Mandatos no STF e fim da reeleição no Executivo serão votados em 2024

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Em entrevista coletiva na segunda (27), Pacheco anunciou temas que devem entrar na pauta do Legislativo em 2024 - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O fim da reeleição no Executivo e a transformação dos cargos de ministros do Supremo Tribunal Federal em mandatos temporários estarão na pauta do P…

O fim da reeleição no Executivo e a transformação dos cargos de ministros do Supremo Tribunal Federal em mandatos temporários estarão na pauta do Poder Legislativo em 2024. O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, já mencionou que pautará as propostas para votação no ano que vem. As mudanças são apoiadas por vários senadores. Os senadores Plínio Valério (PSDB-AM), Flávio Arns (PSB-PR) e Angelo Coronel (PSD-BA) têm propostas semelhantes que estão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas ainda não tiveram a relatoria indicada.

— Essa proposta de emenda à Constituição ainda está na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Nós vamos dar a cadência devida na CCJ, mas este ano ainda não vai ser possível. Mas eu quero crer que, no começo do ano que vem, a gente possa evoluir nessa proposta de emenda à Constituição, assim como na proposta de emenda à Constituição do fim da reeleição no Brasil. São dois temas muito apropriados para o início do ano que vem — afirmou Rodrigo Pacheco em entrevista à repórter Paula Groba, enviada especial para a COP 28 em Dubai.

Em entrevistas àAgência Senado, os três autores apoiaram a decisão do presidente.

— Senador Pacheco demonstra as mesmas preocupações que diversos membros do Congresso. É preciso enfrentar essa discussão e o Congresso Nacional decidir essas eventuais adequações. O importante é vermos que essa discussão é muito necessária neste momento, a fim de evitarmos termos cortes jurídicas com atuação ou tendências políticas que rivalizem com os representantes eleitos pelo povo — disse Angelo Coronel.

Ele é autor da PEC 77/2019 , que limita o mandato de ministros do STF a oito anos, permitida uma recondução, e aumenta para 55 anos a idade mínima para compor a Suprema Corte.

— A principal motivação é assegurar o equilíbrio entre os Poderes. É preciso preservar o Poder Judiciário e evitar todo tipo de perpetuação de poder. Determinar mandatos para alta cúpula do Judiciário é uma forma de evitar que um Poder da República fique refém dos mandatos de seus membros. Assim como no Legislativo e no Executivo, é preciso que o Judiciário tenha essa renovação nos cargos principais — defende.

A proposta altera a escolha dos ministros, que passariam a ser indicados também pela Câmara e pelo Senado. O objetivo principal é descentralizar as indicações, segundo o autor. Dos 11 ministros, 3 seriam eleitos pelo Senado e 3 pela Câmara; os demais continuariam sendo indicados pelo presidente da República. Todos os indicados teriam que ser escolhidos dentre os “ministros de tribunais superiores, desembargadores ou juízes de tribunais”. Senado e Câmara também elegeriam parte do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Superior Tribunal Militar (STM). Caso aprovada, a escolhados próximos seis ministros do Supremo será feita primeiro pela Câmara e pelo Senado, alternadamente. Depois disso, as demais indicações serão feitas pelo órgão (Câmara, Senado ou Presidência da República) que indicou o ministro cujo cargo ficou vago.

Já Plínio Valério é autor da PEC 16/2019 , que estabelece mandato fixo de oito anos para ministros do Supremo e aumenta a idade mínima para nomeação de 35 para 45 anos. O senador sublinha que as novas regras só valeriam para futuras indicações feitas após a publicação da emenda constitucional.

— Hoje alguns pensam que o prédio do Supremo é o Olimpo, mas não é. Alguém tem que ter poder para colocar um freio nisso e esse poder chama-se Senado Federal. Nós fazemos as leis, o Congresso. Quem pode aprimorar, quem pode trabalhar, modificar ou fazer nova lei, somos nós. Não são eles. Nós temos que assumir o nosso papel e o Rodrigo acertou muito bem, está tendo o apoio total nosso aqui, pra gente continuar fazendo coisas dentro da lei, pela lei. Eu acho que essa PEC vai tramitar legal — afirmou Plínio Valério.

A PEC 16/2019 também fixa prazos para o presidente fazer suas indicações para o STF e para o Senado analisá-las. O presidente da República teria de indicar ao Senado o nome de um novo membro do STF em até um mês do surgimento da vaga no tribunal. O Senado teria, então, até 120 dias para analisar a indicação.

Se o nome for aprovado pelo Senado (por maioria absoluta), o presidente da República terá dez dias para proceder à nomeação do novo ministro. Caso nada faça, será considerado que o presidente deu anuência tácita à nomeação. Esses prazos não existem hoje.

— O Senado representa o Brasil. E eles foram empoderados como juiz de um Supremo Tribunal Federal e alguns deles se julgam semideuses. Por causa dessa longevidade. Ele entra aos 40, 45, 50 e só sai com 75, quando então já tem casa em Nova York, casa em Portugal e não vão mais dar satisfação porque vão morar fora. Com oito anos [de mandato], ele vai ser bom, ser justo, não vai sucumbir aos encantos do poder — acrescentou Plínio Valério.

Ele antecipou que a relatoria das mudanças no STF deve ficar com a senadora Tereza Cristina (PP-MS). Na avaliação de Plínio Valério, o texto final deve acabar propondo um mandato fixo de 10 ou 12 anos e uma idade mínima de 45 anos. Plínio Valério disse que as PECs deverão ser apensadas e tramitarão em conjunto, cabendo ao futuro relator condensar as propostas e as emendas apresentadas em um texto substitutivo.

Na segunda-feira (27), Rodrigo Pacheco afirmou que a criação de um mandato temporário fixo para ministros do STF e a elevação da idade mínima para ingresso podem “ser uma sistemática muito positiva para o Brasil”. Ele disse que o Supremo não pode se tornar a última instância da discussão política no Congresso Nacional.

Por sua vez, a PEC 51/2023 , de Flávio Arns, estabelece mandato de 15 anos para o cargo de ministro do STF e fixa em 50 anos a idade mínima para a nomeação. A proposta estabelece também uma quarentena para impedir que sejam nomeados para o STF quem houver exercido nos três anos anteriores, por qualquer período, um dos seguintes cargos: procurador-geral da República, defensor público-geral Federal, ministro de Estado ou titular de órgão diretamente subordinado à Presidência da República, ou, ainda, dirigente de entidade da administração pública federal indireta. Aguarda indicação de relator na CCJ.

— Uma questão estatal fundamental jamais foi objeto de reforma constitucional: as regras de seleção dos ministros do STF e a duração de seus cargos. Essa questão é crucial porque, além de determinar o grau de legitimidade, independência e imparcialidade que os membros da cúpula do Judiciário ostentarão, ela também diz respeito ao tipo de jurisdição constitucional que desejamos ter em relação à nossa própria identidade nacional — argumenta Arns.

O senador diz querer “um novo modelo de jurisdição constitucional”.

— As nossas leis e regras jurídicas mudam de modo cada vez mais acelerado, para acompanhar o ritmo crescente da globalização, inovação tecnológica e diversificação cultural. Nada mais coerente e razoável que a forma de escolha dos nossos guardiões da Constituição, bem como a frequência com que a Corte se renova, sejam adequadas à realidade sociopolítica brasileira, bem como adaptáveis às suas constantes mudanças — acrescenta.

Arns afirma também que o debate sobre a forma de mandato e de escolha dos membros do STF vem sendo feito pelos congressistas há mais de uma década.

— Todas as instituições estatais estão sujeitas a atualizações e aprimoramentos normativos, inclusive o Congresso Nacional, que já sofreu tantas mudanças desde a primeira Constituição republicana do Brasil — diz.

A última instância

O STF completou 215 anos em 2023, pois teve como embrião a Casa da Suplicação do Brasil, que tinha 23 membros, primeiro órgão judiciário independente do país, criado em 10 de maio de 1808, para exercer o ofício de instância final de apelação nos processos iniciados no território da então colônia — ou seja, os processos podiam ser encerrados no Brasil, sem mais a necessidade de manifestação da Casa de Suplicação de Lisboa.

Após a Proclamação da Independência (7 de setembro de 1822), a Constituição de 1824 transforma o órgão em Supremo Tribunal de Justiça, integrado por 17 juízes, que só foi instalado em 1829 e durou até 1891.

Passou a se chamar Supremo Tribunal Federal entre 1890/91. Na Constituição de 1891, o STF era composto por 15 juízes,nomeados pelo presidente da República com posterior aprovação do Senado. Em 1931 o número de ministros foi reduzido para 11.Do início da República (15 de novembro de 1889) até 1933, o cargo era vitalício. A Constituição de 1934 estabeleceu aposentadoria compulsória aos 75 anos para todos os servidores públicos, limite que foi diminuído para 68 anos na Constituição de 1937 .

Com a Constituição de 1946 , a aposentadoria compulsória é estabelecida em 70 anos, limite que vigorou até 2015, com a aprovação da chamada PEC da Bengala , transformada na Emenda Constitucional 88 , que aumentou para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória.

A aposentadoria compulsória permaneceu em 70 anos de idade durante toda a ditadura militar iniciada em 1964, mas o Ato Institucional 2/1965 , aumentou o número de ministros para 16 e o Ato Institucional 6/1969 , restabeleceu o número de 11 ministros.

Com a retomada democrática, a composição com 11 magistrados foi mantida e a Constituição de 1988 reforçou a competência do Supremo como guardião da Constituição.

Reeleição não

Outra proposta que voltará à tona em 2024 é a extinção da reeleição para presidente, governador e prefeito. A medida já foi tema de dezenas de PECs desde o começo do século, mas nenhuma prosperou. Atualmente há a PEC 12/2022 , do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que também está na CCJ aguardando relatoria. O texto ainda aumenta de quatro para cinco anos o tempo de mandato para quem ocupar esses cargos a partir de 2026.

O instituto da reeleição já dura desde 1997 ( Emenda Constitucional 16 ). Entre 1891 e 1996 não havia essa possibilidade. A PEC foi proposta no segundo mês do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1994 , que se beneficiaria da mudança para obter um segundo mandato a partir de 1998. Os dois presidentes seguintes, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, também conseguiram se reeleger; Jair Bolsonaro não. Vice-presidente de Dilma, Michel Temer nunca se candidatou à Presidência, cumpriu parte do mandato de Dilma após o impeachment, mas não tentou manter-se no cargo.

Na Câmara dos Deputados, também há dezenas de propostas que tratam de reeleição, do STF e assuntos correlatos, como a PEC 262/2008 , que tem outras 27 PECs apensadas à ela. A proposta muda as regras de preenchimento de vagas nos tribunais superiores, mas há matérias apensadas que propõem o fim da reeleição para o Executivo e o mandato de sete, oito ou dez anos para ministros do Supremo, entre outros.

PEC 376/2009 , outra em tramitação naquela Casa, unifica as datas de eleição de todos os mandatos eletivos e acaba com a reeleição no Executivo. Ela tem mais dez PECs apensadas, como a que reduz de oito para quatro anos a duração do mandato de senadores; a que limita reeleições no Poder Legislativo; e a que extingue a figura dos suplentes de senadores. Ambas aguardam votação na CCJC da Câmara.

Com produção de Débora Brito

Decisão do STF afronta liberdade de imprensa e visa calar críticos, revela senador

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Girão disse que a tese também favorece condutas abusivas por parte de autoridades públicas em todos os níveis e esferas de poder.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) classificou como gravíssima a tese aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (29). A corte decidiu que veículos de comunicação podem ser responsabilizados civilmente por declarações feitas por entrevistados em reportagens jornalísticas. Em pronunciamento nesta sexta-feira (1), o parlamentar afirmou que os STF infligiu “mais um duro golpe contra a liberdade de expressão”. Para o parlamentar, a medida serve para calar pessoas com pensamentos conservadores, já que a tese intimida veículos independentes e críticos:

— Onde já se viu isso no planeta? Este país está mesmo completamente de cabeça para baixo! Os donos do poder, com medo de críticas a eles, tomam uma decisão dessa! Sabe o que vai acontecer? Simplesmente, não vão chamar mais, absolutamente, não vão chamar pessoas, políticos, outros cidadãos da sociedade que são críticos do sistema, que discordam, por exemplo, do que o STF está fazendo, jogando o Brasil em uma insegurança jurídica jamais vista na história desta nação!

Para o senador, a medida impõe duas consequências diretas muito negativas à sociedade. Além do ataque explícito à liberdade de expressão e de imprensa, Girão disse que a tese também favorece condutas abusivas por parte de autoridades públicas em todos os níveis e esferas de poder.

— Todos nós conhecemos a grande dificuldade na coleta de provas de qualquer crime financeiro. Quantas vezes grandes esquemas de corrupção só foram devidamente investigados e desvendados depois que denúncias dos graves indícios foram noticiados pelos meios de comunicação, e, geralmente, através de alguma entrevista? A partir de agora, o importantíssimo trabalho do jornalismo investigativo brasileiro será marginalizado e até criminalizado.

Girão celebrou o fato de o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) ter alcançado as assinaturas necessárias para instalação da CPI do “Abuso de Poder” na Câmara dos Deputados. Na avaliação do senador, a instalação dessa CPI será uma vitória para o Brasil.

— Essa CPI vai trazer luz a tudo que está acontecendo. Gente que está sendo condenada de forma irresponsável, 17 anos de prisão, enquanto grandes corruptos, assassinos, traficantes soltos, que tiveram penas muito menores [aplicadas] aos brasileiros do dia 8 de janeiro. A maioria esmagadora entrou por curiosidade, não quebrou nada. Está sendo humilhad, chamada de terrorista.

Bolsonaro participa do lançamento da Academia Brasileira de Política Conservadora

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Durante o evento, Bolsonaro ressaltou a importância da participação na política e agradeceu ao presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, pela acolhida no partido, destacando o papel do conservadorismo para o futuro do Brasil.

Foi lançada nesta sexta-feira (1º) a Academia Brasileira de Política Conservadora, uma iniciativa organizada pelo Partido Liberal (PL). O evento contou com a presença de figuras políticas de destaque, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante o evento, Bolsonaro ressaltou a importância da participação na política e agradeceu ao presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, pela acolhida no partido, destacando o papel do conservadorismo para o futuro do Brasil.

O senador Rogério Marinho, presidente do PL no Rio Grande do Norte, enfatizou a missão da Academia de fortalecer valores como tradição, espírito comunitário, valores cristãos e amor à pátria. A plataforma da Academia, disponibilizada gratuitamente, visa educar o público sobre conservadorismo, liberalismo econômico e os impactos do socialismo e comunismo ao longo da história. Marinho destacou que os conteúdos produzidos, incluindo vídeos de curta duração, visam esclarecer sobre essas ideologias e suas influências culturais.

O evento, realizado no Hotel Holiday Inn, contou com a presença de prefeitos, vereadores e líderes políticos de diversos municípios, além de deputados federais do PL, como General Girão, Sargento Gonçalves e Robinson Faria. A iniciativa marca um esforço significativo do PL e de suas lideranças para promover e difundir a política conservadora no Brasil, refletindo uma crescente mobilização em torno desses ideais no cenário político nacional.

Por portal Novo Norte

Deputado revela “podres” de Flavio Dino e faz alerta. Veja o vídeo

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Yglésio destacou a situação atual da Polícia Civil, descrevendo-a como desmantelada pela gestão de Dino no estado

Em uma recente visita à Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal, o Deputado Estadual Yglésio, em seu segundo mandato pelo Maranhão, expressou sérias preocupações a respeito da indicação de Flávio Dino para o STF e revelou fatos estarrecedores sobre o ministro de Lula. 

Yglésio destacou a situação atual da Polícia Civil, descrevendo-a como desmantelada pela gestão de Dino no estado, e comentou sobre as condições desfavoráveis enfrentadas pela perícia técnica e pela Polícia Militar.

O deputado também apontou críticas diretas a Flávio Dino, enfatizando sua postura contrária à liberdade de pensamento e de fala parlamentar.

Yglésio fez ainda um alerta sobre o perigo representado por Flávio Dino, mencionando sua falta de veracidade e tendência a evitar debates. 

Veja o vídeo:

Senador Girão comenta a impugnação da candidata ao conselho tutelar mais votada do Brasil (vídeo)

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Por Tribuna 5/ You Tube

Tucanada quer a volta do “Teatro das Tesouras” e nem esconde

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Isso ficou claro durante a convenção realizada nesta quinta-feira (30), onde o partido delineou estratégias para se firmar como “oposição” ao PT

O sonho dos caciques do PSDB é ter de volta o “Teatro das Tesouras”, uma estratégia política que buscava manter no poder PT e PSDB, em alternância, fazendo o povo brasileiro acreditar que se tratavam de adversários políticos. Isso ficou claro durante a convenção realizada nesta quinta-feira (30), onde o partido elegeu Marconi Perillo como novo presidente da sigla e delineou estratégias para se firmar como “oposição” ao PT. O destaque ficou por conta das declarações do ex-senador José Anibal, que elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do PT, e apontou dificuldades impostas pelo Congresso Nacional, em um aceno claro ao petismo. “O atual ministro da Fazenda tem alguma sensibilidade para esses temas [econômicos]. Mas o Congresso Nacional dificulta muito o trabalho dele. Ali é uma tarefa árdua, é matar um leão todo dia”, afirmou Anibal.

Anibal, que retirou sua candidatura à presidência do PSDB, enfatizou a necessidade de unificação do partido. “Eu não acho que disputa divide. Disputa unifica. O que nós não podemos é ficar fazendo de conta que a nossa unidade é sólida”, destacou, reconhecendo desafios enfrentados pelo PSDB no atual cenário político. Apesar das divergências internas, o partido elegeu Marconi Perrillo como presidente, numa chapa única, buscando fortalecer sua estrutura interna.

José Anibal defendeu a importância de o PSDB estabelecer uma agenda unificadora para os brasileiros. “Colocar uma agenda que unifique os brasileiros, o PSDB tem condições de fazer”, disse ele, apontando para uma direção estratégica que o partido pretende seguir.

Dino será um “político de toga” no STF, diz deputada

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Segundo Rosana Valle, a trajetória política de Dino, marcada por mais de 30 anos de militância, levanta dúvidas sobre sua capacidade de manter a imparcialidade necessária no STF.

A indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) foi alvo de críticas pela deputada federal e presidente do PL Mulher de São Paulo, Rosana Valle. Durante uma entrevista ao programa Meio-Dia em Brasília nesta quinta (30), Valle expressou preocupações sobre a parcialidade de Dino, citando sua longa associação com o PT e seu envolvimento em campanhas eleitorais do ex-presidente Lula. Segundo a deputada, a trajetória política de Dino, marcada por mais de 30 anos de militância, levanta dúvidas sobre sua capacidade de manter a imparcialidade necessária no STF.

Em resposta à indicação, parlamentares de oposição começaram uma mobilização para contestá-la. Um ato está programado para 10 de dezembro em Brasília, com o objetivo de impedir a efetivação de Dino como ministro do STF. Esta reação sublinha a divisão política em torno da escolha e intensifica o debate sobre os critérios de seleção para o mais alto tribunal do país.

Além de questionar a imparcialidade de Dino, Rosana Valle criticou o processo de indicação de ministros do STF. Em suas declarações, ela sugeriu a necessidade de revisão deste método, argumentando que não parece ser o mais democrático. A deputada mencionou a existência de “uma ditadura do Judiciário”, enfatizando a importância de se repensar a forma como os membros do Tribunal são escolhidos.

Volta dos cassinos tem relatório favorável no Senado

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Cassinos, que eram legais até 1946, podem voltar a funcionar, gerando empregos e arrecadando impostos. O Estado do Rio poderá ter 2 cassinos

Finalmente, depois de 21 meses parado, o Senado Federal fez um movimento para analisar o projeto de lei que volta a legalizar os cassinos no Brasil. O senador Irajá de Abreu (PSD/TO), relator do projeto que já foi aprovado na Câmara no ano passado, apresentou seu relatório favorável à legalização na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), o que pode abrir caminho para a discussão em plenário pelos senadores.

Caso seja aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Lula, o projeto vai permitir que o Estado do Rio tenha dois cassinos, na modalidade de resort integrado. Nesse formato, a área destinada aos jogos é limitada a menos de 10% do empreendimento, que deve contar com hotéis, centro esportivo, centro de convenções, teatros, cinemas, restaurantes e áreas de lazer, funcionando como grande complexo turístico. Na cidade do Rio, já foram apresentados estudos para a construção de um resort integrado no Porto Maravilha.

O projeto prevê tornar legal no país uma atividade que já é existente e, por não ser regulada pela lei, não tem o controle governamental e também não contribui para a arrecadação de impostos ou geração de empregos formais. Hoje, o Brasil é um dos poucos países do mundo que criminaliza os cassinos e outras modalidades de jogos, figurando ao lado de Cuba e das nações islâmicas.

Irajá aponta em seu relatório que os cassinos ilegais e outras modalidades de jogos, como jogo do bicho e bingos, já são realidade há muito tempo no país. Quem se opõe à legalização acaba contribuindo para manter o setor na clandestinidade e ligado ao crime organizado.

Cassinos e outros jogos clandestinos movimentariam R$ 31 bilhões

A volta dos cassinos, que foram autorizados no país até 1946, e a legalização de outras modalidades, são medidas que podem auxiliar o esforço de arrecadação do Governo Federal, em busca de zerar o déficit fiscal em 2024. Segundo o senador, dados atualizados mostram que o mercado brasileiro de jogos de azar já movimentaria até R$ 31 bilhões, sem nenhum recolhimento de impostos.

Ao analisar as objeções religiosas dos deputados e senadores contrários à volta da legalização dos cassinos, o senador Irajá diz que as convicções de alguns não podem suprimir o direito da sociedade. “Trata-se de conceito jurídico indeterminado. Ademais, as motivações religiosas eventualmente levantadas não possuem força para se contrapor à regulamentação do tema, uma vez que, como regra, ninguém pode ser privado no país de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”, afirma o senador em seu relatório.

Por Diário do Porto

Protocolada na Câmara CPI para Investigar Abusos do STF e TSE

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A iniciativa, iniciada em novembro de 2022, ganhou impulso final nesta quarta-feira (29), resultando na coleta das 171 assinaturas exigidas para o andamento da proposta

Após intensa mobilização nas redes sociais e meses de coleta, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) atingiu a marca necessária de assinaturas para protocolar o pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com foco nos supostos abusos de autoridade por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A iniciativa, iniciada em novembro de 2022, ganhou impulso final nesta quarta-feira (29), resultando na coleta das 171 assinaturas exigidas para o andamento da proposta.

O objetivo central da CPI, conforme anunciado pelo parlamentar, é investigar possíveis violações de direitos fundamentais e atos que configurem abuso de autoridade por membros das referidas cortes superiores. Especificamente, a comissão pretende averiguar alegações de práticas arbitrárias e o não cumprimento do devido processo legal, incluindo casos de censura. Van Hattem manifestou sua gratidão a todos que contribuíram para o avanço dessa proposta, evidenciando a relevância da participação popular e do apoio parlamentar na efetivação do processo.

O deputado federal Marcel van Hattem, responsável por liderar a iniciativa, celebrou o sucesso da coleta de assinaturas, destacando o papel crucial dos cidadãos e parlamentares que apoiaram a causa. “Acabamos de protocolar o requerimento de CPI dos Abusos de Autoridade do STF e do TSE com as 171 assinaturas necessárias. Muito obrigado a todos os que ajudaram a coletar os apoios e a todos os parlamentares que assinaram! Chega de abuso!”, declarou van Hattem. 

Rosângela Moro sobre Gleisi: “PT é sempre solidário na corrupção”

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Moro, em sua declaração no X, antiga plataforma Twitter, acusou o PT de apoiar constantemente a corrupção, referindo-se especificamente à defesa de Janones por Hoffmann

No contexto do escândalo envolvendo o deputado André Janones (Avante-MG), acusado em um caso de rachadinha, a deputada Rosângela Moro (União Brasil-SP) foi às redes sociais para criticar a postura de Gleisi Hoffmann, presidente do PT. Moro, em sua declaração no X, antiga plataforma Twitter, acusou o PT de apoiar constantemente a corrupção, referindo-se especificamente à defesa de Janones por Hoffmann. A líder do PT havia anteriormente qualificado as acusações contra Janones como falsas e parte de uma estratégia de difamação por parte da “extrema-direita”.

Gleisi Hoffmann reagiu às acusações contra André Janones, defendendo-o vigorosamente nas redes sociais. Ela descreveu as alegações de rachadinha como uma invenção da “extrema-direita”, visando prejudicar a imagem do deputado do Avante-MG. Segundo Hoffmann, Janones tem sido alvo de ataques devido à sua atuação política e os verdadeiros praticantes de rachadinhas e desvios são os acusadores de Janones. A defesa surgiu após a circulação de um áudio em que Janones aparentemente solicita uma parte dos salários de seus assessores.

Ao final, Rosângela Moro se posicionou firmemente contra a defesa de Janones feita por Gleisi Hoffmann. No X, ex-Twitter, Moro criticou a prática do PT em apoiar figuras envolvidas em corrupção, em referência direta à atitude de Hoffmann. Hoffmann, por outro lado, utilizou a mesma plataforma digital para afirmar seu apoio a Janones, alegando que ele está sendo injustamente atacado por meio de notícias falsas propagadas pela “extrema-direita”.