Foto Divulgação/ Rui Porto Filho

Com o tempo bom indicado pelo serviço de meteorologia, sol forte, sem chuvas ou vento, parece que a incompetência dos serviços de energia que tem a Enel como concessionária, fez os macaenses voltarem no tempo e lembrar um refrão antigo: “Macae, cidade que me seduz. De dia falta água e de noite falta luz”.
A manhã de sábado (15) que prometia ser um dia alegre, passou a ser um dia de tormento para os moradores da região do Cavaleiros e adjacências que não tiveram normalidade no fornecimento de energia pela Enel, concessionária que conseguiu superar a Ampla, pela falta de atendimento.
A maioria dos moradores residentes em edifícios, tiveram dificuldades para cumprir compromissos agendados, ir à farmácias, supermercados ou qualquer outra atividade. “Como descer e subir seis pavimentos pela escada porquevos elevadores pararam de funcionar? Não tive como levar minha mãe idosa (83 anos), para um atendimento médico pois utiliza cadeira de rodas. Também o serviço de internet ficou prejudicado porque as operadoras nada puderam fazer porque todos os sistemas dependem de energia. Não há como falar que Macae é a cidade da energia ou capital do petróleo porque as empresas concessionárias de serviços públicos parece que só objetivam lucro e se esquecem dos consumidores que pagam todas as contas e não tem benefícios”, disse Mateus Passagarda, demonstrando revolta porque estava há mais de cinco horas esperando o atendimento da Enel que até as 17 horas não havia conseguido normalizar os serviços.
Também empresários, consultórios, e outros tipos de profissionais liberais ficaram prejudicados porque todos hoje vivem em torno da internet e, faltando energia, tudo para.
As reclamações com a Enel foram muitas. A Dona de Casa e empresária Michele Alves, ficou irritada porque o motor da geladeira queimou e teve de trocar. O técnico de refrigeração que fez o atendimento para trocar o motor diagnosticou que a causa foi um pique de energia. Ela prometeu ir ao PROCON reclamar da Enel para ser ressarcida de um prejuízo de quase mil reais.
Como nos finais de semana as empresas mantém plantão com atendimento reduzido, não fica fácil para ninguém continuar a acreditar que os problemas serão resolvidos de forma rápida e eficaz.
Ninguém reclamou da classe política porque as pessoas preferem esquecer que ela existe e só aparece na hora de pedir votos.
Quem conhece a lenda de Mota Coqueiro que rogou uma praga de 100 anos ao ser enforcado na antiga Praça da Luz, onde está edificado o Colégio Luiz Reid, acha que a praga ainda predomina apesar de terem passados os 100 anos do enforcamento.
“Macae que abriu as portas para o mundo ao ficar conhecida como capital do petróleo, não teve os benefícios esperados pela população que continua refem de serviços essenciais para melhorar a qualidade de vida. Ainda falta água, falta energia, e faltam serviços que possam colocar o município no rol de cidades desenvolvidas”, disse Francisco Salomao, revoltado com os casos que acontecem e nenhuma autoridade se manifesta.