Logo no primeiro dia de trabalho, o Ministro da Educação de Lula (PT), Camilo Santana (foto), encerrou um dos principais legados do governo Bolsonaro à educação infantil brasileira: a secretaria de alfabetização, a Sealf.
Apenas um dos cursos oferecidos pelo programa “Tempo de Aprender”, por exemplo, conta com a inscrição de 240 mil pessoas e mais de 2 milhões de acessos.
A pasta foi criada logo no início do governo Bolsonaro, em 2019, pelo ex-ministro da educação Ricardo Vélez Rodrigues. O objetivo do órgão era “planejar, orientar e coordenar a implementação de políticas para a alfabetização de crianças, jovens e adultos”.
O decreto desta segunda-feira (2), assinado por Santana, cria no lugar, a “Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão”.
A secretaria de alfabetização, em 2022, apresentou balanço dos bons resultados obtidos pela pasta. O Ministério da Educação (MEC) do governo Bolsonaro registrou um salto significativo de aprendizagem no ciclo de alfabetização entre estudantes do 1º e 2º anos do ensino fundamental em língua portuguesa.
Entre os estudantes do 1º ano do ensino fundamental, o aumento foi de 30% na proficiência média em língua portuguesa. Ou seja, em março de 2022, os estudantes atingiram uma média de 137 pontos. Já em agosto, foram 179 pontos. Isso significa que, os estudantes do 1º ano apresentaram um desempenho esperado para estudantes do 3º ano.
Entre os alunos do 2º ano do ensino fundamental, o registro foi de uma média de 154 pontos em março para 178 pontos em agosto, um salto de 15,5% na proficiência em língua portuguesa.
Nas redes sociais, o ex-ministro da educação Victor Godoy criticou a decisão petista: “Para quem prometeu priorizar a alfabetização, o governo Lula já começa com erros graves. A Sealf trouxe ganhos comprovados e científicos para a alfabetização. Com essa ação, todo o trabalho de quatro anos pode ser perdido. O discurso tem que vir acompanhado da prática.”
Entretanto, após acabar com a pasta de alfabetização, Camilo Santana colocou como “prioridade absoluta” a alfabetização na idade certa de crianças do ensino básico.
Por Direita On Line