BC), Marco Guerra, durante a reunião de encerramento das atividades da Rede Petro-Bacia de Campos, que aconteceu na manhã de terça-feira (04), no teatro do Sesi de Macaé, apresentou dados do Plano de Negócios e Gestão da Petrobras (2018-2022).

Ao elevar de US$ 10 bilhões para US$ 18,9 bilhões as perspectivas de investimentos para os próximos quatro anos, a Petrobras sinaliza que a Bacia de Campos e Macaé voltarão a ser o epicentro das operações que irão redefinir o volume de produção de óleo e gás registrado atualmente no Brasil.

Além de dar continuidade ao desenvolvimento de projetos de exploração, em áreas adquiridas na rodada de concessão realizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) no início do ano, a estatal indica também que aplicará recursos para elevar o fator de produção em reservas maduras, pauta de 91 projetos em andamento dedicados exclusivamente para a Bacia de Campos.

Através desta nova estratégia, a companhia pretende colocar em atividade seis novos sistemas de produção na região, que representa uma nova oferta de contratação de serviços e aquisição de materiais dentro da cadeia produtiva offshore baseada em Macaé. E como uma engrenagem perfeita, o resultado desta injeção de ânimo são milhares de oportunidades de emprego.

O Plano de Negócios, divulgado pela Petrobras, incluiu ainda áreas já descobertas na camada do pré-sal da Bacia de Campos, um potencial que tende a ser explorado através de parcerias com outras grandes operadoras de óleo e gás no mundo.

Diante deste novo ciclo virtuoso, as expectativas para Macaé são as melhores possíveis. “Ainda temos muito por fazer e a produzir na Bacia de Campos, que é responsável por cerca de 50% da produção nacional. Atualmente 53 plataformas estão em operação na Bacia de Campos, sendo 49 no Estado do Rio”, disse Marco Guerra.

O gerente geral da UO-BC informou que 17 plataformas estão em processo de descomissionamento nos próximos anos.

Petrobras: US$ 18,9 bilhões para elevar a produção em áreas da Bacia de Campos

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Petrobras eleva previsão de investimentos na Bacia de Campos

Dados do Plano de Negócios e Gestão da companhia serão consolidados hoje em reunião na Rede Petro

Quase US$ 19 bilhões serão investidos pela Petrobras, nos próximos quatro anos, na Bacia de Campos, dentro da estratégia de se elevar a capacidade de produção das áreas do pós-sal, que há duas décadas sustentam metade da participação do Brasil no mercado internacional de óleo e gás. Estes e outros números serão consolidados pela companhia na reunião desta terça-feira (4), que encerra as atividades da Rede Petro.

Para recuperar os ativos da área que representa a gêneses do petróleo nacional, e também que transformou Macaé na principal base das operações offshore do país, a Petrobras vai desenvolver 91 projetos focados no aumento do fator de recuperação de reservas mais antigas, implementando a chamada “revitalização dos campos maduros”, um movimento lançado pela prefeitura em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Serviços do Petróleo (Abespetro), na última edição da feira Brasil Offshore.

Presente no Plano de Negócios e Gestão 2018-2022, que será apresentado hoje na reunião da Rede-Petro, pelo gerente geral da Unidade de Operações da Bacia de Campos (UO-BC), Marco Guerra, essa nova estratégia inclui também a entrada de seis novos blocos exploratórios, adquiridos pela estatal na 14ª rodada de concessão da Agência Nacional do Petróleo (ANP), além de parcerias com outras operadoras offshore globais.

“É um campo muito importante para a retomada da indústria. São números que representam todos os esforços de se construir uma pauta sólida para o petróleo nacional, traçada ao longo dos últimos dois anos em Brasília, e que deve ser continuada pelos próximos quatro anos”, avalia o secretário executivo da Abespetro, Gilson Coelho.

A reunião de hoje da Abespetro segue uma tradição de 15 anos da instituição e que pauta as estratégias do setor de óleo e gás macaense, com base nos dados da Petrobras.

Vereador Marvel Maillet fiscaliza bairros e praças da cidade

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Bairros abandonados e falta de área de lazer para crianças são problemas comuns

O vereador Marvel Maillet (REDE) esteve nesta semana fiscalizando diversos pontos de Macaé. Os problemas encontrados vão de praças abandonadas, sem manutenção e brinquedos para as crianças a buracos nas vias públicas. Situações constantes no dia a dia da população macaense.

No bairro Novo Eldorado, loteamento situado no Parque Aeroporto, a equipe foi acompanhada pela moradora Patricia Ferreira. Verificaram que a falta de água é constante no local, a maioria das ruas encontra-se com paralelepípedos soltos, falta serviço de capina no meio fio, que impede a passagem nas calçadas, e os moradores convivem com o mau cheiro do esgoto a céu a aberto. “Outro problema é a fiação. Os postes estão com muitos fios embolados, pendurados, e uma hora poderá causar um curto e até um acidente”, destaca o vereador.

No Bosque Azul, os problemas se repetem. Esgoto jorrando nas ruas, mau cheiro e presença de insetos, entulhos e a falta de capina também são situações constantes na vida dos moradores. De acordo com os membros da Associação de Moradores do Bosque Azul, Tiago Queiroz e Deivison Silva, a principal reivindicação é pela construção de uma unidade de saúde e a construção de um parque infantil, ao lado do campo de futebol.

“Temos aqui uma casa abandonada que hoje é situada a associação de moradores, mas apenas estamos lá para que ela não seja invadida. Nesse local poderia ser construída uma unidade de saúde para atender todos do Bosque Azul”, explica os membros da Associação.

Área de lazer para as crianças brincarem também não existe nesses bairros. E nos locais que possuem quadras ou parquinhos falta à manutenção. Assim foi verificado na praça da Nova Macaé, na rua Edir Matos e na Barra de Macaé, Praça Mirante dos Navegantes. “Aguardamos o poder executivo fazer as devidas manutenções, com a troca dos alambrados, pintura e reparo nos brinquedos. Lazer é direito de todos”, lamenta Marvel.

O vereador informa que as indicações dos serviços e o contato com as secretarias responsáveis já foram feitas e aguarda a soluções das demandas nos bairros.

 

MPRJ ajuíza nova ação contra prefeito de Búzios por fraudes em licitações de contratos

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André Granado, prefeito de Armação dos Búzios

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ), ajuizou, no dia 29 de novembro, ação civil pública (ACP) por improbidade administrativa contra o Município de Armação dos Búzios e 23 envolvidos em esquema de fraudes em processos de licitação de contratos, incluindo o prefeito André Granado Nogueira da Gama. Com pedido liminar de indisponibilidade de bens, a fim de ressarcir os cofres públicos, a ação aponta que as práticas ilegais causaram um prejuízo superior a R$ 26 milhões ao erário. Vale lembrar que André Granado já havia sido afastado da função em outras oportunidades, em razão de ACPs ajuizadas pelo MPRJ, destacando-se uma primeira identificação de algumas das fraudes em licitações.

A investigação do caso de que trata a nova ACP, de nº 0020217-92.2018.8.19.0078, distribuída junto à 2ª Vara da Comarca de Armação dos Búzios, teve início no Inquérito Civil nº 011/14, instaurado em fevereiro de 2014, para apurar irregularidades praticadas nas publicações dos Boletins Oficiais do município, que estariam sendo feitos em duplicidade de edição, sendo que a distribuição com aviso real das licitações ficaria restrita apenas ao âmbito interno da própria prefeitura, impedindo, assim, que outras empresas interessadas em participar da disputa pelos contratos públicos tivessem o devido conhecimento dos certames.

Dessa forma, as empresas que ganharam os contratos emergenciais no início do primeiro mandato de André Granado foram beneficiadas com prorrogações de contratos emergenciais, por três a seis meses, e posteriormente ganharam a licitação, aditivos, sendo certo que algumas até hoje continuam prestando serviços ao município. O prejuízo ao erário, por tais práticas, já somaria a cifra de R$ 26.361.258,26. Segundo o MPRJ, há fortes indícios de que, por trás da circunstância suspeita que permeia as contratações em questão, há motivação de ‘gratidão’ do prefeito para com os apoiadores de suas campanhas políticas,  incluindo a de reeleição para o cargo, como de fato ocorreu em 2016.

O esquema de beneficiamento a diversas empresas foi alvo de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Búzios, instaurada em 2014 e que concluiu pela veracidade do fato, isto é, a existência de prática irregular de publicar distintos boletins oficiais, com os extratos dos editais de licitação na contracapa da última página apenas das edições internas – e cuidando de fazer circular publicamente aqueles que não traziam os referidos avisos. Segundo os vereadores, as fraudes nas licitações do município não cessaram, mesmo após o término da CPI, e ocorrem até hoje.

Além do ex-prefeito e do próprio município, constam como réus da ACP o ex-secretário de Fazenda de Búzios, Renato Jesus; o representante do Conselho Municipal de Turismo, Alberto Jordão; a E.l. Mídia Editora – Diário Costa do Sol, seus sócios Everton Fabio Nunes Paes e Lilian Fernanda Peres; a Casa do Educador Comércio e Serviços; os empresários Rita de Cassia Santos de Castro e Fernando Jorge Santos de Castro; a Quadrante Construtora e Serviços, seu sócio Jordir Faria da Silva e o ex-representante, Leandro Santos Machado; a Difamarco Distribuidora de Medicamentos, Correlatos, Equipamentos Hospitalares e Insumos Laboratoriais; os empresários Manoel dos Santos Barata Jr. e Elisabeth Pereira Principe Vieira Filha; a Kit-top Comercial e Serviços, seu representante Maury Lauria Lima; a Placidos Comercial, suas sócias Márcia Helena Plácido Barreto e Helena P. Barreto; a Leal Porto Empreendimentos e Participações, seu sócio Walmir Leal Porto e a ex-sócia Priscila Vania Soares de Freitas Porto.

A todos os demandados está sendo imputada a prática de atos de improbidade administrativa correspondentes ao art. 10, VIII, da Lei nº 8.429/92, que afirma “constituir ato de improbidade que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente”.

Em relação a todos os réus, o MPRJ requer a decretação de indisponibilidade de bens, com fixação de ressarcimento integral do dano, no montante de cada contrato, pagamento de multa civil no equivalente ao dano ao erário e proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, pelo prazo de cinco anos. Em relação aos três agentes municipais, acrescenta-se pedidos de perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos por oito anos. Ressalta o Ministério Público fluminense ser necessário o afastamento dos agentes públicos envolvidos, por conta da notícia de que os contratos em xeque seguem sendo renovados, de modo a perpetuar as irregularidades denunciadas, com agravamento do prejuízo aos cofres municipais.

Petróleo bate arrecadação histórica de R$ 559 milhões

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Macaé atinge R$ 195 milhões a mais que o arrecadado com o petróleo, no ano passado

Apenas neste mês, compensações repassadas pela Secretaria do Tesouro Nacional somam R$ 67,5 milhões

Como divisor de águas que marca o encerramento de um capítulo importante da história offshore de Macaé, em novembro, o governo municipal atingiu a marca histórica de R$ 559,1 milhões arrecadados apenas com os repasses dos royalties e as cotas da Participação Especial.

Representando o novo momento do mercado internacional de óleo e gás, e a valorização dos barris de petróleo extraídos da Bacia de Campos, o recomeço do equilíbrio tributário da cidade passa por números nunca antes registrados pelo município.

Apenas em novembro, Macaé recebeu R$ 67,5 milhões em receitas do petróleo, sendo R$ 62,6 milhões de royalties e R$ 4,9 milhões com Participação Especial. Impulsionados pelos novos índices de produção, da cotização do barril em dólar e a demanda de exportação do óleo bruto, os repasses dos royalties são o que garante ao município um superávit de arrecadação surpreendente. Isso sem contar com dezembro.

Comparado ao ano passado, Macaé recebeu R$ 195 milhões a mais com o petróleo. O mesmo número representa também o excesso de arrecadação, gerado entre o previsto pelo governo para ser recolhido e o efetivamente arrecadado.

Hoje, Macaé se mantém como a cidade da região que mais arrecada com os royalties. Mas perde para Niterói e Maricá, em volume de receitas oriundas das cotas da Participação Especial.

A expectativa é que, com a cota de dezembro, o total de arrecadação do petróleo chegue a R$ 600 milhões, uma marca histórica que supera, de uma vez por todas, o cenário de crise que se repetiu em 2016 e 2017.

Números

559,1 milhões
Total arrecadado por Macaé com o petróleo

541,5 milhões
Volume de receitas gerado pelos repasses dos royalties

17,5 milhões
Total gerado pelas cotas da Participação Especial do petróleo

Deputado estadual eleito é preso por crimes de corrupção e fraudes

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O ex-prefeito de Silva Jardim, Wanderson Alexandre (SD), foi eleito deputado estadual com 25.384 votos

MPRJ e Polícia Civil realizam operação para cumprir mandados de prisão contra ex-prefeito de Silva Jardim e outros envolvidos em fraudes a licitações

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (GAOCRIM/MPRJ), e a Polícia Civil, por meio da Delegacia Fazendária, cumpriram, nesta sexta-feira (30/11), mandados de prisão preventiva contra o ex-prefeito de Silva Jardim, Wanderson Gimenes Alexandre, afastado do cargo em função de campanha que o elegeu deputado estadual; o presidente da Câmara de Vereadores do município, Roni Luiz Pereira da Silva; Cláudio Renato Rocha da Silva, que ocupava a função de assessor-chefe do gabinete do então prefeito; e Jorge Luiz Araújo, estrategicamente nomeado por Wanderson Gimenes como membro da equipe de apoio e substituto eventual do pregoeiro da Comissão Geral de Licitações da cidade. A ação contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ)

Em denúncia apresentada em 14 de novembro deste ano, o MPRJ sustenta que os quatro teriam montado organização criminosa voltada para esquema de arrecadação de vantagens ilícitas, a partir da solicitação de valores espúrios a empresários, em troca da celebração de contratos com o município, por meio de fraudes em processos de licitação. Participariam ainda do esquema criminoso Paulo Sérgio Fonseca Antunes, ocupante de cargo comissionado junto à Secretaria Municipal de Obras, e João Rodrigues de Faria, pregoeiro e presidente da Comissão de Licitação de Silva Jardim.

As investigações sobre o caso tiveram por base o instrumento do Acordo de Colaboração Premiada. Foi apurado que houve pagamento de propina, a título de ‘doações não declaradas de campanha’, a candidatos de cargos eletivos, principalmente ao cargo de prefeito. Tais doações seriam feitas mediante o compromisso de que, caso eleitos, os prefeitos garantiriam a contratação de empresa específica para a prestação dos serviços de iluminação pública ou, eventualmente, de implementação de som e iluminação em eventos municipais. A investigação apurou que, no caso de Silva Jardim, Wanderson, em razão do exercício da função de prefeito teria solicitado a uma empresa a quantia de R$ 150 mil, além de um repasse de 10% do total de cada nota fiscal que viesse a ser emitida após sua contratação – o que, de fato, ocorreu.

Em sua decisão, o 1ª Grupo de Câmaras Criminais do TJRJ, determinou, além da prisão de Wanderson, Roni Luiz, Cláudio Renato e Jorge Luiz, a suspensão do exercício da função pública de todos os indiciados. “Indubitável a necessidade do afastamento dos indiciados de suas funções públicas, até porque, de acordo com as evidências colacionadas aos autos, todos eles utilizariam suas prerrogativas funcionais para cometer o crime de fraudar o caráter competitivo das licitações, com o objetivo de espoliar os cofres públicos”, aponta a decisão, que autorizou, a partir ‘dos indícios de prática dos delitos de associação criminosa, corrupção passiva e fraude’, a ordem de busca e apreensão, na forma requerida pelo MPRJ.

Prisão de Pezão perturba aliados do MDB na região

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Pezão foi preso ontem pela PF no Palácio das Laranjeiras, sede do governo do Estado

De acordo com a Justiça, corrupção foi mantida mesmo após a saída e condenação de Sérgio Cabral

Atravessando os últimos três mandatos do governo do Estado, e se perpetuando por quase 20 anos de poder, os esquemas de corrupção, que afetaram de forma direta a rotina da população fluminense, parece não ter sido suspenso, nem mesmo com o maior ato da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro: a prisão do ex-governador Sérgio Cabral (MDB).

Ao perturbar ainda mais os aliados do bloco emedebista em Macaé, que segue recuado desde as duas prisões domiciliares do presidente estadual do partido, o deputado estadual Jorge Picciani, a prisão nesta quinta-feira (29) do atual governador Pezão (MDB) torna ainda mais complexa a restruturação da crise do Estado, que tenta se salvar a partir do início do novo governo.

Pezão é acusado pelo Ministério Público de receber quase R$ 40 milhões em propina, através de esquema que envolveram outros oito presos pela Lava Jato. Até o Detran, órgão líder de reclamações dos cidadãos fluminenses, era utilizado no jogo.

Após a prisão de Pezão, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que nem mesmo diante de todas as ameças da Justiça, a corrupção parou no Rio de Janeiro. “O crime de lavagem de dinheiro ainda está em curso”, disse Dodge.

Depois da ação da Polícia Federal, os ex-aliados do MDB de Macaé não foram encontrados para comentar o caso.

Felício se reúne com Mourão em Brasília e antecipa pautas do turismo e segurança

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Felício foi recebido por Mourão no gabinete de transição em Brasília

Deputado federal eleito na região visita também gabinete de transição do governo de Bolsonaro

Em meio aos preparativos que antecipam a posse do mandato conquistado nas eleições de outubro, o deputado federal eleito pela região, Felício Laterça (PSL) se reuniu nesta semana, em Brasília, com o vice-presidente eleito Hamilton Mourão (PRTB) para acompanhar as ações de transição do futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Felício esteve no gabinete de transição onde se reuniu com Mourão e se colocou à disposição para auxiliar nas ações preparativas para o novo governo, em especial à nova estratégia para a segurança pública. “É importante estreitar, neste momento, as relações com os futuros ministros, entender quais serão as linhas de trabalho, para que possamos dar continuidade a esta estratégia no Congresso. Fomos muito bem recebidos pelo nosso vice-presidente que está otimista quanto às ações de restruturação da segurança pública, uma demanda crescente para toda nossa região”, disse Felício.

Em Brasília, o deputado federal eleito se reuniu também com Marcelo Álvaro Antônio, parlamentar eleito pelo PSL em Minas Gerais, indicado por Bolsonaro para assumir o Ministério do Turismo. “Iniciamos um diálogo importante para fortalecer o turismo como uma sólida vertente econômica para o Norte Fluminense.

Defendermos verbas para melhorar a infraestrutura de cidades que são beneficiadas pelo setor, como Cabo Frio, Búzios e Rio das Ostras, e vamos buscar incentivos para que Macaé, Araruama e Saquarema também tenham oportunidade de desenvolver essa área”, defendeu.

Na agenda na Capital Federal, Felício participou de cursos sobre os trâmites legislativos e o funcionamento pleno do Congresso. A posse de Felício em seu primeiro mandato como deputado federal acontecerá em fevereiro.