PEC que limita ações policiais a mando do STF no Congresso tem 27 assinaturas de apoio. Veja nomes

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A PEC também propõe que os parlamentares tenham o direito de recusar o cumprimento de ordens judiciais ou administrativas que possam ser interpretadas como censura.

A proposta exige autorização da Casa para ações da Polícia Federal e amplia a inviolabilidade dos parlamentares.

O Senador Jorge Seif (PL-SC) conseguiu nesta quinta (22) o apoio de 27 parlamentares para apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa restringir a atuação da Polícia Federal, a mando do STF, no Congresso Nacional. De acordo com a proposta, qualquer operação da PF nas dependências do Congresso precisará de autorização prévia da respectiva Casa legislativa que for alvo do mandado.

A PEC também propõe que os parlamentares tenham o direito de recusar o cumprimento de ordens judiciais ou administrativas que possam ser interpretadas como censura. Além disso, estabelece a inviolabilidade dos deputados e senadores em qualquer local, situação, conteúdo de fala ou objetivo, garantindo a liberdade de expressão.

O texto sugere ainda que os meios de comunicação possam divulgar opiniões ou declarações dos parlamentares sem que jornalistas ou veículos de imprensa sejam responsabilizados. Entre os signatários da proposta, encontram-se nomes como Alan Rick (União-AC), Angelo Coronel (PSB-BA), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e outros, incluindo figuras conhecidas como Damares Alves (Republicanos-DF) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Esta iniciativa tem gerado discussões sobre o equilíbrio entre a independência do Poder Legislativo e a necessidade de investigações conduzidas pela Polícia Federal, sob a perspectiva de garantir a transparência e o combate à corrupção dentro do Congresso Nacional.

Veja a lista:

1. Jorge Seif (PL-SC)

2. ⁠Alan Rick (União- AC)

3. ⁠Angelo Coronel (PSB-BA)

4. ⁠Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)

5. Carlos Portinho (PL-RJ)

6. ⁠Ciro Nogueira (PP-PI)

7. ⁠ ⁠Cleitinho (Republicanos- MG)

8. Damares Alves (Republicanos-DF)

9. ⁠Dr. Hiran (PP-RR) 

10. ⁠Eduardo Girão (Novo-CE)

11. ⁠ Eduardo Gomes (PL-TO)

12. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) 

13. ⁠Hamilton Mourão (Republicanos-RS)

14. ⁠Izalcy Lucas (PSDB-DF)

15. ⁠Lucas Barreto (PSB-AP)

16. ⁠Luis Carlos Heinze (RS-PP)

17. ⁠Marcos Rogério (PL-RO)

18. Marcos do Val (Podemos-ES) 

19. ⁠Mecias de Jesus (Republicanos-RS)

20. ⁠Márcio Bittar (União- AC)

21. ⁠Plínio Valério (PSDB-AM)

22. ⁠Sérgio Moro (União-PR)

23. ⁠Styvenson Valentim (Rio Branco-AC)

24. ⁠Tereza Cristina (PP-MS)

25. ⁠Wellington Fagundes (PL-MT)

26. ⁠Wilder Morais (PL-GO)

27. ⁠Zequinha Marinho (Podemos-MA)

Com informações do Diário do Poder.

Por portal Novo Norte

Pressão total sobre Lira pelo impeachment de Lula

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A deputada Carla Zambelli lembrou de um caso anterior, durante o governo Dilma, em que a pressão popular e política levou à abertura de um processo de impeachment mesmo com um presidente da Câmara inicialmente resistente.

Um grupo de senadores de oposição, incluindo nomes como Rogério Marinho (PL-RN), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Damares Alves (Republicanos-DF) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), anunciou nesta quinta (22) que vai manifestar seu apoio ao pedido de impeachment contra o presidente Lula. Esse pedido foi feito por deputados também da oposição, depois que Lula fez um comentário comparando ações de Israel contra o Hamas ao Holocausto.

Os senadores optaram por não assinar o pedido de impeachment. Eles explicaram que, se assinassem, poderiam ser considerados impedidos de votar sobre o assunto no futuro. Isso porque o Senado é responsável por julgar o presidente em um processo de impeachment, após a Câmara dos Deputados avaliar se o caso deve prosseguir.

Apesar do apoio dos senadores ao impeachment, pessoas próximas a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, acreditam que ele provavelmente não dará continuidade ao pedido. No entanto, a deputada Carla Zambelli lembrou de um caso anterior, durante o governo Dilma, em que a pressão popular e política levou à abertura de um processo de impeachment mesmo com um presidente da Câmara inicialmente resistente.

Por portal Novo Norte

Lula é recordista de pedidos de impeachment nos primeiros 14 meses de Governo

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Ex-presidentes como Fernando Collor, que foi efetivamente destituído do poder, tiveram menos solicitações de impeachment nos estágios iniciais de seus mandatos

Desde que assumiu o cargo em janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta o 19° pedido de impeachment, o maior número registrado nos primeiros 14 meses de um mandato presidencial no Brasil, conforme relatado pelo jornal O Globo. Essa quantidade supera em mais do dobro os pedidos contra Jair Bolsonaro (PL) no mesmo período de seu governo.

Comparativamente, ex-presidentes como Fernando Collor, que foi efetivamente destituído do poder, tiveram menos solicitações de impeachment nos estágios iniciais de seus mandatos. Collor enfrentou dois pedidos no mesmo intervalo de tempo, antes de alcançar um total de 29 pedidos até seu impeachment.

O mais recente pedido contra Lula, que estabeleceu um novo recorde de assinaturas com mais de 130 deputados federais apoiando, foi formulado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP). Baseia-se no Artigo 5º da Lei 1.079/50, alegando que o presidente cometeu um ato de hostilidade contra nação estrangeira, referindo-se à comparação feita por Lula entre a guerra em Gaza e o Holocausto judeu. Até a manhã desta quarta-feira (21), o pedido havia reunido 137 assinaturas, ultrapassando as 124 assinaturas no processo de impeachment contra Dilma Rousseff (PT).

Por portal Novo Norte

Deputado defende manifestações e questiona se ministros tem medo de combater o verdadeiro crime organizado

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Segundo ele, esses partidos até defendem grupos violentos e tentam enganar as pessoas

O deputado Capitão Alden, do PL da Bahia, discursou na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (22) criticando os partidos de esquerda. Ele disse que esses partidos falam de democracia e liberdade, mas apoiam ideias e pessoas que não combinam com o que pregam, como Karl Marx e Che Guevara. Segundo ele, esses partidos até defendem grupos violentos e tentam enganar as pessoas.

ALDEN também falou sobre um protesto planejado para o dia 25, dizendo que será um ato pacífico, diferente de ações violentas do passado, como as do Movimento Sem Terra (MST) em 2014, que ele chamou de terrorismo. Ele destacou que seus apoiadores querem protestar de forma calma e organizada.

O deputado questionou por que as autoridades não combatem mais duramente o crime organizado, como o tráfico de drogas controlado por grupos como o Comando Vermelho e o PCC. Ele gostaria de ver ações mais fortes da polícia contra esses criminosos, argumentando que eles são a verdadeira ameaça à sociedade, não as pessoas que apoiam o governo.

Para terminar, ALDEN pediu mais respeito pelos brasileiros, especialmente os que pagam seus impostos. Ele questionou se as autoridades têm medo de enfrentar os criminosos de verdade, em vez de focar em pessoas que, segundo ele, só querem o bem do país.

Por portal Novo Norte

Deputado pede que Centrão assuma a direção política do Brasil no lugar de Lula

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Ele destacou que as falas do presidente violam preceitos da carta da ONU, acusando o governo de agressão a uma etnia, religião e um Estado constituído

O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL – SP) discursou no plenário da Câmara dos Deputados na manhã desta quinta-feira (22), criticando as declarações do Presidente Lula sobre Israel e o Holocausto, além do alinhamento do Brasil com países considerados ditatoriais. Ele destacou que as falas do presidente violam preceitos da carta da ONU, acusando o governo de agressão a uma etnia, religião e um Estado constituído, e atribuiu parte dessa postura às ideias de Celso Amorim, ex-Ministro das Relações Exteriores.

Orleans e Bragança argumentou que, com esses posicionamentos, o Brasil se distancia dos países ocidentais, com quem tem fortes alianças, e se aproxima de grupos que declaram guerra ao Ocidente. Ele mencionou movimentos como a reconvocação do embaixador brasileiro em Israel e a carta da África do Sul contra Israel, indicando um apoio do Brasil a esses países e movimentos considerados radicais.

Internamente, o deputado alertou para uma crescente autocracia no Brasil, com o Executivo e o Judiciário dominando a esfera política, e questionou o alinhamento dos partidos do centro com o governo. Ele expressou preocupação com a falta de apoio ao pedido de impeachment do presidente, sugerindo que essa hesitação contribui para a projeção do país como uma autocracia alinhada a países terroristas.

O deputado finalizou seu discurso apelando aos partidos do centro para assumirem a responsabilidade pela direção política do país, criticando o alinhamento com práticas antidemocráticas e a falta de ação para preservar o Estado de Direito no Brasil.

Por portal Novo Norte

Com 129 assinaturas, impeachment de Lula por ataques contra Israel bate recorde de apoio

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A iniciativa, liderada pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), marca a maior adesão parlamentar a um pedido de impeachment até o momento, superando o recorde anterior do processo contra Dilma Rousseff em 2016

O pedido de impeachment contra o presidente Lula, motivado por suas declarações que equiparam a ofensiva israelense em Gaza ao Holocausto, será protocolado, contando com o apoio de 129 deputados. 

A iniciativa, liderada pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), marca a maior adesão parlamentar a um pedido de impeachment até o momento, superando o recorde anterior do processo contra Dilma Rousseff em 2016, que teve 124 assinaturas.

Este movimento surge após Lula, durante uma agenda na Etiópia no início desta semana, ter classificado a atuação de Israel na Faixa de Gaza como genocida, comparando-a ao Holocausto judeu na Segunda Guerra Mundial. 

Os parlamentares alegam que tal comparação constitui um crime de responsabilidade, baseando-se no Artigo 5º da Constituição Federal, que define como crime de responsabilidade atos de hostilidade contra nações estrangeiras que possam expor a República ao perigo de guerra ou comprometer sua neutralidade.

Apesar do forte apoio ao pedido de impeachment, aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), consideram mínimas as chances de o processo ser efetivamente levado adiante. A oposição, contudo, se mobiliza intensamente por meio deste ato parlamentar.

Veja a lista completa de assinaturas:

Carla Zambelli
Julia Zanatta
Delegado Caveira
Mario Frias
Coronel Meira
Maurício Marcon
Paulo Bilynskyj
Sgt Fahur
Delegado Fabio Costa
Carlos Jordy
Gustavo Gayer
Sgt Gonçalves
Kim Kataguiri
Bia Kicis
General Girão
Luiz Philippe
Nikolas Ferreira
Alfredo Gaspar
Rosangela Moro
Gilvan da Federal
Carol de Toni
Amália Barros
Domingos Sávio
Ramagem
Nicoletti
Messias Donato
André Fernandes
Marcelo Álvaro Antônio
Eros Biondini
Junio Amaral
Coronel Telhada
Marcel Van Hattem
José Medeiros
Zucco
Daniel Freitas
Zé Trovão
Daniela Reinehr
Capitão Alden
Filipe Martins
Bibo Nunes
Adriana Ventura
Gilberto Silva
Cel Chrisóstomo
Sanderson
Giovani Cherini
Filipe Barros
Cristiane Lopes
Capitão Augusto
Gilson Marques
Coronel Fernanda
Eduardo Bolsonaro
Any Ortiz
Marco Feliciano
Adilson Barroso
Chris Tonietto
Silvio Antonio
Ricardo Salles
Silvia Waiãpi
Abilio
Marcio Alvino
Jefferson Campos
Rodrigo Valadares
Marcelo Moraes
Delegado Éder Mauro
Rodolfo Nogueira
Dr. Frederico
Clarissa Tercio
Evair Vieira de Melo
Eli Borges
Coronel Assis
Luiz Lima
Coronel Ulysses
Dr. Jaziel⁠
Capitão Alberto Neto
Mariana Carvalho
Roberto Duarte
Marcos Pollon
Magda Mofatto
Dayany Bittencourt
Maurício Souza
Fernando Rodolfo
Roberta Roma
Alberto Fraga
Reinhold Stephanes Jr
Lincoln Portela
Miguel Lombardi
⁠Dr. Zacharias Calil
Professor Alcides
Rosana Valle
Hélio Lopes
Pedro Lupion
Pastor Eurico
Delegado Palumbo
Zé Vitor
Lucas Redecker
⁠Dr. Fernando Maximo
Thiago Flores
Dr Luiz Ovando
Roberto Monteiro
General Pazuello
Luciano Galego
Afonso Hamm
Osmar Terra
Covatti Filho
Pedro Westphalen
Geovania de Sá
Nelsinho Padovani
André Ferreira
Gerlen Diniz
Ana Paula Leão
Dilceu Sperafico
Vermelho Maria
Franciane Bayer
Joaquim Passarinho
Vicentinho Júnior
Fred Linhares
Sostenes Cavalcante
Amaro Neto
Dep. Carlos Sampaio
Mendonça Filho
Silvia Cristina
Felipe Saliba
Maurício Carvalho
Rafael Simões
Paulinho Freire
Emidinho Madeira
Diego Garcia
Pezenti
Paulo Freire Costa

Por portal Novo Norte

Moro destaca importância dos presídios federais

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Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Ele destacou o papel fundamental dessas instituições no isolamento das lideranças do crime organizado e lembrou que os presídios federais foram criados, em 2006, com o objetivo de oferecer celas individuais e evitar rebeliões

O senador Sérgio Moro (União-PR), em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (20), ressaltou a importância da segurança pública e dos presídios federais. Ele destacou o papel fundamental dessas instituições no isolamento das lideranças do crime organizado e lembrou que os presídios federais foram criados, em 2006, com o objetivo de oferecer celas individuais e evitar rebeliões.

— Não tínhamos, até a criação dos presídios federais, um instrumento hábil a esse isolamento. Isso tem sido mantido desde então. Lembro aqui que, em 2019, logramos transferir as lideranças do PCC, que é a maior organização criminosa do país, para os presídios federais, coisa que até então se dizia que não era possível fazer porque, se fosse feito, eles virariam o país de cabeça para baixo. Mas tomando todas as cautelas necessárias, além de o transporte ser bem-sucedido, sem qualquer intercorrência, não houve qualquer espécie de “salve geral” no país, como ocorreu em 2006, em São Paulo, quando se aventou a transferência desses líderes do PCC para os presídios federais — observou.

Moro apontou, no entanto, que a recente fuga de dois presos da penitenciária federal de Mossoró (RN), no dia 14 de fevereiro, representa um “perigoso precedente”. Para ele, é necessário investigar as falhas que levaram a essa fuga e tomar medidas para garantir que tais incidentes não voltem a ocorrer.

— Não podemos aceitar que falhas circunstanciais, falhas operacionais façam com que os presídios federais fiquem vulneráveis a fugas, que fiquem vulneráveis àqueles males a que assistimos, às vezes, nos presídios estaduais, de presos comandando crimes lá de dentro. Então, é o momento de haver um debate sério, uma reflexão séria sobre as medidas necessárias para que isso jamais ocorra novamente — afirmou.

Além disso, o parlamentar registrou que foi aprovado requerimento (REQ 3/2024 — CSP) de autoria dele, na Comissão de Segurança Pública (CSP), para realização de um debate sobre a fuga dos presidiários do estabelecimento de segurança máxima em Mossoró.

Por portal Novo Norte

Plínio Valério critica MPF no Acre por arquivar denúncias de CPI

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Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Em pronunciamento nesta terça-feira (20), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou a postura do Ministério Público Federal no estado do Acre, qu…

Em pronunciamento nesta terça-feira (20), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou a postura do Ministério Público Federal no estado do Acre, que arquivou denúncias apresentadas por senadores membros da CPI das ONGs contra agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio).

Segundo o parlamentar, que foi presidente do colegiado, a CPI ouviu testemunhos de moradores da região, que relataram ter recebido ameaças e agressões de funcionários responsáveis pela fiscalização da reserva.

— São percebidas transgressões presentes no Código Penal, como maus tratos, constrangimento ilegal, ameaça, perseguição, violência psicológica contra a mulher, violação de domicílio, dano qualificado, apropriação indébita e violação arbitrária. Alguns dos relatos alegam impedimento para abertura de ramais, construção de pontes e escolas e abuso de autoridade. Isso tudo é relatado por nós que vimos […] Nós fomos ver, trouxemos depoimentos e fizemos a denúncia — disse.

Valério criticou a alegação do Ministério Público Federal no Acre de que a denúncia não apresentava “elementos concretos” para abrir investigação. Ele argumentou que os procuradores se recusaram a analisar o vasto material encaminhado ao órgão. O senador defendeu a importância de cada poder cumprir “suas responsabilidades constitucionais”.

— Vídeos, depoimentos claros de tudo o que dissemos foram colocados e encaminhados ao Ministério Público Federal. E o procurador diz que não tinha nada que o levasse a abrir um processo de investigação, querendo que nós provássemos. […] Nós, legisladores, respeitamos os Poderes. Nós fazemos o nosso papel, que é legislar. O Ministério Público denuncia e apura, o Judiciário deveria — o Supremo — se limitar a julgar e o Executivo a julgar — enfatizou.

Por portal Novo Norte

Senado aprova fim da “saidinha” de presos

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A proposta foi aprovada por 62 votos favoráveis e dois contrários – dos senadores Cid Gomes (PSB-CE) e Rogério Carvalho (PT-SE)

O Senado aprovou nesta terça-feira (20) o projeto de lei que acaba com as saídas temporárias de presos em feriados e datas comemorativas, mas mantém a autorização para que detentos em regime semiaberto possam estudar fora da prisão. Como os senadores fizeram mudanças, a proposta será analisada novamente pela Câmara dos Deputados, que aprovou o projeto em 2022.

A proposta foi aprovada por 62 votos favoráveis e dois contrários – dos senadores Cid Gomes (PSB-CE) e Rogério Carvalho (PT-SE).

A legislação atual prevê a saída temporária, conhecida como “saidinha”, para condenados no regime semiaberto. Eles podem deixar a prisão cinco vezes ao ano para visitar a família em feriados, estudar fora ou participar de atividades de ressocialização.

Segundo o relator da proposta no Senado, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o projeto de lei aprovado hoje busca extinguir a saída temporária em vista dos recorrentes casos de presos detidos que cometem infrações penais durante o gozo desse benefício. “Ao permitir que presos ainda não reintegrados ao convívio social se beneficiem da saída temporária, o Poder Público coloca toda a população em risco”, argumentou.

A proposta aprovada também prevê a realização de exame criminológico para permitir a progressão de regime de condenados. De acordo com o texto, um apenado só terá direito ao benefício se “ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento e pelos resultados do exame criminológico”.

“O exame é uma junta médica em que um conjunto de médicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais vai determinar de forma técnica a capacidade dessa pessoa ter direito a progressão de regime ou livramento condicional”, explicou o senador.

Por emenda apresentada pelo senador Sergio Moro (União Brasil-PR) na Comissão de Segurança Pública, fica permitida a saída de presos para frequência a curso profissionalizante, de ensino médio ou superior. Não se enquadram nessa permissão os presos que praticaram crime hediondo ou crime praticado com violência ou grave ameaça contra a pessoa.

O projeto estabelece regras para a monitoração de presos com o uso de tornozeleira eletrônica. Segundo a proposição, o juiz pode determinar a fiscalização eletrônica como requisito para o cumprimento de penas do regime aberto e semiaberto e de presos com restrição de circulação pública e para estabelecer o livramento condicional.

A legislação será chamada de “Lei Sargento PM Dias”, em homenagem ao policial militar de Minas Gerais que foi morto em janeiro deste ano durante uma perseguição na capital mineira. O autor do crime era um beneficiário da saída temporária.

Governo

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), liberou a bancada do governo para votar. Segundo ele, não há ainda nenhuma posição firmada pelo governo sobre a possibilidade de vetar a proposta.

O líder do PT no senado, Fabiano Contarato (PT-ES), se manifestou favorável ao texto-base do projeto e também liberou a bancada para a votação. Ele disse ser contra a saída temporária de presos.

Ressocialização

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil avaliam que a extinção do benefício não tem relação com a queda na criminalidade .

O secretário Nacional de Políticas Penais (Senappen), Rafael Velasco, lembra que o cumprimento do benefício da saída temporária não é uma exclusividade do Brasil, que existe em todo o mundo, e que é absolutamente necessário para a retomada da vida fora da prisão após cumprimento da pena.

“É um benefício humanitário, ele serve para reintegração social progressiva do preso, serve dentro dos processos de ressocialização dele, uma aproximação tanto familiar quanto social”, ressalta o secretário.

A diretora-executiva do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), Marina Dias, avalia que a saída temporária é extremamente importante para o processo de ressocialização, de retomada da vida daquela pessoa que está já cumprindo a pena, mas já está num processo de término da pena, justamente para retomar os seus vínculos na comunidade e com seus familiares.

As pessoas encarceradas que têm direito à saída temporária são aquelas que estão no regime semiaberto, ou seja, que já podem deixar o presídio em algum momento para trabalhar, estudar ou para atividades que possam contribuir para sua reintegração social.

Por portal Novo Norte

Macaé: arrecadação 2023 bate recorde histórico e atinge R$ 4,2 bi

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É a maior cifra da história da administração municipal até o momento

Bons ventos vêm soprando sobre a economia de Macaé. De acordo com o relatório da Secretaria Municipal de Fazenda, a cidade fechou o ano passado com a arrecadação histórica de R$ 4,263 bilhões – cerca de 18% acima do previsto. São R$ 646.409.441,88 a mais nos cofres públicos além do esperado. As informações foram apresentadas na audiência pública de prestação de contas das metas fiscais para o terceiro quadrimestre de 2023, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (19), em ambiente virtual.

Para quem quiser assistir e se aprofundar nas contas de Macaé, a audiência pública está disponível em vídeo no canal oficial da Câmara no YouTube.

Ainda segundo o relatório, a arrecadação própria e os royalties foram os grandes responsáveis pelo aumento na receita, chegando a R$ 565.811.011,64 (18% superior ao estimado) e R$ 397.726.705,66 (29% além do esperado), respectivamente.

O secretário de Fazenda, Carlos Wagner de Moraes, avaliou o desempenho fiscal como excelente. No entanto, ele chamou a atenção para a dependência dos royalties que continua a preocupar os gestores municipais. “Atualmente, 54% das receitas próprias vêm do ISS, que é oriundo sobretudo das empresas da cadeia de petróleo e gás”.

Seguindo a tendência dos anos anteriores, as maiores despesas continuam sendo com as pastas da Saúde (34,9% do orçamento) e da Educação (29%). A legislação obriga investimentos de pelo menos 15% e 25%, respectivamente. As duas chegaram a R$ 1.615.802.301,90 e R$ 811.100.490,54, nesta ordem. Outro destaque foram os investimentos em obras, instalações, equipamentos e material permanente, que atingiram R$ 374.752.990,60 – 10,8% da receita.

Segundo o controlador geral do município, Edilson Santana, no início da atual gestão os investimentos não chegavam a 2% do orçamento.“E isso representa o que de fato a população recebe em termos de equipamentos públicos”, explicou.


Gastos com pessoal

Outro dado enfatizado foi a diminuição das despesas com pessoal, que no último quadrimestre ficou em 41,21% do total arrecadado – bem abaixo do limite máximo imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 54%. O presidente do Legislativo, Cesinha (Solidariedade), cobrou a retirada do papel das políticas públicas para Pessoas com Deficiência (PcD), materializada, sobretudo, na entrega de um Centro de Referência à população. “A demanda de atendimento continua muito grande. Reforço o pedido para que o governo concretize esse programa o quanto antes.” Os secretários prometeram levar a demanda ao prefeito Welberth Rezende (Cidadania).

Por Secom Câmara de Macaé