Teste da orelhinha deve ser feito até o primeiro mês de vida

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Hospital Público Municipal (HPM) e Casa da Criança e do Adolescente disponibilizam o exame

Todo bebê deve passar por alguns testes para saber se a saúde está em ordem, como o teste da orelhinha, necessário no primeiro mês de vida. Em Macaé, a Secretaria de Saúde oferece o exame de emissões otoacústicas no Hospital Público Municipal (HPM) e na Casa da Criança e do Adolescente.

A fonoaudióloga da Casa da Criança e do Adolescente, Karine Kasper, explica que o teste da orelhinha é obrigatório por lei (12.303/2010) e deve ser feito ainda na maternidade, para avaliar a audição e detectar precocemente algum grau de surdez no bebê.

“O teste de emissões otoacústicas é feito através de um aparelho que avalia o ouvido interno (cóclea) do bebê. Uma sonda é colocada no conduto auditivo externo da criança e através de estímulo sonoro aplicado, é obtida uma resposta, por meio de um microfone também adaptado ao equipamento”, disse.

A fonoaudióloga ressalta que o teste deve ser realizado preferencialmente na maternidade, mas nos casos em que isso não ocorre por algum motivo, devem ser feitos na Casa da Criança e dos Adolescente, até o primeiro mês de vida. “Caso haja alguma alteração auditiva, pode ser detectada o mais precocemente e ainda no primeiro mês podemos fazer o teste e o reteste, se for o caso”, falou.

Os bebês que falham na primeira testagem são reavaliados. Os que falham novamente, são encaminhados para o médico otorrinolaringologista para avaliação/tratamento e realização de exames complementares.

Ela explica ainda que durante a consulta é investigada a presença ou não de fatores de risco para a deficiência auditiva. Caso haja esse fator de risco, o bebê deverá realizar também o exame de Bera. “A existência ou não de fatores de risco para deficiência auditiva determina a sequência adotada. Quando passa no teste, mas há fatores de risco, a criança é acompanhada a cada seis meses até os três anos e encaminhada para o otorrinolaringologista e para exames complementares”, detalhou Karine.

A dona de casa Cristiana de Souza levou o filho João Vitor para revisão do teste de emissões otoacústicas. Por ter nascido prematuramente e com baixo peso, ele vai precisar de acompanhamento até os três anos. “O João é muito esperto, mas como nasceu antes da hora, é preciso seguir as recomendações. Acho todo esse cuidado com as crianças fundamental para que possam crescer com saúde e ter uma boa qualidade de vida”, observou.

Além do teste da orelhinha, também é realizado o teste do reflexo cócleo-palpebral, que avalia o reflexo de piscar os olhos ao aplicar um ruído com um instrumento musical (agogô). O resultado do reflexo cócleo-palpebral colabora com o resultado do teste da orelhinha.

A fonoaudióloga Karina Kasper reforça que a detecção de alterações auditivas precocemente e a intervenção fonoaudiológica iniciada até os seis meses de idade, proporciona à criança com deficiência auditiva, um desenvolvimento de linguagem próximo ao das crianças ouvintes na mesma faixa etária.

Agendamento 

Para fazer o agendamento do teste da orelhinha na Casa da Criança e do Adolescente, os pais ou responsáveis devem comparecer à unidade com o encaminhamento e o Cartão SUS. O pedido será enviado pelo setor administrativo para a Central de Regulação de Acesso, que entrará em contato com a família, informando o dia e horário.

No dia do exame, os pais devem levar a caderneta de vacinação, pois há um espaço reservado para a descrição do resultado do exame, que sai na hora.