Lava Jato denuncia Lula por lavagem de dinheiro por meio de Instituto

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A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná ofereceu, nessa segunda-feira (14), denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, pelo crime de lavagem de dinheiro. Eles são acusados da prática do crime de lavagem de dinheiro por meio de doações para dissimular o repasse de R$ 4 milhões durante o período compreendido entre dezembro de 2013 e março de 2014. Conforme consta na denúncia, os valores ilícitos foram repassados mediante quatro operações de doação simulada realizadas pelo Grupo Odebrecht em favor do Instituto Lula, cada uma no valor de R$ 1 milhão.

A existência de contas correntes informais de propinas entre as empreiteiras Odebrecht e OAS com o Partido dos Trabalhadores (PT), a partir das quais foram repassados valores milionários para a aquisição e reforma de imóveis em favor do ex-presidente Lula – uma cobertura triplex no Guarujá/SP e um sítio em Atibaia – já foram reconhecidas pelo Juízo Federal da 13ª Vara de Curitiba e pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em feitos conexos, especificamente as ações penais n. 5046512-94.2016.4.04.7000 e 5021365-32.2017.4.04.7000. No âmbito desses processos criminais também foi reconhecido que tais contas correntes de propina foram alimentadas com vantagens indevidas auferidas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht mediante a prática de crimes de cartel, licitatórios e de corrupção em detrimento da Petrobras.

Os repasses ilícitos da Odebrecht ao ex-presidente Lula, que totalizaram R$ 4 milhões e são objeto da denúncia apresentada nessa segunda-feira, tiveram a mesma origem ilícita (crimes praticados em detrimento da Petrobras) e seguiram a mesma sistemática (dedução em caixas-gerais de propinas de empreiteiras com o Partido dos Trabalhadores) que já foi reconhecida em ações penais julgadas pela Justiça Federal em primeira e segunda instância.

No presente caso as investigações apontam que, para dissimular o repasse da propina, Marcelo Odebrecht, atendendo a pedido de Lula e Okamotto, determinou diretamente que o valor fosse transferido sob a forma de doação formal ao Instituto Lula. Porém, conforme indicam as provas reunidas, os valores foram debitados do crédito ilícito de propina contabilizado na “Planilha Italiano”, mais especificamente da subconta chamada “amigo” (rubrica referente a Lula, conforme as provas), na qual foi inserida a anotação “Doação Instituto 2014” no valor de R$ 4 milhões, como demonstrado por reprodução da planilha incluída na denúncia.

O procurador da República Alessandro Oliveira destaca o amplo conjunto de provas que permitiram fundamentar a denúncia. “São centenas de provas, de comunicações a planilhas e comprovantes de pagamento que ligam a doação formal de altos valores a possíveis ilícitos praticados anteriormente. Isso demonstra a complexidade e a verticalidade da análise realizada pela força-tarefa em diversas fases, nesse caso a lavagem de dinheiro, mas sem perder a noção de um contexto mais amplo de práticas.”

Em decorrência dos fatos denunciados, o MPF pediu o perdimento do produto e proveito dos crimes ou do seu equivalente, incluindo aí os valores bloqueados em contas e investimentos bancários e em espécie, apreendidos em cumprimento aos mandados de busca e apreensão, no montante de pelo menos, R$ 4 milhões. Esse valor corresponderia à propina repassada mediante doação simulada ao Instituto Lula.

O MPF requer, ainda, em relação a Luiz Inácio Lula da Silva e Paulo Okamotto, a devolução para a Petrobras, a título de reparação de danos, de valor correspondente à propina recebida; e, com respaldo em precedentes do Supremo Tribunal Federal (Ações Penais 1030 e 1002), a condenação dos denunciados por danos morais causados à população brasileira mediante a prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Provas – Conforme apurado no curso das investigações, Marcelo Odebrecht e Antonio Palocci ajustaram, em 2010, aprovisionar R$ 35 milhões do saldo constante na “Planilha Italiano” para atender gastos e despesas demandados por Lula, o que levou à criação de uma subconta chamada “amigo” na planilha de controle da conta-corrente de propinas entre a Odebrecht e o Partido dos Trabalhadores. Tal conta era controlada por Marcelo e os pagamentos destinados ao Partido dos Trabalhadores e a Lula eram negociados diretamente com Palocci.

E-mails e planilhas apreendidos em buscas e apreensões realizadas em fases anteriores da operação Lava Jato e outras provas materiais corroboram os fatos criminosos, já confessados por Marcelo e Palocci, que optaram por colaborar com a Justiça para o esclarecimento da verdade. Comunicações mantidas entre os envolvidos à época dos fatos, juntadas à denúncia, comprovam que Marcelo comunicou ao então supervisor do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht Hilberto Silva que Palocci havia avisado que Okamotto entraria em contato para a realização de doação oficial ao Instituto Lula no valor de R$ 4 milhões. Marcelo registrou ainda que, embora a quantia fosse formalmente repassada como doação, o dinheiro deveria ser debitado do saldo de propina da conta “amigo”. Esse e-mail data de 26/11/2013; o primeiro depósito no valor de R$ 1 milhão ao Instituto Lula foi realizado pouco tempo depois, em 16/12/2013.

Foi anexada na denúncia ainda cópias dos quatro recibos de doação realizadas em favor do Instituto Lula, ocorridos em 16/12/2013, 31/01/2014, 05/03/2014 e 31/03/2014, totalizando R$ 4 milhões. Além disso, o registro do valor repassado pela Odebrecht ainda consta em planilha Excel chamada “previsão”, localizada em mídia apreendida em poder de Okamotto, então Presidente do Instituto Lula, durante a 24ª fase da operação Lava Jato.

A denúncia também foi instruída com cópia de procedimento de fiscalização da Receita Federal que analisou de forma detalhada as atividades do Instituto Lula. Foram reunidas pelas autoridades fazendárias inúmeras de provas, inclusive dezenas de e-mails trocados por diretores e empregados do Instituto, que demonstram a existência de uma confusão patrimonial flagrante entre o Instituto Lula, a sociedade empresária L.I.L.S. Palestras, Eventos e Publicações LTDA. e o próprio ex-presidente.

Datafolha/RJ: Sem Garotinho, Paes lidera com 24%, Romário tem 16% e Índio, 10%

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Por Cristian Favaro

Pesquisa do Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 4, mostra o candidato do DEM ao governo do Rio, Eduardo Paes, liderando com 24% das intenções de voto. Este é o primeiro levantamento sem o nome do ex-governador Anthony Garotinho (PRP), que teve a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por causa disso, o levantamento não pode ser comparado com o anterior.

Em segundo lugar na pesquisa desta quinta-feira aparece Romário Faria (Podemos), com 16%, seguido por Índio (PSD), com 10%, Wilson Witzel (PSC), 9%, e Tarcísio Motta (PSOL), 9%. Depois aparecem Pedro Fernandes (PDT), 6%, e Marcia Tiburi (PT), 5%. Brancos e nulos somaram 13% e 5% não souberam ou não responderam

Na simulação de segundo turno entre os principais nomes, Paes teve 44%, contra 31% de Romário. Brancos e nulos somaram 23% e não sabe, 1%.

A pesquisa tem margem de erro de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos e está registrada no TSE como RJ-02155/2018. Foram ouvidos 1542 eleitores em 42 municípios. As entrevistas ocorreram em 3 e 4 de outubro.

 

Fonte:Estadão conteúdo

‘Vou até a uma enfermaria para fazer o debate, se necessário’, diz Haddad

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Por Clarissa Oliveira

São Paulo, 10/10/2018 – O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, reagiu nesta quarta-feira à decisão do rival Jair Bolsonaro (PSL) de não participar do debate da TV Bandeirantes, nesta semana. Ao ser informado que o adversário alegou restrições médicas a situações de stress, Haddad disse que aceita ir até uma enfermaria para debater.

“Eu vou até a uma enfermaria na boa, para fazer o debate”, afirmou Haddad. “Ele falou que não quer se estressar? Vou falar docemente, nem altero a voz. Faço o que ele quiser para ele dizer o que pensa”, afirmou Haddad, ao ser informado do cancelamento do debate enquanto concedia entrevista à imprensa estrangeira. “Os brasileiros precisam saber a verdade”, emendou o ex-prefeito.

O candidato do PT também se queixou de fake news lançadas contra sua campanha e afirmou já ter obtido na Justiça o direito de retirar 33 vídeos do ar. Embora tenha ponderado que o peso das notícias falsas tende a ser menor neste segundo turno, ele reforçou que é necessário o debate direto entre candidatos.

“Essa turma da extrema direita não tem pudores em jogar pesado, jogam com o que estiver na mão, passam em cima da sua honra, da sua família”, disse.

Haddad afirmou ainda que visitará nesta quinta-feira, 11, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para “conter as mentiras” que seu “adversário está jogando na internet”. E engatou: “Não precisamos mentir sobre Bolsonaro, só mostrar como ele pensa.”

Guedes

Haddad, evitou comentar a investigação do Ministério Público Federal em Brasília contra o guru de Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, por suposto envolvimento em fraudes.

O ex-prefeito disse não ter tomado conhecimento sobre os detalhes da denúncia e, portanto, disse preferir não se pronunciar. “Não li a denúncia, então não posso me manifestar”, afirmou o ex-prefeito, voltando a detalhar o perfil que espera para seu próprio ministro da Fazenda.

“O que eu posso assegurar é que no Ministério da Fazenda do meu governo não será um banqueiro. Não tem Paulo Guedes não tem banqueiro no meu governo”, prosseguiu. “Na Fazenda tem que ser alguém comprometido com produção e com geração de emprego.”

Questionado sobre seu próprio perfil, Haddad disse que é conhecido “como uma pessoa de grande moderação”. “Sou amante da liberdade, mas passamos do limite da desigualdade”, afirmou.

Fonte: Estadão conteúdo

Caos no transporte desengaveta pedido de abertura de CPI

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Oposição reforçou cobrança ao governo para rediscutir o modal do transporte público

Oposição culpa governo de não intervir para solucionar problema que afeta rotina da população

A paralisação dos trabalhadores do transporte público, que há uma semana afeta a rotina da população, desengavetou o pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) sobre a relação entre o governo e a SIT.

Membros da oposição culpam a prefeitura por não intervir junto a empresa que detém o monopólio sobre o serviço, para garantir que o transporte seja restabelecido pela empresa, ao garantir atendimento às reivindicações apresentadas pelos profissionais.

Autor do pedido de abertura de CPI do transporte, que ainda cumpre a fase de recolhimento de assinaturas para ser votado em plenário, Marcel Silvano (PT) afirmou que o governo contribuiu para penalizar os profissionais do transporte, ao assumir responsabilidade que deveria ser da SIT. “Estamos há uma semana enfrentando a greve dos trabalhadores do transporte público, que é justa e enfrenta a mobilização do governo de desmoralizar esses profissionais, tentando jogar a população contra ele. Nós dissemos que demitir cobradores e exigir dos motoristas a dupla função, iria precarizar o sistema”, disparou Marcel.
O parlamentar apontou que a situação dos profissionais do serviço é preocupante, o que reflete de forma direta na rotina dos usuários.

“A nossa região é a que paga o menor salário para essa categoria. Por isso, precisamos do voto dos vereadores para instaurarmos a CPI do Transporte Público, para que possamos apurar tudo isso, e dar respostas à população”, completou Marcel Silvano.

Líder da Frente Parlamentar Macaé Melhor, Maxwell Vaz (SD) apontou que o município perde por não discutir a modernização do transporte público, a partir da implantação de novos modais “O transporte público precisa ser universalizado e deveria ter diversos modais. O VLT deveria estar funcionando, com base na promessa de campanha do atual prefeito. Isso está documentado! Tenho documentos robustos que podem ser anexados ao pedido de abertura de CPI”, defendeu.

Maxwell afirmou ter em mãos documentos que corroboram o pedido de abertura de CPI, que tem força para ser discutido em plenário através da mobilização da oposição. “Só de empenho para o subsídio da passagem é de R$ 100 milhões, quase a totalidade do orçamento total de municípios da região. Se esse dinheiro garantisse a qualidade do serviço, estaria tudo certo. Mas não é isso que acontece. Além disso, temos um prefeito fura greve, que sacrificou as aulas da rede pública, para contornar um problema que é da empresa”, apontou Maxwell Vaz.

Subvenção para o Sentrinho é mantida

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Vereador Guto Garcia

O plenário da Câmara de Vereadores aprovou na terça-feira (22), por unanimidade, o projeto do Executivo que dá continuidade à subvenção aos projetos da Escola Sentrinho.

Incluída na pauta de votação, em primeira discussão, a matéria pôde ser votada, por um pedido do vereador Marcel Silvano (PT), garantido pelo plenário. “Precisamos votar o projeto com a velocidade que o Sentrinho merece. Precisamos garantir esse apoio a uma instituição que representa o bom trabalho prestado pelo terceiro setor, não encontrado pela sociedade no serviço público”, defendeu o vereador.

Guto Garcia (MDB) explicou que o projeto encaminhado pelo governo visa dar continuidade ao auxílio garantido à instituição, prorrogando a subvenção por mais um ano. “É bom deixar claro que o Sentrinho está recebendo normalmente todos os meses. O projeto é para garantir a continuidade da subvenção”, explicou Guto.

Escola Sentrinho

A Sociedade de Ensino e Terapia Macaense (SENTROM), conhecida como Escola Sentrinho, é uma associação sem fins lucrativos mantida por parcerias com empresas privadas e órgãos públicos. Segundo a direção do estabelecimento, a Escola Sentrinho é um projeto educacional que visa a inclusão do ser humano nos diversos espaços sociais.
Fundamentada no respeito ao direito de ser diferente, a escola oferece aos cerca de 180 alunos com deficiência a oportunidade de construir e fortalecer suas potencialidades a partir de uma visão integrada do ser humano.

 

Surpreendido por Witzel, Paes diz que eleição no 2º turno começa ‘zerada’

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Paes foi condenado por abuso de poder político e econômico e conduta vedada a agentes públicos nas eleições de 2016
Por Roberta Pennafort

Surpreendido pelo novato Wilson Witzel (PSC) no primeiro turno das eleições, o candidato do DEM ao governo do Rio, Eduardo Paes, que era líder de todas as pesquisas de intenção de voto, disse que o segundo turno será uma nova eleição, que começa “zerada”.

“É outra eleição que gente vai disputar. Nossa estratégia é apresentar nossas propostas, discutir, andar muito na rua. Vamos falar muito com as pessoas. As pessoas já me conhecem bem, e agora vão conhecer melhor meu adversário, o que é importante. Estou muito confiante na vitória”, afirmou Paes, em agenda em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, na manhã desta segunda-feira, 8.

Segundo Paes, ainda não houve alianças para o segundo turno. “Não conversei ainda com ninguém, ainda terei essa discussão, ninguém me ligou. Minha promessa vou manter, não darei secretaria para o Indio (da Costa, candidato do PSD, com quem polarizou em debates)”, disse.

Paes admitiu que os três milhões de votos de Witzel – que se alinhou ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) – eram inesperados. “Essa matemática é para analista político. Se você me perguntasse na sexta-feira, o adversário teria que ter sido capaz de converter milhares de votos. Comigo as coisas funcionam ao contrário. Um desafio desses me dá disposição.”

O ex-prefeito se colocou com um bom articulador político ao falar da nova composição da Assembleia Legislativa do Rio. “Falei com prefeitos e deputados eleitos. A Alerj teve renovação grande. Eu sei lidar com Parlamento, é uma característica minha. Governar não é ser um CEO. É bom ser bom gestor mas não é como presidente de empresa, que dá ordem. É muito diferente o ambiente. Você tem a vontade, dialoga com a população, pergunta, a imprensa te cobra, te pressiona, você conversa com o Parlamento. Tem que dialogar, visitar as bases. É assim que se governa numa democracia. Sou um democrata, sou do diálogo”, argumentou.

Paes agradeceu à população do Rio a “oportunidade de ir para o segundo turno” e afirmou que terá a Baixada Fluminense como prioridade caso ele

Fonte: Estadão conteúdo

Câmara aprova urgência para projeto sobre mineração em terras indígenas; texto será analisado por grupo de trabalho

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Sessão do Plenário da Câmara dos Deputados - (Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados)

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 279 votos a 180, o requerimento do líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), para tramitação em regime de urgência do Projeto de Lei 191/20, sobre a mineração em terras indígenas.

Ao anunciar que o requerimento será votado hoje, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou também que a proposta será analisada por um grupo de trabalho e só será incluída na pauta da segunda semana de abril. A decisão, segundo ele, é parte de acordo entre líderes da base e da oposição.

“Como nós não temos as comissões instaladas, vamos autorizar a formação de um grupo de trabalho com, em tese, 20 deputados – na proporção de 13 deputados da maioria e 7 da minoria – com prazo acertado entre os líderes de 30 dias para que o projeto venha ao Plenário na primeira quinzena de abril”, disse.

“Esta presidência não tem compromisso com o que está escrito no PL 191/20”, afirmou. Entretanto, confirmou a votação do requerimento de urgência para a matéria ainda na sessão de hoje, ressaltando que isso não inviabilizará a atuação do grupo de trabalho.

Constituição Federal
O líder do governo, deputado Ricardo Barros, afirmou que a proposta apenas consolida algo que já está na Constituição: o aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional.

“Está muito claro que o Congresso foi encarregado pela Constituição de regulamentar a exploração em terras indígenas, estamos cumprindo, com anos de atraso, a Constituição”, explicou.

Barros afirmou ainda que a mineração em terras indígenas é uma realidade que precisa ser regulamentada e fiscalizada. “Vemos as cenas horrorosas, as imagens dos rios da Amazônia que já são explorados pelos garimpeiros ilegais. Sem licença, não há fiscalização nem obrigação de reconstituição ambiental”, declarou.

O líder do governo disse ainda que a aprovação do requerimento de urgência é o primeiro passo para a discussão do tema pelo grupo de trabalho, que terá liberdade para definir um novo texto. “Não há compromisso de mérito sobre o projeto, o grupo de trabalho é que será encarregado de escrever um novo texto”, disse Barros.

O deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) também defendeu a regulamentação da mineração em terras indígenas. “Se não tiver uma regulamentação sobre isso, vai causar uma insegurança jurídica e um atraso no nosso País”, disse.

Críticas da oposição
A oposição criticou a decisão de votar a urgência nesta quarta-feira. “A mera criação de um grupo de trabalho demonstra que não há urgência na votação deste tema”, afirmou a líder do Psol, deputada Sâmia Bomfim (SP).

O líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), defendeu a rejeição da urgência nesta quarta-feira. Para ele, o tema só deveria vir à pauta após a discussão no grupo de trabalho. “Durante as reuniões, mesmo os líderes da base do governo manifestaram divergências em relação ao texto”, disse.

A representante da Rede, deputada Joenia Wapichana (RR), afirmou que a proposta viola direitos das populações indígenas. “Vai levar à morte, à devastação das vidas e das terras indígenas. Não se pode colocar uma ameaça de falta de fertilizantes para autorizar a mineração em terras indígenas, mas essas minas [de materiais utilizados na fabricação de fertilizantes] não estão na Amazônia, estão em São Paulo e em Minas Gerais”, declarou.

Para o deputado Nilto Tatto (PT-SP), a Casa dá um passo contrário às demandas da sociedade reunida em frente ao gramado do Congresso Nacional no Ato em Defesa da Terra. Ele também ressaltou que as minas com insumos para a produção de fertilizantes não estão localizadas em terras indígenas.

“Neste momento, a sociedade civil e os movimentos populares estão lá fora clamando para que esta Casa pare de votar a destruição da natureza. E a base do governo insiste em querer votar aqui autorização para mineração, a monocultura e a construção de hidrelétricas em terras indígenas”, lamentou.

O 1º vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), afirmou que houve um esforço em busca de um acordo para que o tema não fosse analisado nesta quarta-feira, mas as negociações não avançaram.

Por Portal Novo Norte

Governador eleito do Rio promete nova concessão para o Maracanã

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Governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel

Wilson Witzel afirmou em seu perfil na rede social, que deverá lançar um edital para nova concessão do estádio

O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou em seu perfil na rede social Facebook que deverá lançar um edital para nova concessão do estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. A arena esportiva, que pertence ao governo do estado, foi entregue à administração privada em 2013, logo depois de uma ampla reforma, às vésperas da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

O estádio foi administrado por um consórcio liderado pela Odebrecht até setembro deste ano, quando a Justiça do Rio cancelou a concessão por irregularidades na licitação ocorrida em 2013.

Segundo Witzel, será feito um levantamento do processo com a concessionária para que o problema seja solucionado e, logo a seguir, um novo edital seja lançado. A ideia é que a nova concessão envolva a reforma do estádio de atletismo Célio de Barros, a restauração do Museu do Índio e a reforma de toda a área, com dinheiro da iniciativa privada.

“Preservar a arte e mostrar um novo Rio é nossa meta”, disse Witzel.

ONU: Brasil pede cessar-fogo e respeito ao direito humanitário

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Embaixador brasileiro reitera postura em busca do diálogo

Após uma série de discursos de países que condenaram a Rússia na Assembleia Geral da ONU emergencial convocada para esta segunda-feira (28), em Nova York, o representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), embaixador Ronaldo Costa Filho, reiterou a postura brasileira em busca do diálogo.

“Essa situação não justifica de forma alguma. O uso de força contra a soberania e integridade territorial de qualquer Estado-membro vai contra as normas e princípios mais básicos e é uma violação clara da Carta da ONU“, disse Costa Filho. “O Brasil reforça seus pedidos de um cessar-fogo imediato na Ucrânia, bem como o respeito pelo direito humanitário internacional”, defendeu.

Em meio a ordem do presidente da Rússia, Vladmir Putin, para que militares russos deixem de prontidão o arsenal nuclear do país, Costa Filho também pediu cautela para não ampliar as tensões na Europa Oriental. O embaixador brasileiro afirmou ainda que o enfraquecimento do Acordo de Minsk foi uma consequência de ações de todos os lados. A falta de aplicação do tratado é um dos motivos que a Rússia usa para justificar a invasão à Ucrânia. “Vemos uma sucessão de eventos que se não forem contidos em breve levarão a um confronto muito mais amplo. Todos sofreram, não só aqueles envolvidos na guerra”.

Sem críticas diretas a Rússia, o Brasil agradeceu aos países que estão recebendo refugiados, inclusive brasileiros pediu a todos os envolvidos que reavaliem as suas decisões sobre o fornecimento de armas, o recurso de ataques cibernéticos e aplicação de sanções seletivas que podem prejudicar a economia mundial, especialmente a produção de alimentos.

Histórico

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), grupo militar liderado pelos Estados Unidos. Para a Rússia, uma possível entrada do vizinho na organização é uma como uma ameaça à sua segurança. A relação entre Rússia, Belarus e Ucrânia começou antes da criação da União Soviética.

Por Portal Novo Norte

Teste nas urnas “acha” 5 falhas de segurança, mas Barroso minimiza risco

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Presidente do TSE afirmou que erros serão corrigidos até as eleições

Nesta segunda-feira (29), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o resultado dos testes de segurança das urnas eletrônicas para as eleições de 2022. E de acordo com a Corte, foram encontradas cinco falhas que devem ser corrigidas até o pleito.

Os testes foram realizados durante seis dias. No total, 26 inscritos colocaram em ação 29 planos de ataque contra as urnas. Destes, 24 não conseguiram ultrapassar nenhuma barreira de segurança.

O procedimento estava previsto para terminar na sexta-feira (26), mas a pedido da Polícia Federal (PF), foi ampliado até o sábado.

Ao comentar os resultados, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE disse que nenhum dos ataques mostrou riscos às eleições.

“Nenhum dos ataques conseguiu ser bem sucedido relativamente ao software da urna. […] Ninguém conseguiu invadir o sistema e oferecer risco para o resultado das eleições”, afirmou.

O ministro também afirmou que o ataque realizado pela PF foi o que apresentou mais riscos.C

“Eles conseguiram entrar dentro da rede do TSE, mas não conseguem chegar no sistema de votação. Ou seja, é um ataque importante que temos que encontrar mecanismos de bloquear, mas não é grave porque só consideramos grave o que tem a potencialidade de alterar o voto do eleitor. E nenhum teve essa potencialidade”, explicou.