Além dos cortes de 25% na folha de pagamento, funcionários que trabalham embarcado vão atuar em terra

Nos últimos dias, a Petrobras tomou atitudes trabalhistas consideradas pelo Sindipetro NF, ilegais em relação aos funcionários como a redução de 25% dos salários dos trabalhadores administrativos com redução de jornada, mudou o regime de trabalho de quem atuava embarcado para atuar em terra sem pagar nenhuma indenização e alterou as jornadas de trabalho de pessoas que trabalhavam em turno.
Segundo a estatal, tais medidas que visam economizar 700 milhões, vão impactar em cheio as cidades que tem bases e unidades da Petrobrás.”O que vamos ver é que ao tirar dinheiro do salário trabalhador, haverá menos circulação de moeda, menos consumo e impactos econômicos nas cidades onde existem petroleiros e petroleiras atuando ou morando” – explica o Coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra.Segundo ele, nenhuma dessas medidas foi negociada ou sequer comunicada ao Sindipetro-NF, como determina o Acordo Coletivo da categoria.A diretoria do Sindipetro-NF percebe que a atual gestão da Petrobrás repudia o Diálogo Social, seguindo os passos do Executivo Federal.
“Quando a empresa altera o regime e a jornada de trabalho, de forma simples ela age de forma ilegal e viola a Constituição, a legislação do trabalho e o Acordo Coletivo de Trabalho vigente. Sem falar que atinge em cheio a sua força de trabalho num momento de Pandemia, em que está trabalhando preocupada com o sua saúde e com o contágio, ou seja, quando necessitaria de mais proteção – denuncia Tezeu.
Para reverter tais decisões unilaterais, o Sindipetro-NF entrará com ações em substituição processual dos trabalhadores prejudicados, com pedido de tutela de urgência.