Thomas Weber é o novo presidente da TurisRio

0
Thomas Weber é o novo presidente da TurisRio - Cia. de Turismo do Estado do Rio de Janeiro

Profissional do turismo de Armação dos Búzios, atua na área há 38 anos

O secretário de estado de Turismo, Otavio Leite, anunciou, na sexta-feira (15), Thomas Weber como o novo presidente da TurisRio – Cia. de Turismo do Estado do Rio de Janeiro. A empresa, fundada em 1960, atua em sintonia com a Setur-RJ no fomento do turismo e irá passar por uma reestruturação.

Otavio Leite destaca o trabalho desenvolvido por Thomas Weber para o fortalecimento da atividade turística do Rio de Janeiro. “O Thomas é um profissional extremamente experiente, muito bem relacionado com o trade turístico e reconhecido por sua competência. Tenho certeza que ele trará uma fértil e importante contribuição para o turismo do Estado do Rio de Janeiro”.

Thomas Weber nasceu em Wesel, Alemanha, tem 53 anos, e atua na atividade turística desde 1981. É presidente há 20 anos do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Armação dos Búzios (Sindsol) e faz parte do Conselho Fiscal da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação.

“Nos últimos anos tive a oportunidade de me aproximar dos gestores do turismo de todas as regiões, fazendo com que eu me aprofundasse sobre as demandas do interior para o desenvolvimento do setor. O mais importante neste momento é reforçar ações de marketing, aproveitando a retomada dos turistas para a Capital, incentivando-os a conhecer as cidades do Estado”.

Thomas Weber Iniciou a sua trajetória no turismo ao se tornar um dos sócios da Pousada Byblos, em Armação dos Búzios, local que adotou para morar. De 1984 a 1988 fez cursos de hotelaria e gastronomia na Alemanha. Foi, também, presidente da Associação dos Hotéis de Búzios e conselheiro da ABIH-RJ por dois mandatos. Atualmente, o novo presidente da TurisRio, faz, ainda, parte do Conselho Municipal de Meio Ambiente, do Conselho Municipal de Turismo e da Associação Comercial de Búzios.

Vereador e deputado dividem pautas em defesa de obras para Macaé

0
Welberth Rezende e Alan Mansur assinam requerimentos que serão encaminhados ao Estado e a União

Alan Mansur e Welberth Rezende aliam mandatos em defesa de projetos de infraestrutura

Em ação conjunta de mandatos, o vereador Alan Mansur (PRB) e o deputado estadual Welberth Rezende (PPS) dividem a tarefa de batalhar, junto a órgãos do Estado e de Brasília, por soluções de demandas que afetam a rotina dos moradores da cidade.

Em uma sequência de ofícios direcionados à Alerj, Alan solicitou apoio de Welberth em demandas que envolvem setores da infraestrutura, segurança e habitação, reunindo informações repassadas pela sociedade, que há tempos não são respondidas pelo Estado e pela União.“É preciso unir forças pela nossa cidade. Com a atuação de Welbeth na Alerj, temos mais força para garantir junto aos órgãos responsáveis o atendimento das demandas levantadas junto à população”, disse Alan.

Os pedidos registrados pelo vereador visam retomar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Nova Esperança, além de garantir a liberação da documentação dos apartamentos sociais já ocupados por moradores da comunidade.

Além disso, os parlamentares cobram ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) a construção de um trevo na Rodovia Amaral Peixoto, para facilitar acesso ao Condomínio Barra Green.

Alan também solicitou à Welberth o apoio ao defender junto ao Estado a remoção de um dos pilares da ponte antiga sobre o Rio Macaé, facilitando assim o deslocamento de embarcações da pesca. “Vamos levar as demandas a todos os órgãos responsáveis, através da vontade de garantir aos macaenses respostas imediatas para soluções que ajudam a elevar a qualidade de vida em Macaé”, disse Welberth Rezende.

PSD alinha ações junto ao Estado e a União

0
Chico Machado participa de alinhamento junto a lideranças do PSD no Rio e em Brasília

Primeira reunião de lideranças do partido fecha acordos por propostas de recuperação da economia e de segurança pública

Ao reunir os integrantes da nova composição do partido no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o PSD afirma compromisso em defender pautas que visam viabilizar a recuperação da economia e a restruturação da segurança pública no Rio de Janeiro e no país.

Integrante da bancada do partido na Alerj, o deputado estadual macaense Chico Machado dividiu com os também parlamentares fluminenses Jorge Felippe Neto, Delegado Carlos Augusto e Rosane Félix, o compromisso de avaliar e construir ações junto à gestão do governador Wilson Witzel (PSC), apoiado pelo presidente do PSD, Índio da Costa, que também concorreu à sucessão do Estado, no ano passado.

“É o momento de refletir, de avaliar ações e de firmar posições neste novo cenário político do Estado. Precisamos construir pautas positivas, acima de qualquer discurso de ideologia. O povo fluminense precisa de parlamentares ativos, em busca de soluções. E se podemos construir agendas juntos, este será o nosso caminho”, defendeu Chico.

O encontro realizado no Rio contou também com a presença dos deputados federais eleitos pelo partido, Hugo Leal, Flordelis e Alexandre Sefiotis, além do senador Arolde de Oliveira.

 

Marvel Maillet promove reunião com Bombeiros Civis nesta quinta-feira

0
Vereador Marvel Maillet ao lado de Marcos Paulo, membro da Frente Parlamentar Mista em Defesa e Desenvolvimento da profissão do Bombeiro Civil

Objetivo é discutir o projeto de lei que torna obrigatória a contratação dos profissionais em Macaé

O vereador Marvel Maillet (REDE) convida todos os Bombeiros Civis de Macaé e região para discutir, nesta quinta-feira (14), o Projeto de Lei que trata sobre medidas de segurança e que torna obrigatória a presença deles em áreas de grande concentração de pessoas. A reunião será às 19h, na Câmara Municipal.

O Projeto de Lei do vereador Marvel tem o objetivo de prevenir e evitar desastres ou tragédias, como os incêndios que ocorreram no ano passado no Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Refinaria de Manguinhos e o lamentável caso da Boate Kiss, em 2013, em Santa Maria-RS.

Marvel explica que o projeto é um compromisso com a responsabilidade e a segurança das pessoas. “Infelizmente vemos a todo o instante acidentes fatais por falta de segurança, por falta de fiscalização e políticas de prevenção. Não podemos deixar uma tragédia acontecer para pensarmos em prevenção”, ressalta.

Além da grande importância para a segurança da população, visto que em Macaé está concentrado um grande número de empresas, existe ainda a geração de empregos para os profissionais da área. “A lei inclui a presença dos bombeiros em estabelecimentos, edificações, empresas de todo o gênero e em eventos de grande. Isso aumentará a demanda de profissionais e dará mais segurança dentro das empresas e áreas de grande circulação de pessoas”, explica Marvel.

De acordo com Marcos Paulo Silva de Oliveira, conselheiro consultivo e membro da Frente Parlamentar Mista em Defesa e Desenvolvimento da profissão do Bombeiro Civil, todos os municípios devem cumprir a Lei do Incêndio, Lei Federal 13.425/17, sancionada pelo presidente Michael Temer em 2017. “Já existe a Lei Federal, agora precisamos reforçar dentro dos municípios. Nossa profissão deve ser valorizada, assim como a vida das pessoas”, comento.

O vereador Marvel agendou uma audiência pública para o dia 14 de março, prevista para as 18h30, para discutir com toda a sociedade a importância do profissional do bombeiro em locais públicos, a fim de preservar a segurança de todos.

Chico Machado se reúne com Witzel e faz cobranças

0
Wilson Witzel e Chico Machado estiveram reunidos no Palácio Guanabara

Deputado estadual cobrou do governador mais investimentos em Macaé e nas cidades do interior do estado

O deputado estadual Chico Machado (PSD) esteve reunido com o governador Wilson Witzel (PSC) na noite da última segunda-feira (11), no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro. Na oportunidade, o parlamentar macaense cobrou uma série de melhorias para o interior do Estado. No encontro, que contou com a presença de toda a bancada do PSD-RJ, estiveram presentes os deputados federais eleitos pelo partido, Hugo Leal, Flordelis e Alexandre Sefiotis, além do senador Arolde de Oliveira.

“Aproveitei a oportunidade para reafirmar nosso compromisso com o interior do Rio e solicitar ajuda do governador para a licença do Terminal Portuário de Macaé (TEPOR). Essa é a pauta mais importante para a economia do nosso estado no momento, para que possamos aproveitar o novo ciclo do petróleo e reaquecer também a economia local com empregos e oportunidades. Bem como, a prioridade em cuidar das estradas do estado para atender a indústria petrolífera e fomentar a produção agrícola, leiteira e pecuária e o nosso turismo”, disse Chico Machado.

Além disso, o parlamentar solicitou a conclusão da obra do Colégio Estadual Carlos Walter Marinho Campos, no bairro Lagomar, a implementação de uma Delegacia da Mulher, auxilio na manutenção da Ponte Ivan Mundin, a ponte da Barra, e também a construção do novo Terminal Rodoviário na cidade.

“Todas essas demandas são importantíssimas para Macaé. Discutimos ainda a conclusão da escola de tempo integral, em Rio das Ostras, e a reativação do Hospital Estadual de Barra de São João. Saí do encontro com o compromisso de mantermos o diálogo com o governador e o vice, Cláudio Castro, a fim de atendermos as demandas dos municípios do interior”, finalizou Chico Machado.

Prefeitura realiza terceira mudança no secretariado apenas neste ano

0
Após ser convocado em concurso, Gustavo deixa a secretaria de Desenvolvimento Econômico

Gustavo Wagner deixa o Desenvolvimento Econômico e Gerson Martins acumula pastas

Em menos de 45 dias do novo ano, o governo já promoveu três alterações significativas no quadro do secretariado municipal. Desta vez, o Desenvolvimento Econômico passou por recomposição de cadeiras.

A pedido, Gustavo Peretti Wagner foi exonerado do posto de secretário, que acumula desde 2016. A sua saída do governo se deve a uma convocação para tomar posse em cargo de concurso público, para professor universitário, em Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Com a exoneração de Gustavo, o prefeito indicou Gerson Lucas Martins para responder pelo Desenvolvimento Econômico, acumulando também a secretaria municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade.

A troca nesta secretaria ocorre em um momento importante para o calendário de eventos da cidade: a realização da décima edição da Brasil Offshore, que acontece em junho. Além desta pauta, Gerson assume também a responsabilidade de tocar outras duas ações fundamentais para a cidade: a consolidação do novo porto do São José do Barreto e a concessão do Aeroporto de Macaé.

Nesta ano, o prefeito exonerou também o ex-secretário de Serviços Públicos, Flávio Isquierdo, após o escândalo envolvendo denúncia de agressão contra a mulher. A pasta foi acumulada por Célio Chapeta, atual secretário de Infraestrutura.

A primeira grande mudança no secretariado de 2019 foi a saída de Saulo Ramos da secretaria de Obras. A pasta passou a ser conduzida por Marcelo Mussi, que atuava como coordenador do setor.

Projeto poderá dar o nome de Joaquim de Azevedo Mancebo ao Aeroporto de Macaé

0
aeroporto-macae-odebateon-soraya
Deputada federal Soraya Santos (PR-RJ) é autora do projeto de lei que denomina novo nome do Aeroporto de Macaé - Marcos CorrêaPR

Representantes de instituições empresariais reivindicaram iniciativa da deputada Soraya Santos para apresentar projeto na Câmara dos Deputados

O Aeroporto de Macaé, que teve a pista reformada e a estação de passageiros construída, dentre outras dependências modernizadoras, a ser inaugurado pela Infraero nos próximos dias, poderá ser conhecido como Aeroporto Joaquim de Azevedo Mancebo. A solicitação foi feita por diversas instituições empresariais de Macaé à deputada federal Soraya Santos (PR-RJ), que registrou o projeto na Câmara dos Deputados e iniciada a nova legislatura, já começou a tramitar para aprovação. “Estamos desejando perpetuar o nome de um macaense que fundou o Aero Clube de Macaé e construiu a primeira pista de pouso no município”, disse Cliton da Silva Santos, que junto com outros empresários que fazem parte das diversas instituições – Associação Comercial, Comissão Municipal da Firjan, Convention & Bureau, Rede Petro, Amacon e Repensar Macaé, encaminhou a solicitação para Soraya Santos, com extensa justificativa e a biografia da pessoa a ser homenageada, considerando que Macaé é o único aeroporto que não tem denominação registrada na Infraero.

Coube a Denise Bittencourt Mancebo, filha do homenageado, a responsabilidade de construir uma obra rara, a biografia de Joaquim de Azevedo Mancebo, que morreu em um acidente aéreo, quando seu avião, um teco-teco, colidiu numa rede de alta tensão no bairro Engenho da Praia. Ela diz “que foram anos inesquecíveis, insubstituíveis. Quando se tem a oportunidade de conviver com um gênio, a vida jamais será banal”, e mais adiante: Pensei, então, como posso colher os inúmeros dados que preciso falar de nossa pai, o nosso Santos Dumont de Macaé”?, afirmando que recorreu à riqueza do arquivo que sua mãe, Lydia Bittencourt Azevedo, levou com ela.

DELICIOSAS LEMBRANÇAS DE MEU PAI

Ele nasceu em 11 de fevereiro de 1924 em Carapebus, pequena vila canavieira, naquela época ainda fazia parte do Município de Macaé. Seu pai, Salvador Mancebo, único filho da família Mancebo que nasceu no Brasil, vindos de Málaga, Espanha, para vencerem em terras estrangeiras. Sua mãe, Cecília Azevedo. Avó que infelizmente não conheci. Cursou o primário, terminando assim a 5ª série. Bem, vai aqui um parêntese – me lembro de volta e meia algum ex-colega de meu pai me contar sobre como ficava revoltado na época que estudava com Joaquim, assim me diziam.

Eu perguntava por quê? A resposta era sempre a de que ele brincava e nas provas ele sempre tirava 10. Ainda hoje acho curioso, visto que este sentimento me foi relatado por vários de seus colegas de turma. Imagino também como deveria ser difícil naquela época conseguir a nota máxima nas provas. Sei que ele passou parte de sua adolescência em Santa Maria Madalena, lugar do qual ele falava com orgulho e muito carinho. Fez curso técnico de mecânica na antiga Fábrica Nacional de Motores, no Rio de Janeiro. Como me é familiar o som da palavra fenemê, assim se pronunciava a sigla FNM. Porém o que me vem simultaneamente à memória quando penso em meu pai é o seu inseparável avião, o PP-RHL, o papa, papa, Romeu, hotel, lima (não podia deixar de usar o Alfabeto Fonético

Internacional, este foi o primeiro que aprendi). O PP-RHL era um Paulistinha, popularmente conhecido por teco-teco. De cor amarelo clarinho com letras vermelhas, muito bem pintadas por ele. Posso ainda vê-lo com a lona e todo o material necessário fazendo os reparos na carenagem, impecavelmente alinhados e bem feitos. Como um menino e seu brinquedo favorito, insubstituível, ele assim também queria com seu avião brincar, voar. Embora sendo de origem humilde e nós também levássemos uma vida simples, ele possuía um avião. Pra mim e meu irmão isso não era nenhuma façanha, era a nossa realidade. Além de sua imagem sempre perto de seu maior Amigo, o Avião, não escapa às minhas lembranças a imagem dele todo sujo de graxa trabalhando em sua oficina de carros.

Seus serviços pagavam parte das despesas domésticas que eram completadas com o trabalho de nossa mãe, a outra parte do que ele fazia era sagradamente gasta na gasolina azul que comprávamos no caminho ao aeroporto quando parávamos no posto do Sr. José Batista, por quem ele cultivou respeito e amizade. Posso sentir o cheiro forte e agradável da gasolina azul que enchia o galão. Partíamos no nosso Jeep, sempre tínhamos um, muitas vezes sem capota, outras com capota rasgada, muito raramente, um inteirinho. O PP-RHL? Ah, este era uma tetéia! Estávamos sempre acompanhados de nossa mãe.

Fundação do Aero Clube

No aeroporto eu me distraía com os carangos que fugiam aos montes à nossa chegada. Esperava até que eles viessem todos pra fora e corria pra espantá-los. O terreno era então arenoso e o lugar era completamente deserto. A sede tinha um balcão que parecia ser bem alto pra mim. Algumas salas e portas de vidro. Na parte externa lembro que havia uma espécie de plateau, também um pouco alto pra mim naquela época. Joaquim fez um hangar de madeira para abrigar um segundo avião quando se fizesse necessário. Tinha o formato de um avião, as asas, o corpo do avião e a cauda. Havia então dois hangares, um à direita de quem entrava no aeroporto e um à esquerda.

A cerca que limitava o aeroporto da estrada do canal era toda feita com arame farpado. Às vezes íamos à casa do controlador da torre, do outro lado do canal, onde hoje é o bairro do Aeroporto, tudo era areia e a vegetação era puramente de restinga, muito agradável. Havia ali sempre alguma criança pra brincar, ali era a residência da família do controlador. Era preciso que Macaé tivesse seu próprio aeroclube, visto que o número de apreciadores da aviação crescia na cidade. Lembro-me bem da dificuldade que papai teve pra fundar o AEROCLUBE DE MACAÉ, de onde ele é sócio-fundador. Sua matrícula é de número 01, agora o dez ao contrário, ainda o primeiro. Guardo com carinho sua carteira de Diretor do Aeroclube de Macaé, datada de 05 de março de 1966.

Posso ainda hoje ver meu irmão, Joaquim de Azevedo Mancebo Junior à caça de assinaturas a serem recolhidas para que se alcançasse o quorum exigido pelo órgão expedidor, o Aeroclube de Campos. Lembro-me dos amigos entusiastas da aviação que lá em casa se reuniam às vezes na sala, às vezes na varanda, pra idealizarem o aeroclube de nossa cidade. Alguns deles eram Dr. Antonino Cure, Sr. Gerson Santana, Paulo Roberto do Carmo Thomaz, Geraldo do Carmo Thomaz, Adenail Felix Dantas, Zehil Silva, Honório José da Silva, Agildo Soares Moacyr Mello Vieira, dentre outros. É incrível como estes homens eram considerados por papai, eles tinham em comum o seu mesmo amor pela aviação, eles também compartilhavam de seu prazer por voar.

Eles tinham uma árdua tarefa que era cumprir com as exigências do aeroclube de Campos, o que parecia quase impossível, era sempre necessário que eles apresentassem mais um documento para que o nosso aeroclube fosse fundado. Neste momento faz-se necessário que voltemos no tempo. Certa vez, voou sobre Macaé um avião da FAB, Força Aérea Brasileira. Joaquim, um menino aficionado por aviação, quase rapazinho, correu para o aeroporto em sua bicicleta, percebendo que o avião voava baixo para uma aeronave daquele porte naquela região. Certamente o piloto precisava de ajuda. Chegando lá, dito e feito. Lá estava aterrissado o avião. Ficou maravilhado, tenho certeza de que ele sentiu o mesmo que um menino sente quando vê outro menino com um brinquedo mais moderno, muito mais possante do que o dele. Não exagero, quem o conheceu sabe bem o que quero dizer.

Ajuda de Oficial da FAB

Com o AEROCLUBE DE MACAÉ fundado, restava agora o próximo passo – a licença pra voar, o brevê. Vou explicar porque aprendi o alfabeto antes do nosso próprio alfabeto: ele me pedia pra perguntar-lhe o que cada uma das letras era no Alfabeto Fonético Internacional, assim aprendíamos juntos. Ele estudava pra tirar seu brevê. Pra aprender matemática e outras fórmulas que precisava saber, ele espalhou pela casa e até no teto algumas tantas folhas de compensado onde escrevia a giz até sentir que já sabia e então escrevia novos assuntos a serem aprendidos.

Para tirar o brevê ele precisou ir várias vezes a Campos, ia de lambreta por estrada de chão, assim eu ouvia contar, estrada de chão. Ele prestou o exame dentre tantos que como ele também sonhavam em ter a carteira pra voar. Eram médicos, advogados, homens diplomados. Joaquim? Passou. Era orgulho de minha mãe contar pra todos que a menor nota dele foi oito dentre tantos 10 nos outros assuntos. Ah, Quincas, parece que você é 10! Agora voar, voar, voar…

Que sensação maravilhosa. Herdei dele esta paixão. Sempre que voava com ele pedia pra me deixar pilotar, ele então me explicava que era cedo. Sempre foi muito responsável e prezava pela segurança daqueles que voavam com ele. As pessoas que voavam pela primeira vez, estas então nem se fala, ele tinha o maior cuidado para que não se assustassem com nada.

O prazer em voar deveria ser experimentado por todos, dizia ele. Porém, quando ele estava sozinho, saciava sua vontade incontida, a de um homem que precisava respirar novos ares, outros ares. Lembro-me bem quando íamos ao Sana, onde ele instalava luz elétrica nas fazendas que tinham água em abundância, mas não tinham energia, portanto, nenhum aparelho elétrico, muito menos lâmpadas nos tetos. Inúmeras vezes ele teve que ir a Macaé buscar material, minha mãe, meu irmão e eu ficávamos na fazenda.

Não demorava, ouvíamos o motor do avião sobre nossas cabeças, seguido de um grito dele lá de cima, agora motor cortado, chamava nosso nome, sempre chamava também o nome do dono da casa. Lá vinha então a sacola, bem embrulhadinha, com o pão, produto de luxo numa fazenda do Sana de então, era final da década de 60 e início dos anos 70. E o vento? Não importava, ventasse para o lado que fosse, a sacola com pão e o Assugrin de mamãe caiam exatamente onde ele apontava para pegarmos. Muitos eram os rasantes nesta operação. Extasiado, maravilhado, feliz. Estava exatamente onde queria estar. Em 1972 resolveu visitar suas irmãs no sul do Brasil, Paraná.

Fronteira com o Paraguai

Providenciou todos os preparativos para uma viagem solo. (Ah, me lembrei de seu primeiro voo solo, do banho que lhe deram com óleo queimado de avião e de como ele correu pra se livrar e tentar se lavar no canal que passa à frente do Aeroporto de Macaé. Como chorei inocentemente pensando que maltratavam meu pai). Chegado o dia, decolou e lá se foi, ele, seu PP-RHL e sua bússola. Lá chegando, caçou. Ainda hoje posso escutar os pios e cantos dos pássaros que ele viu por lá.

Encantou-se tanto com tamanha beleza que trouxe uma fita gravada com o som da mata para que pudéssemos ter uma ideia do que ele tinha experimentado. Esteve também na fronteira com o Paraguai, na Foz do Iguaçu, de onde nos trouxe inúmeros souvenirs. Pôde confraternizar com suas irmãs e seus familiares. Estava muito feliz. Fazendeiros da região que viram o avião no aeroporto local gostaram muito da aeronave, impecável. Souberam que o motor era sereno e que havia vindo de longe, do Estado do Rio de Janeiro. Gostaram tanto que lhe ofereceram um bom dinheiro pra comprar seu objeto de estimação, certamente ele recusou.

Os fazendeiros então lhe fizeram uma segunda oferta. Esta, irrecusável. Além do preço maior, também pagaram por toda sua viagem de retorno à Macaé, com alimentação e toda despesa que ele pudesse ter na viagem. O avião seria usado na pulverização das fazendas de soja. Lá então deixou o tão querido Teco-Teco. Ao chegar em casa, mostrou-nos o dinheiro que havia recebido. Minha mãe disse logo que aquela quantia nos daria tranquilidade financeira. Porém, mais que depressa ele deixou claro que aquele dinheiro só seria usado para a compra de outro avião. Dito e feito. Viajou a Belo Horizonte e do Aeroporto de Lagoa Santa trouxe um Aeronca, avião mais novo, com os manches lado a lado, estilo meio-volante.

Como estava feliz! Este avião veio com reparos por fazer, principalmente o motor. Lá então se dedicava ele a regular o motor, decolar, voar alguns minutos e aterrissar para novas regulagens. Aos poucos o avião ia ficando do jeito que ele queria. Foi na manhã de 1º de setembro de 1973, mamãe o levou ao aeroporto e voltou pra casa. Ele estava muito feliz, me lembro de mamãe sempre recordar d’ele dizendo: “Saboreou a broa de milho que eu havia feito, comeu mais do que de costume naquela manhã de sábado. Saiu feliz pra voar. (a) Denise Bittencourt Mancebo.

Sessões na Câmara Municipal só no dia 19

0
Vereadores se preparam para o penúltimo ano do mandato no Poder Legislativo

Recesso parlamentar segue a previsão do Regimento Interno da Casa

Após quase 45 dias de recesso, a Câmara de Vereadores abre os trabalhos de 2019 apenas no próximo dia 19. A data segue previsão no Regimento Interno da Casa. Com as mudanças provocadas pela posse de Welberth Rezende (PPS) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e com o retorno de Guto Garcia (MDB) para a secretaria municipal de Educação, o plenário contará com a presença de dois novos parlamentares: o novato Reginaldo do Hospital (PROS) e com, o já experiente, Luciano Diniz (MDB).

Além disso, há também a expectativa da saída de George Jardim (MDB) que, após assumir posição de independência na Casa, voltou a ser sondado pelo governo para retornar ao grupo dos secretários. No lugar dele entraria o segundo suplente do MDB, o médico Márcio Barcelos.

Além da dança das cadeiras, o plenário da Câmara Municipal viverá a recomposição dos discursos políticos dos parlamentares. Há quem diga que mesmo da bancada do governo, vereadores estão prontos para atacar o Poder Executivo.

Momento expressivo da política local, o retorno dos trabalhos em plenário da Câmara abre também o período de avaliação de projetos que já ensaiam disputa pela sucessão do governo da mudança.

Marvel Maillet destina R$ 400 mil para qualificação profissional

0
Vereador comenta que a população deve estar sempre preparada para as novas oportunidades

População deve estar preparada para as oportunidades no mercado de trabalho

A qualificação profissional sempre é um diferencial no curriculum dos candidatos que buscam reposicionamento no mercado de trabalho. Foi pensando nisso que o vereador Marvel Maillet (REDE) destinou por meio de emenda impositiva, emenda no qual o gestor público é obrigado a executar, o valor de R$ 400 mil para implementar em cursos profissionalizantes em Macaé neste ano.

O vereador autor comenta que a população deve estar sempre preparada para as novas oportunidades que devem surgir em Macaé e na região. “Esse ano teremos muitas oportunidades de emprego, teremos a construção do Porto, serviços na área offshore, a expansão do turismo na cidade, da rede hoteleira. Essa emenda dará a oportunidade da população se qualificar, crescer no mercado de trabalho e gerar renda”, destacou Marvel.

Os trabalhadores que estão atuando em suas áreas também precisam de aperfeiçoamento profissional. Com a emenda do vereador, o poder executivo poderá intensificar os cursos em dias e horários alternativos. “Muitos profissionais procuram cursos de atualizações nas áreas que já trabalham. E a dificuldade muitas vezes está no horário que os cursos são oferecidos. Por isso, queremos estender as aulas dos cursos para após o horário comercial e até mesmo a distância”, explica o vereador.

O objetivo é inserir a população macaense nas oportunidades que vem crescendo em Macaé. No turismo a cidade vem intensificando ações atrativas como o passeio de escuna para as ilhas, passeio pela Lagoa de Jurubatiba, as feiras gastronômicas, passeio histórico e cultural nos patrimônios e museus. “Tudo isso vai gerar trabalho e renda na cidade. Restaurantes, hotéis, comércio, serviços de transporte, tudo vai gerar trabalho para quem estiver as qualificações e treinamentos na área”, comenta Marvel.

Vereadores de Carapebus conseguem inicio da obra da ponte da Baixada

0
Com o presidente do DER, vereadores reivindicam urgência na construção da Ponte e melhorias na RJ-178 e 182 em Carapebus

Obra dependerá da liberação de nova licitação feita pelo DER

Dentro de um mês, o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) iniciará as obras da ponte sobre o Rio Maricota, no bairro da Baixada, graças a reunião entre os vereadores de Carapebus com a nova gestão do DER. A nova ponte está orçada atualmente em R$ 6 milhões, mas um novo levantamento será feito pela nova gestão.

Participaram do encontro, os vereadores Wagner Mello, Anselmo Prata Vicente, Marcelo Borginho, Deut, Maicon Pimentel e Marquinho Pacato. Os parlamentares foram ao Rio de Janeiro onde trataram do assunto junto com o presidente do DER, Uruan Cintra de Andrade.

Desde o dia 31 de janeiro de 2018 a ponte da Baixada, na Rodovia RJ-178, foi fechada para o trânsito. Os veículos pesados e leves passam por um desvio no bairro Lameiro. Carapebus, desde 1998, enfrenta esse problema, quando as águas da enchente ocorrida naquele ano ultrapassaram o leito e atingiram o asfalto. Em sua força, as águas levaram o asfalto, boa parte de sua estrutura e a base, que desmoronou. A ponte da Baixada era utilizada por caminhões e carretas que transportam mercadorias e material até o Porto do Açu, em São João da Barra. E diariamente, ônibus e carros pequenos circulavam frequentemente pelo local. Com a situação da ponte sob o risco de acidente, os motoristas estão fazendo o trajeto Macaé-Quissamã passando por Carapebus.