Perseguição contra juízes da Lava Jato avança

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O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) alcançou maioria para abrir processos administrativos disciplinares (PADs) contra quatro juízes envolvidos na Lava Jato. A decisão final será nesta sexta-feira (7). Caso o resultado se confirme, os desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, além dos juízes Danilo Pereira Júnior e Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, serão investigados.

Até agora, nove conselheiros apoiaram o relatório do ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça. O placar está em 9 votos favoráveis à abertura dos PADs, 4 com a presidência e 1 divergente. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ, votou contra, argumentando que a medida é desproporcional e pode intimidar os magistrados: “A banalização de medidas disciplinares drásticas gera receio de represálias, e juízes com medo prestam desserviço à Nação.”

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As acusações contra os magistrados incluem o desrespeito a uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que suspendia processos da Lava Jato. Os desembargadores Loraci Flores de Lima e Carlos Eduardo Thompson Flores, que compunham a 8ª turma do TRF-4, foram afastados por essa suposta infração. Danilo Pereira Júnior também participou do julgamento. Já Gabriela Hardt é acusada de extrapolar suas competências ao homologar um acordo entre o Ministério Público Federal e a Petrobras, criando o fundo Lava Jato.

Na sessão de 16 de abril, o CNJ revogou o afastamento de Hardt e Danilo Pereira Júnior, decisão inicialmente tomada pelo corregedor Luis Felipe Salomão. Ele havia afastado os magistrados por supostas irregularidades na atuação na Lava Jato e por descumprimento de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Não sou coach, quem falar isso está propagando fake news, diz Pablo Marçal em sabatina

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Pablo Marçal, empresário e influenciador digital, participou na tarde desta quinta-feira (6), de uma sabatina promovida pelo Canal MyNews, com o apoio da Reag Investimentos, no Cine Reag Belas Artes, em São Paulo. Marçal fez questão de corrigir a imprensa sobre sua qualificação, afirmando que “não sou Coach. A partir de agora, quem falar isso está propagando fake news”.

Durante a sabatina, Marçal criticou o candidato Guilherme Boulos por chamá-lo de “Coach e picareta”, respondendo que “não respondo por essa qualificação, não exerço essa função. Sou investidor e CEO de um grupo de mais de 40 empresas”. Marçal também destacou seu envolvimento em projetos sociais na África, ressaltando que “já construímos cerca de 50 casas em Angola, todas com pleno emprego local”.

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Sobre sua candidatura, Marçal enfatizou que seu objetivo é “servir à população” e que sua entrada na prefeitura traria uma “transformação social”. Ele afirmou que “não será mais o político de gabinete, mas um servidor público que estará nas ruas, ouvindo a população e resolvendo problemas”. Marçal também criticou a administração atual e prometeu implementar tecnologias para melhorar a eficiência da gestão pública.

O empresário também revelou que teve conversas com outros candidatos, mas não com Boulos, e se comprometeu a manter o diálogo aberto com todas as esferas da sociedade. “Vou chamar todos os envolvidos para discutir as necessidades da cidade e trabalhar juntos para o progresso”, concluiu.

O que Pablo Marçal falou sobre o encontro com Bolsonaro

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O empresário Pablo Marçal, pré-candidato à prefeitura de São Paulo, anunciou nesta quarta-feira (5) que recebeu a medalha dos 3i do clube do Bolsonaro. Em tuíte, ele destacou o ex-presidente como “o brasileiro que mais brilhou como presidente do Brasil” e afirmou que Bolsonaro foi “o único na história a diminuir impostos reais”.

Marçal compartilhou detalhes de um almoço com Bolsonaro, onde, segundo ele, não pediu nada ao ex-presidente, mas recebeu “conselhos importantes” que pretende seguir. O empresário também expressou sua esperança de ver Bolsonaro novamente liderando o país.

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No mesmo tuíte, Marçal mencionou a exclusividade da medalha dos 3i e alfinetou Nunes, dizendo que ele “nunca terá essa medalha”. Finalizando sua mensagem, ele afirmou que “São Paulo será reconhecida como a cidade do futuro”.

Deputado bolsonarista será relator do projeto de Anistia aos envolvidos no 8 de janeiro

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O deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE) foi indicado para relatar o projeto de anistia aos presos do 8 de janeiro. A articulação foi conduzida pelo líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), que busca apoio do PL na corrida pela presidência da Câmara. “A escolha de Valadares é estratégica,” afirmou um interlocutor próximo a Elmar.

Apoiar a anistia é condição essencial no PL para apoiar um candidato à presidência da Câmara em 2025. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, com 95 deputados, é o maior da Casa. Segundo a Coluna do Estadão, os bolsonaristas têm se aproximado de Antônio Brito (PSD-BA), concorrente de Elmar Nascimento na sucessão de Arthur Lira (PP-AL).

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Interlocutores revelam que a nomeação de Valadares foi acertada com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). “Valadares tem a confiança de Lira e transita bem até entre os aliados de Lula,” explicou um parlamentar. O deputado, apesar de ser apoiador de Bolsonaro, é visto como uma figura central no Centrão, facilitando diálogos políticos.

Delegado que indiciou família que hostilizou Moraes na Itália ganha cargo

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O delegado da Polícia Federal Thiago Severo de Rezende foi nomeado em 16 de maio de 2024 para atuar como oficial de ligação na Europol, localizada em Haia, na Holanda. A nomeação, válida por dois anos, foi publicada no Diário Oficial da União e assinada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Rezende tem direito à mudança de residência, incluindo transporte de móveis e bagagens, e poderá levar seus dependentes.

Rezende indiciou Roberto Mantovani Filho, sua esposa Andreia Mantovani e seu genro Alex Zanatta, acusando-os de calúnia. O trio foi responsabilizado por insultar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no aeroporto de Roma, em julho de 2023. Os acusados teriam chamado Moraes de “bandido, comunista e comprado”. As imagens do incidente estão sob sigilo e não foram divulgadas.

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A transferência de Rezende para a Europol ocorreu menos de um mês antes do indiciamento da família Mantovani. A missão em Haia é temporária e inclui a mudança de sede. Não foram divulgados detalhes sobre o salário de Rezende na Europol. O Poder360 questionou a agência, a PF e o Ministério da Justiça sobre o futuro salário do delegado, mas não obteve resposta até a publicação.

Em fevereiro, a Polícia Federal havia concluído as investigações sem indiciar os envolvidos. O delegado Hiroshi de Araújo Sakaki, responsável pelo caso na época, não encontrou elementos para o indiciamento. Contudo, em junho, a PF reavaliou a situação e indiciou a família por calúnia, destacando o agravante de ofensa a um funcionário público no exercício de suas funções.

Agências reguladoras reagem a corte de 20% feito por Lula: “Apagão financeiro”

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Nesta semana, 11 agências reguladoras federais do Brasil emitiram uma nota conjunta expressando preocupação com a grave situação financeira e de pessoal que enfrentam. Elas denunciaram um corte orçamentário de cerca de 20%, agravando ainda mais a carência de servidores, já que mais de 65% dos cargos estão desocupados.

“A realidade das agências coloca em risco todo o progresso alcançado ao longo dos anos, considerando a crise orçamentária e de pessoal,” diz a nota. Juntas, as agências arrecadam mais de 130 bilhões de reais anualmente, mas o orçamento de 2024 foi fixado em cerca de 5 bilhões de reais, valor insuficiente para suas necessidades. “Um corte de 20% pode inviabilizar as ações essenciais para uma regulação eficaz,” alerta o comunicado.

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O documento foi assinado pelas seguintes entidades: Agência Nacional de Águas (ANA), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional do Cinema (Ancine), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Mineração (ANM), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Projeto de Lei propõe câmeras em políticos para combater corrupção e abuso de poder

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O deputado delegado Marcelo Freitas (União-MG) apresentou um Projeto de Lei que propõe a instalação de câmeras corporais em agentes políticos do Executivo, Legislativo e Judiciário. A proposta abrange a obrigatoriedade de dispositivos de captação de áudio e vídeo nos gabinetes da Câmara dos Deputados, Senado Federal, juízes, desembargadores, ministros de Tribunais Superiores, conselheiros dos Tribunais de Contas, membros do Ministério Público e ministros de Estado.

Freitas argumenta que, assim como os policiais, outros agentes políticos também estão sujeitos à corrupção e abuso de autoridade. Ele questiona: “Se buscamos a transparência em relação às ações de servidores públicos, por que os agentes políticos não dão o exemplo?”. A proposta visa registrar as ações dos agentes durante o expediente, semelhante ao que ocorre com os policiais que utilizam câmeras corporais em seus uniformes e viaturas.

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As imagens e áudios captados seriam armazenados por pelo menos 360 dias e poderiam ser utilizados como prova em procedimentos criminais. Freitas destacou: “Está na hora dos agentes políticos oferecerem exemplo aos servidores e à sociedade. O tema é polêmico, mas precisa ser enfrentado e desta forma pedimos o apoio dos demais parlamentares para discussão e célere deliberação.”

O deputado conclui afirmando que a implementação desse controle aumentaria a transparência das ações dos agentes políticos e serviria de exemplo para todos os servidores públicos.

Governador do RS cobra ajuda federal para evitar demissões após tragédia climática

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), solicitou ajuda do governo federal para pagar parte dos salários dos servidores do estado e evitar demissões durante a crise causada pelas chuvas. Durante coletiva nesta segunda-feira (3/6), Leite destacou a necessidade de um programa de emprego e renda para enfrentar a situação. “Sobre benefício de manutenção de emprego e renda, é essencial que venha nos próximos dias algum tipo de ação do governo federal. Isso ainda não foi endereçado e nós temos muito receio sobre o que possa significar em demissões, que são evitáveis, a não ser que o governo federal entre em campo para garantir o pagamento de parte dos salários”, afirmou.

Leite discutirá a medida em reunião com parlamentares da bancada federal do estado. Ele também vai solicitar compensações pela perda de arrecadação, que pode chegar a R$ 10 bilhões até o fim do ano. “O governo do estado e as prefeituras terão uma queda de arrecadação nos meses de maio, junho, julho e agosto que vai ser muito forte. A gente projeta uma perda de arrecadação que pode chegar aos 10 bilhões de reais para o estado até o final do ano”, disse Leite.

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A situação é agravada pela tragédia climática que já causou 172 mortes, deixou 806 feridos e 42 desaparecidos, segundo balanço da Defesa Civil divulgado nesta segunda-feira. Mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas, sendo que 579 mil estão desalojadas e 37 mil em abrigos. Dos 497 municípios do estado, 475 foram atingidos pela tragédia.

Eduardo Leite explicou que 25% da arrecadação é destinada aos municípios, o que representa uma potencial queda de R$ 2,5 bilhões no repasse do ICMS. “Estamos falando de R$ 2,5 bilhões de potencial queda de arrecadação no repasse aos municípios sobre o ICMS, no momento que o governo do estado e as prefeituras estão sendo especialmente demandados em reações extraordinárias”, concluiu.

Lula convoca desafeto do Agro para discussão do Plano Safra

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O governo Lula (PT) incluiu o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no grupo de entidades que discutirá a elaboração do Plano Safra da Agricultura Familiar (Pronaf) 2024/2025, que deve disponibilizar mais de R$ 70 bilhões para pequenos agricultores. A decisão foi oficializada por uma portaria assinada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que destacou “a relevância das organizações representativas da agricultura familiar” no debate de políticas para fortalecer a produção do segmento.

Junto ao MST, participarão do grupo de trabalho entidades simpáticas ao movimento, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Brasil (Contaf) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

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No entanto, o Congresso Nacional atua para reduzir a influência do MST. Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que retira a possibilidade de invasores integrarem programas assistenciais. Além disso, na última terça-feira (28), os parlamentares derrubaram um veto do presidente Lula, retomando a proibição de a União financiar invasões de propriedades rurais privadas.

A inclusão do MST no grupo de discussão gerou controvérsia. Segundo a portaria do Ministério do Desenvolvimento Agrário, a decisão considerou “a relevância das organizações representativas da agricultura familiar”. Entretanto, essa medida enfrenta resistência no Congresso, que continua a buscar formas de limitar o apoio governamental ao movimento.
Com informações de Pleno News.

Líder do PCO critica “censura institucionalizada” no Brasil

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Rui Costa Pimenta, líder do Partido da Causa Operária (PCO), criticou duramente as ações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e do ministro da Justiça, Flávio Dino, em um vídeo publicado no último sábado no canal do partido no YouTube. Pimenta acusou os ministros de promoverem uma censura generalizada e de restringirem a liberdade de expressão no país.

“Estamos vendo um aumento exponencial dos processos por injúria, com multas que chegam a 100 mil reais,” disse Pimenta, destacando que essa prática é uma forma de censura institucionalizada. Ele também mencionou que muitos dos processos estão sendo direcionados a figuras públicas e críticos do governo.

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O líder do PCO ainda ressaltou que as medidas adotadas por Moraes e Dino são seletivas e tendenciosas, servindo para proteger figuras políticas e reprimir adversários. “A liberdade de expressão no Brasil está praticamente proibida quando se trata de críticas mais enérgicas,” afirmou.

Pimenta concluiu seu discurso destacando a importância da luta pelas liberdades democráticas e denunciando o que considera um regime político autoritário. “A defesa da liberdade de expressão é central na luta contra a opressão,” declarou, convocando a população a se mobilizar contra as ações que considera repressivas e antidemocráticas.