A participação dos niteroienses para deputado federal e estadual tornou-se uma vergonha lastimável tendo em vista o que os candidatos, na sua maioria, oriundos da Câmara Municipal, resolveram buscar e manter uma assessoria que os elegeram para o Legislativo Municipal na ex capital do estado que perdeu sua hegemonia política desde a fusão dos dois estados. Porém, teve um aumento significativo de municípios que hoje chegam a 92. Com essa assessoria municipal os candidatos niteroienses tentaram um voo maior, todavia, não caíram na real de que para ter votos nos distantes municípios, precisam, primeiro, se adequarem com seus assessores que conheçam o estado para as devidas articulações e contatos. Mas, não, até o ex-prefeito originário da Câmara de Vereadores ao resolver concorrer ao Governo Estadual, comete essa falha sem precedentes. Para quem conhece os integrantes de sua assessoria, já se previa esse desastre de falta de votos. Aliás, com uma campanha que não expressava a realidade de sua gestão de 8 anos, quando nada fez pelo centro da cidade que ficou, pelo que parece, entregue definitivamente a pessoas em situação de rua. Foi uma lástima essa participação no pleito encerrado no último domingo 02/10/22. Quem anda pelo centro de Niterói depara com o Pão de Açúcar, o Corcovado e a cidade maravilhosa a 10 minutos de barca. Esse abandono produziu o fechamento de todos os restaurantes tradicionais que a cidade detinha. Não se falando nos profissionais liberais, obrigados a mudarem da área. Outro fato merecedor a ser revivido é que um ex-prefeito de Niterói, Moreira Franco, conseguiu chegar ao governo estadual (1986-1990), só que tinha um sogro que era dono dos votos em todos os municípios fluminenses, Amaral Peixoto, vez que, seu também ex-sogro, Getúlio Vargas, era o ditador do Brasil de 1930 a 1945, que lhe transferiu todo esse poder à época. O tempo passou e os prefeitos sucessores, totalmente desconhecidos dos municípios distantes de Niterói, acharam que também tinham condições de chegar ao governo estadual. Conclusão: Niterói passou agora pelo 2º vexame. Como já dito, caso tivessem uma assessoria compatível com a pretensão almejada de ser governador, por certo, essas mesmas dariam aos seus chefes a dosagem correta que, para chegar ao governo estadual teriam que ter algo que convencesse o eleitorado mesmo que o eleitorado não os conhecessem. As figuras e suas assessorias só conhecem Niterói e nada mais. Daí o resultado deprimente que estamos vendo estampado nos meios de comunicação. Daqui pra frente, caso apareça outro pretendente ao governo estadual, já era tempo de saber que a tarefa não é fácil, sobretudo, quando o candidato não tem um sogro que detém os votos em todos os municípios e, além disso, precisam de um preparo com gente competente que não apenas transitem pelo legislativo da cidade e da Engenhoca pra cá. Essa é a realidade apresentada pelos pretendentes a voos mais altos. Talvez, a partir desse último resultado, tudo será diferente. SE VOCÊ NÃO SABE PARA ONDE VAI, PROVAVELMENTE TERMINARÁ EM ALGUM OUTRO LUGAR.

Por Celio Junger Vidaurre