Policiais atuam em áreas de maior incidência de assaltos em Macaé e realiza abordagens na área central

De janeiro a abril deste ano, foram registrados 250 assaltos à mão armada, e no mesmo período do ano passado foram registrados 84 roubos a transeuntes

O alto número de assaltos a pedestres, principalmente à luz do dia, tem incomodado moradores da Capital Nacional do Petróleo. Próximo de completar 208 anos em julho próximo, o município registrou aumento de 119% no registro de crimes do tipo nos primeiros quatro meses de 2018. De acordo com o Instituto de Secretaria de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro, foram 86 casos somente no mês de abril deste ano, contra 39 no mesmo período do ano passado, um salto de 119% de roubo a mão armada.

Nos primeiros quatro meses de 2018, Macaé registrou 250 assaltos na cidade, enquanto no mesmo período do ano passado, foram registrados 84 roubos, um crescimento de 460%. De acordo com dados do ISP, o mês de abril de 2018 foi o pior período em relação a assaltos. Em janeiro deste ano foram registrados 45 casos, em fevereiro 50, e no mês de março 69.

No mesmo período do ano passado, o mês de janeiro registrou 20 casos de roubo, em fevereiro 4, março 21 e abril 39.

As áreas consideradas mais perigosas são: Centro, Miramar, Visconde, Imbetiba, Praia Campista e Riviera Fluminense.

A auxiliar administrativa Marleide Siqueira, de 35 anos, mora há 20 anos no bairro Miramar e conta já ter sido assaltada duas vezes entre o Centro e o bairro. Ela anda cerca de um quilômetro de casa até a região central para ir ao trabalho. Apesar de curta, ela afirma que a caminhada é perigosa.

“Antes era sossegado. Agora tem muito usuário de drogas nas praças e isso traz a violência. As paradas são com pouca iluminação e desertas, além da falta de policiamento em certos horários nas ruas.”

Para a Polícia Civil, geralmente as vítimas têm sido estudantes usando celular, tablet, smartphone, e até mesmo saidinha de banco.

Para o comandante do 32° Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente coronel Rodrigo Ibiapina, houve uma reestruturação da atividade operacional da unidade, e os agentes estão atuando em pontos estratégicos. Macaé conta cm uma média de viaturas de 20 a 23 a cada 12 horas. “A apreensão de drogas e armas são as mais recorrentes na nossa unidade”, falou o tenente coronel., e acrescenta, “Temos distribuído as viaturas de forma estratégica, de acordo com as manchas criminais por um determinado tempo. A viatura não pode ficar parada, senão diminui a quantidade de abordagens.”

O funcionário público Francisco Salgado, de 55 anos, nasceu em Macaé e criou os quatro filhos na cidade. Apesar de nunca ter sido vítima de crimes, ele conta que já presenciou dois assaltos na porta de casa. “A parte de segurança está terrível. Antigamente a gente ficava com as portas abertas. Hoje é todo mundo na grade. Somos presidiários da violência.”

Ele relata alguns cuidados que toma para evitar ser alvo de criminosos. “Ficamos presos dentro de casa, sempre observo quando saio de casa. Meus filhos chegam tarde e é só preocupação.”

Veja cuidados recomendados pela Polícia Militar a pedestres:

1) Tome especial cuidado com esbarrões em locais movimentados, aparentemente acidentais. Nestas ocasiões, os criminosos aproveitam para furtar celulares e carteiras das vítimas.

2) Não ande só. Evite lugares desertos ou mal iluminados que possam facilitar a ação criminosa.

3) Evite usar fones de ouvido, celular ou objeto afins quando estiver a pé. A distração poderá facilitar a ação do criminoso.

4) Não reaja e mantenha a calma. As possibilidades de sucesso são mínimas com este tipo de atitude.

5) Se observar alguma atividade suspeita ao seu redor, fale de imediato com a Polícia Militar.