Foto: Ana Chaffin – Prefeitura de Macaé (RJ)

A previsão de entrega da usina em Macaé era para o dia 01/01/2023, porém, não foi isso que aconteceu. Entenda:

De acordo com o contrato firmado entre a termoelétrica Marlim Azul e a usina de pré-sal, uma nova usina financiada pelo BNDES (avaliada em R$ 2,5 bilhões) em Macaé (RJ), começaria a gerar energia no dia 1° deste ano. Porém, os planos foram por água abaixo, já que a usina não foi entregue no tempo previsto, de acordo com o site Estadão.

O planejamento para concluir o projeto da usina se deu com a criação de um consórcio da Mitsubishi Hitachi com o Pátria Investimentos e a Shell, com o início das obras no mês de julho de 2020. Além dos sócios, a usina de Macaé, no Rio de Janeiro, teve como financiador o BNDES.

A usina de Macaé tem uma capacidade de geração de 565 megawatts somente com uma turbina, o bastante para abastecer com energia pouco mais de 2 milhões de residências. Além disso, essa usina foi a única até hoje que venceu um leilão para explorar o gás do pré-sal brasileiro.

Os atrasos nas obras da usina

Os atrasos nas obras da nova usina começaram a surgir durante a pandemia da Covid-19, o que, de acordo com a Marlim Azul Energia, atrasou o cronograma da implantação da usina em 206 dias. De acordo ainda com o balanço realizado, todos os lockdowns, fechamentos de cidades e etc. prejudicaram o lançamento da nova usina.

Assim, o grande atraso no início da operação da nova usina de Macaé (RJ), teve suas atividades reprogramadas para início somente no dia 25 de julho. Fontes do Estadão dizem que em maio de 2022, a empresa solicitou a Aneel um prazo a mais para a entrega da usina no RJ. O argumento usado pela empresa foi de que a pandemia atrasou demasiadamente a entrega da usina.

Analisando a justificativa da empresa, a Aneel concluiu que o argumento utilizado não condiz com a realidade, uma vez que para eles, o atraso tem a ver com questões internas da própria empresa, que envolvem contratos e mudanças.

Justificativa da Marlim Azul Energia

Diante da negativa da Aneel, a empresa apresentou outros argumentos que justificam o atraso na entrega da usina de Macaé, pedindo assim a revisão do processo. O material está em análise e ainda não foram divulgados resultados.

A saída então para a Marlim foi adquirir uma usina para a geração de energia, tentando honrar assim os compromissos com os distribuidores de energia. Atualmente, a usina se encontra 96% concluída e com 900 colaboradores em atividade.

Por Roberta Souza/ Click Petróleo e Gás