Convenções partidárias agitam clima político com lançamento de candidatos

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Lideranças continuam em articulação para organizar chapas que devem estar homologadas até o dia 16 de setembro para concorrer em 15 de novembro.

A tradicional festa da democracia que começa com a escolha na convenção partidária dos nomes que vão concorrer aos cargos de vereador e prefeito, será a partir deste sábado (12), e agitará os militantes filiados aos diversos partidos dispostos a enfrentar a adversidade da pandemia, fazer escolhas de nomes capazes de influenciar o eleitorado e começar a incendiar o processo que, a partir do dia 16, oficialmente dá a largada para a renovação da Câmara Municipal e da escolha do sucessor do prefeito Dr. Aluízio Junior, que até ontem ainda não havia decidido, pelo menos oficialmente, o nome de sua preferência.

Pelo menos, de acordo com o quadro até então previsto, os possíveis candidatos que ainda conversam nos bastidores para alianças e escolha de nomes para compor como vice, os mais comentados nas redes sociais e meios políticos, como candidatos a prefeito, são: Silvinho Lopes (DEM), André Longobardi (Republicanos), Welberth Resende (Cidadania), Igor Sardinha (PT), Ricardo Bichão (PRTB), Maxwell Vaz (Solidariedade), Felício Laterça (PSL), Sabrina Luz (PSTU), e Célio Chapeta (PSDB), podendo surgir algum nome como “azarão”, aquele escolhido entre as cartas de baralho nas mangas do mais importante articulador que ainda não se manifestou até o momento.

Considerando que para a eleição de vereador não haverá coligação, serão eleitos os candidatos que obtiverem o maior número no partido que conseguir com a soma dos votos o quociente eleitoral para pegar o diploma após o resultado das urnas. Os nomes mais poderosos, segundo se observa, recaem no PSDB, onde estão alinhados os candidatos de apoio ao prefeito e que tentam a reeleição.

Por enquanto, o candidato a prefeito que mais conseguiu reunir partidos para fazer coligação foi Silvinho Lopes que soma pelo menos oito legendas que podem fazer a diferença.

A partir deste sábado, até o dia 16, toda a situação eleitoral deverá estar definida. A partir daquela data, os partidos terão cinco dias para providenciar o registro e, então, ser iniciada a campanha eleitoral que irá até a véspera das eleições marcadas para o dia 15 de novembro no município de Macaé.

Infraestrutura atende demandas de mandato

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Vereador acompanha intervenções realizadas em bairros da cidade - Divulgação

Solicitação de moradores gera intervenção da prefeitura em bairros

Bairros como Parque Aeroporto, Barra, Brasília e Engenho da Praia receberam, nos últimos dias, intervenções de infraestrutura solicitadas ao governo pelo mandato do vereador Alan Mansur. As ações atendem demandas apresentadas pelos moradores e comerciantes dessas áreas.

No Engenho da Praia, a prefeitura realizou a limpeza do canal que corta o bairro, recolhendo lixo e detritos. A ação é importante para evitar alagamentos, além de conter a proliferação de mosquitos e outros insetos.

Na Barra, o serviço de limpeza foi realizado na Praça Mirante dos Navegantes, capina de canteiros de plantas, além da desobstrução do sistema de drenagem de águas pluviais e de captação de esgoto. A manutenção da rede de iluminação pública também foi realizada.
No Parque Aeroporto, a equipe realizou a manutenção dos bancos da área de lazer situada na Rua Humaitá, além da limpeza da rede de esgoto da Rua 20 nas proximidades da Escola Municipal Zelita Rocha Azevedo.

“O trabalho, quando é feito em conjunto e com respeito, atende a população e garante mais qualidade de vida para todos. Agradeço a prefeitura e todas as pessoas envolvidas em cuidar do nosso bairro e da nossa cidade”, afirma Alan Mansur.

TSE autoriza inclusão de nove militares em inspeção da urna eletrônica

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TSE autoriza inclusão de nove militares em inspeção da urna eletrônica

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou a inclusão de nove militares no grupo de técnicos das Forças Armadas que inspeciona o código-fonte da urna eletrônica. O prazo para os trabalhos, que terminaria na última sexta-feira (12), foi prorrogado para o dia 19 deste mês.

Assinado nesta terça-feira (16), o ofício com a autorização foi um dos últimos atos do ministro Edson Fachin como presidente do TSE. Em cerimônia na noite de ontem, ele transmitiu o cargo ao ministro Alexandre de Moraes.

Na autorização, Fachin expressou o reconhecimento do TSE à contribuição das Forças Armadas no âmbito da Comissão da Transparência Eleitoral (CTE), “sobretudo pelo valioso suporte operacional e logístico prestado por elas em todas as últimas eleições”.

A inclusão dos nove militares havia sido solicitada pelo ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, na semana passada. De acordo com o ministro, os indicados são técnicos com conhecimento nas linguagens de programação C++ e Java, necessários para a inspeção aos códigos-fonte.  

A indicação dos novos integrantes temporários pela Defesa ocorreu dois dias após o TSE ter excluído o coronel Ricardo Sant’Anna da equipe de inspeção das Forças Armadas. A medida foi tomada porque mensagens publicadas pelo militar nas redes sociais “foram rotuladas como falsas e se prestaram a fazer militância contra as mesmas urnas eletrônicas” que pretendia fiscalizar, disse Fachin, em ofício.

Ao pedir a inclusão dos nove militares, Paulo Sergio Nogueira renovou “a permanente interlocução” do Ministério da Defesa com o TSE, “tendo como maior propósito contribuir para fortalecer o processo eleitoral brasileiro”.

Entenda

Códigos-fonte são as linhas de comando que compõem os programas de computador, que, por sua vez, são empregados no funcionamento de algum equipamento eletrônico. No caso da Justiça Eleitoral, a integridade dos códigos do sistema de votação é fundamental para impedir fraudes.

A inspeção aos códigos-fonte do sistema eletrônico de votação é uma das etapas obrigatórias do processo eleitoral e pode ser feita por dezenas de instituições autorizadas. A lista inclui partidos, Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), universidades, Tribunal de Contas da União (TCU), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Forças Armadas, entre outras.

Em eleições anteriores, a abertura dos códigos para inspeção ocorreu sempre seis meses antes do pleito. No atual processo eleitoral, porém, o TSE decidiu abrir o acesso aos códigos em outubro de 2021, um ano antes da votação. Na época, o então presidente da corte eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, disse que a medida foi tomada para aumentar a transparência.

Entretanto, a inspeção dos códigos-fonte pelas Forças Armadas começou somente neste mês, dois dias após o Ministério da Defesa ter pedido acesso “urgentíssimo” aos dados. Em resposta, o TSE informou que tal acesso encontrava-se aberto desde outubro, bastando que, para isso, fosse feito o cadastramento da equipe para realizar a inspeção na sede do tribunal.

Por Portal Novo Norte

“Bomba-Relógio” armada: Confira os nomes dos 37 ministros de Lula

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A lista com os nomes foi fechada nesta quinta-feira (29)

Os 37 novos ministros de Lula já foram escolhidos. A lista com os nomes foi fechada nesta quinta-feira (29). Lula terá uma esplanada inchada, mais de 15 a mais do que Bolsonaro, para acomodar a todos os “companheiros” que o ajudaram nas eleições de 2022.

A equipe do presidente eleito é alvo de diversas críticas. Para especialistas, a destruição da economia do país e um mergulho em uma crise sem precedentes é uma questão de tempo.  

Veja os nomes:

Fernando Haddad (PT) – Ministério da Fazenda

Flavio Dino (PSB) – Ministério da Justiça

José Múcio Monteiro – Ministério da Defesa

Mauro Vieira – Ministério das Relações Exteriores

Rui Costa (PT) – Casa Civil

Geraldo Alckmin (PSB) – Indústria e Comércio

Márcio França (PSB) – Portos e Aeroportos

Alexandre Padilha (PT) – Relações Institucionais (Ex-segov)

Wellington Dias (PT) – Desenvolvimento Social

Camillo Santana (PT) – Educação

Luiz Marinho (PT) – Trabalho

Marcio Macedo – Secretário-Geral da Presidência da República

Jorge Messias – Advogado-Geral da União

Silvio Almeida  – Direitos Humanos

Vinicius Carvalho – Controladoria-Geral da União (CGU)

Nísia Trindade – Saúde

Margareth Menezes – Cultura

Luciana Santos (PCdoB) – Ciência e Tecnologia

Anielle Franco – Igualdade Racial

Cida Gonçalves (PT) – Mulheres

Esther Dweck – Gestão e Inovação

General Gonçalves Dias – Gabinete de Segurança Institucional

Simone Tebet (MDB) – Planejamento e Orçamento

Paulo Pimenta (PT) – Secom – Secretaria de Comunicação

Renan Filho (MDB) – Transportes

Carlos Fávaro (PSD) – Agricultura e Pecuária

André de Paula (PSD) – Pesca e Aquicultura

Paulo Teixeira (PT) – Desenvolvimento Agrário

Carlos Lupi (PDT) – Previdência Social

Ex-atleta de vôlei Ana Moser – Esportes

Alexandre Silveira (PSD) – Minas e Energia

Juscelino Filho (União) – Comunicações

Marina Silva (Rede) – Meio Ambiente

Daniela do Waguinho (União) – Turismo

Waldez Góes (PDT, deve migrar para União) – Integração e Desenvolvimento Regional

Jader Barbalho Filho (MDB) – Cidades

Sônia Guajajara (Psol) – Povos Indígenas

Por Portal Novo Norte

CPIs não instaladas voltam à estaca zero

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Com o início da nova legislatura e a mudança na composição do Senado, os pedidos de criação de comissões parlamentares de inquérito ainda não insta…

Com o início da nova legislatura e a mudança na composição do Senado, os pedidos de criação de comissões parlamentares de inquérito ainda não instaladas voltam à estaca zero. Os requerimentos lidos em Plenário ao longo de 2022 e em anos anteriores seguiram para o arquivo. É o caso do pedido de criação da CPI para investigar o Ministério da Educação (MEC). 

Apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o requerimento foi protocolado com 31 assinaturas — quatro a mais do que o mínimo necessário — e tinha com objetivo apurar suspeitas de corrupção envolvendo pastores na gestão do ex-ministro Milton Ribeiro e na distribuição de recursos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A leitura do pedido, um requisito para o funcionamento da comissão, ocorreu em sessão plenária no dia 6 de julho, mas a instalação não chegou a acontecer.

Destino similar tiveram pedidos para investigar obras inacabadas; o narcotráfico; e a atuação das ONGs e o desmatamento na Amazônia.

Pedidos

A CPI das obras inacabadas, cujo pedido foi apresentado em abril do ano passado pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), buscava apurar irregularidades que resultaram na existência de obras públicas inacabadas em creches, escolas e universidades, no período de 2006 a 2018. 

Também em abril o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) protocolou o requerimento de criação da CPI do narcotráfico. O objetivo seria investigar o crime organizado e o narcotráfico e apurar, entre outras coisas, a relação entre o aumento de homicídios de jovens e adolescentes, no Brasil, nos anos de 2016 a 2020, com essa atividade criminosa.

A CPI das ONGs e do desmatamento, por sua vez, teve os pedidos apresentados em 2019. Foram dois requerimentos, um do senador Plínio Valério (PSDB-AM), para investigar a liberação de recursos públicos para organizações não governamentais (ONGs) e o aumento do desmatamento na Amazônia, e outro do senador Randolfe Rodrigues, para ampliar as causas do aumento dos desmatamentos e queimadas na Amazônia.

Os pedidos não superaram a etapa da leitura em Plenário. Para criar essas CPIs, os senadores precisarão apresentar novamente os requerimentos e recolher, no mínimo, 27 assinaturas. Após a leitura em Plenário, os partidos e blocos devem indicar seus representantes e, então, é agendada a reunião de instalação do colegiado. 

Legislatura

Uma legislatura é o período de funcionamento do Poder Legislativo e tem a duração de quatro anos. Ela vai do dia em que tomam posse os senadores, em 1º de fevereiro do ano seguinte à eleição, até a posse dos eleitos na próxima disputa.

CPI

Com poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, a CPI apura um fato determinado e por prazo certo. A comissão parlamentar de inquérito pode convocar pessoas para depor, ouvir testemunhas, requisitar documentos e determinar diligências, entre outras medidas. 

Por Portal Novo Norte

Mandatos no STF e fim da reeleição no Executivo serão votados em 2024

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Em entrevista coletiva na segunda (27), Pacheco anunciou temas que devem entrar na pauta do Legislativo em 2024 - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O fim da reeleição no Executivo e a transformação dos cargos de ministros do Supremo Tribunal Federal em mandatos temporários estarão na pauta do P…

O fim da reeleição no Executivo e a transformação dos cargos de ministros do Supremo Tribunal Federal em mandatos temporários estarão na pauta do Poder Legislativo em 2024. O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, já mencionou que pautará as propostas para votação no ano que vem. As mudanças são apoiadas por vários senadores. Os senadores Plínio Valério (PSDB-AM), Flávio Arns (PSB-PR) e Angelo Coronel (PSD-BA) têm propostas semelhantes que estão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas ainda não tiveram a relatoria indicada.

— Essa proposta de emenda à Constituição ainda está na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Nós vamos dar a cadência devida na CCJ, mas este ano ainda não vai ser possível. Mas eu quero crer que, no começo do ano que vem, a gente possa evoluir nessa proposta de emenda à Constituição, assim como na proposta de emenda à Constituição do fim da reeleição no Brasil. São dois temas muito apropriados para o início do ano que vem — afirmou Rodrigo Pacheco em entrevista à repórter Paula Groba, enviada especial para a COP 28 em Dubai.

Em entrevistas àAgência Senado, os três autores apoiaram a decisão do presidente.

— Senador Pacheco demonstra as mesmas preocupações que diversos membros do Congresso. É preciso enfrentar essa discussão e o Congresso Nacional decidir essas eventuais adequações. O importante é vermos que essa discussão é muito necessária neste momento, a fim de evitarmos termos cortes jurídicas com atuação ou tendências políticas que rivalizem com os representantes eleitos pelo povo — disse Angelo Coronel.

Ele é autor da PEC 77/2019 , que limita o mandato de ministros do STF a oito anos, permitida uma recondução, e aumenta para 55 anos a idade mínima para compor a Suprema Corte.

— A principal motivação é assegurar o equilíbrio entre os Poderes. É preciso preservar o Poder Judiciário e evitar todo tipo de perpetuação de poder. Determinar mandatos para alta cúpula do Judiciário é uma forma de evitar que um Poder da República fique refém dos mandatos de seus membros. Assim como no Legislativo e no Executivo, é preciso que o Judiciário tenha essa renovação nos cargos principais — defende.

A proposta altera a escolha dos ministros, que passariam a ser indicados também pela Câmara e pelo Senado. O objetivo principal é descentralizar as indicações, segundo o autor. Dos 11 ministros, 3 seriam eleitos pelo Senado e 3 pela Câmara; os demais continuariam sendo indicados pelo presidente da República. Todos os indicados teriam que ser escolhidos dentre os “ministros de tribunais superiores, desembargadores ou juízes de tribunais”. Senado e Câmara também elegeriam parte do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Superior Tribunal Militar (STM). Caso aprovada, a escolhados próximos seis ministros do Supremo será feita primeiro pela Câmara e pelo Senado, alternadamente. Depois disso, as demais indicações serão feitas pelo órgão (Câmara, Senado ou Presidência da República) que indicou o ministro cujo cargo ficou vago.

Já Plínio Valério é autor da PEC 16/2019 , que estabelece mandato fixo de oito anos para ministros do Supremo e aumenta a idade mínima para nomeação de 35 para 45 anos. O senador sublinha que as novas regras só valeriam para futuras indicações feitas após a publicação da emenda constitucional.

— Hoje alguns pensam que o prédio do Supremo é o Olimpo, mas não é. Alguém tem que ter poder para colocar um freio nisso e esse poder chama-se Senado Federal. Nós fazemos as leis, o Congresso. Quem pode aprimorar, quem pode trabalhar, modificar ou fazer nova lei, somos nós. Não são eles. Nós temos que assumir o nosso papel e o Rodrigo acertou muito bem, está tendo o apoio total nosso aqui, pra gente continuar fazendo coisas dentro da lei, pela lei. Eu acho que essa PEC vai tramitar legal — afirmou Plínio Valério.

A PEC 16/2019 também fixa prazos para o presidente fazer suas indicações para o STF e para o Senado analisá-las. O presidente da República teria de indicar ao Senado o nome de um novo membro do STF em até um mês do surgimento da vaga no tribunal. O Senado teria, então, até 120 dias para analisar a indicação.

Se o nome for aprovado pelo Senado (por maioria absoluta), o presidente da República terá dez dias para proceder à nomeação do novo ministro. Caso nada faça, será considerado que o presidente deu anuência tácita à nomeação. Esses prazos não existem hoje.

— O Senado representa o Brasil. E eles foram empoderados como juiz de um Supremo Tribunal Federal e alguns deles se julgam semideuses. Por causa dessa longevidade. Ele entra aos 40, 45, 50 e só sai com 75, quando então já tem casa em Nova York, casa em Portugal e não vão mais dar satisfação porque vão morar fora. Com oito anos [de mandato], ele vai ser bom, ser justo, não vai sucumbir aos encantos do poder — acrescentou Plínio Valério.

Ele antecipou que a relatoria das mudanças no STF deve ficar com a senadora Tereza Cristina (PP-MS). Na avaliação de Plínio Valério, o texto final deve acabar propondo um mandato fixo de 10 ou 12 anos e uma idade mínima de 45 anos. Plínio Valério disse que as PECs deverão ser apensadas e tramitarão em conjunto, cabendo ao futuro relator condensar as propostas e as emendas apresentadas em um texto substitutivo.

Na segunda-feira (27), Rodrigo Pacheco afirmou que a criação de um mandato temporário fixo para ministros do STF e a elevação da idade mínima para ingresso podem “ser uma sistemática muito positiva para o Brasil”. Ele disse que o Supremo não pode se tornar a última instância da discussão política no Congresso Nacional.

Por sua vez, a PEC 51/2023 , de Flávio Arns, estabelece mandato de 15 anos para o cargo de ministro do STF e fixa em 50 anos a idade mínima para a nomeação. A proposta estabelece também uma quarentena para impedir que sejam nomeados para o STF quem houver exercido nos três anos anteriores, por qualquer período, um dos seguintes cargos: procurador-geral da República, defensor público-geral Federal, ministro de Estado ou titular de órgão diretamente subordinado à Presidência da República, ou, ainda, dirigente de entidade da administração pública federal indireta. Aguarda indicação de relator na CCJ.

— Uma questão estatal fundamental jamais foi objeto de reforma constitucional: as regras de seleção dos ministros do STF e a duração de seus cargos. Essa questão é crucial porque, além de determinar o grau de legitimidade, independência e imparcialidade que os membros da cúpula do Judiciário ostentarão, ela também diz respeito ao tipo de jurisdição constitucional que desejamos ter em relação à nossa própria identidade nacional — argumenta Arns.

O senador diz querer “um novo modelo de jurisdição constitucional”.

— As nossas leis e regras jurídicas mudam de modo cada vez mais acelerado, para acompanhar o ritmo crescente da globalização, inovação tecnológica e diversificação cultural. Nada mais coerente e razoável que a forma de escolha dos nossos guardiões da Constituição, bem como a frequência com que a Corte se renova, sejam adequadas à realidade sociopolítica brasileira, bem como adaptáveis às suas constantes mudanças — acrescenta.

Arns afirma também que o debate sobre a forma de mandato e de escolha dos membros do STF vem sendo feito pelos congressistas há mais de uma década.

— Todas as instituições estatais estão sujeitas a atualizações e aprimoramentos normativos, inclusive o Congresso Nacional, que já sofreu tantas mudanças desde a primeira Constituição republicana do Brasil — diz.

A última instância

O STF completou 215 anos em 2023, pois teve como embrião a Casa da Suplicação do Brasil, que tinha 23 membros, primeiro órgão judiciário independente do país, criado em 10 de maio de 1808, para exercer o ofício de instância final de apelação nos processos iniciados no território da então colônia — ou seja, os processos podiam ser encerrados no Brasil, sem mais a necessidade de manifestação da Casa de Suplicação de Lisboa.

Após a Proclamação da Independência (7 de setembro de 1822), a Constituição de 1824 transforma o órgão em Supremo Tribunal de Justiça, integrado por 17 juízes, que só foi instalado em 1829 e durou até 1891.

Passou a se chamar Supremo Tribunal Federal entre 1890/91. Na Constituição de 1891, o STF era composto por 15 juízes,nomeados pelo presidente da República com posterior aprovação do Senado. Em 1931 o número de ministros foi reduzido para 11.Do início da República (15 de novembro de 1889) até 1933, o cargo era vitalício. A Constituição de 1934 estabeleceu aposentadoria compulsória aos 75 anos para todos os servidores públicos, limite que foi diminuído para 68 anos na Constituição de 1937 .

Com a Constituição de 1946 , a aposentadoria compulsória é estabelecida em 70 anos, limite que vigorou até 2015, com a aprovação da chamada PEC da Bengala , transformada na Emenda Constitucional 88 , que aumentou para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória.

A aposentadoria compulsória permaneceu em 70 anos de idade durante toda a ditadura militar iniciada em 1964, mas o Ato Institucional 2/1965 , aumentou o número de ministros para 16 e o Ato Institucional 6/1969 , restabeleceu o número de 11 ministros.

Com a retomada democrática, a composição com 11 magistrados foi mantida e a Constituição de 1988 reforçou a competência do Supremo como guardião da Constituição.

Reeleição não

Outra proposta que voltará à tona em 2024 é a extinção da reeleição para presidente, governador e prefeito. A medida já foi tema de dezenas de PECs desde o começo do século, mas nenhuma prosperou. Atualmente há a PEC 12/2022 , do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que também está na CCJ aguardando relatoria. O texto ainda aumenta de quatro para cinco anos o tempo de mandato para quem ocupar esses cargos a partir de 2026.

O instituto da reeleição já dura desde 1997 ( Emenda Constitucional 16 ). Entre 1891 e 1996 não havia essa possibilidade. A PEC foi proposta no segundo mês do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1994 , que se beneficiaria da mudança para obter um segundo mandato a partir de 1998. Os dois presidentes seguintes, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, também conseguiram se reeleger; Jair Bolsonaro não. Vice-presidente de Dilma, Michel Temer nunca se candidatou à Presidência, cumpriu parte do mandato de Dilma após o impeachment, mas não tentou manter-se no cargo.

Na Câmara dos Deputados, também há dezenas de propostas que tratam de reeleição, do STF e assuntos correlatos, como a PEC 262/2008 , que tem outras 27 PECs apensadas à ela. A proposta muda as regras de preenchimento de vagas nos tribunais superiores, mas há matérias apensadas que propõem o fim da reeleição para o Executivo e o mandato de sete, oito ou dez anos para ministros do Supremo, entre outros.

PEC 376/2009 , outra em tramitação naquela Casa, unifica as datas de eleição de todos os mandatos eletivos e acaba com a reeleição no Executivo. Ela tem mais dez PECs apensadas, como a que reduz de oito para quatro anos a duração do mandato de senadores; a que limita reeleições no Poder Legislativo; e a que extingue a figura dos suplentes de senadores. Ambas aguardam votação na CCJC da Câmara.

Com produção de Débora Brito

Novo Código Eleitoral reduz controle de gastos com dinheiro público em campanhas

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Foto: Divulgação

Para advogado, controle de gastos é o ponto mais sensível dentre as mudanças

A Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, o texto-base do novo Código Eleitoral. O projeto, com 902 artigos, aglutina em um só texto toda a legislação eleitoral e temas de resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A proposta, que para ser aprovada precisa ser votada em segundo turno, trata de assuntos como inelegibilidade, prestação de contas, pesquisas eleitorais, gastos de campanha, acesso a recursos dos fundos partidário e de campanha, entre outros.

Para o advogado e professor Acacio Miranda da Silva Filho, especialista em Direito Constitucional e Penal, alguns pontos da proposta são muito sensíveis para a sociedade, como a utilização do dinheiro público nas campanhas. Ele lembra que além do aumento do valor do fundo eleitoral, está em discussão que os partidos tenham menos obrigações para fazer a prestação de contas. “Em se tratando de dinheiro público, isso é um grande problema. Os partidos estariam gastando mais sem que a população e os órgãos de controle tenham acesso para saber com o que foi gasto e com qual finalidade”, afirma.

Ao comentar a permissão para propaganda política em templos e universidades, o advogado avalia que esses dispositivos foram criados a fim de confrontar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, nas eleições de 2020, foi contundente no combate daquilo que se chama “abuso do poder religioso”. “Hoje, o Congresso Nacional é composto por várias bancadas religiosas e diante disso, essas bancadas entenderam por bem dar uma resposta ao Tribunal”. Já a defesa de candidaturas em universidades é um contrassenso para Acacio, uma vez que essas mesmas bancadas defenderam aspectos relacionados à escola sem partido. “São duas respostas a entendimentos judiciais que acabam permitindo a utilização indiscriminada destes estabelecimentos coletivos para a realização de campanhas eleitorais”, observa o advogado.

Outro ponto do novo código visto com bastante ressalva é o aumento da janela partidária. Com a mudança, os candidatos terão prazo maior para mudar de partido e disputarem a eleição subsequente. “Isso é ruim para democracia, para manutenção da ideologia partidária e, mais do que isso, dificulta que os eleitores votem em candidatos vinculados ao seu pensamento, para cobrá-los depois”, conclui.

Fonte:
Acacio Miranda da Silva Filho, Doutorando em Direito Constitucional pelo IDP/DF. Mestre em Direito Penal Internacional pela Universidade de Granada/Espanha. Pós-graduação lato sensu em Processo Penal na Escola Paulista da Magistratura e em Direito Penal na Escola Superior do Ministério Público de São Paulo. É especialista em Teoria do Delito na Universidade de Salamanca/Espanha, em Direito Penal Econômico na Universidade de Coimbra/IBCCRIM e em Direito Penal Econômico na Universidade Castilha – La Mancha/Espanha. Tem extensão em Ciências Criminais, ministrada pela Escola Alemã de Ciências criminais da Universidade de Gottingen, e em Direito Penal pela Universidade Pompeu Fabra.

Malta: “Se 8/1 fosse golpe, Irmã Ilda seria presidente”

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A idosa ficou famosa por orar e evangelizar na porta do QG do Exército em Brasília

O senador Magno Malta (PL-ES) expressou sua indignação em relação às mensagens de alguns parlamentares que alegam que os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro seriam uma tentativa de golpe de Estado. Durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) desta terça-feira (27), diversos deputados e senadores governistas afirmaram que o Exército e o ex-presidente Jair Bolsonaro estavam interessados em assumir o poder.

Durante o debate, Malta destacou a ausência de liderança política ou militar nos referidos atos e ironizou a situação, afirmando que, se realmente fosse um golpe de Estado, a presidente do país seria a Irmã Ilda, uma senhora conhecida por orar e pregar o Evangelho na porta do Quartel-General do Exército durante as manifestações que começaram em outubro. Malta já havia prestado homenagem à Irmã Ilda no Dia Internacional da Mulher e reconheceu sua importância. A idosa é frequentemente vista em fotos e vídeos, sempre com sua Bíblia em mãos, orando pelo Brasil e compartilhando sua fé com os patriotas que protestaram por mais de 60 dias.

Durante a audiência, os parlamentares ouviram o depoimento do coronel do Exército Jean Lawand Junior, que manteve conversas com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e atualmente preso no âmbito de uma investigação sobre a carteira de vacinação do ex-presidente. As conversas entre Lawand e Cid abordaram o resultado das eleições de outubro e as manifestações que ocorriam em frente aos quartéis-generais do Exército. Importante ressaltar que essas conversas datam de antes de 8 de janeiro.

Por portal Novo Norte

Deputada de extrema-esquerda pode perder o mandato por ameaça de agressão contra Nikolas Ferreira

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Durante o debate, Feghali ameaçou fisicamente o deputado federal Nikolas Ferreira, chamando-o de “moleque” e declarando que ele “veria o que tomaria pela cara”

O Partido Liberal (PL) tomará medidas legais contra a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) após a polêmica ocorrida durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Durante o debate, Feghali ameaçou fisicamente o deputado federal Nikolas Ferreira, chamando-o de “moleque” e declarando que ele “veria o que tomaria pela cara”. O incidente resultou na decisão do PL de representar a deputada por quebra de decoro parlamentar, o que coloca em risco seu mandato.

A representação contra Jandira Feghali foi anunciada por Nikolas Ferreira, que expôs a ameaça em suas redes sociais. Em sua postagem, o deputado afirmou que foi ameaçado pela deputada do Partido Comunista do Brasil e que o PL aguarda o recebimento da representação pela Comissão de Ética, que deverá tomar as medidas apropriadas diante do ato violento cometido por Feghali. A discussão entre os parlamentares revelou o clima acirrado que tem marcado os debates na CPMI do 8 de janeiro.

Christino propõe redução nos encargos para estimular o emprego no País

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Em entrevista à rádio 95 FM, em Macaé, nesta segunda-feira (4), Christino explicou a proposta.

O deputado federal Christino Áureo (PP-RJ) está atento às dificuldades dos jovens e dos mais idosos de ingressarem no mercado de trabalho.

Durante debate da Reforma da Previdência, na Câmara, ele apresentou uma sugestão que vai aproveitar essa mão de obra e impulsionar o crescimento do País.

Trata-se do projeto de lei (PL 5818/19), que está tramitando na Câmara, e que introduz desconto na alíquota da contribuição previdenciária, a cargo da empresa, como fomento à contratação e capacitação do público na denominada “Economia Prateada”.

Em entrevista à rádio 95 FM, em Macaé, nesta segunda-feira (4), Christino explicou a proposta.

– Muita gente está vivendo a angústia do desemprego, a dificuldade de conseguir o primeiro emprego por falta de experiência ou de reingressar no mercado de trabalho depois de 50,55 e 60 anos, onde o empregador não leva em conta a sua capacidade produtiva e experiência. Pelo contrário, ele prefere contratar pessoas mais jovens e pagar menos, por causa dos encargos financeiros. E o governo federal está incorporando nesse conjunto de medidas de emprego, a minha proposta de isentar às empresas que contratarem jovens entre 18 e 29 anos, que estejam em seu primeiro emprego, da contribuição previdenciária e demais encargos da folha de pagamento- pontuou o deputado.

Para Christino, o desafio da falta de emprego é muito grande, principalmente nas comunidades mais pobres, que deveriam estar com os jovens no mercado de trabalho, mas que acabam enveredando para outros caminhos. Portanto, é preciso lutar e capacitá-los cada vez mais.

– Existem muitas oportunidades de capacitação em Macaé e na região. Além da Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC), que implantamos, em 2012, temos o SENAI, escolas privadas que oferecem capacitação, as redes estadual e municipal e o complexo universitário, além da capital. O momento é esse. De estimularmos à desoneração da folha de pagamento para que as contratações aconteçam de forma legalizada e diminuam a informalidade no País- afirmou Christiano Áureo.
De Brasília, Ivana Figueiredo.