Lagoa de Carapebus transborda e rompe devido a fortes chuvas que caiu na semana passada - Eu, leitor, o repórter

Municípios vizinhos estão preocupados com possíveis surgimentos de gigogas e taboas, que podem sujar praias da baixa litorânea e Lagos

A forte chuva que caiu na semana passada contribuiu para que a Lagoa de Carapebus rompesse pela quarta vez em menos de dois meses. O fenômeno da natureza aconteceu, na madrugada desta quarta-feira (19), por volta das 3h, quando a barreira se rompeu devido à lagoa estar cheia.

Equipe da secretaria de Meio Ambiente esteve no período da manhã para vistoriar o local e saber se houve algum tipo de dano ambiental e traçar ações em conjunto com o Instituto Chico Mendes Biodiversidade (ICMBIo), já que a lagoa se encontra dentro da área do Parque Nacional de Restinga de Jurubatiba.

Em dezembro do ano passado, uma força-tarefa foi realizada pelo ICMBIo e Inea com apoio das prefeituras de Quissamã e Carapebus para fechar as duas Lagoas Paulistas e Carapebus – abertas no dia 13 de dezembro -, pelos moradores devido a enchente que inundou bairros da cidade, fazendo com que a água escoasse para as lagoas.

No dia 5 do mês passado, a força da natureza acabou rompendo vários ecobags (sacos de areia ), que foram implantados pelo ICMBIO e Inea, no dia 28 de dezembro, cuja Lagoa precisou ser fechada para inibir vegetações para o oceano como acabou sujando diversas praias da região dos Lagos e Macaé.

De imediato, equipe do ICMBIO, em parceria com as prefeituras, planeja ações para tentar impedir que taboas e gigogas surgissem outra vez nas costeiras, durante este período de alta temporada, onde turistas procuram as praias no verão.

Comerciantes das cidades de Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Macaé e Rio das Ostras estão apreensivos, já que o rompimento pode trazer ainda mais prejuízo para o setor de turismo, e nesta semana do Carnaval pode afetar diretamente o turismo que vem da capital para o interior do estado, como aconteceu no dia 30 de dezembro do ano passado, quando diversas praias foram prejudicadas com a presença de vegetação impedindo que os turistas frequentassem as orlas.

Ainda no mês passado, as prefeituras de Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo recolheram quase uma tonelada de gigoga e taboas e entram com ação judicial contra a prefeitura de Carapebus por danos e prejuízos.