Bolsa Atleta será votado nesta quarta na Câmara Municipal

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Vereador Marvel Maillet convoca atletas e representantes do esporte para estarem presente na Câmara

Projeto de Lei do Executivo estabelece novas regras para a concessão da Bolsa

Uma sessão extraordinária foi marcada para quarta-feira (03), exclusivamente para votar o Projeto de Lei (PL) do Executivo que estabelece novas regras para a concessão da Bolsa Atleta. O vereador Marvel Maillet (Rede), convida todos os atletas, pais, professores e representantes do esporte da cidade para participarem da sessão, marcada para as 10h, na Câmara Municipal de Macaé.

“Os atletas precisam desse recurso para participar de competições, custear passagens e alimentação. Eles representam nossa cidade pelo país e pelo mundo. E precisam desse apoio.”, disse Marvel.

Entre as emendas que serão votadas, Marvel indicou a ampliação da faixa etária para inscrição no programa e aumento dos meses para pagamento das parcelas da bolsa. “Não queremos limitar a Bolsa para atletas até 17 anos e entendemos que um atleta não treina somente alguns meses do ano. Eles treinam o ano todo para competir em grandes eventos e conseguir os títulos dentro de suas modalidades”, explica o vereador.

Marvel ressalta ainda a importância da criação de um Conselho do Esporte de Macaé para fortalecer a categoria e fiscalizar o desenvolvimento das ações esportivas na cidade. Durante a audiência que discutiu a criação do Conselho, os atletas também sugeriram mudanças ao projeto de lei do Bolsa Atleta que foram indicadas através das emendas do vereador na Câmara.

“Amanhã, durante a votação do Projeto de Lei do Executivo, vamos mostrar a força dos atletas de Macaé, que representam essa cidade, e precisam desse apoio para seguirem suas carreiras dentro do esporte. É lei e precisa ser cumprida!” disse Marvel.

“Nós precisamos atuar em nome do povo”

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Candidato à Alerj, Val afirmou que mantém diálogo com moradores de comunidades

Val Barbeiro afirma que campanha eleitoral não impede trabalho de mandato no Legislativo

“É preciso garantir que, com eleição ou sem eleição, a opinião do povo prevaleça”. Ao discursar durante a sessão ordinária de ontem (2), o vereador Val Barbeiro (PHS) que também concorre à vaga de deputado estadual no pleito deste ano, afirmou que a dedicação de todos os políticos precisa ser em defesa da democracia.

Val complementou o debate levantado por Marcel Silvano (PT) sobre a dificuldade de entrar em comunidades carentes da cidade, em função da resistência imposta por membros de facções criminosas, que defendem outros candidatos.

“O povo não pode sofrer com isso. Eu sou um vereador de comunidade e vou continuar frequentando esses lugares, para ouvir a população. Se não posso panfletar na rua, eu me reúno com as famílias, apresento as minhas ideias. A liberdade precisa ser para todos, mas isso não vai ser dificuldade para o meu papel de representar essas pessoas que precisam da democracia”, disse Val Barbeiro.

Ao reiterar a sua campanha rumo a Alerj, Val Barbeiro também afirmou que as eleições deste ano darão um resultado significativo para a sociedade.

“Qualquer um que for eleito vai precisar dar respostas a todas as pessoas, tanto quem votou nele, quanto para quem não votou. Eu sei das dificuldades das comunidades, que muitas vezes não são atendidas pelo poder público. E por isso a minha presença nessas áreas se faz necessária”, defendeu.

Câmara altera e aprova projeto do Bolsa Escola

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Vereadores aprovaram projeto de lei do Executivo que cria o Bolsa Escola

Com oito emendas, matéria do Executivo contempla alunos do 5º ao 9º ano e combate evasão escolar

Após quase quatro meses de tramitação, diversos embates antecipados e entraves criados em meio ao eterno problema entre a oposição e a base aliada do governo, a Câmara de Vereadores alterou e aprovou ontem (4) o projeto de lei 011/2018, que propõe a criação do Bolsa Escola.

Com mais de uma hora de discussão, os parlamentares aprovaram oito emendas, assinadas pelos vereadores Maxwell Vaz (SD), Guto Garcia (MDB) e Marcel Silvano (PT), que mexeram na base efetiva da proposta do governo de contemplar com bolsas de R$ 600, alunos do 5º ao 9º ano, classificados em prova aplicada pela secretaria de Educação.

As emendas, aprovadas pela maioria da Casa, buscaram ampliar o número de bolsas, estabeleceram a regra de monitoria para os contemplados, definiram preferência para os alunos do EJA (Educação para Jovens e Adultos) e ainda garantiram a transparência na revelação dos dados sobre a evasão escolar.

Em meio ao clima das prévias das eleições para a presidência da Câmara, até mesmo as propostas susceptíveis a veto por inconstitucionalidade passaram pelo plenário, que criticou a falta de planejamento para tornar a Educação uma verdadeira transformação de vida. “O projeto não é ruim, mas não resolve os problemas da nossa Educação. Há de se acabar com o atual sistema, que torna escolas cada vez menos eficientes, porém bem caras para os cofres públicos. Eu entendo que é uma possibilidade pontual de melhoria, por isso voto favorável”, disse Maxwell.

Um dos principais críticos ao projeto, que chegou a propor a devolução da matéria ao governo e apresentação de um substitutivo, Marcel afirmou que a discussão em plenário serviu para abrir uma nova visão sobre a Educação da cidade. “Precisamos ter o compromisso de melhorar sempre. A evasão escolar é uma demanda que precisa ser enfrentada e nós todos precisamos pensar nisso. E não podemos desistir, apesar de todas as dificuldades e os vetos do prefeito às nossas emendas que pode retroceder todos os nosso debates”, apontou o vereador que também votou a favor do projeto emendado.

Luiz Fernando (PTB) afirmou que se não houver comprometimento do poder público com a Educação, qualquer projeto será “dinheiro jogado fora”. Já Guto Garcia (MDB) apontou que o projeto do governo complementa diversas outras ações que visam ampliar o alcance do ensino público.

Após a discussão, o projeto foi aprovado por unanimidade pelos vereadores presentes.

Câmara abre discussão do “Avança Macaé”

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Líder do bloco de oposição, Maxwell elogia projeto “Avança Macaé”

Projeto do Executivo propõe parceria com a iniciativa privada para investimento em projetos de infraestrutura

O projeto do governo, intitulado como “Avança Macaé”, que propõe parceria com a iniciativa privada para captar investimentos destinados a grandes projetos de infraestrutura, passou ontem (4) pela primeira discussão na Câmara de Vereadores.

Ao seguir o rito que permite agora a apresentação de emendas e a previsão de votação, já na próxima semana, o projeto foi elogiado pelo líder da Frente Parlamentar Macaé Melhor, Maxwell Vaz (SD). “Eu vejo este projeto como forma de fazer economia para o governo, abrindo espaço para que investimento privado seja injetado em obras importantes de infraestrutura, sendo compensadas de forma futura em tributos. Eu incentivo que os demais vereadores leiam a matéria, para encaminhar voto”, apontou Maxwell.

A expectativa é que o projeto seja colocado em votação dentro das próximas duas semanas, para que tenha validade em 2019.

Datafolha: Bolsonaro varia de 32% para 35% e Haddad vai de 21% para 22%

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Por Marcelo Osakabe e Daniel Weterman

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) cresceu de 32% para 35% das intenções de voto, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 4. Ele abriu 13 pontos de vantagem em relação ao segundo colocado, Fernando Haddad (PT).

O candidato do PT oscilou de 21% para 22%. Ciro Gomes (PDT) manteve 11% e Geraldo Alckmin (PSDB) variou de 9% para 8%.

A candidata da Rede, Marina Silva, manteve 4%. João Amoêdo (Novo) permaneceu com 3%. Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos) mantiveram 2% cada, mesmo índice da pesquisa divulgada na última terça-feira, 2. Cabo Daciolo (Patriota) voltou a ter 1%.

Vera Lúcia (PSTU), Guilherme Boulos (PSOL), João Goulart Filho (PPL) e José Maria Eymael (DC) não pontuaram.

O contingente de votos em branco e nulos saiu de 8% para 6%, enquanto os que não souberam ou não responderam permaneceu em 5%

Considerando-se apenas os votos válidos, que tiram da amostra os votos em brancos e indecisos, Bolsonaro chegou a 39%, contra 25% de Haddad, 13% de Ciro, 9% de Alckmin e 4% de Marina Silva.

Segundo turno

Bolsonaro manteve o índice de 44% das intenções de voto no segundo turno contra Haddad, de acordo com o instituto Datafolha O petista, por sua vez, oscilou de 42% para 43%.

Neste cenário, os votos em branco e nulos passaram de 12% para 10%, enquanto o índice de indecisos foi de 2%, mesmo índice da pesquisa divulgada na terça-feira.

Depois de ficarem empatados no limite da margem de erro anteontem, Ciro Gomes voltou a abrir vantagem de seis pontos contra Bolsonaro. Neste cenário testado pelo Datafolha, o pedetista oscilou de 46% para 48%, enquanto o capitão da reserva ficou com 42%. Os votos em branco e nulos foram de 10% a 9% e os indecisos permaneceram em 2%.

Na simulação contra Geraldo Alckmin, o tucano manteve os 43% e o deputado federal foi de 41% para 42%. Votos brancos e nulos foram de 14% para 13% e os indecisos ficaram em 2%.

O tucano voltou a ter empate técnico com Haddad, no limite da margem de erro. Alckmin foi de 43% a 42%, enquanto o petista oscilou de 36% para 38%. O montante de votos brancos e nulos variaram de 19% a 17% e o montante de indecisos passou de 2% para 3%.

Resistência

A rejeição a Bolsonaro se manteve em 45% na comparação dos dois levantamentos. Por sua vez, a Haddad oscilou de 41% para 40%.

A rejeição dos demais candidatos aparece abaixo. Neste levantamento, os entrevistados podem citar mais de um candidato e, por isso, os resultados somam mais de 100%.

– Marina: 28%

– Alckmin: 24%

– Ciro: 21%

– Meirelles: 15%

– Boulos: 14%

– Cabo Daciolo: 14%

– Vera: 13%

– Alvaro Dias: 13%

– Eymael: 12%

– Amoêdo: 11%

– João Goulart Filho: 11%

– Não votaria em nenhum: 2%

– Poderia votar em todos: 2%

– Não sabe/não respondeu: 4%

A pesquisa tem margem de erro de dois pontos porcentuais e nível de confiança de 95%. Foram entrevistados 10.930 eleitores entre 3 e 4 de outubro. O registro no TSE é o BR-02581/2018. O levantamento foi contratado pela Folha de S.Paulo.

Oposição aciona Ministério Público contra falhas no transporte municipal

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Líder da oposição, Maxwell defendeu a presença do cobrador nos coletivos da cidade

Vereadores cobram na Justiça que governo respeite artigo da legislação municipal que prevê o serviço

Após solicitações promovidas através de requerimentos e discussões sobre projetos de lei, a Frente Parlamentar Macaé Melhor acionou a Justiça contra o governo, na busca pelo cumprimento das diretrizes da legislação municipal que prevê as regras do transporte público da cidade.

Na semana passada, os vereadores que compõem o bloco de oposição, liderados por Maxwell Vaz (SD), protocolaram junto ao Ministério Público Estadual uma denúncia contra a prefeitura, mediante o descumprimento da Lei 2.444 de 2003, que institui o transporte público local.

O principal impasse levantado pelos parlamentares é referente ao artigo 139 da lei, que obriga a presença de um cobrador, em cada um dos coletivos em circulação na cidade, com objetivo de controlar a subida e a descida dos passageiros, zelando especialmente pela segurança dos usuários.

“Além de fazer vista grossa contra uma série de falhas que existem no transporte público, o governo ignora a legislação que prevê o serviço, beneficiando diretamente o caixa da empresa que explora a concessão. A presença do cobrador nos coletivos é exigida por lei e a empresa não pode decidir, por si só, burlar essa regra, enquanto a prefeitura, que é o órgão fiscalizador do serviço, também não respeita a legislação municipal”, afirmou Maxwell Vaz.

Ao longo dos últimos anos, a oposição tenta garantir a presença destes profissionais nos ônibus que circulam pela cidade, tanto para garantir maior agilidade do serviço, quanto para garantir a proteção dos usuários.

“A facilidade da passagem custar R$ 1 não pode ser a garantia de desrespeito à legislação. Enquanto o motorista faz também o papel de cobrador, ele perde a atenção no trânsito, fica com o ônibus parado mais tempo nos pontos, o que atrasa as viagens. Além disso, o cobrador ajuda a verificar se o embarque e o desembarque do passageiro foram feitos de forma adequada, o que não dá para ser feito pelo motorista”, disse Maxwell.

O líder da Frente Parlamentar afirmou que acompanhará o andamento da denúncia protocolada junto ao Ministério Público.

Alckmin minimiza vaia e gritos ‘Bolsonaro’ durante evento evangélico em SP

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Por Marcelo Osakabe e Daniel Weterman

O candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, minimizou as vaias e gritos de ‘Bolsonaro’ recebidas durante a abertura da Expo Cristã, evento realizado por comunidades evangélicas na capital paulista.

“O que eu vi foi uma plateia bem dividida. É que sempre existe aquele pessoal mais ruidoso. Se fizer uma pesquisa aí, vai dar uma votação bem dividida”, disse o ex-governador a jornalistas, após deixar o evento.

Alckmin foi vaiado duas vezes no evento na manhã desta quinta-feira, 27. A primeira, quando foi anunciado por João Doria (PSDB), que o precedeu no palco, e a segunda, quando subiu ao palco.

Indagado por jornalistas, o ex-governador reiterou ainda que não vai mudar a estratégia de bater em Bolsonaro. “A nossa estratégia não foi feita com base em pesquisa, mas com base em coerência. A política precisa ter mais valores, mais princípios”, disse.

Também presente ao evento, Magno Malta foi bastante aplaudido pelos presentes ao dizer que veio no lugar de Jair Bolsonaro (PSL), que continua internado no hospital Albert Einstein após receber uma facada, no último dia 6. A menção ao presidenciável levou integrantes da plateia a soltarem gritos de “ele sim”, em referência à campanha realizada por grupos feministas na internet desde a última semana.

Malta também fez pregação contra o que considera ser “ideologia de gênero” e disse que Bolsonaro foi atacado por defender valores como esses. “Temos um homem esfaqueado. ‘Ah, mas ele advoga a violência’. E agora vai proibir facas nos restaurantes, nas churrascarias?”, indagou, recebendo fortes aplausos da plateia.

Antes dele, Lúcia França, primeira-dama do Estado, também discursou. Ela veio representando Márcio França (PSB), que estava confirmado no evento.

Aprovadas proposições sobre problemas na área da saúde

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Requerimento aprovado por unanimidade na Câmara Municipal é de autoria do vereador Maxwell Vaz

Vereador Maxwell Vaz mencionou falta de pediatra na UPA de Lagomar

Foi aprovado o Requerimento 559/2018, de autoria do vereador Maxwell Vaz (SD), solicitando ao Executivo sindicância acerca da denúncia do não atendimento de uma criança na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Lagomar. A votação unânime ocorreu na sessão da última terça-feira (16) na Câmara Municipal de Macaé. O parlamentar disse que foi informado da situação por meio de um vídeo.

“Um médico disse que não atenderia a criança por não ser pediatra e que, além de não contar com o especialista, a unidade também não tinha Raio-X, entre outros problemas”, afirmou Maxwell. O vereador Marcel Silvano (PT) sugeriu que a proposição fosse anexada ao dossiê que a oposição está reunindo com o objetivo de abrir uma Comissão Especial de Investigação (CPI) com denúncias sobre a saúde municipal.

Já Luiz Fernando Pessanha (PTC) relatou o caso de outra criança, com pneumonia, na UPA da Barra, que ficou sem antibiótico porque a farmácia da unidade, às 18h, já estava fechada.

Outra proposição de Maxwell aprovada na sessão foi o Requerimento 553/2018, que solicita à Secretaria de Saúde cópias de oito processos com dispensa de licitação. “Contratações de serviços assim são previstas na legislação para emergência ou calamidade pública. Mas não é o caso de Macaé, que tem um orçamento superior à maioria dos municípios brasileiros”.

Também Cristiano de Almeida Silveira (PTC), o Cristiano Gelinho, teve aprovados dois requerimentos na área.

O número 568/2018 solicita à pasta informações sobre a possibilidade de compra de geradores para a conservação de vacinas quando falta energia. A interrupção do funcionamento das geladeiras tem ocasionado a perda dos medicamentos e a suspensão da vacinação em vários postos. E o 562/2018 solicita a abertura 24h das farmácias das duas UPAs.

Esquema de Cabral na saúde causou prejuízo de ao menos R$ 173 milhões, diz MPRJ

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Alberto Chaves,do Gate e os promotores Vinicius Leal Cavalleiro e Liana Barros Cardozo durante anúncio de ação civil pública contra o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) ajuizou uma ação civil pública contra o ex-governador Sérgio Cabral, três ex-secretários estaduais de saúde, quatro executivos, um consórcio, uma empresa e 12 servidores do estado. O MP viu superfaturamento de contratos para serviços que não foram prestados adequadamente entre 2007 e 2015, gerando desperdício de materiais hospitalares e remédios para tratamentos de média e alta complexidade.

A ação é movida pela 8ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e aponta crime de improbidade administrativa. O prejuízo causado aos cofres estaduais teria sido superior a R$ 173 milhões em contratos para manutenção de serviços de estocagem, distribuição, armazenamento e destinação final de medicamentos, insumos, produtos e materiais médico-hospitalares.

O Ministério Público pede também a suspensão dos direitos políticos dos réus e das dívidas estaduais com as empresas contratadas, o ressarcimento do Fundo Estadual de Saúde e a proibição de ter contratos com o poder público.  Além disso, a promotoria pediu, de forma cautelar, a devolução dos valores recebidos ilicitamente pelos réus, a quebra dos sigilos fiscal e bancário e o sequestro de bens em um montante suficiente para sanar o prejuízo causado aos cofres estaduais.

Segundo o promotor de Justiça Vinícius Cavalleiro, as empresas foram contratadas com sobrepreço e causaram desperdício de medicamentos e materiais hospitalares ao não condicioná-los corretamente, ao não contratar pessoal com capacitação adequada e ao não manter uma rotina eficiente de comunicação com as unidades de saúde onde esses produtos eram necessários. Mais de 600 toneladas de remédios e materiais que poderiam estar em condições de uso foram incineradas e cerca de R$ 85 milhões em valores atuais se tornaram inservíveis dentro da Coordenação Geral de Armazenamento do estado, em Niterói.

“A empresa contratada por aquela finalidade estava praticando sobrepreço, recebia por serviços não prestados e seu contrato vinha sendo aditivado sem justificativa plausível”, disse o promotor, que lembrou que o prejuízo causado pelo esquema é ainda maior porque os medicamentos desperdiçados precisavam ser repostos, onerando ainda mais os cofres públicos. O Ministério Público também vai pedir uma indenização por danos morais coletivos e aguarda a conclusão de um inquérito policial para levar o caso também à esfera criminal.

 Serviços não prestados

A acusação narra que o esquema começou quando o ex-secretário Sérgio Côrtes teria aproveitado um decreto de calamidade pública assinado pelo ex-governador em 2007 para firmar um contrato de R$ 18 milhões com a TCI BPO Tecnologia, Conhecimento e Informação S.A. para prestação de serviços de gestão de informações e estoques de medicamentos e insumos. Contratada em regime de urgência por 180 dias, a empresa depois venceu pregão presencial para prestar o serviço por mais 12 meses, recebendo mais R$ 51 milhões por isso.

O contrato foi aditado e estendido por mais um ano, porém, em 2009, ficou comprovado que os serviços não eram prestados devidamente. A empresa foi informalmente substituída pela Facility Tecnologia LTDA, do empresário Arthur César de Menezes, conhecido como “Rei Arthur”. No mesmo ano, outra empresa da qual Menezes é sócio-presidente ganhou a licitação para prestar os mesmos serviços, a Vex Tecnologia LTDA.

O Ministério Público Estadual teve como uma das testemunhas o ex-subsecretário Cesar Romero, que já havia assinado acordo de colaboração com o Ministério Público Federal para as investigações da Lava-Jato no estado do Rio de Janeiro. Segundo o MP-RJ, com o depoimento dele foi possível descobrir que 10% do valor do contrato superfaturado se convertia em propina, sendo 5% para o ex-governador, 2% para o ex-secretário, 1% para o Tribunal de Contas do Estado, 1% para o próprio delator e mais 1% para pagar vantagens a pessoas de menor escalão necessárias para fazer “a máquina funcionar”.

 

Entre Bolsonaro e Lula, prefiro Bolsonaro, diz vencedor de Nobel

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Mario Vargas Llosa lembrou que Lula já foi preso e que os juízes o condenaram “como ladrão”

O escritor hispano-peruano Mario Vargas Llosa deu sua opinião nesta quarta-feira (11) sobre as eleições que serão realizadas em outubro no Brasil. Ele destacou que, apesar do que chamou de “travessuras” do presidente Jair Bolsonaro (PL), prefere sua vitória na disputa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Prêmio Nobel de Literatura de 1990 deu uma palestra em Montevidéu, capital do Uruguai, a convite do think tank Centro de Estudos para o Desenvolvimento (CED), na qual falou sobre a atualidade dos países da América Latina, incluindo o Brasil.

– O caso de Bolsonaro é muito difícil. As travessuras de Bolsonaro são muito difíceis para um liberal admitir. Agora, entre Bolsonaro e Lula, prefiro Bolsonaro – comentou.

O autor de A Festa do Bode e A Cidade e os Cachorros opinou ainda que “há uma espécie de paixão por Lula, principalmente na Europa”, mas lembrou que o ex-presidente “foi preso” e os juízes o condenaram “como ladrão”.

Por Portal Novo Norte