Bolsonaro liga para familiares de petista morto em Foz e repudia atos de violência

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Irmãos de Marcelo Arruda são apoiadores de Bolsonaro e foram convidados para visitar o Palácio do Planalto

Nesta terça-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro conversou com Luiz Arruda, irmão do tesoureiro do PT de Foz de Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, que foi assassinado no último domingo durante uma festa em que comemorava seus 50 anos.

O chefe do Executivo deu os pêsames ao parente da vítima e repudiou atos de violência, segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

De acordo com Guilherme Amado, colunista do Metrópoles, os irmãos de Arruda são apoiadores de Bolsonaro. Eles foram convidados pelo presidente a participar de uma coletiva de imprensa a ser realizada na próxima quinta-feira (15). Embora não tenham deixado claro se aceitaram o convite, eles disseram a Bolsonaro que não querem que o caso seja explorado politicamente.

Veja o vídeo:

Por Portal Novo Norte

Caluniadores agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 horas por dia, diz Bolsonaro

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Presidente se manifestou sobre a troca de tiros que resultou na morte de um petista no Paraná

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou sobre o assassinato do guarda civil e tesoureiro do PT, Marcelo Aloizio de Arruda, morto neste sábado (9) durante a comemoração de seu aniversário de 50 anos, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Por intermédio de suas redes sociais, o chefe do Executivo deixou claro que “dispensa qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores”. A mensagem foi publicada às 19h15 deste domingo (10).

As investigações apontam que o crime teria sido motivado por intolerância política, visto que o atirador, o agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, é apoiador de Bolsonaro, como mostram suas publicações nas redes sociais. Testemunhas também afirmam que ele teria gritado “Aqui é Bolsonaro” antes de efetuar os disparos.

– Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos – postou o pré-candidato à reeleição.

Em uma sequência de tuítes, o presidente lembrou o episódio de setembro de 2018, semanas antes do primeiro turno eleitoral, quando foi alvo de uma facada em Juiz de Fora. Na declaração, ele também alfinetou seu rival pela corrida eleitoral, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que neste sábado (9) fez um agradecimento especial a um ex-vereador do PT preso em 2018 por tentativa de homicídio.

– É o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento – acrescentou o presidente, que ainda cobrou investigações sobre o caso.

– Que as autoridades apurem seriamente o ocorrido e tomem todas as providências cabíveis, assim como contra caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 horas por dia – finalizou.

– Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018:

Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos.

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 10, 2022

ENTENDA O CASO
O guarda municipal Marcelo Arruda, candidato a vice-prefeito nas últimas eleições, foi assassinado a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos, ocorrida na noite deste sábado (9/7), em Foz do Iguaçu (PR). A festa tinha como tema o PT e fazia várias referências ao ex-presidente e pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo relatos, por volta das 23h, Jorge Guaranho invadiu a festa e atirou em Marcelo, que estava armado e revidou. Foi noticiado inicialmente que o atirador também teria morrido, mas novas informações confirmam que ele está internado em estado estável. A polícia investiga o crime como sendo de “motivação de política”.

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“Bomba” de fezes explode em ato pró-Lula no Rio de Janeiro

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Um suspeito de arremessar o artefato foi preso. Ninguém ficou ferido

No dia 15 de junho, durante um ato pró-Lula em Uberlândia, em Minas Gerais, um drone despejou urina e fezes em apoiadores do ex-presidente. Nesta quinta-feira (7), em novo evento em prol do presidenciável, dessa vez na Cinelândia, no Rio de Janeiro, um artefato com fezes humanas explodiu perto do público presente no centro da capital fluminense.

Um explosivo caseiro foi atirado do lado de fora dos tapumes que delimitavam a área destinada aos militantes. Lula (PT) ainda não havia subido ao palco. O dispositivo, feito com pavio ligado a uma garrafa PET preenchida com um material similar a fezes humanas, detonou após alguns segundos, espalhando os excrementos perto do público e deixando forte odor.

Segundo a Polícia Militar, um suspeito de arremessar o artefato foi preso. Ninguém ficou ferido. A cerimônia, em formato de comício, também teve a presença de artistas, além de lideranças partidárias que apoiam a pré-candidatura de Lula à Presidência da República.

Participaram do evento a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o presidente da Alerj e candidato ao Senado André Ceciliano (PT), o deputado federal e candidato ao governo do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSB) e mais políticos e militantes.

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Bolsonaro cresce e Lula cai vertiginosamente no Nordeste, aponta nova pesquisa Genial/Quaest

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A diferença entre o petista e o atual chefe do Executivo caiu 16 pontos percentuais

A diferença entre Lula e Bolsonaro caiu 16 pontos segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (6). O levantamento apontou uma forte tendência de alta do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de queda do ex-presidente 

Lula (PT) no Nordeste, região onde o petista tem vantagem. 

O resultado desta quarta-feira indica que Lula estaria com 59% das intenções de voto na região contra 22% de Bolsonaro. Contudo, no mês passado a diferença era bem maior, com Lula liderando com 68% contra 15% do atual presidente. Entre as mulheres, em junho, a pesquisa apontou 50% a 22% para o petista. Este mês, a preferência de Lula caiu para 46% e Bolsonaro cresceu para 27%.

A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2 mil pessoas com mais de 16 anos, entre os dias 29 de junho e 2 de julho, em entrevistas nas casas dos eleitores nos 26 estados do Brasil e no Distrito Federal e está registrada na Justiça Eleitoral sob número BR 01763/2022.

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Petistas em desespero: Comissão convoca Marcos Valério para esclarecer ligações entre PT e facção criminosa

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“As ligações do PT com o crime organizado não são de hoje. O PT vem tanto batalhar por transparência, então vamos esclarecer isso”, disse Eduardo Bolsonaro

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (5) a convocação do publicitário Marcos Valério para esclarecer as relações entre o PT e a facção criminosa PCC. O requerimento aprovado é de autoria do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Marcos Valério era operador financeiro do esquema de corrupção conhecido como Mensalão, que desviava dinheiro público de estatais para comprar apoio político para o então presidente Lula no Congresso Nacional.

Recententemente, a revista Veja vazou trechos da delação premiada de Valério que estabeleceu relações de altos dirigentes do PT com o assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, além de apontar relações do partido com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

“As ligações do PT com o crime organizado não são de hoje. O PT vem tanto batalhar por transparência, então vamos esclarecer isso”, disse Eduardo Bolsonaro. Ainda não há data definida para a oitiva do publicitário.

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Pré-candidato a vice na chapa de Lula é acusado de receber R$ 7,8 milhões em propina e tem bens bloqueados pela Justiça

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MP-SP pede bloqueio de bens de Alckmin no caso Odebrecht

O Ministério Público de São Paulo, por meio do promotor Ricardo Manuel Castro, entrou com um recurso contra a decisão da justiça paulista que revogou, no último dia 19, o bloqueio dos bens do ex-governador Geraldo Alckimin (PSB-SP) até o valor de R$ 9,9 milhões.

O pré-candidato a vice-presidente na chapa de Lula (PT) é réu em uma ação de improbidade administrativa por suposto recebimento de caixa dois da Odebrecht nas eleições de 2014. Alckmin foi acusado de receber R$ 7,8 milhões da construtora na época em que foi reeleito governador pelo PSDB.

Além da delação dos ex-executivos da empreiteira, o MP agregou à investigação planilhas de um doleiro, mensagens trocadas pela transportadora encarregada de distribuir os valores e gravações telefônicas que mostram entregas de dinheiro vivo na casa de um ex-assessor do governo em São Paulo. Alckmin nega todas as acusações.

O bloqueio dos bens havia sido determinado em 2019 para garantir que Alckimin tenha como devolver dinheiro aos cofres públicos em caso de condenação.

A juíza Luiza Barros Rozas Verotti, da 13ª Vara da Fazenda Pública, afirmou que não havia mais motivo para manter os imóveis, veículos e contas bancárias em nome de Alckmin indisponíveis depois das alterações feitas pelo Congresso na Lei de Improbidade no ano passado, afrouxando as punições.

Para a magistrada, o MP agora precisaria provar que “há indícios concretos de dilapidação do patrimônio” para justificar o bloqueio. Ou seja, seria necessário comprovar que Alckmin tinha a intenção de se desfazer do patrimônio para escapar da devolução do dinheiro em caso de condenação.

A promotoria, por sua vez, afirma que a nova Lei de Improbidade não deve ser aplicada de forma retroativa, em ações já aceitas pela Justiça no passado, e o bloqueio de bens no caso de Alckmin se mostra “razoável e proporcional” para quem “dilapidou o patrimônio público apossando-se fraudulentamente daquilo que não lhe pertencia”.

O recurso pedindo o novo bloqueio de bens do ex-governador ainda será analisado pela Justiça e pode causar incômodo à chapa Lula-Alckmin em plena campanha.

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Senado aprova PEC com pacote de auxílios a carentes e a caminhoneiros

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Inicialmente, proposta apenas reduzia os preços dos combustíveis

O Senado aprovou hoje (30), em dois turnos, a proposta de emenda constitucional (PEC) 1, que traz um pacote de medidas para diminuir os impactos gerados pela alta dos combustíveis e aumentar o valor de benefícios sociais. Após vários arranjos e negociações, uma PEC com propostas do governo para compensar os estados e o Distrito Federal pela redução do ICMS sobre o diesel se transformou em uma proposta para ampliar o valor do Auxílio Brasil, programa assistencial que substituiu o Bolsa Família, dentre outras medidas.

Da PEC 16, que acabou apensada à PEC 1, o único ponto que restou foi a compensação aos estados que reduzirem a alíquota de ICMS sobre o etanol. A PEC aprovada hoje também traz o pagamento do voucher caminhoneiro, no valor de R$ 1 mil mensais por cinco meses. Outra proposta é a inclusão de mais 1,6 milhão de famílias no Auxílio Brasil, programa que substituiu o Bolsa Família. Além de aumentar significativamente o número de beneficiários do programa social, há previsão de um incremento de R$ 200 no valor do programa até dezembro deste ano. Agora, a PEC segue para análise da Câmara.

A aprovação da PEC contou com votos de alguns senadores que se manifestaram contra trechos da proposta, discordaram de parte do texto, mas votaram favoravelmente. A justificativa foi de que os mais carentes precisam de ajuda neste momento de crise no qual vive o país.

Para ajudar na aprovação da PEC, o relator, Fernando Bezerra (MDB-PE), retirou um dispositivo do texto que daria uma espécie de “cheque em branco” para o governo gastar com auxílios sem ficar sujeito à aplicação de “qualquer vedação ou restrição prevista em norma de qualquer natureza”. Bezerra afirmou que o texto não extrapola os limites legais, mas atua de forma emergencial.

“O texto recolheu as principais preocupações, de modo que pudéssemos respeitar o mandamento jurídico do país, mas podendo agir de forma emergencial, como exige a situação que estamos enfrentando”.

Estado de EmergênciaContinua depois da publicidade

A oposição questionou muito a possibilidade prevista na PEC de o governo decretar Estado de Emergência. Esse dispositivo foi inserido na proposta para o governo não correr risco de cometer crime eleitoral ao repassar benefícios assistenciais a menos de três meses das eleições. A criação desse tipo de benefício é proibida em ano de eleições. A única exceção é justamente durante a vigência de Estado de Emergência.

Segundo Bezerra, no entanto, as medidas autorizadas por um eventual decreto de Estado de Emergência serão somente aquelas previstas na PEC, sem a possibilidade de novos programas usarem a PEC para ampliar os gastos. “Não resta dúvidas, pois, de que não haverá brecha ou espaço para novas medidas ou ampliação de gastos dessas mesmas medidas”, disse Bezerra.

Taxistas

Horas antes da votação, o relator incluiu um trecho que garante também benefícios para os taxistas, outra categoria, assim como os caminhoneiros, afetada diretamente pela alta dos combustíveis. O auxílio vai custar mais R$ 2 bilhões aos cofres públicos. Os motoristas de aplicativos e mototaxistas não estão incluídos na medida.

Também foi incluído um suplemento orçamentário de R$ 500 milhões ao programa Alimenta Brasil, regulamentado em dezembro do ano passado. Trata-se de um programa de aquisição de alimentos de produtores rurais familiares, extrativistas, pescadores artesanais, povos indígenas e demais populações tradicionais.

Bezerra também incluiu um trecho que proíbe o governo de fazer publicidade sobre pagamento desses benefícios. A medida agradou a oposição, já que dificulta uma tentativa de capitalizar politicamente com esses benefícios a três meses das eleições.

Auxílio Brasil

A PEC prevê a inclusão de mais 1,6 milhão de famílias que aguardam cadastro no Auxílio Brasil, zerando, assim, a fila de espera do programa. Além de aumentar o número de beneficiários do programa social, há previsão de um incremento de R$ 200 no valor do programa até dezembro deste ano.

Com o aumento, o custo adicional será de cerca de R$ 26 bilhões. A justificativa para o adicional no auxílio, segundo Bezerra, é a exacerbação do quadro inflacionário brasileiro e a inflação de dois dígitos, que tem consumido a renda dos mais pobres.

Transporte de idosos

Em relação ao transporte público de passageiros, o texto que será apresentado trará compensação às empresas pela gratuidade para idosos no transporte urbano, metropolitano e semi-urbano, inclusive o existente dentro de uma mesma Região Integrada de Desenvolvimento (Ride).

O Distrito Federal, com seu entorno, tem a maior do país. Para a medida, o custo será de R$ 2,5 bilhões. A intenção é aliviar o sistema também prejudicado pela elevação do preço do diesel.

Etanol

O texto prevê ainda a modificação na forma de ressarcimento aos estados na redução da tributação do etanol hidratado. Segundo Bezerra, para dar mais equilíbrio aos preços finais da gasolina e do álcool, influenciados pelo teto de 17% de arrecadação de ICMS, o governo precisará repassar o valor de R$ 3,8 bilhões aos estados. Esse dinheiro será aplicado em créditos tributários.

O critério de distribuição desse valor é o nível de consumo do etanol em cada unidade federativa. São Paulo deve ficar com cerca de 55% dos recursos, segundo o parlamentar. Antes de sair do papel, no entanto, caberá aos governadores definirem legislação específica para distribuição desses créditos.

Com exceção da inclusão de novas famílias no Auxílio Brasil, todas as demais medidas terão validade apenas até 31 de dezembro deste ano, inclusive o incremento de R$ 200 no programa que substituiu o Bolsa Família.

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Bolsonaro oficializará o general Braga Netto como vice

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Presidente confirmou a escolha pelo nome do general e elogiou a atuação dele nas Forças Armadas

O presidente Jair Bolsonaro declarou, na noite deste domingo (26), que vai anunciar o ex-ministro Walter Braga Netto como candidato a vice pela sua chapa presidencial “nos próximos dias”. Ao confirmar a opção pelo general, o chefe do Executivo também elogiou outros nomes que chegaram a ser cotados para a função, como a ex-ministra Tereza Cristina e o ministro Augusto Heleno.

– Pretendo anunciar nos próximos dias o general Braga Neto como vice. Temos outros excelentes nomes como a Tereza Cristina. O general Heleno quase foi meu vice lá atrás, entre tantos nomes de pessoas maravilhosas, fantásticas que vinham sendo trabalhada ao longo do tempo – afirmou.

Ao falar sobre Braga Netto, Bolsonaro elogiou a atuação do general nas Forças Armadas, lembrando seus 45 anos de serviço na caserna e as passagens do general pela intervenção na Segurança do Rio de Janeiro e no governo. O presidente da República também elogiou a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, que chegou a ser cotada como possível vice na chapa de Bolsonaro.

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Contador ligado a Lula é suspeito de lavar R$ 16 milhões em loteria com PCC

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Jornal O Estado de São Paulo – Marcelo Godoy, Luiz Vassallo – 16 JUNHO 2022

“O Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) pediu à Justiça o sequestro de bens do contador João Muniz Leite por suspeita de lavagem de dinheiro do crime organizado. O investigado e sua mulher ganharam 55 vezes em loterias federais somente em 2021, segundo apurações. Em uma das vezes, ele dividiu prêmio de R$ 16 milhões na Mega Sena com o traficante de drogas Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, considerado um dos principais fornecedores de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC). Santa Fausta foi morto em dezembro do ano passado.

O Ministério Público estadual concordou com o pedido da polícia. Muniz foi contador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem fez as declarações de Imposto de Renda de 2013 a 2016. Seu escritório atual, na Rua Cunha Gago, em Pinheiros, fica no mesmo endereço em queFábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente, mantém três empresas: a FFK Participações, a BR4 Participações e a G4 Entretenimento, conforme dados da Junta Comercial de São Paulo. Não há menção na investigação do Denarc a Lula e a seu filho, além da coincidência de endereços.

O prêmio de R$ 16 milhões foi dividido em cinco partes. Muniz ficou com duas; Santa Fausta, com três. Os policiais do Denarc desconfiam de que foi com esse dinheiro, esquentado por meio do prêmio pago pela Caixa Econômica Federal, que Santa Fausta comprou a empresa de transporte UPBus em parceria com cinco integrantes do PCC e 18 de seus familiares. A empresa mantém contrato de R$ 600 milhões com a Prefeitura de São Paulo e opera 13 linhas de ônibus na zona leste.

Valores
Conforme as investigações do Denarc, a mulher do contador – cujo nome não foi revelado – ganhou 49 vezes na loteria, somando R$ 2,16 milhões em prêmios. Em muitas das vezes ela teve prejuízo nas apostas. O delegado Fernando Santiago descobriu que ela gastou R$ 480 mil em uma ocasião para obter um prêmio de R$ 330 mil. Em uma outra oportunidade, apostou R$ 114 mil e ganhou R$ 62 mil.

Já o contador ganhou R$ 34,1 milhões em seis oportunidades. Em duas delas, os prêmios foram de R$ 16 milhões. Em uma terceira, apostou R$ 662 mil e ganhou R$ 425 mil. Na quarta vez, apostou R$ 84 mil e recebeu R$ 74 mil. A suspeita é de que os prêmios da loteria serviam para esquentar dinheiro ilícito, daí porque, na maioria das vezes, as apostas eram de valor superior aos prêmios obtidos pelos casal.

Muniz prestaria serviços a Santa Fausta na abertura de empresas com nomes falsos. Segundo a polícia, há indícios de lavagem de dinheiro com os prêmios de diferentes loterias da Caixa. Entre as empresas que ele teria aberto estaria a Eduardo Participações Patrimoniais.

O caso está na 1.ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro da Capital, que decidiria se decreta ou não o bloqueio dos bens do contador. A Justiça negou pedido de prisão de Muniz.

Aluguel
Há mais de uma década, Muniz é o contador de confiança da família de Lula. Em dezembro de 2017, ele chegou a prestar depoimento no âmbito de um incidente de falsidade aberto para apurar se eram frios os comprovantes de quitação de aluguel entregues pela defesa do ex-presidente à Justiça Federal.

À época, o Ministério Público Federal sustentava que a Odebrecht bancava aluguéis de um apartamento vizinho ao de Lula em um edifício em São Bernardo do Campo (SP). O imóvel pertencia a Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, próximo do petista, e réu confesso na Lava Jato. E, segundo a apuração, ficava também à disposição do ex-presidente.

Então juiz do caso, Sérgio Moro descartou a falsidade dos recibos. No entanto, a Procuradoria afirmou que, mesmo não tendo sido fabricados, os comprovantes eram frios. Ou seja, que Lula nunca havia pago pelos aluguéis do apartamento. Após a decisão que tornou o ex-juiz da Lava Jato suspeito, o processo teve suas provas anuladas e acabou sendo arquivado.

Mapa da mina
Depois do processo contra o ex-presidente, Muniz voltou a ter uma vida reservada. Sua relação com a família, no entanto, se estreitou. Os movimentos ficaram evidentes em novembro de 2019, um mês antes da Operação Mapa da Mina, fase da Lava Jato que investigou contratos milionários da Oi com empresas de Lulinha.

Naquele mês, Lulinha rompeu a sociedade com Jonas Suassuna, empresário que era dono do sítio Santa Bárbara, em Atibaia. Foi por causa desse sítio que Lula foi condenado pela segunda vez na Lava Jato, caso que também teve suas provas invalidadas.

No mesmo ato em que Lulinha rompeu a sociedade com Suassuna, registrado na Junta Comercial de São Paulo, o endereço da sede da BR4 Participações foi transferido para a Rua Cunha Gago, número 700, conjunto 11. Outras duas empresas de Lulinha, a G4 Entretenimento e Tecnologia, e a FFK Participações, também se mudaram para aquele endereço. Somadas, as três possuem capital de R$ 4,3 milhões.

O endereço é o mesmo utilizado por Muniz para sediar, desde outubro de 2017, sua empresa de venda de equipamentos de informática, a CDigital Network Security. No mesmo prédio, no bairro de Pinheiros, mas cinco andares acima, o contador já registrou outras cinco empresas.

O Estadão esteve ontem no endereço do contador em Pinheiros, mas não conseguiu localizar Muniz ou a sua defesa. A empresa JML Assessoria Contábil funciona no endereço em salas dos 1.º e 6.º andares, conforme registrado em painel na entrada do prédio. Mas ali não há registro de nenhuma das empresas de Lulinha que estão registradas na Junta Comercial.

A reportagem procurou ainda a assessoria de Lula e a sua defesa e a de seu filho. O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, disse não saber se Muniz ainda presta serviços para o petista. O criminalista Fábio Tofic, que defende Lulinha, não se manifestou.

A defesa da família Santa Fausta e dos demais integrantes do PCC investigados pelo Denarc também não foi localizada pela reportagem.

Integrantes da facção eram acionistas de empresa
No caso da empresa de ônibus do PCC, a UPBus, o traficante Anselmo Santa Fausta teria usado o nome falso de Ubiratan Antonio da Cunha para fazer o negócio. Além dele, três integrantes da cúpula do PCC estavam entre os acionistas da empresa. Ela foi alvo de operação do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) em 2 de junho. Policiais descobriram que Santa Fausta tinha como sócios Silvio Luiz Ferreira, o Cebola; Cláudio Marcos de Almeida, o Django; e Décio Gouveia Luis, o Português, todos acusados de compor a cúpula da facção.

Outros dois integrantes do PCC foram identificados como sócios da UPBus: Alexandre Salles Brito, o Xandi; e Anísio Amaral da Silva, o Biu.

De acordo com o delegado Fernando Santiago, da 4.ª Delegacia do Denarc, a investigação começou depois do assassinato de Santa Fausta, em dezembro de 2021, no Tatuapé. Ele estava com Antonio Corona Neto, o Sem Sangue, também assassinado.

Na operação do dia 2 de junho, o Denarc cumpriu 62 mandados de busca e apreensão. Os policiais apreenderam celulares, computadores, documentos, dois fuzis, pistolas, revólveres e grande quantidade de munição.”

Contador ligado a Lula é suspeito de lavar R$ 16 milhões em loteria com PCC

Lira diz que versão do Senado a projeto que limita ICMS a 17% será votada hoje

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Lira afirma que não haverá diminuição de receita - (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

Marina Ramos/Câmara dos Deputados Lira afirma que não haverá diminuição de receita O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), dis…

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse, nesta terça-feira (14) em entrevista à CNN, que o Projeto de Lei Complementar 18/22, que limita a cobrança de ICMS

Continua depois da publicidadea 17% para combustíveis, energia, transporte e comunicações será votado hoje. Os deputados precisam analisar as mudanças aprovadas pelos senadores.

A proposta já havia sido aprovada pela Casa no mês passado, mas ontem, o Senado aprovou o texto com um destaque que garante os repasses carimbados para os municípios para as áreas da saúde, educação e para o Fundeb nos casos de perdas de arrecadação dos estados. Com isso, caso haja perda de arrecadação, a União deverá compensar os estados com os mesmos recursos que tinham antes da entrada em vigor da medida.

Lira afirmou que essas alterações ainda serão analisadas pelos líderes, mas ele acredita que a proposta será rejeitada já que não haverá perda de arrecadação. “É importante se dizer que não estamos prevendo, em todas as análises que fizemos, diminuição de arrecadação nos estados. Não haverá perdas para saúde e para educação, isso foi uma versão criada pelos governadores e seus secretários”, afirmou o presidente. “Nós queremos proteger os mais vulneráveis dos efeitos danosos da inflação”, concluiu.

“Não conto com a possibilidade de que vai haver diminuição de receita, não haverá diminuição de receita, haverá arrecadação crescente, haverá um aquecimento da economia, mais consumo e menos sonegação”, avaliou Lira.

PEC dos Biocombustíveis
Ontem o Senado também aprovou a Proposta de Emenda à Constituição 15/22, que estimula a competitividade dos biocombustíveis em relação aos concorrentes fósseis.

O texto mantém benefícios para fontes limpas de energia por pelo menos 20 anos. A proposta faz parte do pacote de projetos com objetivo de conter a alta no preço dos combustíveis.

Lira tenta um acordo com os partidos de oposição para acelerar a tramitação da proposta. “Se nós nos detivermos a questões políticas, quem vai pagar é a população. Se tiver unanimidade, a PEC entra semana que vem.” Se não houver acordo, “poderemos ter uma votação expressa na CCJ para votarmos daqui a um mês [no Plenário]”.

O presidente da Câmara ressaltou que esse tema não é eleitoral. “É um tema vital para minimização dos efeitos da inflação para os mais necessitados do Brasil”, afirmou.

Estado de calamidade
Lira afirmou ainda que a decretação de um novo estado de calamidade para enfrentar os aumento dos combustíveis sem a limitação imposta pelos tetos de gastos não é uma boa saída. Segundo ele, a solução é diminuir impostos para combater a inflação e incluir novos setores como essenciais vai ajudar a corrigir esse aumento.

Lira, no entanto, cobrou a contribuição dos governadores para reparar distorções. “A saída é a diminuição de impostos, em alguns casos, zerar os impostos. O estado de calamidade não é uma boa ideia”, reforçou.

Por Portal Novo Norte