A Justiça Federal da Bahia, ao considerar as evidências acumuladas contra Wagner, autorizou buscas em sua residência e determinou seu afastamento cautelar da PGR por 30 dias

Em uma operação denominada Dakovo, a Polícia Federal (PF) concentra investigações em Wagner Vinicius de Oliveira Miranda, um servidor lotado na Procuradoria-Geral da República (PGR), suspeito de participação no núcleo financeiro de um esquema de tráfico internacional de armas. As investigações revelaram ligações entre o servidor e operações financeiras suspeitas, incluindo a empresa Bravo Brasil, ligada a Angel Antonio Flecha Barrios, intermediário crucial no esquema de tráfico de armas e drogas entre Brasil e Paraguai. Essas descobertas vieram à tona após análises de informações armazenadas na nuvem de Angel, revelando transações financeiras questionáveis envolvendo empresas de Wagner. A operação, realizada pela PF, investiga também o possível papel de Wagner no tráfico de drogas e armas importadas ilegalmente da Europa para as facções PCC e Comando Vermelho.

A Justiça Federal da Bahia, ao considerar as evidências acumuladas contra Wagner, autorizou buscas em sua residência e determinou seu afastamento cautelar da PGR por 30 dias, iniciado na terça-feira, 5, restringindo seu acesso a sistemas e dados internos. Esta decisão foi baseada na preocupação de que Wagner, por seu cargo na PGR, pudesse acessar informações sigilosas e sensíveis, potencialmente interferindo nas investigações. A PGR, por sua vez, afirmou que medidas apropriadas nas esferas criminal e administrativa foram adotadas desde o início das investigações, que continuam sob sigilo.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou que está colaborando com as investigações da Operação Dakovo da PF, que mira um servidor do Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de envolvimento com o tráfico de armas. A PGR assegurou que todas as providências cabíveis foram tomadas nas esferas criminal e administrativa, mantendo a investigação sob sigilo. Este caso envolve a apuração de um poderoso esquema de tráfico de armas, que também inclui membros do PCC e do Comando Vermelho, sendo Wagner Vinicius de Oliveira Miranda, analista processual, um dos principais suspeitos.