Jornalista americano apontou censura

A decisão de abertura de inquérito para investigar o influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, e a aplicação de multa no valor de R$ 300 mil pelo descumprimento de decisão judicial, foram criticadas pelo jornalista americano Glenn Greenwald. A sentença foi proferida na última quarta-feira (2) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

De acordo com Moraes, novos perfis nas redes sociais foram criados por Monark com o objetivo de reproduzir conteúdo proibido por decisão judicial anterior. A intenção por trás disso seria a busca por lucro por meio da veiculação do material. Na decisão do magistrado, foi apontado que a criação de novos perfis representa um artifício ilícito utilizado para produzir e disseminar conteúdo já bloqueado, resultando em possíveis violações e até mesmo caracterizando o crime de desobediência conforme o artigo 359 do Código Penal.

Durante o evento System Update, Glenn Greenwald observou que Monark foi completamente retirado da internet, impossibilitando-o de continuar obtendo seu sustento. Nas redes sociais, o jornalista destacou o cenário como uma forma de censura. Ele ressaltou a extensão e a natureza despótica do regime de censura vigente no Brasil, considerando isso relevante não apenas pelo impacto nacional, mas também por ser um cenário observado pela União Europeia e pelo Canadá/EUA como um possível laboratório para testar os limites das restrições.

Por portal Novo Norte