Essa declaração acentua as tensões entre a Rússia e os países membros da Otan, especialmente após a decisão da Finlândia de ingressar na aliança

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou nesta quinta-feira (18) o início de um extenso exercício militar, marcando seu maior esforço de treinamento em décadas. A operação, prevista para durar vários meses, envolverá cerca de 90 mil soldados de mais de 30 países membros da aliança. O anúncio surge em um contexto de crescente tensão com a Rússia, que recentemente intensificou suas atividades militares na região.

Na semana passada, Dmitry Medvedev, ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança, alertou que qualquer apoio militar do Reino Unido à Ucrânia poderia ser interpretado como uma declaração de guerra por Moscou. Essa declaração acentua as tensões entre a Rússia e os países membros da Otan, especialmente após a decisão da Finlândia de ingressar na aliança, o que foi visto como uma ameaça pela Rússia, dada a extensa fronteira compartilhada entre os dois países.

O contexto atual, marcado pela convocação em larga escala da Otan e pelos recentes ataques aéreos russos a cidades ucranianas, levanta questionamentos sobre as implicações dessa mobilização. O almirante holandês Rob Bauer, presidente do comitê militar da Otan, confirmou que a aliança está se preparando para um possível confronto com a Rússia. A situação atual e suas possíveis consequências serão discutidas hoje no programa ‘Estadão Notícias’, com a participação do professor Marcus Vinícius De Freitas, especialista em relações exteriores da universidade da China.