Com várias crises sucessivas instaladas no país que vão sendo disseminadas pelos estados e municípios por causa da “guerra contra o coronavirus”, ou Covid 19, assim batizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS, muitos governadores e também prefeitos de grandes cidades, não deixam de aproveitar a oportunidade para chancelar campanhas contra ou a favor de governos, porque a coisa é séria, muito séria. Mas quem tem a pretensão de concorrer aos cargos de vereador e de prefeito para suceder Dr. Aluízio, está pisando em ovos porque a situação, além de dramática, deixa os pretensos candidatos bem cuidadosos, como se estivessem pisando em ovos.

Uma escorregadela e… de repente, o trabalho que vem sendo feito por alguns há algum tempo, pode acabar entornando o caldo. Por causa da Covid-19, é claro, que exige muito cuidado das pessoas, principalmente daquelas mais idosas que devem ficar em isolamento para colaborar e evitar o caos nas redes públicas ou privadas de saúde, os pré-candidatos estão um pouco calados, com um pé atrás e outro na frente, sem que tenham alternativas de saírem por aí pedindo votos a torto e a direita, porque pode esbarrar em situações que desagradem o eleitor que está de olho no cuidado com a saúde e procurando manter o emprego, situação que vem esbarrando nas decisões de governo proibindo uma série de atividades laborais, principalmente porque Macaé é uma séria área de risco. Mas a calamidade pública serve também para deixar alguns ricos depressa, como temos observado nas reportagens diárias e que objetivam colocar um fim na guerra contra o corona.

Campanha digital

Em 2018, na campanha presidencial, o então candidato Jair Bolsonaro, resolveu enfrentar o stablschment e utilizar as redes sociais para fazer chegar aos eleitores as suas mensagens. Foram criadas contas em todos os aplicativos e, a partir daí os milhões de brasileiros começaram a receber memes da campanha em vários estilos e como o povo via e ouvia o que gostaria de ver e ouvir, os meios de comunicação tradicionais que dependeram do horário eleitoral gratuito, foram surpreendidos com o resultado das eleições quando Bolsonaro acabou eleito no segundo turno por 57 milhões de votos. Ora, se a maioria dos brasileiros, mesmo nas áreas mais distantes, tem celular, e tem lugares onde o sinal do rádio ou da tv chega com dificuldade e tem horário para exibição, pela internet tudo passou a ser mais rápido.

Em questões de segundos houve um verdadeiro bombardeio de mensagens que acabou fazendo de Bolsonaro o primeiro na corrida eleitoral. Principalmente depois da facada em Juiz de Fora, dia 6 de setembro daquele ano. A velocidade em que a informação atingiu a população foi tão grande que causou quase uma convulsão social. Mas não parou por aí, não. Até hoje, o sistema continua funcionando com defesas e ataques. Como o negócio deu resultado, estamos diante de outra campanha, e parece que as redes ganharam a preferência dos futuros candidatos a prefeito e vereador.

Tanto que todos, indistintamente, têm o registro em todos os canais e, como o corpo a corpo está impedido por causa do isolamento contra o coronavirus, passaram a utilizar a internet para dar seus recados. Mas, diferente da campanha presidencial, a atual deverá ter, somente no município por cada partido, cerca de 26 candidatos a vereador e uns 10 a prefeito e vice. Sinal de que vai ser difícil o eleitor assistir uma live, como já está acontecendo.

Os horários são conflitantes e o internauta não sabe onde se fixar. E já tem gente ficando pelo meio do caminho, além de uma enorme confusão de informações, muitas desencontradas, sem contar com os ataques sem pé e sem cabeça onde predominam as Fake News para destruir adversários. Enfim, em tempo de campanha digital, por enquanto vai de vento em popa. A única vantagem é que com o celular, você tem o comando e liga ou desliga a hora que quiser, diferente dos horários de rádio e tv. O desafio está lançado.

 

PONTADAS

Não está fácil para ninguém acompanhar diariamente as informações sobre o coronavirus nos meios de comunicação e, entre eles, a mais utilizada que é a televisão, deixa todo mundo apavorado com a repetição de números. Na nossa região, apesar de não haver tanto alarde, o município de Macaé vai liderando as estatísticas sobre o número de casos positivos e de óbitos. O prefeito estendeu o prazo até 11 de maio.

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A nível Brasil, o presidente da República, nas suas entrevistas relâmpagos na saída e na chegada do Palácio Alvorada, sua residência oficial, tem sido o local preferido pela imprensa fazer as pautas das edições diárias. Você vê, ouve e assiste cada uma que fica mais assustado ainda. Enquanto isso, dobra a preocupação das autoridades para combater o coronavirus. Até o Ministro da Saúde, parece perdido…

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Sexta-feira, 1º de Maio, Dia Mundial do Trabalho, habitualmente deveria haver programas para celebrar a data, como sempre acontecem. E por cair numa sexta-feira, um feriadão ótimo para umas férias para deixar o estresse para trás. Só que as comemorações, se houve, foi de maneira virtual. Os hotéis e pousadas com baixíssima ocupação, é o retrato feio da crise. Búzios, por exemplo, está às moscas.

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Até domingo