A Polícia Federal identificou que a empresa, atribuída a Juscelino, não possui sede física nem quadro de funcionários

A Arco Construções, empresa sob investigação por suposto envolvimento em um esquema de corrupção para beneficiar o atual ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), apresenta irregularidades significativas em sua estrutura operacional. 

A Polícia Federal identificou que a empresa, atribuída a Juscelino, não possui sede física nem quadro de funcionários. As investigações revelaram que os endereços oficiais da Arco Construções não correspondem a uma entidade em funcionamento regular. Em São Luís, capital do Maranhão, o local indicado como sede da empresa abriga, na verdade, outra companhia, a Triunfo. Além disso, outro endereço associado à Arco no bairro Parque dos Nobres levou a um imóvel fechado e aparentemente abandonado.

A história da Arco Construções, fundada em 2015, coincide com o início do mandato de Juscelino Filho como deputado federal. A empresa está envolvida em processos judiciais movidos por bancos públicos e privados, acumulando dívidas que somam 1,5 milhão de reais, incluindo 1,25 milhão de reais ao Banco do Nordeste e 250 mil reais à Caixa Econômica Federal. No Tribunal de Contas do Maranhão, constam registros de contratos firmados pela construtora apenas na cidade de Vitorino Freire (MA), gerenciada por Luanna Rezende, irmã de Juscelino. Esses contratos envolvem obras de pavimentação, construção de praças, uma escola e o aluguel de maquinário pesado.

A defesa de Juscelino Filho reagiu às acusações, classificando-as como “absurdas” e negando qualquer benefício pessoal do ministro em suas atividades parlamentares. A situação da Arco Construções e o envolvimento do ministro continuam sob escrutínio das autoridades competentes, aguardando esclarecimentos adicionais.