Girão diz que governo Lula parece querer o infanticídio no Brasil

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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou, em pronunciamento nesta sexta-feira (1), a nota técnica publicada pelo Ministério da Saúde

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou, em pronunciamento nesta sexta-feira (1), a nota técnica publicada pelo Ministério da Saúde na quarta-feira (28) revogando uma orientação do governo Jair Bolsonaro que fixava prazo para o aborto legal. Com a medida, passaria a valer o que está no Código Penal, que não estabelece qualquer limite de tempo para aborto nas condições previstas em lei. Após forte mobilização da sociedade, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, suspendeu a nota na quinta-feira (29).

— Ampliaria a permissão do aborto em qualquer idade gestacional, revogando completamente a Portaria 44, de 2022, do próprio Ministério da Saúde, do governo anterior, que definia a 21ª semana de gestação como limite para execução do aborto nos casos previstos em lei. A partir de agora, passaria a ser realizado em qualquer fase gestacional, ou seja, o governo estaria autorizando o assassinato de bebês com até nove meses de vida à beira do nascimento. Um verdadeiro infanticídio — disse o senador.

Segundo o parlamentar, a nota técnica continha “chavões ideológicos” para “encobrir a gravidade do ato”. Apesar da revogação, Girão afirmou que o governo federal continua com uma posição “cruel” em relação ao tema. O parlamentar também citou a derrubada de portaria que estabelecia que os serviços de saúde deveriam comunicar às autoridades policiais os casos de aborto decorrentes de estupro, preservando materiais que pudessem auxiliar na identificação do estuprador por meio de exames genéticos.

— Essa revogação produziu duas grandes perversidades. A primeira foi estimular a prática do aborto em caso de estupro. A segunda foi impedir a devida investigação e punição do estuprador, pois sem notificação policial prevalece a impunidade nesse crime gravíssimo. Não precisa mais de boletim de ocorrência. Basta dizer lá que foi estuprada e vai, tira. Pode não ter sido e fica por isso mesmo, sem se saber se houve de fato uma violência.

O parlamentar citou dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), segundos os quais são praticados cerca de 800 mil estupros por ano no Brasil. Ou seja, um a cada dois minutos.

— E o governo Lula quando a gente diz que flerta com o crime, que é leniente, as pessoas acham ruim. Está aqui essa portaria que foi revogada, que beneficia estuprador e o deixa livre da punição.

Por portal Novo Norte

PT quer acabar com CACs e Clubes de Tiro no Brasil

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Hoffmann destaca um aumento significativo no número de CACs no país, que saltou de 117,5 mil em 2019 para 783,4 mil em dezembro de 2022, período marcado pela administração de Jair Bolsonaro. 

A deputada Gleisi Hoffmann, líder do PT, apresentou um projeto de lei visando fechar todos os clubes de tiro no Brasil e cancelar os registros de colecionadores, atiradores esportivos e caçadores (CACs). 

De acordo com a proposta, somente competidores de nível olímpico poderiam ter concessão para posse e porte de armas, enquanto as autorizações existentes seriam anuladas pelo Exército, atual gestor dos registros.

Hoffmann destaca um aumento significativo no número de CACs no país, que saltou de 117,5 mil em 2019 para 783,4 mil em dezembro de 2022, período marcado pela administração de Jair Bolsonaro. 

“Não há sentido na manutenção dos clubes de tiro, na caça desportiva e no colecionamento de armas, fontes de suprimento para o crime”, afirma Hoffmann sobre a necessidade do projeto. Para se tornar lei, o texto deve ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pela Comissão de Segurança Pública, atualmente sob influência de opositores ao PT.

A iniciativa da deputada, que propõe alterar quatro artigos do Estatuto do Desarmamento, enfrenta desafios no legislativo, com poucas expectativas de ser debatida no plenário, segundo apurações junto a aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira.

Por portal Novo Norte

Descriminalização do porte de drogas via STF é invasão de competência, diz Pacheco

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Ele explicou que a motivação para propor uma Emenda à Constituição (PEC) em resposta à discussão do STF surge da preocupação de que uma possível declaração de inconstitucionalidade da criminalização do porte de drogas para uso pessoal significaria sua descriminalização tanto na prática quanto juridicamente.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), posicionou-se nesta quinta-feira (7) o contra a análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da descriminalização do porte de drogas para uso pessoal, considerando-a uma “invasão de competência” do legislativo. Em declaração feita no plenário do Senado, Pacheco argumentou que cabe ao Parlamento a responsabilidade de determinar o que constitui crime, e não ao STF.

Ele explicou que a motivação para propor uma Emenda à Constituição (PEC) em resposta à discussão do STF surge da preocupação de que uma possível declaração de inconstitucionalidade da criminalização do porte de drogas para uso pessoal significaria sua descriminalização tanto na prática quanto juridicamente. Isso, segundo ele, seria algo inaceitável para o Senado, dada a prerrogativa do Parlamento de legislar sobre questões criminais.

Por portal Novo Norte

Governadores do Sul e Sudeste reclamam de falta de diálogo com o governo Lula e avaliam suspender pagamentos de dívidas federais

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Os líderes estaduais defendem a eliminação dos juros sobre a dívida, propondo que apenas a correção monetária seja aplicada.

Governadores e secretários de Fazenda do Sul e Sudeste expressaram nesta sexta (1), durante uma reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) em Porto Alegre, frustrações pela dificuldade em dialogar com o Ministério da Fazenda sobre a renegociação da dívida dos Estados com a União. Eles consideram levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e suspender o pagamento dos débitos como forma de pressão.

Os líderes estaduais defendem a eliminação dos juros sobre a dívida, propondo que apenas a correção monetária seja aplicada. A questão já havia sido discutida com o ministro Fernando Haddad em novembro do ano passado. O Ministério da Fazenda reafirmou estar aberto ao diálogo para encontrar soluções.

Na reunião, Cláudio Castro (PL-RJ) destacou que o Rio de Janeiro pagou R$ 2 bilhões a mais do que seria necessário sob as condições propostas. Os governadores também consideram mobilizar as bancadas dos estados no Congresso para buscar mudanças legislativas que favoreçam uma renegociação.

O Ministério da Fazenda anunciou em julho de 2023 a intenção de modificar o Regime de Recuperação Fiscal para oferecer mais flexibilidade e estender o prazo de duração, uma medida ainda pendente de implementação, mas parece que nada andou muito desde então.

Por portal Novo Norte

Duas casas do futuro presidente do União Brasil pegam fogo ao mesmo tempo e advogado levanta possibilidade perturbadora

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Incêndios em Casas de Antônio Rueda Levantam Suspeitas de Ação Política

Na noite desta segunda-feira (11/3), as residências de praia de Antônio Rueda, presidente eleito do União Brasil, e de sua irmã Marília Rueda, localizadas em um condomínio na Praia de Toquinho, litoral sul de Pernambuco, foram simultaneamente incendiadas. Devido à intensidade e simultaneidade dos incêndios, a defesa de Rueda suspeita de envolvimento do atual presidente do partido, o deputado Luciano Bivar, com quem Rueda mantém desavenças políticas. “Não temos como não suspeitar de Bivar”, afirmou Paulo Emílio Catta Preta, advogado de Rueda, destacando a gravidade da situação caso se confirme a suspeita de violência política.

Além disso, Catta Preta revelou à imprensa que Bivar possui laços com o condomínio, aumentando as suspeitas sobre sua possível participação nos eventos. “Tenho informação de que o condomínio foi construído por Bivar e que ele tem uma casa lá”, declarou o advogado. Esta conexão sugere que Bivar teria facilidade de acesso para executar ou ordenar os incêndios.

Em meio a acusações cruzadas, a situação escalou com Rueda apresentando uma representação criminal contra Bivar à Polícia Civil do Distrito Federal, após receber ameaças diretas ao bem-estar de sua família. Segundo o advogado de Rueda, várias ameaças foram feitas por Bivar, evidenciadas por relatos e um vídeo de uma ligação telefônica em que Bivar ameaça um familiar de Rueda.

Antônio Rueda, que estava nos Estados Unidos durante os incidentes, retornou ao Brasil e planeja discutir as próximas etapas legais com seu advogado, incluindo perícias nas residências afetadas.

Por portal Novo Norte

Quem são os três deputados de oposição que podem ser alvo de Alexandre de Moraes nos próximos dias

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se pelo arquivamento do caso, porém as investigações prosseguem no STF

Na última quinta-feira (18), o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) foi alvo de mandados de busca e apreensão determinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devido à sua possível participação nos atos de 8 de janeiro. 

Outros três deputados podem se tornar “as próximas vítimas”. São eles André Fernandes (PP-CE), Sílvia Waiãpi (PL-AP) e Clarissa Tércio (PP-PE), que também estão sendo investigados pela mesma causa.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, expressou repulsa pela 24ª fase da operação Lesa Pátria contra Jordy. Costa Neto questionou a postura do Congresso Nacional, liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na gestão dos casos envolvendo os deputados.

Os deputados André Fernandes, Sílvia Waiãpi e Clarissa Tércio, além de Carlos Jordy, já prestaram depoimento à Polícia Federal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se pelo arquivamento do caso, porém as investigações prosseguem no STF. Fernandes é acusado de postar uma imagem celebrando a invasão da Esplanada dos Ministérios, o que foi interpretado como incitação ao movimento bolsonarista. O post foi posteriormente removido de suas redes sociais.

Em relação a Sílvia Waiãpi e Clarissa Tércio, há registros de postagens em redes sociais relacionadas aos eventos de 8 de janeiro. Waiãpi publicou imagens da destruição na Esplanada com legendas alusivas a uma “tomada de poder pelo povo brasileiro”. Por outro lado, Clarissa Tércio compartilhou um vídeo em que um extremista celebra a invasão do Congresso Nacional, indicando um momento histórico para futuras gerações. Essas ações estão agora sob análise do STF, que busca esclarecer o envolvimento dos deputados nos eventos questionados.

Projeto aumenta período de internação de adolescente e exige audiência de custódia antes de liberação

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Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O Projeto de Lei 5992/23 aumenta de 45 para 90 dias o prazo máximo previsto para a internação, antes da sentença judicial, de adolescentes apreendi…

O Projeto de Lei 5992/23 aumenta de 45 para 90 dias o prazo máximo previsto para a internação, antes da sentença judicial, de adolescentes apreendidos em flagrante por ato infracional. Em análise na Câmara dos Deputados, o texto também proíbe a pronta liberação do adolescente sem a realização de audiência de custódia.

De acordo com o projeto, em caso de flagrante delito, a autoridade policial deverá encaminhar o adolescente para audiência de custódia a ser realizada por um juiz de direito em até 24 horas.

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O texto também prevê a realização de audiência de custódia antes da liberação do adolescente internado por atos infracionais equiparados a furto, roubo ou crimes hediondos. Atualmente, a liberação pode ocorrer mediante a presença dos pais e a assinatura de termo de responsabilidade, exceto quando o delito praticado for grave e existir risco à ordem pública.

Autor da proposta, o deputado Doutor Luizinho (PP-RJ) argumenta que as mudanças são fundamentais para evitar que o tráfico de drogas e armas e o crime organizado continuem utilizando menores de idade “para espalhar o terror”.

“Ao ampliar o prazo de internação e garantir a realização de audiências de custódia em um prazo determinado, busca-se oferecer uma resposta mais robusta e imediata aos atos infracionais graves”, diz o deputado. “Essa abordagem não se destina apenas a impor penalidades mais severas, mas também a promover uma justiça mais ágil e eficaz.”

Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois será discutida e votada pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Por portal Novo Norte

Desconfiança no processo eleitoral de 2022 avançou até mesmo entre os eleitores de Lula, revela Quaest

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A pesquisa destacou uma crescente desconfiança na lisura do pleito de 2022, até mesmo entre os eleitores do presidente Lula

Uma pesquisa realizada pela Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, revelou um aumento no ceticismo dos brasileiros quanto à integridade das eleições de 2022. Realizada entre 14 (quarta-feira) e 18 (domingo) de dezembro, a pesquisa entrevistou presencialmente 2.012 pessoas. Com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais, o estudo apresenta um nível de confiança de 95%.

A pesquisa destacou uma crescente desconfiança na lisura do pleito de 2022, até mesmo entre os eleitores do presidente Lula. Enquanto em dezembro de 2022, apenas 2% dos eleitores de Lula acreditavam em fraude, esse número saltou para 5%, ultrapassando a margem de erro. No campo oposto, os eleitores de Jair Bolsonaro que suspeitam de fraude aumentaram de 63% para 72%. Notavelmente, o estudo aponta que entre os brasileiros com maior escolaridade, a desconfiança também cresceu: aqueles com pelo menos algum nível de Ensino Superior e que creem em fraude subiram de 30% para 37%, enquanto a confiança na eleição limpa caiu de 63% para 56%.

O levantamento evidenciou que 32% dos brasileiros acreditam em uma possível fraude nas eleições de 2022, um aumento de três pontos percentuais em relação a pesquisas anteriores. Esse crescimento na descrença é generalizado nas diversas regiões do país, com exceção do Centro-Oeste. O Sul foi a região com a maior variação: a confiança na lisura das eleições caiu de 61% para 51%, enquanto a desconfiança subiu de 33% para 40%. Apesar desse aumento no ceticismo, a maioria dos entrevistados (60%) ainda acredita na integridade do processo eleitoral, embora este número tenha diminuído em comparação aos 64% do levantamento anterior.

Segue da CCJ ao Plenário nome de Liana Chaib para o TST

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Liana Chaib: minhas decisões sempre foram permeadas pela sensibilidade e pela visão feminina - Edilson Rodrigues/Agência Senado

Após sabatina, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, por unanimidade, a indicação da juíza trabalhista Liana Chaib (MSF 72/2022) para…

Após sabatina, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, por unanimidade, a indicação da juíza trabalhista Liana Chaib (MSF 72/2022) para o cargo de ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Foram 27 votos favoráveis. A mensagem segue para análise do Plenário.

Liana Chaib, do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (PI), nasceu em Teresina (PI), em 1961. Ela é doutora em direito constitucional e desembargadora desde 2001. O relatório da indicação está a cargo do senador Marcelo Castro (MDB-PI).

Uma das questões que Liana Chaib deverá enfrentar se aprovada pelo Senado é a existência ou não de vínculo empregatício de motoristas de aplicativos com as empresas para as quais prestam serviço. Uma ação sobre o tema está em análise no TST. Questionada sobre sua posição em relação ao tema por Jorge Kajuru (Podemos-GO), Liana sugeriu que um dos caminhos é seguir o exemplo da Dinamarca, país que aplica o princípio da flexisegurança, a convivência de princípios aparentemente antagônicos. De acordo com Liana, a Constituição Federal baliza esse tipo de entendimento.

— Nós temos princípios na Constituição que parecem ser antagônicos, mas não são antagônicos. Nós temos dignidade humana, valor social do trabalho, livre iniciativa. Eles não precisam ser opostos. Na Dinamarca, por exemplo, que já aplica esse princípio, está havendo uma redução de desemprego de 12% para 4%. E o que seria isso? Seria a comunhão, a coordenação entre a possibilidade de trabalhadores com contratos atuarem com contratos mais flexíveis, até para acompanhar toda a mudança, mas também segurança, segurança na transição de empregos, construindo empregos, requalificando os trabalhadores — argumentou.

Em sua apresentação inicial, a indicada destacou o ineditismo de eventualmente ocupar uma cadeira do TST.

— Após 81 anos de existência do Tribunal Superior do Trabalho, o Piauí vislumbra pela primeira vez a oportunidade de ter uma magistrada a compor a mais alta corte trabalhista. Representando esse valioso ineditismo, encontra-se diante de vossas excelências uma mulher piauiense, nordestina, uma mulher brasileira, uma juíza cujas decisões sempre foram permeadas pela sensibilidade e pela visão feminina — disse.

Ao saudar a indicação de mais uma mulher para o TST, a senadora Soraya Thronicke (União-MS), fez um apelo ao presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, para que ele colabore com o andamento da PEC 6/2022. A proposta altera o art. 94 da Constituição Federal, para determinar que uma em cada duas das listas sêxtuplas de indicações para os tribunais sejam constituídas exclusivamente por indicações de mulheres. Atualmente, seis vagas do TST são ocupadas por mulheres. Ao todo, são 27 cadeiras de ministros. 

— A PEC 6, de 2022, presidente Davi, que está aqui para ser despachada por vossa excelência, propõe que [para] o quinto constitucional, ou seja, as listas sêxtuplas que vêm da OAB e do Ministério Público, a cada duas listas mistas, uma seja totalmente feminina, para que possamos atingir a equidade que merecemos. E, para quem tem medo de mulheres no poder, Ministra Liana, eu digo para vocês: apenas um terço do quinto constitucional ainda é pouco, mas eu acho que vai ser um grande avanço — apontou a senadora.

Por Portal Novo Norte

Congresso vota Orçamento de 2024, vetos e créditos nesta quinta

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A sessão do Congresso só começará após a Comissão Mista de Orçamento concluir a votação do projeto de lei orçamentária anual, informou Rodrigo Pacheco - Foto: Pedro França/Agência Senado

O Congresso está convocado para votar o Orçamento do ano que vem ( PLN 29/2023 ) e analisar vetos presidenciais que não foram apreciados na semana …

O Congresso está convocado para votar o Orçamento do ano que vem ( PLN 29/2023 ) e analisar vetos presidenciais que não foram apreciados na semana passada, além de projetos de lei para abertura de créditos orçamentários.

Antes, porém, a proposta de Orçamento para 2024 ainda precisa ser votada na Comissão Mista de Orçamento na quinta-feira (21). A presidente da CMO, senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), convocou reunião para as 9h30 e, antes, vai reunir lideranças na presidência do colegiado antes de votar o relatório-geral, do deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), o que não foi possível nos últimos dias, em que as reuniões convocadas foram sucessivamente canceladas.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já alertou para o fato de que a sessão do Congresso só deve começar depois que a CMO concluir a votação do projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024.

A pauta de quinta do Congresso também é destinada à análise de 12 vetos presidenciais e seus dispositivos. Entre eles, o VET 46/2021 (sobre divulgação criminosa de fake news). O dispositivo estava contido no projeto que deu origem à norma que revogou Lei de Segurança Nacional e definiu crimes contra o Estado Democrático de Direito ( Lei 14.197 , de 2021). Diversos trechos da norma foram vetados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, entre eles o que previa até cinco anos de reclusão para quem cometesse o crime de “comunicação enganosa em massa”, definido como a promoção ou financiamento de campanha ou iniciativa para disseminar fatos inverídicos e que fossem capazes de comprometer o processo eleitoral.

Também na pauta, o VET 18/2023 contém trechos referentes à lei que retomou o programa Minha Casa, Minha Vida. A Lei 14.620 , de 2023, teve origem na Medida Provisória (MP) 1.162/2023 e, quando sancionada, teve 11 dispositivos vetados, como o que prevê a contratação de seguro de danos estruturais pelas construtoras de imóveis do programa e o que obriga as distribuidoras a comprar o excedente de energia produzida pelos painéis solares instalados nas casas populares.

Já o VET 26/2023 inclui trechos da Lei 14.688 , de 2023, que compatibiliza o Código Penal Militar ( Decreto-Lei 1.001, de 1969 ) com as reformas no Código Penal ( Decreto-Lei 2.848, de 1940 ), com a Constituição Federal e com a Lei dos Crimes Hediondos ( Lei 8.072 , de 1990). A lei, que teve dez dispositivos vetados, endurece algumas penalidades, como no caso de tráfico de drogas praticado por militares. Diversos tipos penais do CPM passam por adequação legal para serem listados como crimes hediondos: homicídio qualificado, estupro, latrocínio, extorsão qualificada pela morte, extorsão mediante sequestro, epidemia com resultado morte e envenenamento com perigo extensivo com resultado morte.

Créditos orçamentários

A pauta de votações de quinta inclui ainda 12 projetos de lei do Congresso Nacional, entre eles o que abre crédito especial de R$ 85,2 milhões no Orçamento de 2023 ( PLN 27/2023 ) em favor dos Encargos Financeiros da União, como forma de viabilizar o ressarcimento dos recursos das contas referentes aos patrimônios acumulados relativos aos Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). A Emenda Constitucional 126, de 2022, incluiu o artigo 121 no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Nesse sentido, ficou estabelecida a obrigação da União de ressarcir eventuais beneficiários reclamantes do direito ao saldo das contas de PIS/PASEP encerradas, após a transferência dos seus saldos. As contas cujos saldos foram reclamados em períodos anteriores ou objeto de demandas judiciais não se encontram abrangidos nesta obrigação.

Já o PLN 30/2023 abre crédito especial no valor de R$ 387,1 mil em favor da Presidência da República e dos Ministérios da Educação, da Saúde e das Comunicações. O crédito cobrirá despesas com a ação de “Benefícios Obrigatórios aos Servidores Civis, Empregados, Militares e seus Dependentes”, relativas a servidores em exercício no exterior, no âmbito da Presidência da República (63,3% dos recursos, ou RS 245 mil). O restante, no âmbito do Ministério da Educação, da Saúde e das Comunicações, é destinado ao custeio da ação de “Benefícios e Pensões Indenizatórias Decorrentes de Legislação Especial e/ou Decisões Judiciais”.

PLN 33/2023 , por sua vez, abre crédito especial de R$ 3,1 milhões no Orçamento deste ano. Cerca de 73% dos recursos (R$ 2,293 milhões) serão repassados ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, especificamente para o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), para o apoio a projetos de desenvolvimento sustentável local integrado. O restante (R$ 849,6 mil) será destinado ao Ministérios da Justiça e Segurança Pública, para apoio ao Sistema Penitenciário Nacional. O projeto busca incluir novas categorias de programação referentes a emendas individuais, de acordo com solicitação dos parlamentares autores. As emendas individuais ao Orçamento da União são propostas por deputados e senadores e são de execução obrigatória. Pelo menos 50% do valor deve ser destinado para a área de saúde.

Com Agência Câmara