Petrobras confirma vazamento de óleo na Bacia de Campos

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Segundo a Petrobras, houve vazamento de aproximadamente 1,2 metro cúbico de óleo residual

Trincas em navio FPSO Cidade do Rio de Janeiro causam vazamento e retirada de funcionários, diz estatal

A Petrobras informa que a empresa Modec, operadora do FPSO Cidade do Rio de Janeiro, na Bacia de Campos, comunicou na última sexta-feira (23), a existência de trincas no casco do navio, após inspeção nos tanques externos da embarcação. Em decorrência disso, houve vazamento de aproximadamente 1,2 metro cúbico de óleo residual.

De propriedade da Modec, o FPSO Cidade do Rio de Janeiro, encontra-se com a produção interrompida desde julho de 2018 para processo de descomissionamento (desativação da unidade), no campo de Espadarte, a 130 quilômetros da costa. A retirada das 54 pessoas embarcadas, iniciada na sexta-feira, foi concluída nesta segunda-feira (26).

Sobrevoo realizado na área após o evento não identificou mancha de óleo na superfície do mar. Após novas avaliações, nesta segunda-feira, foi identificado aumento na extensão das trincas. A Petrobras comunicou a ocorrência às autoridades e vem apoiando a Modec nas ações de contingência.

Histórico

De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) em janeiro deste ano houve vazamento de óleo de um dos tanques deste mesmo navio. À época, apesar da solicitação do Sindipetro-NF, a Petrobras descumpriu o Acordo Coletivo de Trabalho e não permitiu a participação do sindicato na comissão de investigação de acidente.

O Sindipetro-NF vai solicitar a participação na investigação deste acidente, conforme garantido pelo atual ACT (cláusula 76) e também pela NR 37. Além de atuar na investigação das causas do acidente, o sindicato exige da Petrobras que não haja prejuízos aos trabalhadores que foram obrigados a desembarcar. A entidade entende que não é justo que os trabalhadores sejam penalizados pelas falhas da empresa.