Evento aconteceu no Auditório Cláudio Ulpiano, da Cidade Universitária
Macaé é referência para vários municípios nas políticas públicas da Educação Inclusiva atendendo, diariamente, 1.200 alunos com diversos tipos de deficiência, transtorno ou altas habilidades na rede regular de ensino por meio do trabalho intersetorial e multidisciplinar. A gestão de qualidade realizada pela Secretaria de Educação em parceria com outras secretarias da Prefeitura de Macaé e órgãos da Justiça marcou o V Seminário de Educação Inclusiva que debateu, durante todo o dia de terça-feira (17), a importância de a sociedade, a família e a escola terem um olhar de humanidade para esses alunos garantindo seus direitos.
O seminário aconteceu no Auditório Cláudio Ulpiano, no Bloco A, da Cidade Universitária, que tem capacidade para 180 pessoas sentadas e ficou lotado também de pessoas em pé dentro e fora do espaço para acompanhar os debates. O tema deste ano é “Tecendo Práticas Intersetoriais” e faz parte da formação continuada para os profissionais da Educação e a comunidade. O seminário é realizado pela Coordenadoria de Educação Inclusiva da Secretaria Municipal de Educação com o objetivo de conscientizar, mobilizar e fortalecer as ações que integram os direitos à educação, saúde, assistência social e outros.
“Vocês que trabalham com esses alunos realmente precisam ser apaixonados pelo que fazem todos os dias. É um trabalho muito importante e fruto de união e parceria para acolhermos os alunos como eles precisam e merecem com dedicação, cuidado e, sobretudo, respeito. Eles são a prioridade da nossa rede e temos conseguido oferecer atendimento de qualidade a eles sempre buscando ações e parcerias que levam às práticas adequadas”, disse o secretário de Educação Guto Garcia. Ele lembrou que o município deu um salto de 180 alunos com necessidades especiais para os atuais 1.200 num curto período de tempo, nos últimos cinco anos.
Para esse atendimento, além de equipes multidisciplinares e atendimento intersetorial, o município conta com salas de recursos multifuncionais como a que funciona na Escola Municipal Dolores Garcia Rodriguez que expôs os trabalhos dos alunos durante o seminário. “O aluno com deficiência precisa da Educação integrada com a saúde, a cultura, o social, enfim, é importante que ele seja visto como um todo, daí a necessidade das estratégias de gestão baseadas na articulação das diferentes áreas da administração com todas as esferas”, destacou a Superintendente de Educação Integrada, Janaína Pinheiro.
“As grandes mudanças nesta questão são culturais e internas para uma Educação Inclusiva de fato. Macaé está de parabéns porque muito já avançou em suas ações. Este olhar para a Educação Inclusiva leva o assunto para o campo do Direito uma vez que trata dos direitos humanos. É um tema profundo que necessita de olhar o próximo com percepção de humanidade. Nesse cenário entram as políticas públicas necessárias promovidas por servidores, nos vários órgãos, e a necessidade do diálogo com o Judiciário. Esta intersetorialidade á a comunicação que leva a conciliar a diferença desse aluno com o princípio da igualdade, para garantir a condição de conforto e autonomia a ele em suas necessidades”, explicou a procuradora do município, presidente da Comissão de Legislação e Normas, Ilce Beraldi.
Ela enfatizou que as barreiras precisam ser rompidas em questões políticas, culturais, sociais, pedagógicas e outras para que a Educação Inclusiva atinja o seu objetivo de avaliação desses alunos dentro do que pregam os direitos humanos. “Somos todos promotores da mudança de comportamento necessária e este seminário é um grande passo neste sentido. A capacitação é muito importante e Macaé vem promovendo de maneira intensiva e com motivação”, acrescentou. A banda de música da Secretaria de Educação animou a abertura do evento. O evento ocorre em parceria com o Centro de Formação Carolina Garcia (CFCG).