Ruas, becos e vielas ficaram intransitáveis durante todo fim de semana - Divulgação

Moradores denunciam o caos e situação fica ainda mais delicada por causa da pandemia de coronavírus

Moradores que residem nas comunidades de Nova Holanda, Nova Esperança e Malvinas enfrentam um dilema após transbordo do Rio Macaé e o canal Campos-Macaé, onde o nível da água passou o limite permitido e todos os dejetos de esgotos inundaram ruas, becos e vielas, causando dores de cabeça para mais de 10 mil moradores das comunidades, que imploram pelo sistema de dragagem nos canais, criação de sistema pluvial e a implantação do ‘piscinão’, para ajudar a escoar a água.

A inundação começou na sexta-feira (3), à noite, na comunidade das Malvinas e, no sábado (4), o nível da água começou subir com muita força indo em direção as comunidades Nova Esperança e Nova Holanda. As ruas principais foram tomadas pela água e alguns moradores perderam móveis e pertences.

Lojas e imóveis foram afetados, como por exemplo, a Rua Principal da Nova Holanda. Além de não conseguir transitar na via pública, o mau cheiro causava desconforto.
Na manhã desta segunda-feira (6), alguns pontos das comunidades apresentaram alagamentos e aos poucos a água escoava.

Com o alagamento, muitos não conseguiram respeitar o isolamento social e precisaram buscar abrigo. A higiene pessoal, tão necessária neste momento de pandemia de coronavírus, se tornou inviável.

Devido a enchente, muitos estão sem água potável. Alguns moradores, que possuem poço artesiano, acabaram perdendo a água devido à contaminação.

Maurício Silva é líder comunitário das comunidades Nova Holanda e Nova Esperança, e afirma haver omissão por parte dos órgãos públicos para resolver a situação.
“Moradores perderam tudo nessa enchente, e nenhum parlamentar ou órgão municipal veio para analisar o grave problema”, disse Maurício.