Deputados eleitos preparam gabinetes

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Felício Laterça, Welberth Rezende e Christino Áureo preparam mandatos para 2019

Felício Laterça (PSL), Christino Áureo (PP) e Welberth Rezende (PPS) participam de discussões sobre composição de Comissões

Apesar da posse dos deputados eleitos só acontecer em fevereiro de 2019, Welberth Rezende (PPS), Felício Laterça (PSL) e Christino Áureo (PP) já participam das costuras políticas que irão nortear os debates na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e na Câmara dos Deputados.

Mais próximo da Capital do Petróleo, Welberth ainda tem pela frente as discussões em plenário da Câmara, nesta reta final dos trabalhos do Legislativo. No meio tempo, segue em viagens contínuas para o Rio de Janeiro, onde participa das reuniões lideradas pela frente do PSL na Alerj, que vai definir a composição da presidência e da Mesa Diretora da Assembleia.

Já Felício assumiu nesta semana uma importante demanda da cidade, como o principal interlocutor regional com o futuro governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). À equipe de transição, ele encaminhou o pedido de liberação para entrega de apartamentos do Bosque Azul, para alocar famílias acolhidas pela prefeitura e desabrigadas pelas chuvas. O pedido foi enviado pela prefeitura ao Ministério das Cidades.

Christino seguiu nesta semana em Brasília agenda voltada a uma das áreas em que mais atuou ao longo das quase duas décadas de atuação política: a agricultura. Ele definiu também a composição do seu gabinete na Câmara dos Deputados, local novo que precisará da sua experiência na Alerj e na gestão estadual, com objetivo de destravar pendências da cidade.

PSB Carapebus oficializa chapa puro sangue e apresenta plano de governo

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O partido confirma os nomes de Dona Lourdes para prefeita e de Vivianni Acosta para vice-prefeita - Divulgação

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) de Carapebus oficializou a chapa ‘puro sangue’ para a eleição majoritária de 15 de novembro deste ano. A escolha, que foi ratificada pelos filiados do partido e candidatos ao Poder Legislativo, confirma os nomes de Dona Lourdes para prefeita e de Vivianni Acosta para vice-prefeita. O momento festivo ocorreu 14 dias após a realização da Convenção Partidária.

O partido segue sem coligações com 10 candidatos para concorrer ao pleito deste ano, na eleição proporcional (vereadores). São eles: Jadilson Correia, de Ubás, professora Sumara Zulu, Cleilza Souza, do Assentamento, Eduardo Tavares (Edu Juventude), Edmilson Gomes, Roberto do bar, Elias Lucas, Viviane Peixoto, Abeilard da Pousada e Aliani Reis.

De acordo com candidata à prefeitura de Carapebus, Dona Lourdes, o PSB chegou forte e transparente na cidade, com o objetivo de virar a página, pois há um descrédito da população em relação à política partidária. Para ela é preciso resolver e formular as políticas públicas desta cidade de mais de 16 mil moradores. Ela apontou alguns pilares que vão nortear sua campanha para prefeitura de Carapebus e que estão inclusas no Plano de Governo. A ampliação do atendimento à saúde, educação de tempo integral, emprego e renda, apoio ao produtor rural e ao pescador artesanal, aplicação da A³P (Agenda Ambiental da Administração Pública) e o desenvolvimento humano e social estão entre as metas de execução.

  • Estamos apresentando um Plano de Governo capaz de buscar soluções simples e eficazes para nossos problemas internos e para a promoção do desenvolvimento social como um todo, contribuindo para o bem-estar, para a felicidade e orgulho da comunidade carapebuense, à qual estamos nos apresentando para representar – ressaltou, completando que a escolha da vice para compor a chapa foi certa por sua competência e conhecimento de causa, quando se trata de buscar os direitos do cidadão.

A pré-candidata à vice-prefeita de Carapebus, Vivianni Acosta, que é consultora de Direitos Humanos, disse que na majoritária vai poder fazer muito mais pelos carapebuenses.

  • Me perguntaram se eu desistiria de concorrer ao Legislativo para compor a chapa ‘puro sangue’ na majoritária. Parei, refleti por momentos e percebi que eu poderia fazer muito mais estando no Poder Executivo. E tudo aquilo que já vinha planejando para os cidadãos desta cidade que escolhi para morar se tornariam realidade. Eu conseguiria sim realizar os sonhos da população e da nova geração, com a execução de projetos de inclusão. Todos sabem que a minha maior bandeira são os direitos humanos e isso inclui todos os cidadãos carapebuenses, principalmente, nossas crianças e adolescentes, pessoas com deficiência e os idosos. Então, eu disse sim, aliando-me a Dona Lourdes, outra mulher guerreira que quer o melhor para o cidadão desta terra -, assegurou.

Junto com o pedido do registro de candidatura da chapa ‘puro sangue’, que seguiu para a instância da Justiça Eleitoral mais próxima localizada em Quissamã, o Plano de Governo foi anexado com as metas para a administração 2021 – 2024, que tem o objetivo de apresentar a população o que pretendem fazer durante a administração, em sendo eleitas. A partir de agora (domingo, 27), pela lei eleitoral deste ano, as candidaturas da majoritária e legislativas do PSB de Carapebus passam a valer e as propagandas eleitorais estarão autorizadas, inclusive na internet.

Parlamentares cobram novo cemitério para Região Serrana

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A iniciativa, de autoria do vereador Marvel Maillet, foi aprovada por unanimidade na Câmara Municipal

Requerimento pede que a prefeitura se manifeste para informar se possui algum plano ou estudo para criar um novo espaço de sepultamentos

Na última quarta-feira (31), a Câmara Municipal de Macaé voltou a discutir um antigo problema para os moradores da Região Serrana: a superlotação dos cemitérios. Marvel Maillet (Rede), por meio de um requerimento, pede que a prefeitura se manifeste para informar se possui algum plano ou estudo para criar um novo espaço de sepultamentos. A iniciativa foi aprovada por unanimidade.

O vereador afirmou que, em recente visita aos distritos de Trapiche, Glicério, Córrego do Ouro e Frade, ouviu o mesmo tipo de cobrança. “Os moradores pedem mais atenção do governo, já que não há cemitério nem capela mortuária. Eles também precisam de um atendimento médico melhor. Faltam médicos, enfermeiros, ambulâncias e postos de saúde, por exemplo”, acrescentou.

Marvel disse ter conhecimento de que o Executivo possui vários terrenos inutilizados na região. “Será que não daria para construir um novo cemitério em alguma dessas áreas? Hoje, se uma pessoa vier a falecer na Serra, infelizmente não poderá ser enterrada e nem velada por lá”, lamentou.

Para Maxwell, esse é mais um caso de omissão do Executivo. “Neste ano, realizamos uma audiência pública em Glicério para discutir o problema. Mais uma vez, a prefeitura se mantém insensível, mesmo diante de uma situação tão triste. A nossa Região Serrana é um tesouro malcuidado.”

Moradora da região, Renata Paes (PSC) enfatizou que o problema vem desde o governo anterior. “Em Córrego do Ouro, por exemplo, não há espaço para enterrar ninguém. O dono do terreno que fica aos fundos do cemitério pede um valor muito alto para venda e a prefeitura não conseguiu um acordo até o momento. No Frade, haveria a desapropriação de um imóvel, mas o processo também parou.”

Renata seguiu reforçando as críticas ao governo. “Ele prometeu, em campanha, até construir um memorial. Os moradores ficaram na esperança, mas foi mentira. Quando morre um ente querido, o sofrimento é ainda maior, mas o prefeito lava as mãos”.

Outro ponto abordado por Valdemir da Silva Souza (PHS), o Val Barbeiro, é que muitas famílias acabam buscando igrejas para a realização de velórios, o que não é permitido. “Já apresentei diversos pedidos para que a prefeitura construa capelas mortuárias nos bairros”, lembra.

Luiz Fernando (PTC) disse que há quase uma década sugeriu ao governo parcerias para a implantação de capelas em conjunto com as sedes das associações de moradores. “Estamos falando de um momento de perda e dor. O prefeito conhece esses fatos e o descaso é enorme”, concluiu.

Eleições em Macaé (RJ): Veja como foi a votação no 1º turno

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Macaé foi a única cidade da região com situação fiscal considerada excelente (0,8649) - Foto: Rui Porto Filho / Prefeitura de Macaé

Macaé (RJ) definiu os votos para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual no primeiro turno das eleições 2022, realizado neste domingo (2).

Os candidatos mais votados na cidade não foram necessariamente eleitos, já que esta é uma eleição de âmbito estadual e nacional. Os números abaixo se referem apenas aos votos em Macaé (RJ)

Jair Bolsonaro, do PL, foi o candidato mais votado para a Presidência da República na cidade. Para o cargo de governador do RJ, Cláudio Castro, do PL, recebeu mais votos.

Ao fim da apuração na cidade, Jair Bolsonaro, do PL, teve 49,42% dos votos para a Presidência (62.716 votos), enquanto Lula foi a escolha de 42,94% dos eleitores (54.503 votos) do município.

Para o cargo de governador, Cláudio Castro recebeu 62,05% dos votos (69.112 votos) entre os eleitores de Macaé (RJ). O segundo colocado nesse cenário foi Marcelo Freixo, com 28,41% (31.646 votos).

Para o Senado, Romário liderou as escolhas do município, com 38184 votos, vence quem obtiver a maior soma de votos no estado.

Dr Flávio Antunes foi o mais votado pela cidade para ocupar um cargo na Câmara dos Deputados, com 16574 votos – para se eleger, é preciso que o candidato e seu partido estejam entre os mais votados no estado para atingir o quociente eleitoral e partidário.

Para o cargo de deputado estadual, Chico Machado foi o mais votado pela cidade, com 17215 votos – assim como ocorre para o cargo federal, é preciso que o candidato e seu partido estejam entre os mais votados no estado para atingir o quociente eleitoral e partidário.

A eleição em Macaé (RJ) teve 23,89% de abstenção.

Veja abaixo como cada candidato se saiu em Macaé/RJ:

Presidente da República – votação em Macaé (RJ)

  • Jair Bolsonaro (PL): 62.716 votos (49,42%)
  • Lula (PT): 54.503 votos (42,94%)
  • Simone Tebet (MDB): 4.512 votos (3,56%)
  • Ciro Gomes (PDT): 3.921 votos (3,09%)
  • Felipe D Avila (Novo): 529 votos (0,42%)
  • Soraya Thronicke (UNIÃO): 467 votos (0,37%)
  • Léo Péricles (UP): 92 votos (0,07%)
  • Padre Kelmon (PTB): 74 votos (0,06%)
  • Sofia Manzano (PCB): 47 votos (0,04%)
  • Vera (PSTU): 35 votos (0,03%)
  • Constituinte Eymael (DC): 18 votos (0,01%)
  • Brancos – 1,75%
  • Nulos – 2,47%

Governador – votação em Macaé (RJ)

  • Cláudio Castro (PL): 69.112 votos (62,05%)
  • Marcelo Freixo (PSB): 31.646 votos (28,41%)
  • Rodrigo Neves (PDT): 5.594 votos (5,02%)
  • Paulo Ganime (Novo): 4.168 votos (3,74%)
  • Juliete (UP): 520 votos (0,47%)
  • Cyro Garcia (PSTU): 167 votos (0,15%)
  • Eduardo Serra (PCB): 159 votos (0,14%)
  • Luiz Eugênio (PCO): 16 votos (0,01%) *candidatura anulada – candidato recorre
  • Brancos – 7,43%
  • Nulos – 8,10%

Senador – votação em Macaé (RJ)

  • Romário (PL): 38184 votos (34,69%)
  • Alessandro Molon (PSB): 21443 votos (19,48%)
  • Daniel Silveira (PTB): 17569 votos (15,96%) *candidatura anulada – candidato recorre
  • Andre Ceciliano (PT): 15076 votos (13,70%)
  • Clarissa (UNIÃO BRASIL): 13042 votos (11,85%)
  • Cabo Daciolo (PDT): 3886 votos (3,53%)
  • Bárbara Sinedino (PSTU): 286 votos (0,26%)
  • Sued Haidar (PMB): 183 votos (0,17%)
  • Itagiba (Avante): 115 votos (0,10%)
  • Raul (UNIDADE POPULAR): 109 votos (0,10%)
  • Prof. Helvio Costa (DC): 105 votos (0,10%) *candidatura anulada – candidato recorre
  • Hiran Roedel (PCB): 61 votos (0,06%)
  • Antonio Hermano (PCO): 6 votos (0,01%) *candidatura anulada – candidato recorre
  • Brancos – 8,63%
  • Nulos – 7,90%

Os 10 deputados federais mais votados em Macaé (RJ)

  • Dr Flávio Antunes (Cidadania): 16574 votos (13,99%)
  • Robson Oliveira (PSD): 11348 votos (9,58%)
  • Riverton Mussi (PDT): 8083 votos (6,82%) *candidatura anulada – candidato recorre
  • Max (PROS): 6211 votos (5,24%)
  • Dr Augusto Cesar (Cidadania): 3340 votos (2,82%)
  • Luis Carlos Gomes (Republicanos): 3278 votos (2,77%)
  • Andre Lazaroni (PV): 2629 votos (2,22%)
  • Zé Maria (PT): 2588 votos (2,18%)
  • Taliria Petrone (PSOL): 2208 votos (1,86%)
  • General Pazuello (PL): 2100 votos (1,77%)
  • Brancos – 5,96%
  • Nulos – 4,18%

Os 10 deputados estaduais mais votados em Macaé (RJ)

  • Chico Machado (Solidariedade): 17215 votos (15,06%)
  • Comte Bittencourt (Cidadania): 6120 votos (5,35%)
  • Marcel Silvano (PT): 5836 votos (5,10%)
  • Danilo Funke (PSD): 4660 votos (4,08%)
  • Dr Serginho (PL): 3811 votos (3,33%)
  • Cristiano Gelinho (PODEMOS): 3768 votos (3,30%)
  • Carlos Macedo (Republicanos): 3672 votos (3,21%)
  • Paulo Antunes (PDT): 3437 votos (3,01%)
  • Julinho do Aeroporto (PODEMOS): 2740 votos (2,40%)
  • Renata Souza (PSOL): 2580 votos (2,26%)
  • Brancos – 8,11%
  • Nulos – 5,19%

Por G1

Lava Jato denuncia Lula por lavagem de dinheiro por meio de Instituto

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A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná ofereceu, nessa segunda-feira (14), denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, pelo crime de lavagem de dinheiro. Eles são acusados da prática do crime de lavagem de dinheiro por meio de doações para dissimular o repasse de R$ 4 milhões durante o período compreendido entre dezembro de 2013 e março de 2014. Conforme consta na denúncia, os valores ilícitos foram repassados mediante quatro operações de doação simulada realizadas pelo Grupo Odebrecht em favor do Instituto Lula, cada uma no valor de R$ 1 milhão.

A existência de contas correntes informais de propinas entre as empreiteiras Odebrecht e OAS com o Partido dos Trabalhadores (PT), a partir das quais foram repassados valores milionários para a aquisição e reforma de imóveis em favor do ex-presidente Lula – uma cobertura triplex no Guarujá/SP e um sítio em Atibaia – já foram reconhecidas pelo Juízo Federal da 13ª Vara de Curitiba e pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em feitos conexos, especificamente as ações penais n. 5046512-94.2016.4.04.7000 e 5021365-32.2017.4.04.7000. No âmbito desses processos criminais também foi reconhecido que tais contas correntes de propina foram alimentadas com vantagens indevidas auferidas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht mediante a prática de crimes de cartel, licitatórios e de corrupção em detrimento da Petrobras.

Os repasses ilícitos da Odebrecht ao ex-presidente Lula, que totalizaram R$ 4 milhões e são objeto da denúncia apresentada nessa segunda-feira, tiveram a mesma origem ilícita (crimes praticados em detrimento da Petrobras) e seguiram a mesma sistemática (dedução em caixas-gerais de propinas de empreiteiras com o Partido dos Trabalhadores) que já foi reconhecida em ações penais julgadas pela Justiça Federal em primeira e segunda instância.

No presente caso as investigações apontam que, para dissimular o repasse da propina, Marcelo Odebrecht, atendendo a pedido de Lula e Okamotto, determinou diretamente que o valor fosse transferido sob a forma de doação formal ao Instituto Lula. Porém, conforme indicam as provas reunidas, os valores foram debitados do crédito ilícito de propina contabilizado na “Planilha Italiano”, mais especificamente da subconta chamada “amigo” (rubrica referente a Lula, conforme as provas), na qual foi inserida a anotação “Doação Instituto 2014” no valor de R$ 4 milhões, como demonstrado por reprodução da planilha incluída na denúncia.

O procurador da República Alessandro Oliveira destaca o amplo conjunto de provas que permitiram fundamentar a denúncia. “São centenas de provas, de comunicações a planilhas e comprovantes de pagamento que ligam a doação formal de altos valores a possíveis ilícitos praticados anteriormente. Isso demonstra a complexidade e a verticalidade da análise realizada pela força-tarefa em diversas fases, nesse caso a lavagem de dinheiro, mas sem perder a noção de um contexto mais amplo de práticas.”

Em decorrência dos fatos denunciados, o MPF pediu o perdimento do produto e proveito dos crimes ou do seu equivalente, incluindo aí os valores bloqueados em contas e investimentos bancários e em espécie, apreendidos em cumprimento aos mandados de busca e apreensão, no montante de pelo menos, R$ 4 milhões. Esse valor corresponderia à propina repassada mediante doação simulada ao Instituto Lula.

O MPF requer, ainda, em relação a Luiz Inácio Lula da Silva e Paulo Okamotto, a devolução para a Petrobras, a título de reparação de danos, de valor correspondente à propina recebida; e, com respaldo em precedentes do Supremo Tribunal Federal (Ações Penais 1030 e 1002), a condenação dos denunciados por danos morais causados à população brasileira mediante a prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Provas – Conforme apurado no curso das investigações, Marcelo Odebrecht e Antonio Palocci ajustaram, em 2010, aprovisionar R$ 35 milhões do saldo constante na “Planilha Italiano” para atender gastos e despesas demandados por Lula, o que levou à criação de uma subconta chamada “amigo” na planilha de controle da conta-corrente de propinas entre a Odebrecht e o Partido dos Trabalhadores. Tal conta era controlada por Marcelo e os pagamentos destinados ao Partido dos Trabalhadores e a Lula eram negociados diretamente com Palocci.

E-mails e planilhas apreendidos em buscas e apreensões realizadas em fases anteriores da operação Lava Jato e outras provas materiais corroboram os fatos criminosos, já confessados por Marcelo e Palocci, que optaram por colaborar com a Justiça para o esclarecimento da verdade. Comunicações mantidas entre os envolvidos à época dos fatos, juntadas à denúncia, comprovam que Marcelo comunicou ao então supervisor do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht Hilberto Silva que Palocci havia avisado que Okamotto entraria em contato para a realização de doação oficial ao Instituto Lula no valor de R$ 4 milhões. Marcelo registrou ainda que, embora a quantia fosse formalmente repassada como doação, o dinheiro deveria ser debitado do saldo de propina da conta “amigo”. Esse e-mail data de 26/11/2013; o primeiro depósito no valor de R$ 1 milhão ao Instituto Lula foi realizado pouco tempo depois, em 16/12/2013.

Foi anexada na denúncia ainda cópias dos quatro recibos de doação realizadas em favor do Instituto Lula, ocorridos em 16/12/2013, 31/01/2014, 05/03/2014 e 31/03/2014, totalizando R$ 4 milhões. Além disso, o registro do valor repassado pela Odebrecht ainda consta em planilha Excel chamada “previsão”, localizada em mídia apreendida em poder de Okamotto, então Presidente do Instituto Lula, durante a 24ª fase da operação Lava Jato.

A denúncia também foi instruída com cópia de procedimento de fiscalização da Receita Federal que analisou de forma detalhada as atividades do Instituto Lula. Foram reunidas pelas autoridades fazendárias inúmeras de provas, inclusive dezenas de e-mails trocados por diretores e empregados do Instituto, que demonstram a existência de uma confusão patrimonial flagrante entre o Instituto Lula, a sociedade empresária L.I.L.S. Palestras, Eventos e Publicações LTDA. e o próprio ex-presidente.

Em primeiro lugar no Rio, Witzel diz que não é ‘um aventureiro’

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Por Roberta Pennafort

Em primeiro lugar no Rio, o até então desconhecido Wilson Witzel (PSC) disse nesta segunda-feira (8) que não é um aventureiro, e que o alinhamento programático com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e a presença nas ruas em agendas de campanha com Flávio Bolsonaro (PSL), filho mais velho dele e eleito senador, foram importantes para ele chegar à marca de 3 milhões de votos.

Em sua primeira disputa eleitoral, o ex-juiz federal desbancou Eduardo Paes (DEM), ex-prefeito da capital, que liderava todas as pesquisas. “Há uma identidade (com Bolsonaro). Nós estamos falando aquilo que a população quer ouvir”, disse Witzel, na manhã desta segunda-feira, 8, na Central do Brasil.

O candidato afirmou não ser necessário que Bolsonaro suba em seu palanque para ganhar no segundo turno. “A questão não é ele vir para o meu palanque. É a questão das propostas. Outros candidatos falaram que iam votar em Jair Bolsonaro e tiveram votação pífia. Mas evidentemente estar ao lado do Flávio Bolsonaro mostrou à população um alinhamento ainda maior”, afirmou Witzel.

“As propostas dele e as minhas estão alinhadas tanto na questão da saúde e da educação, quanto da segurança pública, no tocante à lavagem de dinheiro, à investigação. E também em relação ao melhor patrulhamento das áreas federais, para que não entrem armas e drogas. Existe uma pauta que é mais conservadora em relação ao direito penal, que hoje está no programa do Bolsonaro A pauta econômica também, que agrada aos setores empresariais. Há uma identidade”, continuou.

Witzel afirmou que sempre acreditou que estaria bem colocado no primeiro turno, apesar do que mostravam as pesquisas. Ele começou a corrida quase sem pontuar nas sondagens, mas na última, no sábado, estava em segundo lugar. “Eu esperava (a boa votação). As pesquisas não estão sendo realizadas adequadamente. Eu estava nas ruas e via o maciço apoio da população. Eu não fui surpreendido. Já dizia que podíamos vencer no primeiro turno. Muitos não acreditavam, mas eu acreditava. Por isso deixei de ser juiz federal para ser candidato. Porque sei que as pessoas querem alguém com capacidade intelectual, que apresente soluções diferentes do que temos hoje.”

Nesta segunda etapa, ele pretende ir mais para o interior do Estado, Região dos Lagos, Região Serrana, Norte Fluminense e Sul Fluminense. “A estratégia é estar mais presente. Mostrar que nossas propostas são mais técnicas e coerentes e apresentam mudança considerável no modelo econômico. O que temos hoje, de concessões de 25 anos, é ruim, não atrai capital próprio”.

O candidato rechaçou a pecha de desconhecido – “tem que perguntar isso para 3,1 milhões de pessoas” – e afirmou que está na frente porque os eleitores querem alguém com “um passado limpo”.

Fonte: Estadão conteúdo

Surpreendido por Witzel, Paes diz que eleição no 2º turno começa ‘zerada’

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Paes foi condenado por abuso de poder político e econômico e conduta vedada a agentes públicos nas eleições de 2016
Por Roberta Pennafort

Surpreendido pelo novato Wilson Witzel (PSC) no primeiro turno das eleições, o candidato do DEM ao governo do Rio, Eduardo Paes, que era líder de todas as pesquisas de intenção de voto, disse que o segundo turno será uma nova eleição, que começa “zerada”.

“É outra eleição que gente vai disputar. Nossa estratégia é apresentar nossas propostas, discutir, andar muito na rua. Vamos falar muito com as pessoas. As pessoas já me conhecem bem, e agora vão conhecer melhor meu adversário, o que é importante. Estou muito confiante na vitória”, afirmou Paes, em agenda em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, na manhã desta segunda-feira, 8.

Segundo Paes, ainda não houve alianças para o segundo turno. “Não conversei ainda com ninguém, ainda terei essa discussão, ninguém me ligou. Minha promessa vou manter, não darei secretaria para o Indio (da Costa, candidato do PSD, com quem polarizou em debates)”, disse.

Paes admitiu que os três milhões de votos de Witzel – que se alinhou ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) – eram inesperados. “Essa matemática é para analista político. Se você me perguntasse na sexta-feira, o adversário teria que ter sido capaz de converter milhares de votos. Comigo as coisas funcionam ao contrário. Um desafio desses me dá disposição.”

O ex-prefeito se colocou com um bom articulador político ao falar da nova composição da Assembleia Legislativa do Rio. “Falei com prefeitos e deputados eleitos. A Alerj teve renovação grande. Eu sei lidar com Parlamento, é uma característica minha. Governar não é ser um CEO. É bom ser bom gestor mas não é como presidente de empresa, que dá ordem. É muito diferente o ambiente. Você tem a vontade, dialoga com a população, pergunta, a imprensa te cobra, te pressiona, você conversa com o Parlamento. Tem que dialogar, visitar as bases. É assim que se governa numa democracia. Sou um democrata, sou do diálogo”, argumentou.

Paes agradeceu à população do Rio a “oportunidade de ir para o segundo turno” e afirmou que terá a Baixada Fluminense como prioridade caso ele

Fonte: Estadão conteúdo

Câmara aprova urgência para projeto sobre mineração em terras indígenas; texto será analisado por grupo de trabalho

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Sessão do Plenário da Câmara dos Deputados - (Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados)

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 279 votos a 180, o requerimento do líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), para tramitação em regime de urgência do Projeto de Lei 191/20, sobre a mineração em terras indígenas.

Ao anunciar que o requerimento será votado hoje, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou também que a proposta será analisada por um grupo de trabalho e só será incluída na pauta da segunda semana de abril. A decisão, segundo ele, é parte de acordo entre líderes da base e da oposição.

“Como nós não temos as comissões instaladas, vamos autorizar a formação de um grupo de trabalho com, em tese, 20 deputados – na proporção de 13 deputados da maioria e 7 da minoria – com prazo acertado entre os líderes de 30 dias para que o projeto venha ao Plenário na primeira quinzena de abril”, disse.

“Esta presidência não tem compromisso com o que está escrito no PL 191/20”, afirmou. Entretanto, confirmou a votação do requerimento de urgência para a matéria ainda na sessão de hoje, ressaltando que isso não inviabilizará a atuação do grupo de trabalho.

Constituição Federal
O líder do governo, deputado Ricardo Barros, afirmou que a proposta apenas consolida algo que já está na Constituição: o aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional.

“Está muito claro que o Congresso foi encarregado pela Constituição de regulamentar a exploração em terras indígenas, estamos cumprindo, com anos de atraso, a Constituição”, explicou.

Barros afirmou ainda que a mineração em terras indígenas é uma realidade que precisa ser regulamentada e fiscalizada. “Vemos as cenas horrorosas, as imagens dos rios da Amazônia que já são explorados pelos garimpeiros ilegais. Sem licença, não há fiscalização nem obrigação de reconstituição ambiental”, declarou.

O líder do governo disse ainda que a aprovação do requerimento de urgência é o primeiro passo para a discussão do tema pelo grupo de trabalho, que terá liberdade para definir um novo texto. “Não há compromisso de mérito sobre o projeto, o grupo de trabalho é que será encarregado de escrever um novo texto”, disse Barros.

O deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) também defendeu a regulamentação da mineração em terras indígenas. “Se não tiver uma regulamentação sobre isso, vai causar uma insegurança jurídica e um atraso no nosso País”, disse.

Críticas da oposição
A oposição criticou a decisão de votar a urgência nesta quarta-feira. “A mera criação de um grupo de trabalho demonstra que não há urgência na votação deste tema”, afirmou a líder do Psol, deputada Sâmia Bomfim (SP).

O líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), defendeu a rejeição da urgência nesta quarta-feira. Para ele, o tema só deveria vir à pauta após a discussão no grupo de trabalho. “Durante as reuniões, mesmo os líderes da base do governo manifestaram divergências em relação ao texto”, disse.

A representante da Rede, deputada Joenia Wapichana (RR), afirmou que a proposta viola direitos das populações indígenas. “Vai levar à morte, à devastação das vidas e das terras indígenas. Não se pode colocar uma ameaça de falta de fertilizantes para autorizar a mineração em terras indígenas, mas essas minas [de materiais utilizados na fabricação de fertilizantes] não estão na Amazônia, estão em São Paulo e em Minas Gerais”, declarou.

Para o deputado Nilto Tatto (PT-SP), a Casa dá um passo contrário às demandas da sociedade reunida em frente ao gramado do Congresso Nacional no Ato em Defesa da Terra. Ele também ressaltou que as minas com insumos para a produção de fertilizantes não estão localizadas em terras indígenas.

“Neste momento, a sociedade civil e os movimentos populares estão lá fora clamando para que esta Casa pare de votar a destruição da natureza. E a base do governo insiste em querer votar aqui autorização para mineração, a monocultura e a construção de hidrelétricas em terras indígenas”, lamentou.

O 1º vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), afirmou que houve um esforço em busca de um acordo para que o tema não fosse analisado nesta quarta-feira, mas as negociações não avançaram.

Por Portal Novo Norte

Governador eleito do Rio promete nova concessão para o Maracanã

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Governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel

Wilson Witzel afirmou em seu perfil na rede social, que deverá lançar um edital para nova concessão do estádio

O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou em seu perfil na rede social Facebook que deverá lançar um edital para nova concessão do estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. A arena esportiva, que pertence ao governo do estado, foi entregue à administração privada em 2013, logo depois de uma ampla reforma, às vésperas da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

O estádio foi administrado por um consórcio liderado pela Odebrecht até setembro deste ano, quando a Justiça do Rio cancelou a concessão por irregularidades na licitação ocorrida em 2013.

Segundo Witzel, será feito um levantamento do processo com a concessionária para que o problema seja solucionado e, logo a seguir, um novo edital seja lançado. A ideia é que a nova concessão envolva a reforma do estádio de atletismo Célio de Barros, a restauração do Museu do Índio e a reforma de toda a área, com dinheiro da iniciativa privada.

“Preservar a arte e mostrar um novo Rio é nossa meta”, disse Witzel.

Página de Roger Waters vira campo de batalha após críticas a Bolsonaro em show

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Por Yan Boechat, especial para o Broadcast Político

Milhares de brasileiros estão entrando na página de Facebook do ex-integrante da banda Pink Floyd, Roger Waters, para criticar as mensagens que o músico colocou em seu show, na terça-feira, 9, em São Paulo, contra o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro. Boa parte das mensagens exigiam que o ex-baixista e também vocalista do grupo britânico pedisse desculpas a Bolsonaro pelas mensagens utilizadas no show, no Estádio Allianz Parque, associando o candidato do PSL a uma onda de políticos fascistas que estão chegando ao poder em todo o mundo. Eleitores contrários a Bolsonaro perceberam a invasão de eleitores do candidato do PSL à página do músico e passaram a enviar mensagens de agradecimento a Waters.

Ao longo de toda a manhã e início da tarde desta quarta-feira, 10, a página do músico inglês se transformou em mais um campo de batalha política, emulando a extrema polarização que toma conta do País. Enquanto alguns eleitores de Bolsonaro tentavam “explicar” a Roger Waters o que se passava no País, outros partiram para o ataque, acusando o músico de ignorância e de ter realizado um “showmício” no Estádio do Palmeiras na noite desta terça.

“Você acha que o comunismo é o melhor para nós? Você vive em Cuba, você vive na Venezuela?, Você não sabe do que está falando, você perdeu milhares de fãs”, escreveu um. Eleitores de Bolsonaro estão fazendo uma campanha para que as pessoas que compraram ingressos e pretendem ir ao show na noite desta quarta-feira, 10, saiam de casa com camisas amarelas para mostrar a Roger Waters o apoio que Bolsonaro tem no Brasil.

No show da noite desta terça Roger Waters projetou em um telão a hashtag #EleNão e incluiu Bolsonaro em uma lista de governantes associados ao fascismo, que incluía Donald Trump e Vladimir Putin. Ele foi vaiado por cerca de cinco minutos por boa parte da plateia. Durante alguns momentos, ele precisou parar o show. Após uma sessão de vaias, Waters afirmou: “Sou contra o ressurgimento do fascismo. E acredito nos direitos humanos. Prefiro estar num lugar em que o líder não acredita que a ditadura é uma coisa boa. Lembro das ditaduras da América do Sul e foi feio”.

Roger Waters teve o pai morto por nazistas na Segunda Guerra Mundial e é autor da letra de The Wall, uma das canções mais famosas do Pink Floyd e que faz uma crítica enfática ao autoritarismo e ao fascismo.

Fonte: Estadão conteúdo