Ex-ministro de Bolsonaro ficou preso 4 meses injustamente

O Ministério Público Federal (MPF) decidiu arquivar a ação civil contra o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, por falta de evidências de sua suposta omissão durante os atos de 8 de janeiro de 2023. Esses atos ocorreram quando Torres servia como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. O procurador Carlos Henrique Martins Lima, que liderou a investigação, concluiu que não havia provas de intenção deliberada de Torres em facilitar os atos criminosos dos manifestantes na Praça dos Três Poderes.

A decisão de arquivamento levou em consideração a baixa adesão de manifestantes nos dias que precederam o 8 de janeiro e a “repentina mudança” na situação quando diversos ônibus chegaram à capital. Isso fez com que os manifestantes se movessem da porta do Quartel-General do Exército para as sedes dos Três Poderes, evidenciando que Torres não dispunha dos meios necessários para prevenir as consequências das invasões.

Adicionalmente, o MPF examinou e rejeitou os documentos apresentados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, argumentando que possuem um viés político inerente, refletindo o objetivo dos membros do Legislativo de atender às expectativas de seus eleitores.

Apesar de Torres estar fora do Brasil durante os eventos, ele foi detido por quatro meses. Posteriormente, conseguiu o direito de responder em liberdade e foi obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica.