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Produto virá de Goiás e reforça a importância do porto privado para escoar insumos do Centro-Oeste do país

O Porto do Açu fechou contrato de longo prazo para movimentar concentrado de cobre pela primeira vez. Pelos próximos cinco anos, o mineral sairá de Alto Horizonte, em Goiás, para ser exportado através do Terminal Multicargas (T-MULT) do complexo portuário privado de São João da Barra (RJ). O acordo firma a movimentação, estocagem e embarque de concentrado de cobre, em uma operação inteiramente customizada para o cliente.

O produto, muito utilizado como insumo para produção de fios, tubos, remédios, entre outros, pertence à Mineração Maracá, totalmente controlada e operada pela canadense Lundin Mining, que usará o Açu como alternativa no Sudeste do país para otimizar o escoamento do cobre. A nova carga é favorável para o T-MULT, uma vez que equilibra a matriz de cargas do terminal (exportação-importação) e otimiza o fluxo logístico já existente, além de consolidar a posição do Porto para as empresas produtoras em Goiás, no Centro-Oeste do país.

“A entrada do Açu nessa rota é muito positiva, porque o cliente pode aproveitar a sinergia entre a logística de exportação do produto com a de importação de outras cargas, como as das siderúrgicas da região. Também oferecemos vantagens em relação a outros portos e terminais do país, sobretudo a possibilidade de customizar a operação de acordo com as necessidades dos nossos parceiros, aliada à alta produtividade, segurança e confiabilidade operacional. Estes fatores combinados otimizam a movimentação e reduzem custos da cadeia”, explica Rodrigo Napoleão, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Porto do Açu Operações.

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A primeira expedição da nova carga está prevista para acontecer até o final do ano, quando a primeira remessa de cobre será estocada nos armazéns lonados do T-MULT, que tem capacidade de armazenagem estática de 25 mil toneladas. Para atender à crescente demanda do terminal, há planos para ampliação imediata da retroárea com construção de pátio de granéis, pátio dedicado para cargas gerais e pátio de contêineres, além de novos galpões permanentes dedicados para armazenagem. Atualmente, o terminal possui 360 metros de cais acostável (que podem ser expandidos para 500m).

O T-MULT conta, atualmente, com 39 clientes e 15 produtos e, em 2020, colocou o Rio de Janeiro no mapa de fertilizantes no país. Em operação desde 2016, o terminal tem foco total em eficiência: opera sem fila para atracação, com flexibilidade na armazenagem e oferece soluções logísticas customizadas para os clientes. Em setembro deste ano, o terminal atingiu o recorde inédito de 1 milhão de toneladas movimentadas em menos de um ano e já soma 3,8 milhões de toneladas movimentadas até hoje.

Sobre o Porto do Açu

Com 10 Terminais de Uso Privado (TUPs), que representam 30% do estado, o Porto do Açu é um vetor de crescimento no Norte Fluminense (RJ). Resultado de R$ 18 bilhões de investimentos, o Açu está em operação há sete anos e é o único empreendimento portuário totalmente privado do país. É responsável por 25% da movimentação de petróleo nacional, possui o quarto terminal em movimentação de minério do Brasil, constrói o maior parque termelétrico da América Latina e conta com 16 empresas já instaladas, que empregam 7 mil trabalhadores.

Prevista para os próximos cinco anos, a industrialização do Açu terá como base, entre outros, projetos sustentáveis, com menor emissão de carbono e geração de energia limpa: produtos químicos, combustíveis, pelotização, siderurgia e outras empresas poderão utilizar o hidrogênio verde como insumo para incrementar suas matrizes energéticas sustentáveis. O Açu é considerado a porta de entrada verde para os projetos do futuro.  É um porto jovem, com crescimento rápido e com o diferencial de poder construir clusters que já nascerão sustentáveis, diferente dos portos já consolidados e estabelecidos com elementos fósseis.