Contas de luz continuam com bandeira vermelha nível 2 em outubro

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Por Anne Warth

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que as contas de luz vão continuar com a bandeira vermelha em seu segundo nível no mês de outubro. Com a bandeira vermelha no nível dois, no mês que vem, a tarifa continua com um adicional de R$ 5,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Será o quinto mês seguido em que a bandeira vermelha em seu segundo nível vigora.

De janeiro a abril, vigorou a bandeira verde, que não tem custo adicional. Em maio, foi adotada a bandeira amarela, que adicionava R$ 1,00 a cada 100 kWh consumidos.

De acordo com a Aneel, a manutenção da bandeira vermelha nível 2 se deve às condições hidrológicas desfavoráveis e à redução no nível de armazenamento dos principais reservatórios das hidrelétricas do País.

Escala

O sistema de bandeiras tarifárias leva em consideração o nível dos reservatórios das hidrelétricas e o preço da energia no mercado à vista. Na bandeira verde, não há cobrança de taxa extra. Na bandeira amarela, a taxa extra é de R$ 1,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. No primeiro nível da bandeira vermelha, o adicional é de R$ 3,00 a cada 100 kWh. E no segundo nível da bandeira vermelha, a cobrança é de R$ 5,00 a cada 100 kWh.

O sistema indica o custo da energia gerada para possibilitar o uso consciente de energia. Antes das bandeiras, o custo da energia era repassado às tarifas no reajuste anual de cada empresa, e tinha a incidência da taxa básica de juros. A Aneel deve anunciar a bandeira tarifária que vai vigorar em novembro no dia 26 de outubro.

No PR, Meirelles critica fala de Mourão e diz confiar que estará no 2º turno

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Por Katna Baran

O candidato à Presidência pelo MDB, Henrique Meirelles, criticou nesta sexta-feira, 28, a fala do general Hamilton Mourão (PRTB), postulante a vice-presidente na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro (PSL), que classificou direitos trabalhistas como o 13.º salário e o adicional de férias, de “jabuticabas” – ou seja, coisas que só existem no Brasil. “O 13.º é uma conquista do trabalhador brasileiro e está assegurado na Constituição, é uma cláusula pétrea, inclusive”, afirmou o emedebista, durante ato de campanha em Curitiba (PR).

“É um absurdo que um candidato a vice-presidente simplesmente se coloque a contrariar uma cláusula pétrea da Constituição. Isso não poderia ser mudado nem pelo Congresso”, afirmou, depois de falar a empresários na capital paranaense.

Meirelles foi recebido em Curitiba pelo candidato ao governo do Paraná pelo MDB, João Arruda. O presidente do partido no Estado, senador Roberto Requião, no entanto, não compareceu à agenda de campanha do companheiro de sigla. Requião é crítico do governo Michel Temer e se posicionou contra a candidatura de Meirelles à Presidência. Apesar de flertar com o PT de Fernando Haddad (PT), formalmente Requião apoia Ciro Gomes (PDT) ao Planalto.

O candidato emedebista à Presidência preferiu não se posicionar seu possível apoio no segundo turno. “Estou lutando e trabalhando e tenho confiança de chegar no segundo turno, não acho adequado e é muito prematuro isso (declarar apoio)”, disse. Meirelles disse esperar que, na última semana antes do primeiro turno, o eleitorado fique mais atento à disputa presidencial e, assim, sua campanha possa “decolar”. “A eleição brasileira foi atípica, muito curta, com 35 dias de (propaganda de) televisão. A população não estava de fato ligada.”

Questionado sobre as críticas de seus oponentes, que dizem que o emedebista só se colocou como candidato à Presidência para defender a manutenção da agenda fiscal e monetária que implantou à frente do Banco Central e como Ministro da Fazenda do País, Meirelles se defendeu, afirmando que é o candidato “da criação do emprego e da renda”.

“A economia é a base de tudo. No momento em que o País cresce, cresce a arrecadação dos municípios, e as prefeituras podem cumprir sua função básica. A arrecadação do Estado cresce e ele pode investir em segurança. E a arrecadação federal cresce, diminuindo o déficit público estratosférico que temos e começando a criar condições para manter os juros e inflação baixos e o País crescer. E isso que interessa ao povo: a qualidade do serviço público.”

O presidenciável repetiu que vai reduzir e simplificar os impostos brasileiros e fará reformas que considera fundamentais, como a da Previdência. Sem citar nomes, ele criticou os candidatos à Presidência que apresentam propostas que, para ele, farão o País “voltar atrás”.

Ibope e Datafolha divulgam ao menos três pesquisas na próxima semana

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Por Marcelo Osakabe

O Ibope e o Datafolha registraram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um total de mais três pesquisas de intenção de voto para presidente com previsão de divulgação para a próxima semana, a última antes da realização do primeiro turno, no dia 7

O Ibope, em parceria com o jornal O Estado de S.Paulo e a TV Globo, deve divulgar na segunda-feira, 1, e quarta-feira, 3, levantamentos com 3.010 eleitores de todo o Brasil. As pesquisas foram registrados sob os códigos BR-08650/2018 e BR-08245/2018, respectivamente.

Já o Datafolha vai entrevistar 3.240 pessoas na próxima terça-feira, 2. O resultado tem previsão de divulgação no mesmo dia. O código da pesquisa no TSE é BR-03147/2018.

Segundo o último Ibope, divulgado em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) no dia 26, Jair Bolsonaro (PSL) oscilou negativamente de 28% para 27% das intenções de voto em relação ao levantamento anterior, mesmo movimento de Fernando Haddad (PT), que passou de 22% para 21%. Ciro Gomes (PDT) oscilou um ponto porcentual para cima, alcançando 12%. Geraldo Alckmin (PSDB) manteve 8% e Marina Silva oscilou positivamente um ponto, chegando a 6%.

Já o último levantamento do Ibope, divulgado na madrugada do dia 20, deu Bolsonaro com 28%, Haddad (PT) com 16%, Ciro com 13%, Alckmin com 9% e Marina com 7%.

Fonte: Estadão conteúdo

Secretária-geral do PSL em São Paulo é afastada do cargo

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Por Constança Rezende

A poucos dias da eleição, a secretária-geral do PSL em São Paulo, Letícia Catel, foi afastada do cargo. A decisão foi tomada pelo presidente do partido de Jair Bolsonaro, Gustavo Bebianno, depois de desavenças com a empresária. Ela continua filiada à sigla.

Após a decisão, Letícia foi barrada na porta do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde Bolsonaro está internado desde o dia 7. O controle de acesso ao candidato tem sido organizado por Bebianno. Eles não quiseram comentar o caso.

Letícia era responsável pela área administrativa do partido. Ela cuidava, por exemplo, dos registros dos cerca de 200 candidatos em São Paulo. Também era presidente da comissão de ética e uma das principais interlocutoras entre os candidatos e a cúpula da sigla.

Quando ganhou espaço dentro do PSL, passou a fazer reuniões diretamente com Jair Bolsonaro, que conheceu por meio de um dos filhos do candidato, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Essa movimentação em torno do presidenciável começou a incomodar Bebianno, segundo pessoas próximas a ele.

Letícia ainda teria ignorado ordens da presidência, fazia eventos sem consultar a cúpula e teria telefonado para Paulo Guedes, responsável pelo programa econômico de Bolsonaro, para dizer que ele deveria ir a uma entrevista na TV – opinião contrária à de integrantes da sigla.

“Em vez de cuidar da parte burocrática, ela começou a fazer articulações, criando uma série de problemas”, disse um integrante da cúpula.

Viagens

A relação entre Letícia e o presidente do PSL em São Paulo, o deputado federal Major Olímpio, também se deteriorou depois que a empresária se tornou “voz ativa” na sigla. Viagens dela junto com o candidato a vice, general Hamilton Mourão, em agendas pelo Sul do País também desagradaram à cúpula do PSL.

A movimentação teria sido feita justamente no período em que Mourão tentou ocupar um espaço na campanha, enquanto Bolsonaro estava no hospital e Bebianno, isolado. Major Olímpio não comentou.

Eleitores criticaram a saída da empresária na página de Bebianno no Instagram. Um dos usuários escreveu: “Tem que trazer a Letícia de volta, o movimento JB17 é mais forte unido”.

Nos bastidores, Eduardo Bolsonaro estaria trabalhando para que a saída de Letícia seja revertida. Ele não comentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

‘Vou ficar em silêncio obsequioso’, diz vice de Bolsonaro

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Por Tânia Monteiro

O general Hamilton Mourão (PRTB) disse nesta quinta-feira, 27, ao jornal O Estado de S. Paulo que não defendeu o fim do 13º salário, e que suas palavras foram distorcidas. Mourão afirmou que, após a polêmica causada por suas declarações, pretende se impor um “silêncio obsequioso”. “Vou ficar igual ao frei Leonardo Boff. Vou ficar em silêncio obsequioso. É uma boa linha de ação”, disse ele, que no fim de semana pretende visitar o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

Em palestra a lojistas gaúchos, o vice da chapa de Bolsonaro disse que o 13º salário e o adicional de férias são “jabuticabas”, que só ocorrem no Brasil. Houve reação e o próprio Bolsonaro contestou a fala.

Mourão afirmou que “não se sentiu desautorizado” “nem constrangido” e que não pensou em se afastar da campanha. “Estamos em combate e, quando a gente está em combate, ocorrem estas coisas.”

Ele afirmou que, antes de divulgar mensagem no Twitter, na qual diz que Bolsonaro lhe mandou a íntegra do texto informando o teor. “E eu achei que estava muito bem colocado e disse a ele: siga em frente.” Na rede social, Bolsonaro afirma que o 13º é cláusula pétrea e que quem o critica “confessa desconhecer a Constituição”.

O general afirmou que não se sentiu desautorizado. “Não falei o que estão dizendo que eu falei. Falei dentro de um contexto de gerenciamento”, disse. Segundo ele, foi “um alerta sobre o custo extra para os empresários e os próprios governos, de um planejamento gerencial necessário para que o 13º salário seja pago”. “Trata-se de um custo social, que faz parte do chamado custo Brasil”, disse.

Mourão afirmou ainda que “obviamente” não é contra o pagamento do 13º salário “porque não posso ser contra algo que eu recebo”. “O problema é que, dentro deste contexto que estamos vivendo, a pessoa pega e distorce. Estou aguardando a onda passar”, afirmou o militar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Fonte: Estadão conteúdo

Partidos repassam menos de 30% de fundo a mulheres

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Por Camila Turtelli

Vinte de 34 partidos que disputam as eleições e usam recursos do fundo eleitoral repassaram até agora menos de um terço da verba para candidaturas de mulheres que lideram suas campanhas. O cálculo, que tem como base as prestações de contas feitas pelos candidatos à Justiça Eleitoral, não considera os repasses para as vices e as suplentes de senador, que estão sendo levados em conta pelos partidos para cumprir a cota de 30% de financiamento das candidaturas femininas.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não determina como as siglas devem distribuir sua cota entre os candidatos, mas especialistas consideram a inclusão de vices e suplentes como uma “manobra” para alcançar o porcentual obrigatório.

PDT e PSDB foram as siglas que, proporcionalmente, menos repassaram para candidaturas “cabeças de chapa” – deputadas federais, estaduais, distritais e senadoras.

A menos de duas semanas para a eleição, candidatas tucanas receberam 18% dos R$ 162 milhões distribuídos pela sigla e as pedetistas ficaram com 9% de R$ 50 milhões.

O cientista político da PUC-Rio Ricardo Ismael acredita que a regra de repasses poderia ser revista. “Acho que o recurso deveria ser obedecido com relação às eleições legislativas”, disse.

Para a cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, professora da Universidade Federal de São Carlos, a discussão sobre a cota feminina chega a ser ultrapassada. “Não adianta ter só cota”, afirmou. Segundo a professora, em outros países há a definição de um porcentual de “cadeiras” nos legislativos para determinados grupos da sociedade, o que incita os partidos a incentivaram a diversidade em suas campanhas eleitorais.

Uma das idealizadoras da plataforma Appartidarias 2.0, elaborada pelo Grupo Mulheres do Brasil, Lígia Pinto também acredita que as regras de repasse de fundos para mulheres precisam ser revistas.

O projeto de Lígia, lançado na internet no começo desta semana, mostra o grau de cumprimento das siglas e coligações das cotas de 30% exigidas tanto para candidaturas femininas quanto para repasse de recursos do fundo partidário às suas campanhas. “Vimos que há muitas mulheres com boas plataformas e sem repasses.”

Siglas

Entre as declarações de contas dos candidatos até o momento, no PDT de Ciro Gomes, R$ 4,6 milhões foram para candidatas mulheres que não são vices nem suplentes. O valor é inferior aos R$ 7,5 milhões que o partido enviou para Kátia Abreu, vice na chapa de Ciro. Este valor é contabilizado pela sigla para fins de cumprimento da cota feminina.

No PSDB, os repasses em geral declarados ao TSE já somam R$ 162 milhões, quase o total do valor ao qual o partido tem direito, de R$ 185 milhões. Destes, 18% (R$ 29,16 milhões) foram para as contas de mulheres “cabeças de chapa” e mais R$ 1,5 milhão para a campanha de Ana Amélia (PP-RS), vice na chapa de Geraldo Alckmin. Embora de outro partido, o valor entra na despesa do PSDB e também pode ser computado como repasse para candidatura feminina.

Procurado, o PSDB afirmou ter depositado R$ 55 milhões (referentes aos 30% da cota feminina) na conta do PSDB Mulher. O partido informa que R$ 39,4 milhões já foram transferidos para candidatas e que o restante será feito no decorrer da campanha. O PDT afirmou que está cumprindo a cota e ressaltou o repasse para Kátia Abreu.

Sem representação

Na véspera do protesto “Mulheres contra Bolsonaro”, marcado para sábado em várias cidades do País, as quatro candidatas a vice-presidente se reunirão para um debate sobre a participação feminina na política no qual serão apresentados os resultados de uma pesquisa sobre o tema.

O evento ocorre no momento que as senadoras Ana Amélia (PP) e Kátia Abreu (PDT), a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) e a líder indígena Sônia Guajajara (PSOL) intensificam a campanha contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que é criticado por declarações machistas e misóginas.

Segundo os dados do Instituto Locomotiva, que fez a pesquisa e organizou o debate, 94% das mulheres não se sentem representadas pelos políticos, enquanto 72% afirmam se interessar em algum grau por política.

Temas

O estudo também mostra que 43% das trabalhadoras brasileiras dizem que já sofreram algum tipo de preconceito ou violência no trabalho e apresenta dados sobre a distorção de salários entre e homens e mulheres.

O tema ganhou destaque na campanha após as pesquisas indicarem forte resistência do eleitorado feminino contra Bolsonaro. Na mais recente pesquisa CNI/Ibope, o índice de rejeição ao deputado do PSL chegou a 50% entre as mulheres.

O Ibope também mostrou que 11% do eleitorado feminino está indeciso e 14% deve votar branco e nulo – ante 4% e 9% dos homens, respectivamente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fnte: Estadão conteúdo

Mourão fala em ‘arapuca’ e nega constrangimento após tuíte de Bolsonaro

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Por Tânia Monteiro

O general Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice-presidente da República na chapa liderada pelo deputado Jair Bolsonaro (PSL), negou que esteja pregando o fim do 13º salário e que “arrumaram uma arapuca” para ele, “mais uma vez, ao distorcerem” as suas palavras.

Mourão disse à reportagem que “não se sentiu desautorizado” por Bolsonaro, “nem constrangido” e “nem pensou” em se afastar da campanha por causa disso. “Estamos em combate, e quando a gente está em combate, ocorrem estas coisas. A gente tem de ter resiliência e determinação para levar avante aquilo que a gente está pensando”, declarou, depois de ressaltar que esse assunto “morrerá em 24 horas e amanhã a notícia será outra”.

Para ele, os assuntos que tinham de estar em voga nesta quinta-feira, 27, deveriam ser a saída de Anthony Garotinho da campanha ao governo do Rio, barrado pela Justiça, e o candidato do PT, Fernando Haddad, denunciado por corrupção pelo Ministério Público, ter nomeado tesoureiro de campanha acusado de caixa 2 pela Polícia Federal.

Por conta das seguidas polêmicas, com “interpretações distorcidas” de suas falas, Mourão afirmou que pretende se impor silêncio. “Vou ficar igual ao frei Leonardo Boff. Vou ficar em silêncio obsequioso. É uma boa linha de ação”, comentou ele que, no fim de semana pretende visitar Bolsonaro.

Mourão informou que, antes de Bolsonaro divulgar o tuíte, lhe mandou a íntegra da mensagem informando o seu teor. “E eu achei que estava muito bem colocado e disse a ele: siga em frente”. O general ressaltou que não se sentiu desautorizado. “Eu não falei o que estão dizendo que eu falei. Falei dentro de um contexto de gerenciamento. Um alerta sobre o custo extra para os empresários e os próprios governos, de um planejamento gerencial necessário para que o 13º salário seja pago, ou seja, governos e empresários devem reservar, ao longo do ano, recursos de modo a fazer frente à despesa. Trata-se de um custo social, que faz parte do chamado custo Brasil”, comentou ele, que também se explicou em uma nota.

“Obviamente eu não disse que sou contra o 13º obviamente porque eu não posso ser contra algo que eu recebo, até porque isso é uma cláusula pétrea da Constituição, que não pode ser mexida. O problema é que, dentro deste contexto que estamos vivendo, a pessoa pega e distorce. Estou aguardando a onda passar.”

Questionado se achava que, com estas polêmicas causou problemas para a campanha de Bolsonaro, Mourão respondeu: “Não resta dúvida de que se levantou uma polêmica de algo que não era pra ser polêmico porque obviamente a pessoa que lançou isso, fez de má-fé porque não defendi fim de nada porque, repito, 13º é cláusula pétrea da Constituição”. Para ele, “os ataques fazem parte desta histeria coletiva que toma conta nestas vésperas da eleição”. Observou também que, quando visitá-lo, os dois conversarão, com calma.

O general Mourão afirmou que a sua agenda de compromissos foi totalmente encerrada nesta quinta-feira e que ninguém mandou ele cancelar nada, “até porque não tem mais nada para cancelar”. Segundo ele, quando Bolsonaro sair do hospital, irão conversar sobre a última semana de campanha. Ele acredita que o candidato do PSL poderá até ganhar as eleições em primeiro turno.

Mourão, que é general de Exército da reserva, rechaçou críticas de que poderia haver mal-estar nas Forças Armadas porque Bolsonaro, um capitão, teria desautorizado um general no Twitter, patente superior a dele. Mourão lembrou que Jair Bolsonaro “é o candidato”, “ele é o político”, justificando que a questão é de campanha.

Em seguida, informou: “Bolsonaro é deputado e, por isso mesmo, ele é mais antigo do que eu desde 1990, quando foi eleito. Ele me precede em qualquer cerimônia por ser deputado, conforme manual da Presidência da República. Não existe essa questão hierarquia neste caso. Ele foi capitão e desde 1990 é deputado quando passou a me preceder em qualquer solenidade e nada mudou, assim continua”.

O candidato a vice acentuou que “existe uma deslealdade muito grande, que não se discutem as ideias, mas única e exclusivamente se procura distorcer o que está sendo falado”. Na opinião do general, “existe uma campanha de nível muito baixo contra Bolsonaro”.

Em nota, PT rebate Mourão e critica proposta de ‘massacrar trabalhadores’

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Por Daniel Weterman

O PT reagiu à declaração do general Hamilton Mourão (PRTB), vice na chapa do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), sobre o 13º salário. O candidato a vice afirmou que o 13º salário e o pagamento de adicional de férias são “jabuticabas” – ou seja, só ocorrem no Brasil.

Em nota, a Executiva Nacional do PT afirmou que o benefício é uma “conquista histórica” garantida pela Constituição. “É inacreditável que alguém se candidate a governar o País propondo massacrar ainda mais os trabalhadores”, diz o texto.

Nas redes sociais, a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PR), foi além e atacou o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) por usar a declaração para criticar Bolsonaro. “Que moral tem o tucano pra criticar o fascista?! PSDB foi o pai da reforma trabalhista, votou em peso para retirar o direito dos trabalhadores! É muito oportunismo e cara de pau!”, escreveu a dirigente.

Alckmin critica declaração de Mourão sobre 13º salário

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Por Pedro Venceslau

O ex-governador Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, criticou nesta quinta-feira, 27, a declaração do general Hamilton Mourão, vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), que chamou o 13.º salário e o pagamento de adicional de férias de “jabuticabas”.

“Não posso ser a favor, como disse hoje o general Mourão, de que o 13° é jabuticaba brasileira. Não é possível achar que o trabalhador que sua a camisa, e muitas vezes é explorado, não tenha direito nem ao 13°”, disse o tucano após participar da abertura da 14ª Expocristã, no Centro de Exposições Anhembi, na capital paulista.

Em palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, o general Mourão disse ainda que o Brasil é o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais.

“São coisas nossas, a legislação que está aí. A visão dita social com o chapéu dos outros e não do governo”, afirmou. O programa eleitoral de Alckmin de hoje vai explorar a declaração de Mourão sobre o 13°.

Bolsonaro fica irritado com Mourão e diz que seu vice desconhece a Constituição

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Por Leonencio Nossa

O candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, se irritou com as declarações do vice na sua chapa, general da reserva Hamilton Mourão, que criticou o pagamento do décimo terceiro salário e de adicional de férias. Logo que foi informado da fala de Mourão, Bolsonaro usou o Twitter para se posicionar contra o general e orientar aliados a defender as garantias trabalhistas. Na mensagem, Bolsonaro sugeriu que Mourão não conhece as regras constitucionais.

“O 13º salário do trabalhador está previsto no art. 7º da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (Não passível de ser suprimido sequer por Proposta de Emenda à Constituição)”, escreveu. “Criticá-lo, além de ser ofensa a quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição”, acrescentou.

Nas primeiras conversas com pessoas próximas sobre esse episódio, Bolsonaro voltou a defender que Mourão evite participações em eventos públicos. Na semana passada, o candidato a vice já tinha sido orientado a suspender sua agenda após dar outras declarações polêmicas.

Mais cedo, em palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, Mourão afirmou que o 13º salário e o pagamento de adicional de férias são “jabuticabas”, ou seja, só ocorrem no Brasil. “Temos umas jabuticabas que a gente sabe que são uma mochila nas costas de todo empresário”, disse. “Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Como a gente arrecada 12 (meses) e pagamos 13? O Brasil é o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais”, completou. “São coisas nossas, a legislação que está aí. A visão dita social com o chapéu dos outros e não do governo”, reforçou o vice de Bolsonaro.