Em sua decisão, Moraes destacou que, apesar das sérias alegações envolvendo Cid, os elementos apresentados até o momento justificam a manutenção de sua delação premiada e a consequente liberação.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta sexta-feira (3) a libertação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão vem após a revisão da delação premiada de Cid, que havia sido preso preventivamente devido a controvérsias em torno de sua colaboração com a justiça.

Em sua decisão, Moraes destacou que, apesar das sérias alegações envolvendo Cid, os elementos apresentados até o momento justificam a manutenção de sua delação premiada e a consequente liberação. “Não se verifica a existência de qualquer óbice à manutenção do acordo”, afirmou o ministro, citando a lei de organizações criminosas.

A prisão preventiva de Cid foi motivada por áudios vazados nos quais ele mencionava ter sido pressionado a seguir uma “narrativa pronta” nas negociações da delação. Contudo, o próprio tenente-coronel assegurou durante depoimento ao STF a integridade e a voluntariedade de sua colaboração.

O caso continua a gerar debates acerca da utilização da delação premiada no sistema judiciário brasileiro, enquanto a defesa do tenente-coronel comemora sua soltura, prevista para ocorrer ainda hoje.

Por portal Novo Norte