Está cada vez mais na cara que as pesquisas são fraudadas, diz Bolsonaro

0

Ele ainda afirmou que enquetes nas redes sociais seriam mais confiáveis. “É mais sincero e espontâneo. Pessoal mais humilde já tem telefone e cada vez mais interage com a política”, apontou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em entrevista à Gazeta do Povo, gravada pela manhã e veiculada na noite desta quarta-feira (8), que as pesquisas eleitorais no Brasil são fraudadas.

A fala vem no mesmo dia em que levantamento Genial/Quaest mostrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) próximo a uma vitória no primeiro turno, caso as eleições de 2022 fossem hoje, e um crescimento de Sergio Moro (Podemos) e a consolidação do ex-ministro de Bolsonaro e ex-juiz da Lava Jato em terceiro lugar nas intenções de voto.

Segundo a pesquisa Genial/Quaest, Lula (PT) tem 46% das intenções de voto, contra 23% de Bolsonaro e 10% de Moro. Depois vêm Ciro Gomes (PDT), com 5% e João Doria (PSDB), com 2%.

“Está cada vez mais na cara que as pesquisas são fraudadas”, disse Bolsonaro. Ele ainda afirmou que enquetes nas redes sociais seriam mais confiáveis. “É mais sincero e espontâneo. Pessoal mais humilde já tem telefone e cada vez mais interage com a política”, apontou.

De acordo com Bolsonaro, o país pode acabar se ele não for reeleito. “Dependendo de quem vier no meu lugar, pode ser o fim do Brasil”, disse.

Líder do PCO critica “censura institucionalizada” no Brasil

0

Rui Costa Pimenta, líder do Partido da Causa Operária (PCO), criticou duramente as ações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e do ministro da Justiça, Flávio Dino, em um vídeo publicado no último sábado no canal do partido no YouTube. Pimenta acusou os ministros de promoverem uma censura generalizada e de restringirem a liberdade de expressão no país.

“Estamos vendo um aumento exponencial dos processos por injúria, com multas que chegam a 100 mil reais,” disse Pimenta, destacando que essa prática é uma forma de censura institucionalizada. Ele também mencionou que muitos dos processos estão sendo direcionados a figuras públicas e críticos do governo.

Continua após a publicidade
O líder do PCO ainda ressaltou que as medidas adotadas por Moraes e Dino são seletivas e tendenciosas, servindo para proteger figuras políticas e reprimir adversários. “A liberdade de expressão no Brasil está praticamente proibida quando se trata de críticas mais enérgicas,” afirmou.

Pimenta concluiu seu discurso destacando a importância da luta pelas liberdades democráticas e denunciando o que considera um regime político autoritário. “A defesa da liberdade de expressão é central na luta contra a opressão,” declarou, convocando a população a se mobilizar contra as ações que considera repressivas e antidemocráticas.

Proposta torna crime hediondo o ato de orientar pessoa inimputável a cometer delito penal

0
Valdenir Pereira chamou de "covarde" quem induz incapaz ao cometimento de crime - (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

O Projeto de Lei 2591/21 classifica como crime hediondo o fato de alguém orientar pessoa inimputável a praticar crime doloso, previsto no Código Penal, em casos onde a pena mínima seja de cinco anos de reclusão.

A pessoa inimputável é aquela que não compreende a ilicitude de sua conduta, em razão de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto. Os menores de 18 anos também são penalmente inimputáveis.

O autor da proposta, deputado Valtenir Pereira (MDB-MT), disse que o projeto pretende dar uma “efetiva resposta crimina

para comportamento reprovável, hipótese da chamada autoria mediata”. Ainda segundo ele, citando o jurista Heleno Cláudio Fragoso, “não é apenas o que realiza diretamente a ação ou omissão que configura o delito, mas também quem a realiza através de terceiro que atua sem culpabilidade”.

Valtenir Pereira classificou como “torpe e covarde” o ato de “lançar mão de pessoa que não pode responder criminalmente, para atingir desígnios delitivos”.

Tramitação
O projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, em seguida, pelo Plenário.

Welberth Rezende continua em campanha por toda Macaé e região

0
Welberth Rezende promoveu caminhadas por vários bairros em Macaé nesta semana

Candidato realiza último ato político no sábado, às 9h, no Calçadão no Centro

O candidato a deputado estadual pelo PPS, Welberth Rezende, está conquistando grande receptividade pelos mais de 70 municípios que já visitou, levando suas propostas e também apresentando os motivos que o levaram a ser o vereador mais votado de Macaé nas últimas eleições.

Welberth teve que construir em pouco menos de dois meses sua campanha, herdando a única candidatura à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) pelo PPS, do padrinho político Comte Bittencourt (PPS), que concorre a vice-governador na chapa de Eduardo Paes (DEM). Assim, ganhou aliados de peso dentro da Câmara de Vereadores, como de diversas lideranças nos municípios por onde passou em campanha.

Finalizando seu itinerário para as eleições de 2018, o candidato promoveu caminhadas em Macaé, nos bairros Miramar, Barra e Parque Aeroporto. A programação ainda segue no sábado (6), a partir das 9h, no Calçadão da Avenida Rui Barbosa, com concentração na Praça Veríssimo de Melo, no Centro.

Nesta última semana, Welberth esteve nos bairros Nova Holanda, Malvinas e Morro de Santana. Mas também cumpriu compromissos políticos no distrito de Tamoios, em Cabo Frio. No Noroeste Fluminense percorreu as ruas das cidades de Varre e Sai, Natividade, Porciúncula, Laje do Muriaé, São José do Ubá, Bom Jesus de Itabapoana e Itaperuna.

Welberth afirmou que por onde tem passado levando suas propostas e apresentando o trabalho que vem realizando no município de Macaé, tem sido bem recebido: “É muito bom ser bem recebido e ficar cada vez mais claro a importância de um representante nosso da região, na Alerj. Eu quero ser o seu representante! A força do trabalho é a melhor opção para todos nós!”, afirma.

Em boa parte das cidades que visita, Welberth teve a companhia do candidato a vice-governador Comte Bittencort (PPS).

Quem é Welberth Rezende – Com mais de 5 mil proposições (indicações, requerimentos e projetos de lei) em quase seis anos de mandato, o advogado Welberth Rezende, vereador mais votado na eleição de 2016, com 3.907 votos, e considerado o mais atuante de Macaé/RJ, tem uma extensa trajetória profissional: vendedor ambulante, pintor residencial, trabalhador offshore (pintor industrial), carteiro por mais de 13 anos, até que também com muito sacrifício e dedicação, formou-se em Direito, passando no Exame da Ordem, servidor público da Prefeitura de Macaé e reside na cidade desde 1986.

Para Valdemar, TSE persegue Bolsonaro e Moraes o provoca

0

“É isso que o pessoal da direita não se conforma”, declarou o presidente do PL

Valdemar Costa Neto, líder do Partido Liberal (PL), acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista ao Folha de S.Paulo, Valdemar afirmou que a direita se sente incomodada com as ações que consideram injustas contra Bolsonaro, indicando que a hostilidade percebida contra os juízes é uma reação a esses incidentes. Ele foi especialmente crítico com relação ao ministro Alexandre de Moraes, alegando que suas decisões são tendenciosas e provocam os seguidores de Bolsonaro.

Valdemar argumentou que Moraes impôs uma multa exorbitante de R$ 22,9 milhões ao seu partido, uma cifra que ele descreveu como simbolicamente associada ao PT. Ele também fez alusão à escolha do ministro do dia 22, número do PL, para julgar Bolsonaro. Para ele, essas decisões inflamam os simpatizantes do ex-presidente, gerando mais tensões entre a direita e o judiciário.

Sobre as eleições de 2030, Valdemar comentou que, apesar de Bolsonaro não ter muitas esperanças de participar, está cogitando recorrer a tribunais internacionais. Caso Bolsonaro não consiga reaver seus direitos políticos, o PL tem em vista nomes como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Ele ressaltou, contudo, que a decisão final cabe a Bolsonaro. Quando perguntado sobre Michelle Bolsonaro, ele mencionou que é provável que a ex-primeira-dama se candidate ao Senado, e elogiou sua popularidade crescente, fazendo uma comparação divertida entre ela e o ex-presidente.

Por portal Novo Norte

Mandatos no STF e fim da reeleição no Executivo serão votados em 2024

0
Em entrevista coletiva na segunda (27), Pacheco anunciou temas que devem entrar na pauta do Legislativo em 2024 - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O fim da reeleição no Executivo e a transformação dos cargos de ministros do Supremo Tribunal Federal em mandatos temporários estarão na pauta do P…

O fim da reeleição no Executivo e a transformação dos cargos de ministros do Supremo Tribunal Federal em mandatos temporários estarão na pauta do Poder Legislativo em 2024. O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, já mencionou que pautará as propostas para votação no ano que vem. As mudanças são apoiadas por vários senadores. Os senadores Plínio Valério (PSDB-AM), Flávio Arns (PSB-PR) e Angelo Coronel (PSD-BA) têm propostas semelhantes que estão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas ainda não tiveram a relatoria indicada.

— Essa proposta de emenda à Constituição ainda está na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Nós vamos dar a cadência devida na CCJ, mas este ano ainda não vai ser possível. Mas eu quero crer que, no começo do ano que vem, a gente possa evoluir nessa proposta de emenda à Constituição, assim como na proposta de emenda à Constituição do fim da reeleição no Brasil. São dois temas muito apropriados para o início do ano que vem — afirmou Rodrigo Pacheco em entrevista à repórter Paula Groba, enviada especial para a COP 28 em Dubai.

Em entrevistas àAgência Senado, os três autores apoiaram a decisão do presidente.

— Senador Pacheco demonstra as mesmas preocupações que diversos membros do Congresso. É preciso enfrentar essa discussão e o Congresso Nacional decidir essas eventuais adequações. O importante é vermos que essa discussão é muito necessária neste momento, a fim de evitarmos termos cortes jurídicas com atuação ou tendências políticas que rivalizem com os representantes eleitos pelo povo — disse Angelo Coronel.

Ele é autor da PEC 77/2019 , que limita o mandato de ministros do STF a oito anos, permitida uma recondução, e aumenta para 55 anos a idade mínima para compor a Suprema Corte.

— A principal motivação é assegurar o equilíbrio entre os Poderes. É preciso preservar o Poder Judiciário e evitar todo tipo de perpetuação de poder. Determinar mandatos para alta cúpula do Judiciário é uma forma de evitar que um Poder da República fique refém dos mandatos de seus membros. Assim como no Legislativo e no Executivo, é preciso que o Judiciário tenha essa renovação nos cargos principais — defende.

A proposta altera a escolha dos ministros, que passariam a ser indicados também pela Câmara e pelo Senado. O objetivo principal é descentralizar as indicações, segundo o autor. Dos 11 ministros, 3 seriam eleitos pelo Senado e 3 pela Câmara; os demais continuariam sendo indicados pelo presidente da República. Todos os indicados teriam que ser escolhidos dentre os “ministros de tribunais superiores, desembargadores ou juízes de tribunais”. Senado e Câmara também elegeriam parte do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Superior Tribunal Militar (STM). Caso aprovada, a escolhados próximos seis ministros do Supremo será feita primeiro pela Câmara e pelo Senado, alternadamente. Depois disso, as demais indicações serão feitas pelo órgão (Câmara, Senado ou Presidência da República) que indicou o ministro cujo cargo ficou vago.

Já Plínio Valério é autor da PEC 16/2019 , que estabelece mandato fixo de oito anos para ministros do Supremo e aumenta a idade mínima para nomeação de 35 para 45 anos. O senador sublinha que as novas regras só valeriam para futuras indicações feitas após a publicação da emenda constitucional.

— Hoje alguns pensam que o prédio do Supremo é o Olimpo, mas não é. Alguém tem que ter poder para colocar um freio nisso e esse poder chama-se Senado Federal. Nós fazemos as leis, o Congresso. Quem pode aprimorar, quem pode trabalhar, modificar ou fazer nova lei, somos nós. Não são eles. Nós temos que assumir o nosso papel e o Rodrigo acertou muito bem, está tendo o apoio total nosso aqui, pra gente continuar fazendo coisas dentro da lei, pela lei. Eu acho que essa PEC vai tramitar legal — afirmou Plínio Valério.

A PEC 16/2019 também fixa prazos para o presidente fazer suas indicações para o STF e para o Senado analisá-las. O presidente da República teria de indicar ao Senado o nome de um novo membro do STF em até um mês do surgimento da vaga no tribunal. O Senado teria, então, até 120 dias para analisar a indicação.

Se o nome for aprovado pelo Senado (por maioria absoluta), o presidente da República terá dez dias para proceder à nomeação do novo ministro. Caso nada faça, será considerado que o presidente deu anuência tácita à nomeação. Esses prazos não existem hoje.

— O Senado representa o Brasil. E eles foram empoderados como juiz de um Supremo Tribunal Federal e alguns deles se julgam semideuses. Por causa dessa longevidade. Ele entra aos 40, 45, 50 e só sai com 75, quando então já tem casa em Nova York, casa em Portugal e não vão mais dar satisfação porque vão morar fora. Com oito anos [de mandato], ele vai ser bom, ser justo, não vai sucumbir aos encantos do poder — acrescentou Plínio Valério.

Ele antecipou que a relatoria das mudanças no STF deve ficar com a senadora Tereza Cristina (PP-MS). Na avaliação de Plínio Valério, o texto final deve acabar propondo um mandato fixo de 10 ou 12 anos e uma idade mínima de 45 anos. Plínio Valério disse que as PECs deverão ser apensadas e tramitarão em conjunto, cabendo ao futuro relator condensar as propostas e as emendas apresentadas em um texto substitutivo.

Na segunda-feira (27), Rodrigo Pacheco afirmou que a criação de um mandato temporário fixo para ministros do STF e a elevação da idade mínima para ingresso podem “ser uma sistemática muito positiva para o Brasil”. Ele disse que o Supremo não pode se tornar a última instância da discussão política no Congresso Nacional.

Por sua vez, a PEC 51/2023 , de Flávio Arns, estabelece mandato de 15 anos para o cargo de ministro do STF e fixa em 50 anos a idade mínima para a nomeação. A proposta estabelece também uma quarentena para impedir que sejam nomeados para o STF quem houver exercido nos três anos anteriores, por qualquer período, um dos seguintes cargos: procurador-geral da República, defensor público-geral Federal, ministro de Estado ou titular de órgão diretamente subordinado à Presidência da República, ou, ainda, dirigente de entidade da administração pública federal indireta. Aguarda indicação de relator na CCJ.

— Uma questão estatal fundamental jamais foi objeto de reforma constitucional: as regras de seleção dos ministros do STF e a duração de seus cargos. Essa questão é crucial porque, além de determinar o grau de legitimidade, independência e imparcialidade que os membros da cúpula do Judiciário ostentarão, ela também diz respeito ao tipo de jurisdição constitucional que desejamos ter em relação à nossa própria identidade nacional — argumenta Arns.

O senador diz querer “um novo modelo de jurisdição constitucional”.

— As nossas leis e regras jurídicas mudam de modo cada vez mais acelerado, para acompanhar o ritmo crescente da globalização, inovação tecnológica e diversificação cultural. Nada mais coerente e razoável que a forma de escolha dos nossos guardiões da Constituição, bem como a frequência com que a Corte se renova, sejam adequadas à realidade sociopolítica brasileira, bem como adaptáveis às suas constantes mudanças — acrescenta.

Arns afirma também que o debate sobre a forma de mandato e de escolha dos membros do STF vem sendo feito pelos congressistas há mais de uma década.

— Todas as instituições estatais estão sujeitas a atualizações e aprimoramentos normativos, inclusive o Congresso Nacional, que já sofreu tantas mudanças desde a primeira Constituição republicana do Brasil — diz.

A última instância

O STF completou 215 anos em 2023, pois teve como embrião a Casa da Suplicação do Brasil, que tinha 23 membros, primeiro órgão judiciário independente do país, criado em 10 de maio de 1808, para exercer o ofício de instância final de apelação nos processos iniciados no território da então colônia — ou seja, os processos podiam ser encerrados no Brasil, sem mais a necessidade de manifestação da Casa de Suplicação de Lisboa.

Após a Proclamação da Independência (7 de setembro de 1822), a Constituição de 1824 transforma o órgão em Supremo Tribunal de Justiça, integrado por 17 juízes, que só foi instalado em 1829 e durou até 1891.

Passou a se chamar Supremo Tribunal Federal entre 1890/91. Na Constituição de 1891, o STF era composto por 15 juízes,nomeados pelo presidente da República com posterior aprovação do Senado. Em 1931 o número de ministros foi reduzido para 11.Do início da República (15 de novembro de 1889) até 1933, o cargo era vitalício. A Constituição de 1934 estabeleceu aposentadoria compulsória aos 75 anos para todos os servidores públicos, limite que foi diminuído para 68 anos na Constituição de 1937 .

Com a Constituição de 1946 , a aposentadoria compulsória é estabelecida em 70 anos, limite que vigorou até 2015, com a aprovação da chamada PEC da Bengala , transformada na Emenda Constitucional 88 , que aumentou para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória.

A aposentadoria compulsória permaneceu em 70 anos de idade durante toda a ditadura militar iniciada em 1964, mas o Ato Institucional 2/1965 , aumentou o número de ministros para 16 e o Ato Institucional 6/1969 , restabeleceu o número de 11 ministros.

Com a retomada democrática, a composição com 11 magistrados foi mantida e a Constituição de 1988 reforçou a competência do Supremo como guardião da Constituição.

Reeleição não

Outra proposta que voltará à tona em 2024 é a extinção da reeleição para presidente, governador e prefeito. A medida já foi tema de dezenas de PECs desde o começo do século, mas nenhuma prosperou. Atualmente há a PEC 12/2022 , do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que também está na CCJ aguardando relatoria. O texto ainda aumenta de quatro para cinco anos o tempo de mandato para quem ocupar esses cargos a partir de 2026.

O instituto da reeleição já dura desde 1997 ( Emenda Constitucional 16 ). Entre 1891 e 1996 não havia essa possibilidade. A PEC foi proposta no segundo mês do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1994 , que se beneficiaria da mudança para obter um segundo mandato a partir de 1998. Os dois presidentes seguintes, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, também conseguiram se reeleger; Jair Bolsonaro não. Vice-presidente de Dilma, Michel Temer nunca se candidatou à Presidência, cumpriu parte do mandato de Dilma após o impeachment, mas não tentou manter-se no cargo.

Na Câmara dos Deputados, também há dezenas de propostas que tratam de reeleição, do STF e assuntos correlatos, como a PEC 262/2008 , que tem outras 27 PECs apensadas à ela. A proposta muda as regras de preenchimento de vagas nos tribunais superiores, mas há matérias apensadas que propõem o fim da reeleição para o Executivo e o mandato de sete, oito ou dez anos para ministros do Supremo, entre outros.

PEC 376/2009 , outra em tramitação naquela Casa, unifica as datas de eleição de todos os mandatos eletivos e acaba com a reeleição no Executivo. Ela tem mais dez PECs apensadas, como a que reduz de oito para quatro anos a duração do mandato de senadores; a que limita reeleições no Poder Legislativo; e a que extingue a figura dos suplentes de senadores. Ambas aguardam votação na CCJC da Câmara.

Com produção de Débora Brito

CPI da Mynd8 avança e pode desarticular esquema de influenciadores com dinheiro público

0

A agência é acusada de propagar desinformação e fake news para beneficiar políticos do PT e, em particular, o presidente Lula.

O requerimento que pede a criação da CPI da Mynd8 está avançando na Câmara dos Deputados.  O pedido para instaurar a Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar gastos com influenciadores digitais alcançou 80 assinaturas em apenas um dia, mesmo durante o período de recesso parlamentar. A agência é acusada de propagar desinformação e fake news para beneficiar políticos do PT e, em particular, o presidente Lula.

Maurício Marcon (Pode-RS), um dos principais defensores da investigação, celebrou o rápido avanço da proposta. Com entusiasmo, ele declarou: “conseguiremos”. Esse apoio robusto à CPI sugere uma crescente vontade política de examinar as alegações contra a Mynd8, que também incluem um contrato controverso com a Petrobras, onde uma influenciadora foi remunerada com R$48 mil por postagem no Instagram, conforme revelado pelo Diário do Poder.

Gustavo Gayer (PL-GO), deputado federal, expressou sua visão sobre a situação com uma pitada de ironia: “É como se a esquerda tivesse sumido da internet”, referindo-se ao impacto das denúncias contra a Mynd8. As implicações dessas acusações, especialmente em relação ao governo de Lula, são consideradas potencialmente graves, com Marcon apontando para um possível “desmonte” das estruturas de poder caso as investigações avancem.

PT quer devolução simbólica do mandato de Dilma Rousseff

0

Gleisi Hoffmann disse que a ex-presidente e a história do Brasil “merecem isso”

Um projeto de resolução que almeja a devolução simbólica do mandato presidencial de Dilma Rousseff (PT) será articulado no Congresso pela legenda, conforme revelado por Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT). As informações foram divulgadas pelo Painel, da Folha de S. Paulo.

Na última segunda-feira (21), a apelação do Ministério Público Federal (MPF) referente aos casos das pedaladas fiscais da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi rejeitada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Com a decisão, a sentença anterior que absolveu a petista de sanções, bem como membros de seu governo, em relação ao episódio que culminou em seu impeachment em 2016, foi mantida pela Corte.

A respeito disso, foi mencionado por Gleisi que, com base na decisão do TRF-1, acredita ser pertinente um projeto de resolução que reflita essa perspectiva, evidenciando que o impeachment se tratou de uma artimanha e que a narrativa das pedaladas fiscais foi uma encenação, configurando efetivamente um golpe. “A Dilma e a história do Brasil merecem isso”, afirmou Hoffmann, ressaltando sua convicção. A inspiração para tal medida provém da devolução simbólica do mandato de João Goulart, deposto em 1964.

Governador do RS cobra ajuda federal para evitar demissões após tragédia climática

0

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), solicitou ajuda do governo federal para pagar parte dos salários dos servidores do estado e evitar demissões durante a crise causada pelas chuvas. Durante coletiva nesta segunda-feira (3/6), Leite destacou a necessidade de um programa de emprego e renda para enfrentar a situação. “Sobre benefício de manutenção de emprego e renda, é essencial que venha nos próximos dias algum tipo de ação do governo federal. Isso ainda não foi endereçado e nós temos muito receio sobre o que possa significar em demissões, que são evitáveis, a não ser que o governo federal entre em campo para garantir o pagamento de parte dos salários”, afirmou.

Leite discutirá a medida em reunião com parlamentares da bancada federal do estado. Ele também vai solicitar compensações pela perda de arrecadação, que pode chegar a R$ 10 bilhões até o fim do ano. “O governo do estado e as prefeituras terão uma queda de arrecadação nos meses de maio, junho, julho e agosto que vai ser muito forte. A gente projeta uma perda de arrecadação que pode chegar aos 10 bilhões de reais para o estado até o final do ano”, disse Leite.

Continua após a publicidade
A situação é agravada pela tragédia climática que já causou 172 mortes, deixou 806 feridos e 42 desaparecidos, segundo balanço da Defesa Civil divulgado nesta segunda-feira. Mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas, sendo que 579 mil estão desalojadas e 37 mil em abrigos. Dos 497 municípios do estado, 475 foram atingidos pela tragédia.

Eduardo Leite explicou que 25% da arrecadação é destinada aos municípios, o que representa uma potencial queda de R$ 2,5 bilhões no repasse do ICMS. “Estamos falando de R$ 2,5 bilhões de potencial queda de arrecadação no repasse aos municípios sobre o ICMS, no momento que o governo do estado e as prefeituras estão sendo especialmente demandados em reações extraordinárias”, concluiu.

Chico Rodrigues defende reconciliação nacional

0
É preciso somar esforços nas pautas essenciais para o Brasil, sem incentivar divisão da população, argumenta senador - Jefferson Rudy/Agência Senado

Em pronunciamento nesta quarta-feira (23), o senador Chico Rodrigues (União-RR) defendeu a reconciliação nacional e a exploração racional da Amazôn…

Em pronunciamento nesta quarta-feira (23), o senador Chico Rodrigues (União-RR) defendeu a reconciliação nacional e a exploração racional da Amazônia. Ele destacou que o diálogo entre os que pensam de forma diferente é indispensável para a convivência civil, e não se deve estimular a divisão do povo brasileiro, sendo necessário somar esforços nas pautas essenciais para o Brasil.

— A democracia é exatamente isso: conciliar diferentes visões de mundo, permitir o contraditório e o sacrossanto debate de ideias. Passadas as eleições, é necessário que nos conscientizemos em prosseguir em um debate plural e democrático, mas também agregador e pacificador, com respeito e com diálogo — disse.

Para ele, todos os que ocupam espaços na arena pública têm a obrigação de ajudar na redução das tensões, o que não significa desconsiderar as pautas defendidas por aqueles que não lograram êxito nas eleições. Nesse sentido, afirmou que a exígua diferença de votos aferida apenas reforça a máxima de que, em um regime democrático, a maioria governa, mas a minoria precisa ter a garantia dos seus direitos, com o respeito a suas demandas e aos seus anseios. 

Ressaltando a necessidade de olhar para o futuro, Chico Rodrigues exortou vencedores e perdedores a, juntos, levarem o país a aproveitar as suas imensas potencialidades e a ocupar a condição de protagonista no cenário internacional. O senador disse ainda que a Amazônia é o símbolo maior da riqueza e do potencial do Brasil, sendo necessário superar o falso dilema entre o progresso e a conservação. 

— Um Brasil unido será capaz de seguir plantando e colhendo cada vez mais, sem que isso implique falta de compromisso com as futuras gerações — afirmou.

Por Portal Novo Norte