O saldo comercial do estado do Rio, de US$ 11,9 bilhões, entre janeiro e setembro deste ano, foi recorde de toda a série histórica, iniciada em 1996, e foi puxado pelas exportações fluminenses (US$ 30,9 bilhões) que tiveram um crescimento de 27% frente ao mesmo período do ano anterior. Este é um dos destaques do Boletim Rio Exporta, da Firjan, edição de outubro. As importações somaram US$ 19 bilhões no período. No país, o saldo comercial também foi positivo (US$ 47,9 bilhões).

“O superávit positivo com ótimo fluxo em óleo, gás, químicos e automotivo mostrou uma melhora até em relação à fase pré-pandêmica. O ano de 2022 é de recuperação. Mas é preciso ter cautela para 2023, quando está prevista uma desaceleração da economia mundial. Haverá reflexos no Brasil, por isso é preciso continuar trabalhando pela competitividade da indústria e ter responsabilidade nos gastos públicos”, avalia Rodrigo Santiago, presidente do Conselho Empresarial de Relações Internacionais da Firjan.

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A alta das exportações inclui o avanço de 29% nas vendas de produtos manufaturados, consequência do aumento de 24% nos embarques da indústria de produtos químicos (US$ 317 milhões) e 13% nas exportações da indústria de produtos de borracha e de material plástico (US$ 340 milhões). 

Nas importações, sete entre dez principais setores industriais fluminenses apresentaram uma variação positiva de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2021. Os setores de carvão mineral (alta de 199%), petróleo e gás natural (+ 63%) e produtos químicos (+ 28%), que somados representam cerca de 35% das compras externas, foram os principais destaques. 

Em relação ao comércio de petróleo, as exportações fluminenses totalizaram US$ 23,2 bilhões, com alta de 26% ante o mesmo período de 2021. Já as importações de petróleo subiram 117%. “Hoje as vendas de petróleo crescem mais pela alta do preço internacional, atrelado à conjuntura econômica da guerra Rússia x Ucrânia, sem ter aumento de volume. Já o total das vendas de petróleo fluminense equivale a 75% de nossas exportações”, analisa Giorgio Rossi, coordenador da Firjan Internacional