Vereador Maxwell Vaz explicou que os critérios de repasse dos royalties são alvo de um impasse desde 2012

Nova partilha pode ser aprovada em novembro pelo Supremo Tribunal Federal

Um novo ataque à distribuição dos royalties do petróleo e a iminência de prejuízos incalculáveis à economia de Macaé e de todo Estado do Rio de Janeiro levou o vereador Maxwell Vaz (SD) a criar um abaixo assinado eletrônico virtual na semana passada. Em seu discurso no plenário, na última terça-feira (20), o parlamentar explicou que os critérios de repasse dos royalties são alvo de um impasse desde 2012, quando o Congresso aprovou a Lei 12.734/12, que alterou as regras de redistribuição e reduziu as transferências dos Estados e Municípios produtores, em favor de outras unidades federativas. Na época o assunto foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), que, em 2013, por meio de uma liminar, suspendeu os efeitos da lei. Porém, o assunto vai voltar à pauta do Supremo, com objetivo de colocar em votação a constitucionalidade da lei que trata da redistribuição dos royalties de petróleo.

Além de mostrar preocupação com a nova partilha, Maxwell fez um chamamento para que os parlamentares de todo o Estado e a sociedade se unam e evitem essa injustiça. “Precisamos que essa lei seja declarada inconstitucional, afinal um levantamento feito pelo Valor Econômico com base em previsões oficiais da ANP mostra que 58% das cidades que recebem royalties do petróleo terão pela frente alguns anos de queda na arrecadação. Além disso, os Estados e Municípios produtores, principalmente o Rio de Janeiro, vivem um cenário de crise financeira muito grave, tal medida levaria diversos municípios a falência e as pessoas passariam necessidades maiores ainda. Por este motivo criamos esse abaixo-assinado para sensibilizar o STF a votar na inconstitucionalidade da lei 12.734/12”, informou.

O vereador esteve na semana passada na audiência pública “Mudanças na partilha dos royalties de petróleo e gás – o dilema que nos assombra”, que aconteceu na Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes.

Se a constitucionalidade for aprovada, a previsão é que as receitas do Estado do Rio de Janeiro reduzam em 40% e a dos municípios em torno de 80%.