A ausência de figuras-chave como o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e o de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é significativa

O convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um evento em 8 de janeiro, com intenção de capitalizar politicamente sobre a lembrança dos ataques aos prédios dos Três Poderes, está sendo solenemente recusado. Vários governadores, principalmente os de inclinação direitista e ex-apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), estão declinando o convite, certamente para não dar o palanque que Lula espera com o evento.

A ausência de figuras-chave como o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e o de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é significativa. Rocha passará férias em Miami, enquanto Freitas estará na Europa. Em São Paulo, nem o vice-governador, Felício Ramuth (PSD), nem André do Prado (PL), presidente da Assembleia Legislativa, que assumirá temporariamente, confirmaram presença.

Além deles, a participação de outros governadores de direita também é incerta. Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais e Ronaldo Caiado (União Brasil) de Goiás têm compromissos prévios. Em Santa Catarina e no Rio de Janeiro, Jorginho Mello (PL) e Cláudio Castro (PL) também estão avaliando suas agendas, com a assessoria de Mello afirmando não ter recebido o convite. A situação de Antonio Denarium (PP) em Roraima e de Ratinho Júnior (PSD) no Paraná é similar, com incertezas sobre a recepção do convite.

Este cenário de recusas e incertezas em relação ao evento de Lula revela uma clara rejeição dos governadores de direita a uma iniciativa percebida como uma tentativa de Lula de angariar apoio político. A escolha de não participar do evento reflete não apenas conflitos de agenda, mas também uma postura política distinta frente às iniciativas do atual presidente.