Isso ficou claro durante a convenção realizada nesta quinta-feira (30), onde o partido delineou estratégias para se firmar como “oposição” ao PT

O sonho dos caciques do PSDB é ter de volta o “Teatro das Tesouras”, uma estratégia política que buscava manter no poder PT e PSDB, em alternância, fazendo o povo brasileiro acreditar que se tratavam de adversários políticos. Isso ficou claro durante a convenção realizada nesta quinta-feira (30), onde o partido elegeu Marconi Perillo como novo presidente da sigla e delineou estratégias para se firmar como “oposição” ao PT. O destaque ficou por conta das declarações do ex-senador José Anibal, que elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do PT, e apontou dificuldades impostas pelo Congresso Nacional, em um aceno claro ao petismo. “O atual ministro da Fazenda tem alguma sensibilidade para esses temas [econômicos]. Mas o Congresso Nacional dificulta muito o trabalho dele. Ali é uma tarefa árdua, é matar um leão todo dia”, afirmou Anibal.

Anibal, que retirou sua candidatura à presidência do PSDB, enfatizou a necessidade de unificação do partido. “Eu não acho que disputa divide. Disputa unifica. O que nós não podemos é ficar fazendo de conta que a nossa unidade é sólida”, destacou, reconhecendo desafios enfrentados pelo PSDB no atual cenário político. Apesar das divergências internas, o partido elegeu Marconi Perrillo como presidente, numa chapa única, buscando fortalecer sua estrutura interna.

José Anibal defendeu a importância de o PSDB estabelecer uma agenda unificadora para os brasileiros. “Colocar uma agenda que unifique os brasileiros, o PSDB tem condições de fazer”, disse ele, apontando para uma direção estratégica que o partido pretende seguir.