General Mourão volta a criticar 13º salário: ‘Todos saímos prejudicados’

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Por Leonêncio Nossa, enviado especial

O general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), voltou a irritar a equipe de campanha por críticas ao pagamento do 13º salário. Em entrevista no Aeroporto de Congonhas, ele afirmou nesta terça-feira, 2, que é preciso “planejamento” e “entendimento” para compensar o “custo” do adicional de trabalho

“Na realidade, se você for olhar, o empregador te paga 1/12 a menos e no fim do ano ele devolve esse salário. E o governo, o que faz? Ele aumenta o imposto para pagar o meu”, disse. “No final das contas, todos nós saímos prejudicados.”

Até o começo da tarde, Bolsonaro e os principais integrantes da equipe de campanha não tinham repreendido o candidato a vice. Na semana passada, Mourão chegou a ser criticado publicamente pelo presidenciável por declarar, na Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, que os pagamentos do 13º salário e do adicional de férias eram “jabuticabas”, que, numa máxima popular, só existem no Brasil. Diante do impacto negativo na campanha, Bolsonaro desautorizou Mourão e disse no Twitter que o general da reserva “ofendia” trabalhadores e desconhecia a Constituição.

O candidato à Presidência ainda afirmou em entrevista que vice só “atrapalha” e não “apita nada”. Depois, a tática de Bolsonaro e seus aliados foi propagar que as palavras de Mourão tinham sido distorcidas. Em conversa no Rio, o candidato do PSL pediu, no entanto, para o general da reserva evitar novas declarações e suspender sua agenda política, o que não foi aceito. Mourão está em São Paulo para reforçar a campanha do presidente do PRTB, Levy Fidelix, que concorre a uma vaga na Câmara.

Mourão diz que empresas fecham porque não têm como pagar 13º

Na entrevista desta terça-feira, Mourão ressaltou que se os trabalhadores recebessem bons salários seria possível economizar e ter “mais” no fim do ano. Desta vez, ele ressaltou que o 13º salário “não pode acabar”.

“O que mostrei é que tem que haver planejamento. Você vê empresa que fecha porque não tem como pagar. O governo tem que aumentar imposto, e agora já chegou no limite e não pode aumentar mais nem emitir títulos. Uma situação complicada”, afirmou.

Mourão propôs ainda um acordo para garantir alternativas ao 13º salário. “Tem governos estaduais que pagam atrasado. Não pode mudar (o 13º salário), está enraizado. Só se houvesse um amplo acordo nacional para aumentar os salários. Os salários são muito baixos, né? Você olha a nossa faixa salarial e ela é muito ruim”, disse.

Fonte: Estadão conteúdo

Datafolha: Bolsonaro sobe para 32% e Haddad oscila de 22% para 21%

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Por Mateus Fagundes

A intenção de voto em Jair Bolsonaro (PSL) cresceu de 28% para 32%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira, 2. Ele abriu onze pontos de vantagem em relação ao segundo colocado, Fernando Haddad (PT).

O candidato do PT oscilou de 22% para 21%. Ciro Gomes (PDT) permaneceu com 11% e Geraldo Alckmin (PSDB) variou de 10% para 9%.

A candidata da Rede, Marina Silva, foi de 5% para 4%. João Amoêdo (Novo) permaneceu com 3%. Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos) têm 2% cada, mesmo índice da pesquisa divulgada na sexta-feira, 28. Cabo Daciolo (Patriota) passou de 1% para 2%.

Vera Lúcia (PSTU) e Guilherme Boulos (PSOL), que tinham 1% cada na semana anterior, não pontuaram nesta pesquisa. João Goulart Filho (PPL) e José Maria Eymael (DC) não pontuaram.

O contingente de votos em branco e nulos saiu de 10% para 8%, enquanto os que não souberam ou não responderam são 5%.

A pesquisa tem margem de erro de dois pontos porcentuais e nível de confiança de 95%. Foram entrevistados 3.240 eleitores em 225 municípios nesta terça-feira, 2. O registro no TSE é o BR-03147/2018. O levantamento foi contratado pela Folha de S Paulo.

Fonte: Estadão conteúdo

Justiça Eleitoral disponibiliza aplicativo que exibe a totalização de votos durante a eleição

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O aplicativo "Resultados" é ferramenta que permite aos cidadãos acompanharem o andamento do processo das Eleições 2018

O app “Resultados” é gratuito e pode ser baixado para sistemas IOS e Android

A Justiça Eleitoral disponibilizou, no último sábado (29), o aplicativo “Resultados”, uma ferramenta que permite aos cidadãos acompanharem o andamento do processo de totalização das Eleições 2018. A aplicação é uma versão atualizada do “Apuração 2014”, desenvolvida para o pleito daquele ano, que se tornou o aplicativo mais baixado do Tribunal Superior Eleitoral.

Com o novo app é possível acompanhar a contagem de votos de todo o Brasil e visualizá-la a partir de consulta nominal, que apresenta o quantitativo de votos totalizados para cada candidato com a indicação dos eleitos ou dos que foram para o segundo turno.

A nova versão traz inúmeras novidades em relação à anterior. Dentre as mudanças, está o aprimoramento do layout do sistema, que aparece completamente renovado com a apresentação das fotos de todos os candidatos que disputam a eleição.

Outra inovação diz respeito à experiência do usuário, que foi aumentada em relação à versão anterior. Com o “Resultados” será possível consultar, na mesma tela, informações referentes a todos os cargos majoritários (presidente, governador e senador).

Geolocalização

Como nos anos anteriores, o app também permitirá ao cidadão verificar resultados das eleições proporcionais para os deputados estaduais, distritais e federais, com a diferença que o aplicativo agora faz a utilização da geolocalização do aparelho para indicar os resultados relativos ao estado em que ele se encontra. O usuário também poderá optar por selecionar outras localizações que desejar consultar.

Eleições complementares

Além das eleições gerais, o aplicativo apresenta os números das eleições municipais suplementares. São pleitos que ocorrerão em 21 municípios, além de três plebiscitos e uma eleição distrital que vai escolher o Conselho Distrital do Arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco. No Rio de Janeiro, haverá um plebiscito em Petrópolis, sobre o uso de tração animal em passeios turísticos, na mesma data do 1º turno, e eleições suplementares para prefeito, no dia do 2º turno, em quatro municípios: Aperibé, Iguaba Grande, Laje do Muriaé e Mangaratiba.

Tutorial

Devido ao grande número de mudanças, o “Resultados” vem com um tutorial de interação intuitiva, acessível ao usuário já no primeiro contato com o aplicativo.

Bolsonaro calcula eleger 8 deputados federais em SP e pede voto a aliados

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Jair Bolsonaro
Por Cristian Favaro

Em busca de solidificar uma futura base no Congresso Nacional, o candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, pediu votos para nomes da sua sigla e aliados para deputado e senador. Segundo cálculos de Bolsonaro, eles devem eleger oito deputados federais em São Paulo. O problema, segundo ele, é a cláusula de barreira. “Para ser eleito, tem que ter pelo menos 30 mil votos”, disse, citando nomes de outros aliados. A fala foi feita durante transmissão no Facebook.

Bolsonaro também abrandou seu discurso sobre a fraude na eleição, mas disse que tem preocupação com ilegalidades no sistema eleitoral. “Estamos fazendo o possível com o partido junto de pessoas que entendem do assunto (para evitar fraudes)”. Como uma forma de se aproximar do eleitorado, Bolsonaro deve fazer transmissões na rede social todos os dias, às 20h30, até sexta-feira.

O candidato do PSL atacou o tucano Geraldo Alckmin pelas “mentiras” de que iria acabar com o 13º salário. “(A acusação) demonstra, inclusive, que o senhor não entende nada de Constituição”, disse o capitão do exército. Bolsonaro também fez duras críticas ao PT e disse que Jacques Wagner, ex-ministro petista, que defendeu o fim do 13º em pequenas e médias empresas

Nordeste

Bolsonaro aproveitou para fazer um aceno ao Nordeste, principal região petista que estaria “acordando e não quer ser tutelada por esse tipo de gente”. Bolsonaro afirmou que vai manter o Bolsa Família e que apenas combaterá fraudes. “Ao combater fraude, podemos aumentar o valor do Bolsa Família”, disse.

Sobre temas econômicos, negou recriar a CPMF (imposto sobre transações financeiras) e atacou o PSDB. “Quem criou a CPMF foi Fernando Henrique Cardoso, seu guru, Alckmin. Eu votei contra”, disse. O candidato também voltou a se dizer contrário à privatização de estatais estratégicas. “O que for estratégico, nem passa por nossa cabeça a palavra privatização”, disse, citando Furnas, Caixa e BB.

Haddad recebe apoio de artistas em ato no Rio

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Foto: Cláudio Kbene
Foto: Cláudio Kbene
Por Fábio Grellet

Em ato durante o qual recebeu o apoio de artistas, na Cinelândia (centro do Rio), na noite desta segunda-feira, 01, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, criticou o adversário Jair Bolsonaro (PSL) e classificou como “anarquia jurídica” a sequência de ordens judiciais autorizando e proibindo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conceda entrevista à imprensa. Haddad agendou uma entrevista coletiva antes do ato, ao lado do palanque, mas minutos antes decidiu cancelar – segundo sua assessoria, para respeitar uma recomendação da equipe responsável por sua segurança, devido à multidão que estava na Cinelândia.

No discurso aos eleitores, o petista alertou para o que chamou de “riscos para a democracia”: “Existe um despertar deste país para os riscos que a nossa democracia está correndo. Os direitos sociais, trabalhistas, políticos, civis, todos eles estão em risco. Nem liberdade de imprensa eles respeitam mais, porque impedem os veículos de comunicação de fazer uma mera entrevista com Lula, como aconteceu agora, um bate cabeça no Supremo Tribunal Federal, que a gente nem sabe mais o que é direito, o que é certo neste país. Não tem mais parâmetros, estamos numa anarquia jurídica. Isso traz insegurança para todo mundo”, afirmou, referindo-se a uma sequência de decisões judiciais que autorizou e desautorizou entrevista com Lula.

Haddad mencionou uma fala do candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, de que família onde não há “pai ou avô”, mas só “mãe e avó”, é “fábrica de desajustados que tendem a ingressar em narco-quadrilhas” e outra afirmação feita por um dos filhos de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. “Ontem ou anteontem, o filho do Bolsonaro disse que as mulheres progressistas são mais feias e menos higiênicas do que as mulheres de direita. Fico pensando o que passa na cabeça dessas pessoas pra fazer política ofendendo as mulheres do Brasil, que carregam esse país nas costas, com quatro jornadas de trabalho por dia”, afirmou. “Essa conduta reiterada da turma do Bolsonaro de ofender as mulheres explica muito das manifestações do último sábado”, completou o petista.

Haddad fez outra crítica a Bolsonaro, esta indireta, ao dizer que não quer “mãos armadas”, mas “uma carteira de trabalho numa mão e um diploma na outra”. O candidato do PSL defende maior liberdade para a compra e o porte de armas no Brasil.

Em outro trecho do discurso, Haddad afirmou que quando tornou mais fácil o acesso às universidades, enquanto ministro da Educação, ofendeu um grupo social mais rico, que não queria dividir os bancos escolares com a camada mais pobre da população

“Eles se incomodavam com a presença do povo na universidade, nos aeroportos, no restaurante”, afirmou.

Participaram do ato artistas como a escritora Conceição Evaristo, os atores Sérgio Mamberti e Bete Mendes e o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa. Este entoou a música “Tristeza”, lançada em 1963 por Niltinho Tristeza e Haroldo Lobo, que diz “tristeza, por favor vá embora”, embalando a multidão que compareceu à Cinelândia.

Haddad chegou ao Rio na tarde desta segunda-feira e seguiu para as imediações da igreja da Candelária, no centro, onde foi recebido por militantes. Dali percorreu a avenida Rio Branco sobre uma caminhonete, acompanhado por outros políticos, até chegar à Cinelândia, onde ocorreu o comício. Nesta terça-feira (2) ele cumprirá outros compromissos no Rio e na Baixada Fluminense.

Ibope: convicção de eleitorado de Bolsonaro sobe a 59%; de Haddad fica em 49%

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Por Daniel Weterman

Além de o candidato Jair Bolsonaro (PSL) ter crescido quatro pontos nas intenções de voto para o primeiro turno da eleição presidencial, a convicção do eleitorado que declara voto no capitão reformado também aumentou. Conforme pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta segunda-feira, 1, 59% dos eleitores do presidenciável dizem que não mudarão sua intenção de voto de jeito nenhum. No último dia 26, esse porcentual era de 55%.

O eleitorado de Fernando Haddad (PT) continua sendo o segundo mais convicto, com 49% dos eleitores declarando que a decisão de votar no petista é firme – o mesmo índice do levantamento anterior. A convicção do eleitorado Geraldo Alckmin (PSDB) também cresceu, indo de 26% para 29%.

Entre os eleitores do candidato Ciro Gomes (PDT), porém, a convicção caiu, de 31% para 27%. Já entre os entrevistados que declaram voto em Marina, 23% dos eleitores afirmam que não mudarão sua decisão. O índice era de 22% na semana anterior.

O Ibope foi a campo no sábado, 29, e no domingo, 30, e ouviu 3 010 eleitores. A margem de erro estimada da pesquisa é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. O levantamento foi encomendado pelo jornal O Estado de S.Paulo e pela TV Globo, tendo sido registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR08650/2018.

Fonte: Estadão conteúdo

Bolsonaro e Haddad voltam a empatar com 42% no 2º turno, diz Ibope

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Por Alessandra Monnerat e Caio Sartori

Os candidatos à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) voltaram a empatar numericamente na simulação de segundo turno, de acordo com o último levantamento Ibope/Estado/TV Globo, divulgado na noite desta segunda-feira, 1º. Numa disputa direta, os dois aparecem com 42%. Em relação à última pesquisa, do dia 26 de setembro, Bolsonaro subiu quatro pontos e Haddad ficou estagnado – considerada a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, o cenário também configurava empate técnico.

Ciro Gomes (PDT) é o único candidato que vence Bolsonaro fora da margem de erro. O pedetista tem 45% das intenções de voto em um cenário com o capitão da reserva, oscilação positiva de um ponto porcentual em relação à pesquisa anterior. Bolsonaro teria 35% dos votos, mesmo índice encontrado no levantamento do dia 26 de setembro. Brancos e nulos somaram 13%; outros 3% não responderam ou preferiram não opinar.

Por outro lado, a candidata Marina Silva (Rede) é a única que perde para Bolsonaro no segundo turno, inclusive fora da margem de erro. Neste cenário, o presidenciável do PSL aparece com 43%, contra 38% da ex-senadora. Bolsonaro subiu três pontos em comparação com a pesquisa anterior, quando empatava tecnicamente com Marina (40% x 38% para ele). Aqui, brancos e nulos somam 17%, enquanto 2% não sabem ou não responderam.

Geraldo Alckmin (PSDB) está numericamente à frente de Bolsonaro em uma simulação de segundo turno – ele tem 42% das intenções de voto, contra 39% do candidato do PSL. No entanto, com a margem de erro, os dois presidenciáveis estão tecnicamente empatados. O tucano oscilou dois pontos para cima em comparação ao último levantamento, enquanto Bolsonaro subiu três. Neste cenário, 17% dos entrevistados disseram que votariam branco ou nulo e 3% não souberam opinar ou não responderam.

Quando são contados apenas os votos válidos – ou seja, sem os brancos e nulos -, Ciro pontuaria 54%, contra 46% de Bolsonaro. Marina teria 47%, ante 53% do candidato do PSL. Já Alckmin ganharia com 52%, enquanto Bolsonaro receberia 48%.

Só com homens, Bolsonaro ganharia de todos; só com mulheres, de nenhum

Bolsonaro voltou a ter diferença gritante entre os votos de homens e os de mulheres. Nas simulações de segundo turno pesquisadas pelo Ibope, o candidato do PSL perderia para todos os adversários se fossem consideradas apenas as eleitoras: contra Haddad, 46% a 34% para o petista; Marina, 44% a 34%; Alckmin, 47% a 30%; Ciro, 51% a 30%.

Por outro lado, a pesquisa voltou a afirmar a força de Bolsonaro entre o eleitorado masculino. Se somente homens votassem, o candidato do PSL venceria todos os cenários de segundo turno. Contra Haddad, pontuaria 50%, ante 37% do adversário; Marina, 53% contra 32%; Alckmin, 49% a 35%; e Ciro, 49% a 39%.

A pesquisa foi realizada nos dias 29 a 30 de setembro de 2018. Foram entrevistados 3.010 votantes em 208 municípios. A margem de erro máxima estimada é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro.

O levantamento foi contratado pelo Estado e pela TV Globo, com registro no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo Nº BR-08650/2018.

Ibope: Bolsonaro sobe 4 pontos e vai a 31%; Haddad se mantém com 21%

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Por Daniel Bramatti, Caio Sartori, Alessandra Monnerat e Cecília do Lago

A menos de uma semana das eleições 2018, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) subiu quatro pontos porcentuais e chegou a 31% de intenção de votos, seu patamar mais alto desde o início da série de pesquisas Ibope/Estado/TV Globo. Em segundo lugar, o petista Fernando Haddad se manteve com os 21% registrados no levantamento anterior, divulgado no dia 26.

A seguir aparecem Ciro Gomes (PDT), que oscilou de 12% para 11%, e Geraldo Alckmin (PSDB), que manteve seus 8%. Marina Silva (Rede) passou de 6% para 4%, sua taxa mais baixa desde o início da campanha.

No universo dos votos totais, a vantagem de Bolsonaro sobre Haddad aumentou de 6 pontos porcentuais para 10 em cinco dias. Quando se considera apenas os votos válidos, ou seja, sem contar os brancos e nulos, o candidato do PSL lidera por 38% a 25%.

Na simulação de segundo turno entre os candidatos do PSL e do PT, há um empate: ambos com 42%. Na pesquisa anterior, Haddad tinha 42% e Bolsonaro, 38% – um empate no limite da margem de erro, de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

No quesito rejeição, o candidato do PSL segue líder, com 44%. Mas a quantidade de eleitores que não admitem votar em Haddad de jeito nenhum deu um salto, passando de 27% para 38%.

O Ibope ouviu 3.010 eleitores, em 208 municípios, entre os dias 29 e 30 de setembro. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais, e o nível de confiança, de 95%. Isso quer dizer que há probabilidade de 95% de os atuais resultados retratarem o atual quadro eleitoral, considerando a margem de erro. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-08650/2018.

 

Fonte: Estadão conteúdo

Lewandowski ataca decisão de Fux e reafirma autorização para entrevista de Lula

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Por Amanda Pupo e Rafael Moraes Moura

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), reafirmou nesta segunda-feira, 1º de outubro, a autorização para que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato, possa conceder entrevistas da prisão. O ministro frisa “a autoridade e vigência” de sua decisão, que, segundo ele, serve “como mandado”.

No despacho, Lewandowski afirma que a decisão tomada pelo vice-presidente da Corte, ministro Luiz Fux, de proibir Lula de conceder entrevistas possui “vícios gravíssimos”, é “questionável” e “desrespeita todos os ministros do STF ao ignorar a inexistência de hierarquia jurisdicional entre seus membros e a missão institucional da Corte”.

Em uma crítica contundente à determinação de Fux, Lewandowski também diz que o conteúdo do despacho do colega é “absolutamente inapto a produzir qualquer efeito no ordenamento legal” e “não possui forma ou figura jurídica admissível no direito vigente”.

Na noite da última sexta-feira, 28, Fux decidiu suspender a autorização que havia sido dada por Lewandowski para que Lula concedesse entrevistas da prisão.

O ex-presidente está preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, desde abril. Fux determinou que a suspensão valesse até o julgamento do caso pelo plenário da Suprema Corte, que poderá referendar ou não o posicionamento do ministro.

Segundo Lewandowski, o Partido Novo não tem “legitimidade” para apresentar na Suprema Corte um instrumento processual chamado suspensão de liminar, que foi utilizado para derrubar a decisão de Lewandowski.

Surpresa

Lewandowski ainda lança dúvidas sobre o motivo de Fux haver decidido no lugar do presidente, ministro Dias Toffoli, responsável por julgar uma suspensão de liminar.

“Ou seja, desprezando-se o fato de que o Presidente do Supremo Tribunal Federal encontrava-se no território nacional, mais precisamente na cidade de São Paulo (conforme consta da anotação de sua agenda oficial), e, portanto, com poderes jurisdicionais para apreciar a medida, inclusive por meio eletrônico, como é habitual, bem como a circunstância de que o Vice-Presidente também estava fora da Capital Federal, em pouco mais de uma hora depois da distribuição da Suspensão da Liminar, os autos foram surpreendentemente remetidos ao Ministro Luiz Fux que, em cerca de uma hora após seu recebimento, proferiu a decisão questionada e questionável”, afirma o ministro.

Estratégia

Lewandowski ainda diz que não é admissível que o Presidente ou o vice “se transformem em órgãos revisores das decisões jurisdicionais proferidas por seus pares”.

Para Lewandowski, a “estratégia processual” “foi arquitetada com o propósito de obstar, com motivações cujo caráter subalterno salta aos olhos, a liberdade de imprensa constitucionalmente assegurada a um dos mais prestigiosos órgãos da imprensa nacional”.

 

Fonte: Estadão conteúdo

Facada contra Bolsonaro não trouxe nem tirou votos, diz presidente do Ibope

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Jair Bolsonaro
Por Denise Luna

A facada que tirou o candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro, do dia a dia da campanha eleitoral, há quase um mês, não trouxe nem tirou votos da sua candidatura, mas reduziu um pouco o ódio do pleito, avaliou o presidente do Ibope, Carlos Montenegro. Ele observou que o crime deu mais tempo a Bolsonaro na TV, mas nem isso se refletiu em aumento de intenção de votos para o candidato nas eleições 2018.

“Eu acho que a facada não mudou o quadro eleitoral, acho que ninguém vai votar nele por causa da facada, a rejeição que tinha a ele continuou, até a manutenção do número (porcentual) dele por algum tempo mostra que não tirou votos nem cresceu, só reduziu o ódio”, afirmou a jornalistas após almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

Montenegro destacou que as próximas pesquisas, de hoje, quarta e sábado devem revelar alguns impactos importantes, como a repercussão das acusações da ex-mulher de Jair Bolsonaro, as declarações do vice Hamilton Mourão, de acabar como 13º salário e o bônus de férias. Para o PT, o grande abalo, na sua avaliação, foi a retirada de 4 milhões de eleitores do Nordeste pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Tirar 4 milhões de eleitores no Nordeste não é uma noticia boa parta o PT. Isso no primeiro turno não tem influência, mas no segundo turno pode ter influência sim”, afirmou.

Para Montenegro, a eleição deste ano enterrou alguns dogmas, como ser importante o tempo da propaganda eleitoral gratuita e as inúmeras coligações para se conseguir mais tempo de TV. “O que vai eleger o presidente da República este ano será a descrença nos políticos, as redes sociais e os programas das televisões abertas e fechadas”, avaliou.

Nem mesmo os debates estão mais funcionando, segundo Montenegro, que vê uma percepção de maior sinceridade nas entrevistas que estão sendo realizadas pelas tevês do que nos programas produzidos pelos partidos. “A propaganda obrigatória perdeu o valor, a cobertura das TVs, da imprensa, é muito mais importante para o eleitor, parece mais sincero do que os programa montado pelos políticos”, explicou.

Montenegro disse ainda que a pesquisa que será divulgada hoje pelo Ibope vai mostrar se houve alguma mudança da tendência eleitoral, especialmente se o candidato do PT, Fernando Haddad, cresceu mais nas pesquisas, depois de já ter tirados votos de Ciro Gomes e Marina Silva. “Estou curiosíssimo para saber se esse movimento está avançando ou recuou”, informou.

Na época da eleição de Dilma Rousseff, em 2010, Montenegro chegou a dizer que seria impossível ela ser eleita, porque o ex-presidente Lula não poderia eleger “um poste”.

Segundo ele, depois dessa frase, resolveu não dar mais palpite. “Lancei uma expressão com isso, do eleger poste, e até por eu ter falado isso, eu não vou falar mais nada”, brincou. Segundo o executivo, a eleição está muito polarizada de depois da experiência de 2014 – quando Aécio Neves do PSDB estava com 10 pontos na frente de Dilma Rousseff e perdeu – ele não prevê mais nada.

“Nessa eleição a experiência não serve de nada, nunca tive eleição com facada, com rejeição contra rejeição, nunca vi”, afirmou.

Rio e São Paulo

O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes é o favorito na eleição para governador no Rio de Janeiro e em São Paulo pode surgir uma terceira via com Marcio França, disse Montenegro.

“Pode ter um movimento de terceira via no final, pode aparecer”, disse ele referindo-se ao candidato do PSB, Marcio França, que disputa com o candidato do PSDB, João Doria, e com o candidato do MDB, Paulo Skaf.

“No Rio é uma eleição que caminha para o lado do Paes, apesar da convivência dele no passado nada ficou marcado em cima dele. A única coisa que ficou marcada foi Maricá”, avaliou.

Paes disse em tom de brincadeira em conversa telefônica grampeada com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, usada em processo da Lava Jato, que ter um sítio em Atibaia, que está sob suspeita de ser um presente ao ex-presidente, era o mesmo que ter um sítio em Maricá, balneário na região dos Lagos.

“Com o Garotinho saindo você pode até ter uma indefinição no primeiro turno, mas temos que ver, não saiu nenhuma pesquisa sem Garotinho ainda”, explicou.

Fonte: Estadão conteúdo