Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) funciona na Rua São João, 33 - Foto Divulgação/ Ana Chaffin

A Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes da Secretaria de Saúde realizou na manhã desta segunda-feira (9), no auditório do Centro Administrativo Luiz Osório (Cealo), um encontro para falar sobre violência contra a mulher, que contou com a presença da coordenadora do Centro Especializado de Atendimento à Mulher, Jane Roriz e do coordenador do Programa da Saúde do Homem, Rodrigo Bezerra. Na oportunidade foi lembrada a importância da Campanha do Laço Branco, comemorada no dia 6 de dezembro, que tem o objetivo de envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher.

A coordenadora da Área Técnica de Vigilância e Prevenção das Violências, Ananda Resende, disse que essa reunião foi o último encontro do ano. “Este ano seguimos os temas propostos pelo Ministério da Saúde e nesta segunda-feira (4), abordamos a violência contra a mulher, ressaltando o homem como aliado nessa campanha”, destacou.

O coordenador do Programa da Saúde do Homem, Rodrigo Bezerra, disse que assumiu recentemente a coordenação e pretende com a experiência traçar metas para realizar um trabalho em rede.

“Trabalho também no Centro de Aconselhamento e Testagem DST/Aids e percebemos muitos casos de violência, nas comunidades que nós atuamos. Para mim, é um grande desafio, mas queremos realizar um trabalho em rede”, disse.

A coordenadora do Centro Especializado de Atendimento à Mulher explicou que a Campanha Brasileira do Laço Branco surgiu a partir de um triste episódio, que aconteceu no dia 6 de dezembro de 1989.

“Um rapaz de 25 anos (Marc Lepine) invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, Canadá. Ele ordenou que os homens (aproximadamente 48) se retirassem da sala, permanecendo somente as mulheres. Gritando: “você são todas feministas!?”, ele começou a atirar enfurecidamente e assassinou 14 mulheres, à queima roupa. Em seguida, suicidou-se. O rapaz deixou uma carta na qual afirmava que havia feito aquilo porque não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino”, lembrou.

Jane destacou ainda que o objetivo é chamar o homem para compor a luta contra a violência à mulher, e tentar vivenciar uma Cultura de Paz, onde todos possam se respeitar.

“Nós procuramos fazer o acolhimento sem julgamentos de quem está certo ou errado, mas sim, procurar auxiliar. Queremos fortalecer o grupo reflexivo onde os homens possam ter um espaço de escuta e fala”, acrescentou.

Ela falou também sobre as ações positivas dos Centro de Referência do Homem que existem nos municípios de Duque de Caxias e São Gonçalo, onde o agressor recebe todo acolhimento adequado por uma equipe multidisciplinar.

A coordenadora destacou também durante o encontro a atuação do projeto “Maria da Penha vai às escolas”. O projeto é uma iniciativa do Ceam, curso de Direito da UFF/Macaé, Patrulha Maria da Penha, Secretaria de Educação e Juizado Especial Adjunto Criminal/Juizado de Violência Doméstica. O objetivo é formar multiplicadores da informação.

A princípio o projeto atende adolescentes do 8º e 9º anos, para que multipliquem as informações para alunos de outros anos, familiares e, também para a sociedade.

Serviço

O Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) funciona na Rua São João, 33, ao lado da 123ª Delegacia Legal. Mais informações pelo telefone: (22) 2796-1045.

Já sobre Área Técnica de Vigilância e Prevenção das Violências mais informações poderão ser obtidas pelo telefone 2765-8700, ramal: 239, de 9h às 17h, no Centro Administrativo Luiz Osório (Cealo), no primeiro andar.