Objeto do cotidiano dos brasileiros carece de cuidados em sua conservação e também no descarte
Novos tempos, pedem novas maneiras de nos relacionarmos com o meio ambiente. E se a pandemia mudou a forma como vivemos, ela certamente transformou algumas de nossas atitudes. Então, para marcar o Dia da Limpeza Urbana, celebrado nessa quinta-feira, dia 27 de agosto, segue algumas dicas de como descartar importantes materiais usados no nosso dia a dia. Afinal, cada um de nós, consumidores, podemos adotar hábitos mais sustentáveis para diminuir a quantidade de resíduos que produzimos e destiná-los corretamente. E sabe aquela máscara que se tornou essencial no nosso cotidiano? Vale até mesmo um grande cuidado com ela.
Item indispensável para qualquer pessoa, a máscara merece uma atenção muito grande em seu descarte. Não apenas por poder se tornar um meio de propagação do coronavírus, mas por aumentar a poluição do meio ambiente, sobretudo dos mares e oceanos. Uma máscara cirúrgica, que contém plástico, por exemplo, pode demorar até 400 anos para se decompor. Já aquelas de tecido sintético levam entre 100 e 300 anos.
Para evitar que este material se torne prejudicial, basta seguir alguns passos simples para descartá-lo. Segundo a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), é preciso colocar uma ou várias máscaras juntas dentro de dois saquinhos plásticos, amarrar bem forte, sinalizar que ali contém tais objetos e descartá-las no lixo comum, o orgânico. Em nenhum momento, elas devem ser misturadas com resíduos recicláveis.
A ONU orienta ainda que a limpeza das máscaras de tecido seja feita com sabão ou detergente e água quente. Uma alternativa durante a lavagem é, depois de esfregá-la com sabão ou detergente, despejar água fervente por um minuto. Outra opção é deixá-la de molho no cloro (a 0,1%) por um minuto e, em seguida, enxaguá-la completamente para que não fique nenhum resíduo.
Outros materiais que merecem muita atenção ao serem descartados são os remédios vencidos, as pilhas, as baterias e os produtos eletrônicos:
• Pilhas e as baterias, antes de tudo, devem ser embaladas para evitar vazamentos e contaminação.
• Para produtos eletrônicos, existem leis específicas para o descarte. As empresas fabricantes devem oferecer a coleta de seus equipamentos, contribuindo para a chamada logística reversa.
• Já o descarte de medicamentos velhos, vencidos ou sem uso deve ser feito em postos de coleta específicos, como farmácias e postos de saúde.
A nova rotina por conta da pandemia fez os brasileiros ficaram mais tempo dentro de casa. E isso, consequentemente, mudou alguns hábitos. Segundo estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e da Associação Internacional de Resíduos Sólidos no Brasil (ISWA), em abril, a geração de resíduos domiciliares caiu 7,25% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Também segundo a Abrelpe, em maio, houve um aumento de 28% na coleta de resíduos recicláveis domésticos em todo o Brasil.
Porém, isso não significa que a reciclagem em si aumentou. Isso porque muitas unidades de triagem de recicláveis deixaram de funcionar ou passaram a funcionar parcialmente por conta da pandemia.