Após fala “nazista” contra judeus, Genoíno é denunciado no Ministério Público por racismo

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Na denúncia, Guto Zacarias ressalta a gravidade das declarações de Genoíno, associando-as à perseguição histórica sofrida pela comunidade judaica, particularmente na Alemanha sob o regime de Adolf Hitler

O deputado estadual Guto Zacarias (União-SP) apresentou uma denúncia no Ministério Público contra o ex-deputado federal e ex-presidente do PT, José Genoíno, após este último fazer declarações sugerindo o boicote contra “empresas de judeus”. A iniciativa de Zacarias foi confirmada por ele mesmo em suas redes sociais, ocorrendo em resposta às falas de Genoíno durante uma transmissão ao vivo no último sábado, dia 20.

Na denúncia, Guto Zacarias ressalta a gravidade das declarações de Genoíno, associando-as à perseguição histórica sofrida pela comunidade judaica, particularmente na Alemanha sob o regime de Adolf Hitler. Ele recorda que, naquela época, o boicote a negócios judaicos foi um prelúdio para medidas cada vez mais severas, culminando no Holocausto que resultou na morte de cerca de 6 milhões de judeus. O deputado estadual enfatiza a importância de combater o racismo e a intolerância religiosa em São Paulo, conforme publicado por ele na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter.

O contexto das declarações de José Genoíno envolveu a sugestão de boicote a “determinadas empresas de judeus” e “empresas vinculadas ao estado de Israel”. A fala do ex-presidente do PT ocorreu durante uma live, gerando reações imediatas no cenário político. A denúncia de Zacarias busca não apenas responder a essas declarações, mas também reafirmar o compromisso com o respeito e a tolerância em uma sociedade diversa.

Repúdio total a declarações antissemitas de petista histórico

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As entidades acusam Genoino de incitar o antissemitismo e ameaçar a segurança da comunidade judaica, após suas sugestões de boicote a empresas de judeus

A Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), em conjunto com a Confederação Israelita do Brasil (Conib), manifestou repúdio às recentes declarações do ex-deputado e ex-presidente do PT, José Genoino. As entidades acusam Genoino de incitar o antissemitismo e ameaçar a segurança da comunidade judaica, após suas sugestões de boicote a empresas de judeus. Essas declarações foram feitas em uma entrevista concedida a um blog ligado ao PT, criticando um abaixo-assinado de empresários contra ações do Brasil em relação a Israel.

Alberto David Klein, presidente da FIERJ, enfatizou a seriedade das declarações de Genoino, lembrando que o antissemitismo é considerado crime no Brasil. Klein comparou a situação atual com o início do Holocausto, caracterizado por discursos de ódio e perseguição aos judeus. A posição da FIERJ é de que tais falas não devem ficar sem investigação e responsabilização legal. Por sua vez, a Federação Israelita de São Paulo classificou as palavras de Genoino como “criminosas”, equiparando-as às ideias de Adolf Hitler, e expressou preocupação com a falta de posicionamento dos dirigentes do PT sobre o caso.

A Conib, em sua nota oficial, também condenou as declarações de Genoino, recordando que o boicote a judeus foi uma das primeiras ações do regime nazista. A entidade fez um apelo às lideranças políticas brasileiras para que mantenham moderação e equilíbrio em relação ao conflito no Oriente Médio, buscando evitar que as tensões daquela região se propaguem para o Brasil. A situação levanta questões importantes sobre o discurso político no país e a necessidade de respeitar a diversidade étnica e religiosa na sociedade brasileira.

José Dirceu disputa liderança com Gleisi para “salvar” o PT nas urnas

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Homem forte do primeiro governo Lula, o ex-ministro José Dirceu tem feito à cúpula do PT críticas e alertas sobre os riscos para a esquerda nas próximas eleições| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

José Dirceu, ministro mais poderoso na primeira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está concluindo a sua reabilitação política iniciada há um ano e se apresenta para exercer papel crucial na tentativa de “salvar” o PT de derrotas nas urnas em 2024 e 2026. Com aval de Lula, o ex-chefe da Casa Civil vem agindo como uma espécie de conselheiro do partido que fundou e presidiu, cobrando nova postura dos correligionários diante das mudanças no cenário. Por mais de uma vez, ele alertou sobre o risco de a esquerda levar um “tranco da direita” e sobre a crescente influência dos evangélicos no jogo eleitoral. Nessa função de estrategista, o ex-ministro disputa às claras a liderança da legenda com a sua presidente atual, a deputada Gleisi Hoffmann (PR).

Aos 77 anos, o plano de José Dirceu é reassumir o papel de indutor de grandes decisões partidárias, atuando, mesmo que sem cargo na legenda, como ator influente nos bastidores, seguindo o modelo executado por anos e que atingiu o auge entre 2003 e 2005, quando integrou o núcleo palaciano do primeiro mandato de Lula. Duas décadas depois, ele retoma a rotina de eventos públicos e reuniões internas do PT e até testa a volta aos holofotes, dos quais se afastou após as condenações no escândalo do Mensalão e na Operação Lava Jato.

Com o partido sob o domínio absoluto de Lula e sem hesitação em negociar com adversários, Dirceu ainda personifica a busca pela conquista e preservação do poder sem se importar com os meios adotados.

Para especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, a ressurgência de Dirceu ocorre quando o PT parece voltar à encruzilhada enfrentada antes da campanha vitoriosa de 2002, na qual precisou escolher entre ser a locomotiva da esquerda ou servir como duradora porta de entrada para a Presidência da República, inclusive abrigando forças contrárias. Para agravar esse dilema, o Congresso ampliou o controle sobre a pauta legislativa e as verbas federais, garantindo maior independência em relação ao governo. Tal qual fez no passado, o também ex-deputado Dirceu está disposto a encarar esses desafios e encabeçar uma revisão da cartilha programática do partido, jogando com as cartas sobre a mesa para garantir a continuidade do partido no centro das decisões nacionais.

Reabilitação de Dirceu começou após posse dos atuais deputados
Sem as restrições da Justiça, Dirceu não precisou mais se esconder e iniciou o caminho de volta ao palco político começou com a escolha do filho Zeca Dirceu (PT-PR), em fevereiro de 2023, para ser o líder do partido na Câmara e com os acenos públicos de Lula, que o elogiou como “agente e militante político da maior qualidade”. No mesmo mês, durante a celebração do 43º aniversário do PT, o presidente agradeceu ao “companheiro José Dirceu” pelo legado no partido e pela solidariedade na prisão.

Na festa da sigla, Dirceu ocupou assento ao fundo no palco. “Dirceu tem que colocar a cara para fora. A gente tem que construir outra narrativa na sociedade”, comentou Lula. Na campanha, temendo desgaste, o presidente disse que “figuras históricas” como Dirceu não teriam espaço no terceiro governo. Por isso, após longo período de ostracismo, a volta de Dirceu à ribalta política tem sido gradual. Na posse de Lula, em 1º de janeiro, ele não estava entre os convidados e assistiu ao evento do gramado da Esplanada dos Ministérios. No fim daquele mês, durante encontro petista no Congresso com a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os presentes evitaram posar para fotos com o ex-ministro. Mas, aos poucos, o ex-ministro vem retomando a influência na cúpula petista ao participar de encontros com tendências internas, diretórios regionais e aliados históricos.

Na mais recente atuação dele para promover correções de rumos no PT, José Dirceu envolveu-se na disputa entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a presidente do PT, Gleisi Hoffman, buscando defender a agenda econômica do governo de reiterados ataques da cúpula petista. O próprio Haddad sentiu-se encorajado a contra-atacar as críticas de Gleisi e outros partidários, consideradas por Dirceu “quase covardes”.

As falas de Lula na conferência eleitoral do partido, reconhecendo descolamento entre a militância e os evangélicos e a classe média, e a reconstrução do apoio do presidente à meta de equilíbrio fiscal de Haddad têm a digital de Dirceu. “Quando o governo apresenta uma política, nosso papel é apoiar”, disse ele ao podcast Pod13, do PT da Bahia, em recado a Gleisi. Nessa entrevista, ele defendeu a reorganização do PT para lidar com o cenário polarizado no país. “Nesses anos, houve mudança social e cultural enorme por causa do fundamentalismo religioso e da força dos partidos de direita. A esquerda como um todo recuou”, completou.

Historicamente, Lula reconhece o papel fundamental do ex-ministro como mentor das transformações que permitiram ao PT quebrar a sequência de segundos lugares nas eleições presidenciais e alcançar o Palácio do Planalto em 2003. Essas mudanças foram marcadas por compromissos firmados com o mercado e a formação de uma aliança com o PL de Valdemar Costa Neto, que, hoje, encontra-se em lados opostos, e com a acomodação do MDB em sua base de apoio parlamentar. Esses acordos com outrora rivais proporcionaram não apenas vitórias nas urnas, mas também governabilidade a Lula por dois mandatos, quadro encerrado na divergente gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Analistas veem papel estratégico de Dirceu nas eleições de 2024

Marcus Deois, diretor da consultoria Ética Inteligência Política, sugere que José Dirceu poderá desempenhar um papel estratégico na elaboração das chapas do PT durante as disputas municipais. De acordo com Deois, incapaz de concorrer a cargos eletivos, Dirceu poderia ressurgir como um dirigente partidário.

O cientista político André Felipe Rosa acrescenta que o retorno de Dirceu pode proporcionar dinamismo interno ao PT, agindo como um “mal necessário” para o partido, melhorando a fluidez do próprio Lula e apontando erros internos.

Rosa acredita que Dirceu representa a essência do “PT tradicional”, e seu afastamento abriu espaço para a reconfiguração do partido, com a ascensão de figuras como Dilma Rousseff, período no qual também eclodiram os eventos da Lava Jato.

Luiz Filipe Freitas, também cientista político, enfatiza que, mesmo com altos e baixos em sua visibilidade, Dirceu nunca deixou de ser uma figura relevante no PT. Freitas argumenta que, após os revezes enfrentados pela Lava Jato e o retorno do partido ao poder, o ex-ministro e ex-deputado pode ressurgir.

Contudo, Freitas alerta que o PT e a esquerda serão desafiados a ponderar sobre as recentes observações e advertências feitas por Dirceu. Ele destaca, contudo, que o ex-dirigente segue influente, mas não no nível de antes devido às mudanças ao longo dos tempos. Ele avalia que o primeiro desafio para Dirceu será resgatar a proeminência.

Graças a ministros do STF, Dirceu responde a crimes em liberdade
A queda de Dirceu no poder foi deflagrada em agosto de 2005, no auge da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava o Mensalão. “Sai rápido daí, Zé!”, disse olhando para as câmeras de TV o então presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), durante depoimento que atacou duramente o ministro da Casa Civil à época. O depoente buscou inocentar Lula das acusações, a quem chamou de “homem honrado e correto”, e atribuiu toda a orquestração do esquema de compra de apoio parlamentar a Dirceu, o comparando a Rasputin, eminência parda da corte do último czar russo. O já presidente do PL e então deputado Valdemar Costa Neto foi outro alvo preferencial de Jefferson.

Dirceu responde a processos em liberdade graças a decisões de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), após ter sido preso quatro vezes por corrupção, entre 2013 e 2019. Atualmente, se sente até confortável em dizer publicamente que o Mensalão “nunca existiu”. A pena por corrupção ativa que recebeu por conta desse escândalo foi extinta. Ele foi recentemente absolvido em uma condenação na Lava Jato e ainda tem outra. Pela operação, ele chegou a ser condenado a penas de até 39 anos por formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, recebimento de vantagem indevida, entre outros crimes.


Por Gazetado Povo

https://www.gazetadopovo.com.br/republica/jose-dirceu-disputa-lideranca-com-gleisi-para-salvar-o-pt-nas-urnas/

“Lula é um camarada do povo”, disse Valdemar Costa Neto em entrevista (vídeo)

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Sérgio Lima/Poder360 - 28.nov.2023

Por Tribuna 5/ You Tube

Confira a lista de governadores que deixaram Lula no vácuo e não foram no evento do 8 de janeiro

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Confira a lista de governadores que deixaram Lula no vácuo e não foram no evento do 8 de janeiro

A cerimônia realizada por Lula na última segunda-feira (8), no Congresso Nacional, para relembrar um ano dos acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, destacou-se mais pela ausência do que pela presença de governadores do Brasil. Em um sinal evidente de não adesão à narrativa política do petista, a maioria dos 27 governadores do país não estiveram presentes no evento, deixando cadeiras vazias e muitas perguntas no ar.

Entre os líderes estaduais mais proeminentes que optaram por não comparecer estavam Tarcísio de Freitas, de São Paulo; Cláudio Castro, do Rio de Janeiro; e Romeu Zema, de Minas Gerais. Zema, inclusive, inicialmente planejava participar, conforme indicado em sua agenda oficial, mas recuou na última hora, citando o caráter político do evento como motivo para sua ausência.

A região Sul e Sudeste do Brasil, consideradas polos econômicos e políticos do país, tiveram uma presença tímida. Dos sete governadores dessas regiões, somente dois – Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e Renato Casagrande, do Espírito Santo – marcaram presença. 

Já no Centro-Oeste, a ausência foi total. Por outro lado, a região Norte teve representação simbólica com a presença dos governadores do Pará, Helder Barbalho, e do Amapá, Clécio Luís.

Contrastando com o restante do país, a Região Nordeste mostrou um engajamento maior, com oito dos nove governadores presentes. A exceção foi o governador de Alagoas, Paulo Dantas, que enviou seu vice, Ronaldo Lessa, para representá-lo. 

Veja a lista:

Governadores ausentes

Tarcísio de Freitas (São Paulo)
Jorginho Mello (Santa Catarina)
Ratinho Júnior (Paraná)
Ibaneis Rocha (Distrito Federal)
Ronaldo Caiado (Goiás)
Cláudio Castro (Rio de Janeiro)
Gladson Cameli (Acre)
Mauro Mendes (Mato Grosso)
Antonio Denarium (Roraima)
Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul)
Wilson Lima (Amazonas)
Romeu Zema (Minas Gerais)
Marcos Rocha (Rondônia)
Wanderlei Barbosa (Tocantins)
Paulo Dantas (Alagoas)

Governadores presentes

Renato Casagrande (Espírito Santo)
Eduardo Leite (Rio Grande do Sul)
Clécio Luis (Amapá)
Helder Barbalho (Pará)
Fábio Mitidieri (Sergipe)
João Azevedo (Paraíba)
Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte)
Jerônimo Rodrigues (Bahia)
Elmano de Freitas (Ceará)
Carlos Brandão (Maranhão)
Raquel Lyra (Pernambuco)
Rafael Fonteles (Piauí)

Moraes ‘se assume como vítima’ e não pode julgar atos de 8 de Janeiro, diz Valdemar Costa Neto

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Segundo Costa Neto, a revelação por parte de Moraes de um suposto plano contra ele durante as invasões poderia comprometer sua neutralidade como julgador

Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), levantou dúvidas sobre a imparcialidade do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em relação aos eventos do dia 8 de janeiro de 2023. Em declarações recentes, Costa Neto questionou as declarações de Moraes se colocando como “vítima” no contexto dos atos ocorridos em Brasília, onde manifestantes invadiram os três poderes.

Segundo Costa Neto, a revelação por parte de Moraes de um suposto plano contra ele durante as invasões poderia comprometer sua neutralidade como julgador. Ele argumenta que, ao se colocar como parte do processo, Moraes violaria o princípio constitucional que impede que uma pessoa envolvida diretamente em um caso atue como seu juiz. 

O presidente do PL expressou sua preocupação com a integridade dos julgamentos relacionados aos eventos de janeiro, sugerindo que a posição de Moraes poderia levar a decisões questionáveis.

Em entrevista, Moraes detalhou uma narrativa de ameaças e planos violentos que teriam sido direcionados contra ele por alguns dos manifestantes mais radicais. Ele relatou planos que incluíam sua prisão e até mesmo execução.

A decisão da ministra Rosa Weber de designar Moraes como relator do processo sobre as invasões gerou críticas, pelo desrespeito ao princípio do juiz natural e à livre distribuição dos processos, fundamentos essenciais da justiça imparcial.

As reformas de Milei que vão revigorar a economia Argentina (se a esquerda derrotada não boicotar)

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Entre as medidas mais notáveis, o pacote de Milei propõe o fim das eleições primárias, conhecidas como PASO, que estavam em vigor desde 2011

O presidente Javier Milei, em uma jogada audaciosa para revigorar a Argentina, apresentou um pacote de reformas ao Congresso na quarta-feira (27). Este conjunto de medidas, intitulado “Lei de Bases e Pontos para Liberdade dos Argentinos”, propõe uma transformação substancial nas práticas eleitorais, econômicas e de segurança do país, com 664 artigos abrangentes. O projeto visa a desregulação da economia, reforma do sistema eleitoral e aumento das penas para protestos contra o governo, sinalizando uma nova direção para o crescimento da Argentina.

Entre as medidas mais notáveis, o pacote de Milei propõe o fim das eleições primárias, conhecidas como PASO, que estavam em vigor desde 2011. O governo justifica esta ação como uma forma de devolver aos partidos a liberdade de escolher seus próprios candidatos, além de reduzir os custos políticos financiados pelos contribuintes.

A mudança na eleição de deputados é outro ponto chave do pacote. O novo sistema baseado no voto distrital pretende fortalecer a conexão entre eleitores e seus representantes, utilizando divisões territoriais estabelecidas pelo Censo argentino de 2022. Essa abordagem busca garantir uma representação mais direta e eficaz, com um candidato por distrito.

A reforma no financiamento dos partidos políticos também faz parte do projeto, visando maior transparência e equidade. As medidas incluem a criação de uma plataforma da Justiça Eleitoral para declaração de doações e a regulamentação de contas bancárias dos partidos por distrito, com limites de gastos estabelecidos por uma nova unidade monetária, o “módulo eleitoral”.

No campo da segurança e legislação, o pacote traz mudanças significativas, incluindo o aumento das penas para participação em protestos anti-governamentais e a introdução de regras mais rígidas para manifestações. Além disso, a lei fortalece a posição das forças de segurança, ampliando a definição de legítima defesa e agravando as penalidades para resistência à autoridade.

As reformas econômicas e educacionais também são foco deste pacote. A economia passará por uma desregulamentação significativa, com o governo buscando proteger o megadecreto de contestações no Congresso ou na Justiça. Além disso, a educação será reformulada com a introdução de um exame nacional obrigatório para estudantes do ensino médio, similar ao Enem brasileiro. O projeto também permite ao Executivo reestruturar aposentadorias e pensionamentos, dando prioridade aos de menor renda, e oferece poderes para a fusão e privatização de empresas estatais.

Parecer do Ministério Público Eleitoral deixa mandato de Sergio Moro por um fio

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Os procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado assinaram o documento, que foi entregue ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná

O Ministério Público Eleitoral do Paraná (MPE-PR) emitiu um parecer favorável à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). A ação, originada de denúncias feitas pelo PL e PT, acusa Moro de abuso de poder econômico em sua pré-campanha eleitoral de 2022. 

Os procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado assinaram o documento, que foi entregue ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) nesta quinta-feira (14).

A ação contra o senador Moro, unificada a partir de processos iniciados pelo PL e pela federação Brasil da Esperança (PT, PV, PCdoB), aborda também alegações de uso indevido de meios de comunicação e potenciais indícios de corrupção na contratação do advogado Luís Felipe Cunha, eleito primeiro suplente de Moro. 

As acusações apontam para um uso excessivo de recursos financeiros antes do período eleitoral oficial, potencialmente influenciando o resultado das eleições para o Senado. O MPE-PR concorda com a cassação e inelegibilidade de Moro e Cunha, porém isenta Ricardo Augusto Guerra, segundo suplente.

O caso agora aguarda a decisão do juiz eleitoral Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator do processo, prevista para janeiro. O julgamento no plenário do TRE-PR deve ocorrer até o final do mesmo mês. A defesa de Moro argumenta que os gastos na pré-campanha não afetaram os resultados das eleições de 2022, classificando a investigação como de natureza política. PL e PT buscam, além da cassação, a inelegibilidade de Moro por oito anos e uma nova eleição para a vaga no Senado.

Quem é “Mestrão”, que aconselhou Moro a manter em sigilo voto sobre Flavio Dino

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Este aconselhamento, segundo a assessoria de Moro, foi dado sem que Magalhães tivesse conhecimento prévio do voto do senador.

Rafael Travassos Magalhães foi identificado como a pessoa por trás do apelido “Mestrão” no WhatsApp de Sérgio Moro, aquele que aconselhou o senador a manter em segredo seu voto após a aprovação de Flávio Dino na CCJ do Senado Federal. Este aconselhamento, segundo a assessoria de Moro, foi dado sem que Magalhães tivesse conhecimento prévio do voto do senador.

Moro, ao manter o sigilo de seu voto, afirmou que essa era uma estratégia de proteção contra possíveis retaliações. 

Deltan Dallagnol, ex-procurador, ex-deputado federal e figura conhecida no cenário político, expressou sua opinião no Twitter, criticando senadores que votaram em Dino por emendas parlamentares ou por medo de vingança. Dallagnol destacou a importância de manter a integridade e os princípios, mesmo diante de pressões e ameaças, ressaltando seu próprio histórico de não ceder a emendas e cargos do governo. Este comentário foi interpretado por muitos como um sinal de desaprovação em relação à conduta de Moro.

Esplanada dos Ministérios é fechada para a sabatina de Flávio Dino e Paulo Gonet

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A decisão de limitar o acesso à região central da capital federal reflete as preocupações com a segurança durante esses eventos significativos

A Esplanada dos Ministérios em Brasília teve seu acesso restringido na manhã desta quarta-feira (13). A medida, conforme informado pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), foi tomada em função da sabatina de Flávio Dino, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), e de Paulo Gonet, candidato à Procuradoria-Geral da República, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A decisão de limitar o acesso à região central da capital federal reflete as preocupações com a segurança durante esses eventos significativos.

A SSP-DF detalhou as restrições impostas, incluindo a proibição de objetos que possam representar riscos à segurança, como materiais pontiagudos, garrafas de vidro e hastes de bandeiras, além da limitação do uso de drones na área sem autorização específica. 

Estas medidas visam assegurar a tranquilidade durante a sabatina e outros eventos previstos para a mesma data, como a reunião dos Vice-ministros das Finanças do G20 e um protesto em frente ao Banco Central, ligado à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).